domingo, 11 de março de 2018
Pissin' In A River
Pissing in a river, watching it rise
Tattoo fingers shy away from me
Voices voices mesmerize
Voices voices beckoning sea
Come come come come back come back
Come back come back come back
Spoke of a wheel, tip of a spoon
Mouth of a cave, I'm a slave I'm free
When are you coming ? Hope you come soon
Fingers, fingers encircling thee
Come come come come come come
Come come come come come come for me oh
My bowels are empty, excreting your soul
What more can I give you ? Baby I don't know
What more can I give you to make this thing grow?
Don't turn your back now, I'm talking to you
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river
[The royal, the throne, the cry me a river]
Everything I've done, I've done for you
Oh I give my life for you
Every move I made I move to you,
And I came like a magnet for you now
What about it, you're gonna leave me,
What about it, you don't need me,
What about it, I can't live without you,
What about it, I never doubted you
What about it ? What about it ?
What about it ? What about it ?
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river,
[The royal, the throne, the cry me a river]
What about it, what about it, what about it ?
Letra da música de Patti Smith: Pissin' In A River
Tattoo fingers shy away from me
Voices voices mesmerize
Voices voices beckoning sea
Come come come come back come back
Come back come back come back
Spoke of a wheel, tip of a spoon
Mouth of a cave, I'm a slave I'm free
When are you coming ? Hope you come soon
Fingers, fingers encircling thee
Come come come come come come
Come come come come come come for me oh
My bowels are empty, excreting your soul
What more can I give you ? Baby I don't know
What more can I give you to make this thing grow?
Don't turn your back now, I'm talking to you
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river
[The royal, the throne, the cry me a river]
Everything I've done, I've done for you
Oh I give my life for you
Every move I made I move to you,
And I came like a magnet for you now
What about it, you're gonna leave me,
What about it, you don't need me,
What about it, I can't live without you,
What about it, I never doubted you
What about it ? What about it ?
What about it ? What about it ?
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river,
[The royal, the throne, the cry me a river]
What about it, what about it, what about it ?
Letra da música de Patti Smith: Pissin' In A River
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letras de música,
Patti Smith
PICASSO A RIR
bloco-notas
amor divino é assim.
invisível.
bloco-notas
novembro 1. dia de todos os santos. rimbaud-o. vai pró diabo. picasso sabe. foda-se como ele realmente sabia! por onde andará ele agora?
bloco-notas
picasso sai-se com esta: quando ele morrer que ninguém diga nada.
deixem que a vida continue a mover-se como um mito.
até que de súbito alguém toque um sino. depois de uma diz porque porque é que é maior que um século.
ou mais perfeitamente dois séculos.
diário. domingo. 8 abril, 1973.
picasso morre.
abril é o mais cruel dos meses etc. que fica?
os ossos de brian jones. amigo de jim morrison. o lenço estampado
de jimi hendrix. anjo de tira de couro. a grinalda de garland.
o colarinho engomado de baudelaire. o gorro
escultural de voltaire. o elmo dos cruzados como um templo em si. a mala de rimbaud. o seu membro artificial genuflecte. espaço surrealista. o cérebro de pássaro de brancusi.
cocaína superfície lisa. o espelho de mão de carole lombard. p spbretudo de rothko, o negro vestido de malha de piaf. fotografias. picasso a rir. picasso a dançar. picasso a pescar. picasso a andar de cadillac. um desgosto uma pincelada. a luz delizando através da janela da vivenda. o sol a nascer e a pôr-se e a dormir em limpos lençóis brancos impecavelmente dobrados e
a camisa de picasso com o colarinho em forma de barco
witt.
tradução de alexandre vargas
sábado, 10 de março de 2018
« a verde sombra que na boca treme.»
Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 427
«Apagai a inquietude da minha alma,»
Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 425
«Onde está Blas de Otero? Está morto, com os olhos abertos.»
