«As andorinhas não morrem, a Primavera nunca acaba e o renascer é uma constante. Essa é uma lição da vida. Essa é uma certeza» Fadista Ana Moura
コカインの時間を介しての旅です
Este Não-Futuro que a Gente Vive
«não basta ter um emprego seguro para não ser pobre. A conjugação entre os baixos rendimentos do trabalho e a estrutura familiar (famílias com alguma dimensão e tipologia diversa bem como com desemprego familiar), num contexto de fraqueza dos apoios sociais, explica que se possa ser um trabalhador contratualmente estável e, ao mesmo tempo, ser-se pobre.»
Fundação Francisco Manuel dos Santos , estudo “Faces da pobreza em Portugal”
«De acordo com os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 17,2% da população em Portugal estava em risco de pobreza em 2018 (ICOR de 2019,dados de 2018)». Está-se portanto a abordar indicadores e a situação respeitantes a quase um quinto da população portuguesa.
Fundação Francisco Manuel dos Santos , estudo “Faces da pobreza em Portugal”
«Adão tem vinte e cinco anos, há meia hora ainda amava Eva com toda a fúria insensata dum primeiro amor, e a escada que vai descer tem três andares.»
André Brun. O Homem que Queria Conhecer as Mulheres. Atêtheia Editores, Lisboa, 2016., p. 5
«Esta é a história de Adão, que, desprezando e humilhado por Eva, procura vingar-se. «E a primeira, a mais cruel vingança, (...) o amor no dia seguinte com outra mulher, dizer-lhe todas as palavras que a outra não quis ouvir, vesti-la de beijos que a outra desprezou e dar-lhe tanta felicidade que a outra se arrepende e nunca se console de não o ter sabido amar.» É então que Adão conhece o Diabo.»
André Brun. O Homem que Queria Conhecer as Mulheres.
Cerro os olhos e cai o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai o mundo inteiro.
Enfeitiçaste-me, em sonhos para a cama,
Cantaste-me para a loucura,
beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Tomba Deus das alturas;
abranda-me o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai o mundo inteiro.
Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a Primavera retornam com estrondo.
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior da minha mente.)
Sylvia Plath
"A nossa mente olha o Eterno e o faz Tempo"
AS ROSAS
Os Amigos
CAMINHO DA MANHÃ
«Calar e consumir-se, é o maior castigo a que nos podemos condenar. De que me serviu a mim o orgulho, e o não te olhar, e o deixar-te acordada noites e noites? De nada! Serviu para abrasar-me. Porque tu acreditas que o tempo cura e as paredes tapam, e não é verdade, não é verdade! Quando as coisas chegam ao fundo, não há quem as arranque!»
António Ferro
em prefácio a Contos Escolhidos, de Augusto Cunha
Edição póstuma, 23 de Maio de 1956
''Os mais ousados e revolucionários propõem mesmo que devemos “erodir o capitalismo”, ou seja, armados de uma brossa ou, vá lá, um berbequim atirarmo-nos à muralha da China!
Todo este labor, todo este entusiasmo em “substituir este sistema actual parasitário por um tipo de capitalismo mais sustentável, mais simbiótico, e que beneficie toda a gente” é inspirador.
Claro que cá estamos em pleno terreno do que deseja a nostálgica e auto-idealizada social-democracia. Daí que, quando olhamos para o capitalismo, armados duma brossa ou de um berbequim, nos contentemos com a beleza inquestionável da possibilidade de tornar o mundo melhor mesmo que nos limitemos afinal, contra vontade e sob protesto, a pertencermos ao exército dos que o tornam pior.''
Mário Tomé
Mário Tomé
MUSA
PAISAGEM
QUANDO
MAR
AS FONTES