quarta-feira, 5 de agosto de 2015
cróia
nome feminino
1. depreciativo mulher com comportamento considerado promíscuo
2. depreciativo prostituta; rameira
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«escondido em máscaras de sorriso amargo
e de palavras ásperas e rudes.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 204
e de palavras ásperas e rudes.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 204
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esburgar
conjugação
verbo transitivo
1. limpar (os ossos) da carne; descarnar
2. descascar
3. expurgar; limpar de imperfeições
verbo transitivo
1. limpar (os ossos) da carne; descarnar
2. descascar
3. expurgar; limpar de imperfeições
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BALADA DO ROER DOS OSSOS
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 195
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«A vida é breve, breve, mas mais breve
quanto a quer breve a estupidez humana»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 190
quanto a quer breve a estupidez humana»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 190
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«e no silêncio se ouça o só ranger
da carne que é da carne a só razão.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 189
da carne que é da carne a só razão.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 189
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«Só o homem morre de não ser quem era.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 187
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«E quem de amor não sabe fuja dele:»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 187
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EXORCISMOS
1972
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 185
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 185
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II
De amor eu nunca amei senão desejo visto
ou pressentido. Um corpo. Um gesto.
E nunca de paixão sujei o meu prazer
ou o de alguém. Por isso posso
mesmo as audácias recordar sem culpa.
Tudo o que fiz ou quis que me fizessem
o paguei comigo ou com dinheiro.
E só lamento as vezes que perdi
retido por algum respeito. Errei
por certo - mas foi isso. O que me dói
não é tristeza de quem dissipou
no puro estéril quanto esperma pôde
gastar assim. O que me mata agora
é este frio que não está em mim.
1967
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 182
ou pressentido. Um corpo. Um gesto.
E nunca de paixão sujei o meu prazer
ou o de alguém. Por isso posso
mesmo as audácias recordar sem culpa.
Tudo o que fiz ou quis que me fizessem
o paguei comigo ou com dinheiro.
E só lamento as vezes que perdi
retido por algum respeito. Errei
por certo - mas foi isso. O que me dói
não é tristeza de quem dissipou
no puro estéril quanto esperma pôde
gastar assim. O que me mata agora
é este frio que não está em mim.
1967
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 182
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«O tempo se fez distância.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 181
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terça-feira, 4 de agosto de 2015
«Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 179
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«Ainda hei-de olhar-te, se, quando morrer,
puder voltar aqui, a procurar-te
no espaço que deixaste. Mas não te amo,
não te amei nunca, e nunca te amarei.
Não se ama nunca a quem olhamos tanto.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 178
puder voltar aqui, a procurar-te
no espaço que deixaste. Mas não te amo,
não te amei nunca, e nunca te amarei.
Não se ama nunca a quem olhamos tanto.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 178
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« e com que lenta inocência te despiste.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 174
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''malícia crua''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 174
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VI
«Penso que sou: e, assim pensando, sou.
Mas, sendo por pensar, eu sou quem pensa,
e, porque penso, de pensar não sou.
Eu penso apenas no que aflui em mim
do que pensado foi por outros que
nem sangue deles me nas veias corre.
E quanto de pensar se fez ideia
nega-me e ao mundo, não como aparência,
mas como imagem da realidade.
Real não é o que penso ou que imagino,
nem quanto o que essa imagem representa.
Real é tudo, menos eu pensando,
ou quanto de pensar-se o real é feito.
Deste não-ser que pensa eu tenho a voz.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 170
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«Eu penso: logo sou. Mas sou quem pensa.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 170
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«QUEM MUITO VIU...»
«Quem muito viu, sofreu, passou trabalhos,
mágoas, humilhações, tristes surpresas;
e foi traído, e foi roubado, e foi
privado em extremo da justiça justa;
e andou terras e gentes, conheceu
mundos e submundos; e viveu
dentro de si o amor de ter criado;
quem tudo leu e amou, quem tudo foi -
não sabe nada, nem triunfar lhe cabe
em sorte como a todos os que vivem.
Apenas não viver lhe dava tudo.
