segunda-feira, 14 de dezembro de 2015


«O sentido da morte é o instinto de viver feito consciência: sem ele, não há vida interior. Vive-se sem viver: morre-se sem morrer: no fundo é o mesmo.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 297

«Moral de poetas é a moral das mães: um filho não é nunca criminoso.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 297

Nothing can we call our own but death.

SHAKESPEARE


Bem nossa, só a morte.

|| uma árvore na solidão ||

Photograph by Ed De Long, 1958


«Deita-se o sol devagarinho, sobre as pétalas.»



António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 291

''Morte e Deus''


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 291

«Tens um crime de amor ante os teus olhos.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 290

«Nunca houve tantas mãos a querer tirar-ma.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 286

«O vosso amor adormecera tudo.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 285

«Vai-me doer na minha carne, muito.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 283

«A morte bebe os ruídos. Tudo é cinza.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 282

domingo, 13 de dezembro de 2015

«Vivo como um homem assombrado, um homem que um relâmpago habitou...»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 281

Peguei na caneta e pus-me a escrever para me acalmar, para criar.



« A minha cabeça estava cheia desta visão da ressurreição, uma ligeira febre, muito doce, inchava-me as pálpebras e o sangue batia-me violentamente nas têmporas. E como acontece quando sopra um vento forte e as nuvens se dispersam, se reagrupam, mudam de forma, se transformam em homens, animais e navios, também em mim, inclinado como estava diante do fogo, com todo o meu espírito soprando, sentia que a visão se desmembrava, se transformava e fazia surgir rostos de homens vestidos de paixão e de vento. E, dentro em pouco, esses rostos ir-se-iam tornar mais ténues, rarefazendo-se como o fumo na minha cabeça a não ser que viessem, tímidas e incertas a princípio, depois mais impetuosas e seguras, as palavras consolidando o que não conseguia consolidar-se. Compreendera. O vento fecundante que soprara no meu coração trouxera o seu fruto, um embrião se formara e agora esforçava-se para surgir à luz. Peguei na caneta e pus-me a escrever para me acalmar, para criar.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 228

«Voltei a ouvir de novo o meu coração a chorar.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 227

«Está um sol de morte.»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 277

«Dá-me os teus olhos a beijar. Eu quero-os...»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 275

Figure in Motion.


« DINIS

É o vento, Isa, não te assustes. Está um ar encinzeirado, um ar de queima. Já bóiam nuvens mortas pelo ar.

ISABEL

É o vento que quer a Primavera...O bobo disse, sabe. Ele adivinha. Tem mil-braços de chama; há-de levá-la...


Quer esconder-se nele.»




António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 273
«  DINIS

Está um ar de febre. As árvores sufocam. Ih!... O que vão de pétalas no ar...E a dança das flores martirizadas...

O BOBO

É um deboche do vento com mil virgens...E no mês das novenas... (...)»



António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 273

''as rosas do milagre''

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 271

«Tens olhos de criança que vê a Morte, e quer brincar com ela e lhe sorri. »


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 270

«Tu és, a um sol de morte, o meu pomar...»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 270

«Há-de enforcar-se em raios de luar.»


António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 267

Photo by Patrick Demarchelier, 1994, Nude, St. Barthelemy.


«Sabia tudo antes de saber.»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 267
«              A AIA

Adormeceu. Tem um dormir de sombra. Falai baixo.»



António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 264

«É uma ave de asas encolhidas...»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 263

tardança

«É com perfume que ele rouba as almas, (...)»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 257



«Cais-me no peito como uma ave morta, uma ave que um falcão largou no ar...»

António Patrício. Dinis e Isabel. Teatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 255

sábado, 12 de dezembro de 2015

À flor do mar (João César Monteiro, 1986)





"Um filme sobre a perda de crença da existência do Amor, um filme de feridas  abertas que ainda não sararam nos olhos de Laura personagem principal. Um lugar  escondido por de trás de uma muralha que esconde uma casa lindíssima. "

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015


"Corpo de sombra. Compacto
dentro e massa luminosa
que até rebentar é um facto
e depois é sempre rosa.
Rosa de fogo que arranca
raízes, sexos, à branca
corporação da medida.
E não é nada. É um lábio
que arde, e arde, e arde, e sabe o
que há de morte na vida."

-"Sobre as Horas"
- Fernando Echevarria
- Morais Editora, 1963 (1a edição)

O Arranca-Corações

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"É esse o desejado coração.
A paz de folhas em branco?
Mas abro a palma da mão
e é como se fosse manco.
Tudo pergunto em decúbito,
Como um ensaio de morto:
Sinto-me vão de súbito,
Ñavio longe do porto.
Talvez, mudando o ritmo à vela, expanda
As moléculas ácidas que me tolhem.
A minha vida não anda.
Chove. As aves recolhem"

-"Limite de Idade"
- Vitorino Nemésio
- Estúdios Cor, 1972 (1a Edição)
- Exemplar sem disco

«Nenhuma tristeza me pesava na alma.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 226

«O Lutador ferido não me saía do corpo.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 224

raiz de urze


«As raposas têm um buraco para dormir e eu não tenho sítio onde descansar a minha cabeça.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 224

«As antigas feridas da minha adolescência, »


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 223

«Folheio o diário de viagem amarelecido. Nada está morto, tudo dormia em mim.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 222


«Não quero fazer do meu espírito juiz porque não tenho confiança nele e no meu coração também não tenho bastante confiança.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 221/2
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