sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
«Fica, fogo, a arder em neve fria.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 285
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
«Mulher e calar são coisas incompatíveis.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 252
« MADALENA - Com razão se chama ao amor enfermidade e loucura, pois sempre quem ama procura, como o enfermo, o pior.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 251
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«Mata-me ou deixa-me realizar os meus desejos.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 248
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«Quero voar, mas quanto mais o tento, mais me prendo.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 243
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«O amor covarde rebenta por sair da boca.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 241
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« O voo de uma familiaridade consegue mil impossíveis.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 240
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domingo, 10 de dezembro de 2017
«(...) um homem entrou-me na alma pelos olhos dentro, de maneira inesperada.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 235
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«(...) Que castelos de cartas construís no ar? Como andais tão descomposta, louca imaginação? Por causa tão insignificante quereis expor as minhas doideiras à opinião das bocas e à censura das línguas?»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 235
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«DUQUE - Quem és?
MIRENO - Não sou, serei. Foi só por pretender ser mais do que há em mim que desprezei o que era pelo que tenho de ser.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 230
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«(...) por luxo quero apenas a minha roupa. Choro os redemoinhos da vida.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 223
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«Creio que há em ti alguma nobreza.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 219
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«LARISO - Sois homem de bons miolos se fizerdes um pelourinho na povoação.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 218
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«TARSO - Podeis chorar um dilúvio de lágrimas. O vosso cabelo é ruivo e nos cabelos ruivos ninguém pode acreditar. Sei quanto sois finória. Mas, por Deus, não sereis capaz de me enganar, mesmo que vos veja chorar o tutano e a urina!»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 209
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«Andava eu cego para trazer comigo a ilusão.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 208
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«Dando dieta aos meus ciúmes, fiquei bom pouco a pouco. Já não sou tolo, Melissa, porque já não sou poeta.»
Tirso de Molina. O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 207/8
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
«(...) Dais-me a vossa mão?
D. ESTEFÂNIA - Vós a tomásteis já.
D. JERÓNIMA - Como esposo?
D. ESTEFÂNIA - Não sei.
D. JERÓNIMA - Insisto nisso ou aborreço-me. Como esposo? Dizei.
D. ESTEFÂNIA - Sim.
D. JERÓNIMA - Sim? Então, beijo-a. (Beija-lhe a mão.)
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 187
domingo, 3 de dezembro de 2017
Toda palavra é uma violência, violência tanto mais temível quanto
secreta e o centro secreto da violência, violência que se exerce já
sobre aquilo que a palavra nomeia e que ela não pode nomear senão
retirando sua presença- sinal, nós o vimos, de que a morte fala (essa
morte que é poder) quando falo (BLANCHOT, 2001, p. 86).
A questão é o desejo do pensamento (BLANCHOT, 2001, p. 43)
BLANCHOT, Maurice. A Conversa infinita. São Paulo: Escuta, 2001.
“Quando não devo pensar, aí é que eu penso, e quando é meu dever fazê-lo, não consigo.”
WALSER, Robert: A história de Helbling. In: Absolutamente nada e outras histórias. (tradução de
Sérgio Tellaroli) SP, Ed 34, 2014.
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Gilles Deleuze observou, a respeito de Kafka, que:
Não significa que os grandes autores, os grandes artistas sejam doentes, mesmo
que sublimes, nem que se busque neles a marca de uma neurose ou psicose,
como um segredo presente em sua obra, como a chave de sua obra. Não são
doentes; ao contrário, são médicos, médicos muito especiais. A obra de Kafka é
o diagnóstico de todas as potências diabólicas que nos esperam.''
DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. SP: 34; 3. Edição, 2000.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. SP: 34; 3. Edição, 2000.
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“Coisas inteligentes, belas e sutis me ocorrem aos montes, mas toda vez que preciso pô-
las em prática elas não dão certo ou me abandonam, e lá fico eu, com cara de jovem
aprendiz incapaz de aprender”, diz um dos personagens, Helbling, um deslocado
funcionário de banco às voltas, o tempo todo, com seus desajustes no mundo:
Estou de facto doente? Tem tanta coisa errada comigo, falta-me tudo na verdade. Seria eu um homem infeliz? Possuiria predisposições incomuns? Seria uma espécie de doença ocupar-se continuamente, como faço, de questões como essas? Seja como for, não é coisa muito normal. Hoje, mais uma vez cheguei ao banco com dez minutos de atraso. Não consigo mais chegar no horário correto, como os outros. Na verdade eu deveria estar sozinho no mundo, eu Helbling, e nenhum outro ser vivo. Nenhum sol, nenhuma cultura, eu, nu, no alto de um rocha, nenhuma tempestade, nem uma única onda sequer, nenhuma água, nenhum vento, nenhuma rua, nenhum banco, nenhum dinheiro, nenhum tempo, nenhuma respiração.''