Inquieto e franco, altivo e carinhoso,
será sempre sem pátria. E a própria morte,
quando o buscar, há-de encontrá-lo morto.
1961»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 163
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«Inverno ou Primavera,
e sempre uma outra dor.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 163
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PEREGRINATIO AD LOCA INFECTA
1969
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 161
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 161
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«Ó morte feita um inocente amor.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 157
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«Ó música de morte, ah quantas, quantas
mortes gritaram no que em ti não fala.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 157
mortes gritaram no que em ti não fala.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 157
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«doçura tensa tão dialogada»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 153
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''línguas tensas''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 150
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«Pilar do mundo! Como é suave o braço
descendo dos teus ombros! Como é frágil
a firme decisão que pousa em ti,
dos ombros à cintura, da cintura às pernas,
e das pernas abertas ao espalmado pé
que assentas delicado sobre o tempo
escoando-se por saltos do desejo,
que te contraem, lambem e deslizam
para o chão das cousas, para o pó que o vento
levanta em nuvens à tua volta. Quando...»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 150
descendo dos teus ombros! Como é frágil
a firme decisão que pousa em ti,
dos ombros à cintura, da cintura às pernas,
e das pernas abertas ao espalmado pé
que assentas delicado sobre o tempo
escoando-se por saltos do desejo,
que te contraem, lambem e deslizam
para o chão das cousas, para o pó que o vento
levanta em nuvens à tua volta. Quando...»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 150
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«Olhar vazio, ó templo demolido,»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 149
''prazer lembrado''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 149
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«Apenas o tinir das gargalhadas
subsiste ainda, e na memória o vulto
do deus que se espreguiça à beira de água.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 149
subsiste ainda, e na memória o vulto
do deus que se espreguiça à beira de água.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 149
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POST - METAMORFOSE
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 147
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''carne do Universo''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 147
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«A Vida Humana, sim, a respirada,
suada, segregada, circulada,
a que é um excremento e sangue, a que é semente
e é gozo e é dor e pele que palpita
ligeiramente fria sob ardentes dedos.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 145
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« o inominável fim da nossa carne;»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 144
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«Como ele a despe e como ela resiste
no olhar que pousa enviezado e arguto
sabendo quantas rendas a rasgar!
Como do mundo nada importa mais!»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 143
no olhar que pousa enviezado e arguto
sabendo quantas rendas a rasgar!
Como do mundo nada importa mais!»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 143
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«Que roupas se demoram e constrangem
o sexo e os seios que avolumam presos,
e adivinhados na malícia tensa!»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 143
o sexo e os seios que avolumam presos,
e adivinhados na malícia tensa!»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 143
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«iluminando a teia de milhares de rugas
tecida pela aranha que se agita
entre nós e os outros, entre nós e as coisas,
entre nós e nós próprios, mesmo que
não fosse a vida esse crispar-se a pele
a um beijo que desliza, um vento que perpassa,
uma ansiedade alheada, um medo súbito,
uma demora de confiança triste.»
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«A MORTA» DE REMBRANDT
«Morta. Apenas morta. Nada mais que morta.
Não parece dormir. Nem se dirá
que sonha ou que repousa ou que da vida
levou consigo o mais que não viveu.
Parece que está morta e nada mais parece.
E tudo se compõe, dispõe e harmoniza
para que a morte seja apenas sua.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 140
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«Na boca firme, como no olhar duro,
ou no cabelo ferozmente preso,
ou nas imensas pérolas que se multiplicam,
ou nos bordados do vestido em que nem seios
se alteiam muito, há uma virtude fria,
uma ciência de não-pecar na confissão e na alcova,
uma reserva de distante encanto»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 139
ou no cabelo ferozmente preso,
ou nas imensas pérolas que se multiplicam,
ou nos bordados do vestido em que nem seios
se alteiam muito, há uma virtude fria,
uma ciência de não-pecar na confissão e na alcova,
uma reserva de distante encanto»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 139
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«roubando à morte o repetir perpétuo»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 137
« A dor dos tempos sobre todos pousa.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 137
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