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 420
«lenta e só, ia a minha alma»
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 419
Lover had to leave me
Cross the desert plain
Turned to me, his lady
Tells me "lover wait"
Cross the desert plain
Turned to me, his lady
Tells me "lover wait"
Calling Jesus, please
Send his love to me
Send his love to me
Oh, wind and rain may haunt me
Look to the north and pray
Send me, please, his kisses
Send them home today
Look to the north and pray
Send me, please, his kisses
Send them home today
I'm begging Jesus, please
Send his love to me
Send his love to me
Left alone in desert
This house becomes a hell
This love becomes a tether
This room becomes a cell
This house becomes a hell
This love becomes a tether
This room becomes a cell
Mummy, Daddy, please
Send him back to me
Send him back to me
How long must I suffer?
Dear God, I've served my time
This love becomes my torture
This love, my only crime
Dear God, I've served my time
This love becomes my torture
This love, my only crime
Oh lover please release me
My arms too weak to grip
My eyes to dry for weeping
My lips too dry to kiss
My arms too weak to grip
My eyes to dry for weeping
My lips too dry to kiss
Calling Jesus, please
Send his love to me
Send his love to me
I'm begging Jesus, please
Send his love to me
Send his love to me
Compositores: Polly Harvey
Letras de Send His Love to Me © Sony/ATV Music Publishing LLC
Artista: PJ Harvey
Álbum: To Bring You My Love
Etiquetas:
letras de canções,
PJ Harvey
Is This Desire?
PJ HARVEY
IS THIS DESIRE?
(ISLAND)
Released: September 1998
Described in 2004 by Polly as "a very, very difficult, difficult record to make and still one I find very difficult to listen to, but probably my favorite record that I've made because it had a lot of guts," Is This Desire? again found Polly working with co-producer Flood and, this time, Head. It was recorded between the spring of 1997 and spring of 1998 and produced two officially released singles - "A Perfect Day Elise" and "The Wind."
Polly has also said of the album: "I do think Is This Desire? is the best record I ever made—maybe ever will make—and I feel that that was probably the highlight of my career. I gave 100 per cent of myself to that record. Maybe that was detrimental to my health at the same time."
____________________
A PONTO DE CAIR
Nada é tão necessário ao homem como um pouco de mar
e uma orla de esperança para além da morte,
é tudo o que preciso e talvez um par de asas
abertas no capítulo primeiro da carne.
Não sei como dizê-lo, com que cara
trocar-me por um anjo dos anteriores à terra,
quebraram-se-me os braços de tanto lhes dar corda
dizei-me o que farei agora, que horas são, se ainda há tempo,
é preciso que suba a mudar-me, que me arrependa sem perder uma lágrima,
uma apenas, uma lágrima órfã,
por favor, dizei-me qual a hora das lágrimas,
sobretudo a das lágrimas sem nada mais que pranto
e pranto ainda e para sempre.
Nada é tão necessário ao homem como um par de lágrimas
prontas a cair no desespero.
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 411
e uma orla de esperança para além da morte,
é tudo o que preciso e talvez um par de asas
abertas no capítulo primeiro da carne.
Não sei como dizê-lo, com que cara
trocar-me por um anjo dos anteriores à terra,
quebraram-se-me os braços de tanto lhes dar corda
dizei-me o que farei agora, que horas são, se ainda há tempo,
é preciso que suba a mudar-me, que me arrependa sem perder uma lágrima,
uma apenas, uma lágrima órfã,
por favor, dizei-me qual a hora das lágrimas,
sobretudo a das lágrimas sem nada mais que pranto
e pranto ainda e para sempre.
Nada é tão necessário ao homem como um par de lágrimas
prontas a cair no desespero.
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 411
sexta-feira, 9 de março de 2018
« não há forma de morrer que não nos gele »
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 410
«Ser - e não ser - eternos, fugitivos.»
Blas de Otero. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 408
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verso solto
*
Toma o meu escuro anel imemorial.