WALSER, Robert: A história de Helbling. In: Absolutamente nada e outras histórias. (tradução de Sérgio Tellaroli) São Paulo, Ed 34, 2014.
Estou de facto doente? Tem tanta coisa errada comigo, falta-me tudo na verdade. Seria eu um homem infeliz? Possuiria predisposições incomuns? Seria uma espécie de doença ocupar-se continuamente, como faço, de questões como essas? Seja como for, não é coisa muito normal. Hoje, mais uma vez cheguei ao banco com dez minutos de atraso. Não consigo mais chegar no horário correto, como os outros. Na verdade eu deveria estar sozinho no mundo, eu Helbling, e nenhum outro ser vivo. Nenhum sol, nenhuma cultura, eu, nu, no alto de um rocha, nenhuma tempestade, nem uma única onda sequer, nenhuma água, nenhum vento, nenhuma rua, nenhum banco, nenhum dinheiro, nenhum tempo, nenhuma respiração.''
WALSER, Robert: A história de Helbling. In: Absolutamente nada e outras histórias. (tradução de Sérgio Tellaroli) São Paulo, Ed 34, 2014.
pequeno conto no livro Absolutamente nada e outras histórias, A solicitação de emprego
(...) Tarefas grandes e difíceis não posso cumprir, e obrigações de natureza mais
vasta são demasiado complexas para minha cabeça. Não sou particularmente
sagaz e, o mais importante, não me agrada fatigar em demasia minha
capacidade de compreensão; sou antes um sonhador que um pensador, antes um
zero a esquerda que um auxílio, antes burro que perspicaz. Por certo, em sua
instituição altamente ramificada, que imagino pródiga em funções e subfunções,
há de haver um tipo de trabalho que possa ser realizado como num sonho. Sou,
para dizê-lo francamente, um chinês, isto é, uma pessoa para a qual tudo que é
pequeno e modesto parece belo e adorável, e terrível e pavoroso tudo quanto é
grande e assaz desafiador. A paixão por ir longe neste mundo me é
desconhecida.
WALSER, Robert: A solicitação de emprego. In: Absolutamente nada e outras histórias. (tradução de Sérgio Tellaroli) São Paulo, Ed 34, 2014.
WALSER, Robert: A solicitação de emprego. In: Absolutamente nada e outras histórias. (tradução de Sérgio Tellaroli) São Paulo, Ed 34, 2014.
Benjamin pergunta ainda: “de onde vêm os personagens de Walser”? E, responde:
''Eles vêm da noite, quando ela está mais escura, uma noite veneziana, se se quiser, iluminada pelos precários lampiões da esperança, com um certo brilho festivo no olhar, mas confusos e tristes a ponto de chorar. Seu choro é prosa. O soluço é a melodia das tagarelices de Walser. O soluço nos mostra de onde vêm os seus amores. Eles vêm da loucura, e de nenhum outro lugar. São personagens que têm a loucura atrás de si, e por isso sobrevivem numa superficialidade tão despedaçadora, tão desumana, tão imperturbável. Podemos resumir numa palavra tudo o que neles se traduz em alegria e inquietação: todos eles estão curados. Mas não compreenderemos jamais como se processou essa cura, a menos que nos aventuremos no seu ‘Branca de Neve’, uma das mais profundas criações da literatura moderna, que bastaria para entendermos por que Walser, aparentemente o menos rigoroso dos escritores, foi o autor favorito do implacável Franz Kafka.''
''Eles vêm da noite, quando ela está mais escura, uma noite veneziana, se se quiser, iluminada pelos precários lampiões da esperança, com um certo brilho festivo no olhar, mas confusos e tristes a ponto de chorar. Seu choro é prosa. O soluço é a melodia das tagarelices de Walser. O soluço nos mostra de onde vêm os seus amores. Eles vêm da loucura, e de nenhum outro lugar. São personagens que têm a loucura atrás de si, e por isso sobrevivem numa superficialidade tão despedaçadora, tão desumana, tão imperturbável. Podemos resumir numa palavra tudo o que neles se traduz em alegria e inquietação: todos eles estão curados. Mas não compreenderemos jamais como se processou essa cura, a menos que nos aventuremos no seu ‘Branca de Neve’, uma das mais profundas criações da literatura moderna, que bastaria para entendermos por que Walser, aparentemente o menos rigoroso dos escritores, foi o autor favorito do implacável Franz Kafka.''
