*
Toma o meu escuro anel imemorial.
Minha armadura desfeita desfaz-se
e de suas muralhas mortas saem fogos
azuis, Brownyn; posso vê-los, tremem.
Tiro a luva de ferro, sou teu servo.
O mar que me acompanha por um mar
de sombra desfaz-se no vazio.
Estou cansado de estar morto e ser.
Juan-Eduardo Cirlot. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 404
sexta-feira, 9 de março de 2018
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