Minha armadura desfeita desfaz-se
e de suas muralhas mortas saem fogos
azuis, Brownyn; posso vê-los, tremem.
Tiro a luva de ferro, sou teu servo.
O mar que me acompanha por um mar
de sombra desfaz-se no vazio.
Estou cansado de estar morto e ser.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 404
Toma o meu escuro anel imemorial.
Minha armadura desfeita desfaz-se
e de suas muralhas mortas saem fogos
azuis, Brownyn; posso vê-los, tremem.
Tiro a luva de ferro, sou teu servo.
O mar que me acompanha por um mar
de sombra desfaz-se no vazio.
Estou cansado de estar morto e ser.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 404
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«Dentro do coração está a morte »
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 404
A claridade
do afilado desce até às flores.
Os relevos parecem pensamentos.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 402
do afilado desce até às flores.
Os relevos parecem pensamentos.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 402
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poesia espanhola
«Minha cabeça não humana debruça-se à janela;»
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 399
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''tranças de papel''
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 399
« insisto em minha oração sem esperança. »
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 399
«Inúteis a flor e o pensamento »
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 398
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O SALMO DO MEU DEUS
Sobre as pontes verdes que há no céu dos céus
sobre o aço vivo que amargura inclina
sobre os aterrados rebanhos de leões
sobre as catedrais solenes do deserto
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre os templos vermelhos ébrios de laranjas
sobre os píncaros duros de lábios e de espigas
sobre os aquedutos adormecidos no ar
sobre as repentinas orquestras do martírio
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre as frontes rasgadas, sobre as mãos destroçadas
sobre as noites profundas que uivam como hienas
sobre os peitos ressequidos, os olhos sem pupilas
sobre os vales pardacentos sem sinos e sem torres
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre o amor desfeito, suas frontes demolidas
são pedras inflamadas, suas dálias e estilhaços
sobre os surdos mares sem peixe e sem cânticos
sobre o sal furioso e seu mundo de alfinetes.
Vem um rebanho santo de cordeiros azuis.
Sobre a linha morta do pálido horizonte
sobre os detritos rudes de beijos ou de entranhas
sobre as canções apagadas do túmulo
sobre um enxofre negro de rosas destruídas
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre o lago mais ermo e sua estrela inacessível
sobre a praia aberta ou seu grito mais distante
sobre o incêndio eterno da árvore eleita
sobre o diamante gélido e o seu gume a ferver
Vem um rebanho santo de cordeiros azuis.
Jahvé, minha voz de sangue, minha voz desamparada
minha voz feita de fogo tomada de teu espaço
as figueiras escrespa de meus queimados punhos!
Jahvé, minha voz ergue-se a chamar-te com cantos!
E as harpas radiantes agrupam seus cabelos
ao derramar as águas de suas luzes rápidas.
E as longas trombetas de prata, sobem
sobre as pontes verdes que há no céu dos céus
Porque sobre as vinhas, os fornos e os louros,
porque sobre as oliveiras, os gritos, os machados,
porque sobre o azeite, a farinha e a tristeza
porque sobre as negras bandeiras do soluço
Do soluço ou do raio, do tigre enfurecido
pelos brancos jardins do abrasado espaço
e seus caminhos certos de ausência ou de esperança
e suas altas margens que rugem como espadas
Vem um lento rebanho de cordeiros azuis.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 395
sobre o aço vivo que amargura inclina
sobre os aterrados rebanhos de leões
sobre as catedrais solenes do deserto
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre os templos vermelhos ébrios de laranjas
sobre os píncaros duros de lábios e de espigas
sobre os aquedutos adormecidos no ar
sobre as repentinas orquestras do martírio
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre as frontes rasgadas, sobre as mãos destroçadas
sobre as noites profundas que uivam como hienas
sobre os peitos ressequidos, os olhos sem pupilas
sobre os vales pardacentos sem sinos e sem torres
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre o amor desfeito, suas frontes demolidas
são pedras inflamadas, suas dálias e estilhaços
sobre os surdos mares sem peixe e sem cânticos
sobre o sal furioso e seu mundo de alfinetes.