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«Robert Walser sabia: escrever que não se pode escrever também escrever. Entre
os muitos empregos subalternos que teve-balconista de livraria, secretário de
advogado, bancário, operário em uma fábrica de máquinas de costura e,
finalmente, mordomo em um castelo da Silésia —, Robert Walser se retirava de
vez em quando em Zurique, para a Câmara de Escrita para Desocupados (o
nome não pode ser mais walseriano, mas é autêntico) e aí sentado em uma velha
banqueta, ao entardecer, à pálida luz de um lampião de querosene, servia-se de
sua graciosa caligrafia para trabalhar como copista, para trabalhar como
“bartebly”.»
VILA-MATAS, Enrique: Bartleby & Companhia: São Paulo: Cosac & Naify, 2004., pp. 11/2.
Se Walser tivesse mil leitores, o mundo seria um lugar melhor.
Hermann Hesse
Hermann Hesse
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sábado, 2 de dezembro de 2017
Escravatura moderna no século XXI: 40,3 Milhões:
''A escravatura moderna engloba conceitos como o tráfico humano, servidão, trabalho forçado, trabalho infantil, casamento forçado, exploração sexual, exploração para pagamento de dívida.''
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
«TELO (à parte) - Com tais latins é que estes engana-tolos nos enfeitam a morte.
REI - Ide ver a rainha que está muito triste.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 160
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«São tantos os meus desgostos, que me angustiam as simples palpitações do coração.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136
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«D. INIGO - Filha, quanto mais só estiveres, mais triste ficarás. Porque não vais até ao campo, onde as flores e o ar puro te podem distrair?
D. ESTEFÂNIA - Não é remédio seguro aquele que aumenta os pesares. O campo, como a música, entristece o triste.
D. INIGO - Mas qual a razão da tua tristeza?
D. ESTEFÂNIA - Não sei, não me apetece nada. »
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136
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«O mar e o amor só têm a cor que quisermos dar-lhes.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134
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«A tristeza invadiu-me.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134
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«Magoou-me que ao fim de um mês de ser hóspede em minha casa não tivesse curiosidade em saber qual a mulher que nela habitava: em nós impera a vaidade e por isso nos rendemos aos seus contrários. Homem que nos desdenha logo o amamos; a quem nos deseja nós o desdenhamos. Porque, ainda que o amor seja simetria, estamos em balanças opostas; quando se abrasam, gelam-nos e, sendo gelo, abrasam-nos.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 118
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Ain't No Sunshine
Ain't no sunshine when she's gone
It's not warm when she's away
Ain't no sunshine when she's gone
And she's always gone too long
Anytime she goes away
Wonder this time where she's gone
Wonder if she's gone to stay
Ain't no sunshine when she's gone
And this house just ain't no home
Anytime she goes away
I know
Hey, I oughtta leave the young thing alone but
Ain't no sunshine when she's gone
Ain't no sunshine when she's gone
Only darkness everyday
Ain't no sunshine when she's gone
And this house just ain't no home
Anytime she goes away
Anytime she goes away
Anytime she goes away
Anytime she goes away
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«As mulheres hão-de estar sempre condenadas a viver agarradas à agulha e à sua almofadinha de alfinetes?!»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 103
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 103
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domingo, 26 de novembro de 2017
Tratado de Angústia
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 69
«Pobre da mulher que se fia nos homens!»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 73
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«(...) creio que as tuas verdades se encobrem atrás de mentiras retóricas.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 68
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sábado, 25 de novembro de 2017
«(...) é coisa sabida que quando a vida me traz o amor vós, ciúmes, a morte me quereis dar.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
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«CATALINON - Senhor Quadrado ou senhor Redondo, adeus.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43
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«(...) que há acerca de flores de laranjeira caídas?»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 42
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«D. João - O bairro de Cantarranas tem bom mulherio?
