“Afirmo por vezes que um poema – eu diria também uma pintura ou uma estátua, mas
não considero artes a escultura e a pintura, apenas trabalho aperfeiçoado de
artesanato – é uma pessoa, um ser humano vivo, pertencente pela presença corpórea e
autêntica existência carnal a outro mundo para o qual a nossa imaginação o projeta e
que o aspecto com que se nos apresenta, ao lermo-lo neste mundo, nada mais é do que a
sombra imperfeita da realidade da beleza que alhures é divina”
Fernando Pessoa, Páginas íntimas e de auto-interpretação. Texto estabelecido e prefaciado por G. R.
Lind e J. do Pardo Coelho. Lisboa, Ática, 1966, p. 139.
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