Vem um rebanho santo de cordeiros azuis.
Sobre a linha morta do pálido horizonte
sobre os detritos rudes de beijos ou de entranhas
sobre as canções apagadas do túmulo
sobre um enxofre negro de rosas destruídas
Vem um doce rebanho de cordeiros azuis.
Sobre o lago mais ermo e sua estrela inacessível
sobre a praia aberta ou seu grito mais distante
sobre o incêndio eterno da árvore eleita
sobre o diamante gélido e o seu gume a ferver
Vem um rebanho santo de cordeiros azuis.
Jahvé, minha voz de sangue, minha voz desamparada
minha voz feita de fogo tomada de teu espaço
as figueiras escrespa de meus queimados punhos!
Jahvé, minha voz ergue-se a chamar-te com cantos!
E as harpas radiantes agrupam seus cabelos
ao derramar as águas de suas luzes rápidas.
E as longas trombetas de prata, sobem
sobre as pontes verdes que há no céu dos céus
Porque sobre as vinhas, os fornos e os louros,
porque sobre as oliveiras, os gritos, os machados,
porque sobre o azeite, a farinha e a tristeza
porque sobre as negras bandeiras do soluço
Do soluço ou do raio, do tigre enfurecido
pelos brancos jardins do abrasado espaço
e seus caminhos certos de ausência ou de esperança
e suas altas margens que rugem como espadas
Vem um lento rebanho de cordeiros azuis.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 395
terça-feira, 6 de março de 2018
DEBAIXO
«Não me busques debaixo deste sangue desnudo
debaixo desta tenda que canta docemente.
Não me busques já nunca, não me busques já nunca.»
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 394
debaixo desta tenda que canta docemente.
Não me busques já nunca, não me busques já nunca.»
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 394
«mas o abismo do homem possui outra violência
com que exprimir o sangue que lhe invade a paisagem.»
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 394
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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
INSÓNIA
E agora voltar-se um pouco do outro lado,
e nada.
A ver se vem o sono,
como a dizer: «A ver se tu vens, morte.»
E, acordado, como nunca, permanecedor
com a água
até ao pescoço.
Ou «que mas dêem aqui todas»...
(E se mas dão todas?)
Há pancadas que se aproximam pelo quarto contíguo, e se desvanecem,
[antes de entrar completamente e apresentar-se.
Mas o silêncio nunca se habitua
a ser sempre silêncio.
E os olhos fecham-se
para não ver como chega
na completa escuridão
os medonhos
arautos.
José García Nieto Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 389
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«A POESIA É UMA ARMA CARREGADA DE FUTURO»
Gabriel Celaya. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 379
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«Sancho que viste as coisas como são e te calaste,»
Gabriel Celaya. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 377
«Sancho-Charlot que edificas como um Deus às bofetadas,
Sancho que tudo aguentas.»
Gabriel Celaya. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 376
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«Sancho-vulgo, Sancho-ninguém, Sancho-Santo»
Gabriel Celaya. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 376
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''ruídos inumanos''
Gabriel Celaya. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 375
domingo, 25 de fevereiro de 2018
aporia
a.po.ri.a
ɐpuˈriɐ
nome feminino
1.
FILOSOFIA dificuldade de solução de um problema
2.
dificuldade insolúvel
3.
figura de retórica em que se simula uma hesitação, uma dúvida
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língua portuguesa
«Em O Pobre Tolo, esse autoretrato
de Pascoaes «em desenho de lágrimas e riso» ou «em
trágica ironia de si mesmo», temos o arauto do «Saudosismo»
desencantado da sua aposta na doutrina do renascimento da Pátria
pela via e pela força da «saudade revelada».