Mota - A maior parte delas parecem rãs.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41
Mota - A maior parte delas parecem rãs.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41
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«CATALINON - Quero beijar-te essas mãos frias como neve.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 20
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«Que salgado está o mar!»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
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«Não posso distrair-me com coisas que não interessam. Quero pôr a cana ao vento e a isca na boca do peixe.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
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«(...) não pretendo imitar a comadre que concebe pelas orelhas e dá à luz pela boca.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 16
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 16
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«Está bem, mas não dê voltas ao meu coração, não me tire a gaze da ferida, pois sou eu quem tem de dar coragem aos outros neste luto sem morto que a menina está a ver.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 144
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 144
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« TIA
Para tudo existe consolo.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 136
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«O que sinto por dentro, guardo-o só para mim.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 135
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esperança morta
«Está tudo acabado...e, no entanto, com todas as ilusões perdidas, deito-me e levanto-me com a mais terrível das sensações, que é a sensação de ter a esperança morta.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 134
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 134
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«Acostumei-me a viver muitos anos fora de mim, pensando em coisas que se encontravam muito longe e agora, que essas coisas já não existem, continuo a dar voltas e mais voltas por um sítio frio, à procura de uma saída que não hei-de encontrar nunca.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 133
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 133
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«É esse o defeito das mulheres decentes destas terras! Não falar! Não falamos e precisamos de falar.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132
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«Eu sei que ele fez hipoteca para pagar os meus móveis e o meu enxoval e isso é que me faz sofrer.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132
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«MARTIM
Hoje, não se aprecia a Retórica e Poética, nem a cultura universitária.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 125
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hipérbato
nome masculino
recurso estilístico que consiste na inversão da ordem habitual das
palavras de uma frase (ex.: calma tenho eu tido)
palavras de uma frase (ex.: calma tenho eu tido)
« MARTIM
É muito difícil ser poeta!
(Os homens saem.)
Depois, quis ser farmacêutico. É uma vida tranquila.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 122
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''respeitam a minha infelicidade''
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 120
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imagens
«Na velhice, tudo nos vira as costas.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 117
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verso solto
«Senhora, a gente não lhe podia mandar uma carta envenenada, para ele morrer de repente, mal abrisse o envelope?»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 115
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AMA
Somos pouco mais ou menos da mesma idade mas, como eu trabalhei muito, encontro-me bem lubrificada, ao passo que a senhora, devido à vida airada, ficou com as pernas perras.
TIA
Então tu achas que eu não trabalhei?
AMA
Com as pontinhas dos dedos, com linhas, com talos de plantas, com doces. Mas esta aqui trabalhou com o lombo, com os joelhos, com as unhas.
TIA
Então governar uma casa não é trabalhar?
AMA
É muito mais duro esfregar o soalho.
TIA
Não estou disposta a discutir.
AMA
Olhe que não seria má ideia. É uma forma de matar o tempo. Ande lá, responda-me. Mas nós as duas ficamos de bico calado. Antigamente, a gente berrava: porque isto, porque aquilo, porque sim mais que também, porque o arroz doce, porque se não passares mais a ferro...
TIA
Eu já estou como hei-de ir..., e um dia sopas, outro dia migas, o meu copinho de água, e o meu terço no bolso, esperava pela morte com dignidade...Mas quando penso na Rosinha!
AMA
Aí é que está a ferida!
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 113/4
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Cross Record - Steady Waves
What is the word?
An unhuman search
Memories touching, heavy fog masking
I am a vessel, are you a vessel?
Oh beautiful, comfortable body
I let myself sink into it, a warm blanket
And every once in a while I look inside
Shimmery, it makes me dizzy
To listen closely to the steady waves
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«Ainda havemos de passar muitos anos a apanhar rosas.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 112
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 112
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«branca como o branco frio
de alguma face de sal.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 106
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quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Fotografia Patrícia Almeida, da série Portobello
Faleceu a fotógrafa, editora e artista visual Patrícia Almeida. Vítima de doença prolongada, tinha 47 anos e um trabalho notável no seio da fotografia contemporânea portuguesa. Formada em História, tendo passado pelo Goldsmiths College, recebeu o prémio European Photo Exibition e foi finalista do BES Photo em 2010 com o trabalho All Beauty Must Die. O seu trabalho, de características documentais, explorava os espaços urbanos e a forma como as pessoas se relacionavam com eles, sendo incontornáveis os seus trabalhos No Parking, Locations, Portobelo, do qual apresentamos aqui uma imagem, exposto na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e nomeado em 2009 para o BES Photo, ou ainda de Ma Vie Va Changer, um dos seus últimos trabalhos. Patrícia Almeida foi ainda co-fundadora da editora GHOST, em conjunto com David-Alexandre Guéniot, uma editora também de referência no panorama atual da fotografia portuguesa.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
«(...) lia um poema sobre a fidelidade para além da morte.»
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 62
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