O Pensamento de Teixeira de Pascoaes Estudo hermenêutico e crítico .Dissertação de Doutoramento em Filosofia Apresentada à Faculdade de Filosofia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa ,Braga– 1 9 9 4
O Pensamento de Teixeira de Pascoaes Estudo hermenêutico e crítico .Dissertação de Doutoramento em Filosofia Apresentada à Faculdade de Filosofia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa ,Braga– 1 9 9 4
''Pensar em si e pensar fora de si''
O Pensamento de Teixeira de Pascoaes Estudo hermenêutico e crítico .Dissertação de Doutoramento em Filosofia Apresentada à Faculdade de Filosofia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa ,Braga– 1 9 9 4
«A dificuldade de pensar reflecte-se em certos defeitos
típicos da sua escrita de pensador – alguns dos quais só o são
relativamente ao paradigma científico do discurso filosófico –,
tais como: a falta de rigor lógico, a descontinuidade, a
desarticulação e o desconcerto do discurso; a derivação repentina
e despistante; o pensar anárquico e confuso, tumultuoso e
emaranhado, sincopado e fragmentário; a imprecisão conceptual
e a instabilidade terminológica; o abuso da hipérbole e da
expressão absoluta; a indefinição, a oscilação, a contradição e a
suspensividade; a sobreposição ou a mistura indiscriminada dos
planos epistemológicos e dos registos da linguagem: poético e
filosófico, racional e irracional, físico e metafísico, o dito sublime e o vulgar, o genial e o infantil, o sério e o jocoso.»
O Pensamento de Teixeira de Pascoaes Estudo hermenêutico e crítico .Dissertação de Doutoramento em Filosofia Apresentada à Faculdade de Filosofia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa ,Braga– 1 9 9 4
« Ler
com a preocupação de compreender significou essencialmente, para
nós, explorar hermeneuticamente o sentido dos textos, entendidos
como «terra» onde aquele se enraíza e oculta e de onde se abre para
um «céu» de esplendor e desocultação.»
O Pensamento de Teixeira de Pascoaes
Estudo hermenêutico e crítico .Dissertação de Doutoramento em Filosofia
Apresentada à Faculdade de Filosofia de Braga,
da Universidade Católica Portuguesa ,Braga– 1 9 9 4
“…o poeta deve ser mais um fabulador (fazedor de mitos) do que um versificador (fazedor
de versos); porque ele é poeta pela imitação e porque imita ações. E ainda que lhe aconteça
fazer uso de sucesso reais, nem por isso deixa de ser poeta, pois nada impede que algumas
das coisas, que realmente aconteceram, sejam, por natureza verosímeis e possíveis e, por
isso mesmo, venha o poeta a ser o autor delas”
Aristóteles, Poética, 1551 a 27, ed. portuguesa, pp. 115-116
Aristóteles, Poética, 1551 a 27, ed. portuguesa, pp. 115-116
“Afirmo por vezes que um poema – eu diria também uma pintura ou uma estátua, mas
não considero artes a escultura e a pintura, apenas trabalho aperfeiçoado de
artesanato – é uma pessoa, um ser humano vivo, pertencente pela presença corpórea e
autêntica existência carnal a outro mundo para o qual a nossa imaginação o projeta e
que o aspecto com que se nos apresenta, ao lermo-lo neste mundo, nada mais é do que a
sombra imperfeita da realidade da beleza que alhures é divina”
Fernando Pessoa, Páginas íntimas e de auto-interpretação. Texto estabelecido e prefaciado por G. R.
Lind e J. do Pardo Coelho. Lisboa, Ática, 1966, p. 139.
(...)
«Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa »
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra poética II, p. 116
«Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa »
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra poética II, p. 116
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excerto,
Sophia de Mello Breyner Andresen
Provérbio do Malinké
«Um homem pode enganar-se em sua parte de alimento
Mas não pode
Enganar-me na sua parte de palavra»
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