''Os mais ousados e revolucionários propõem mesmo que devemos “erodir o capitalismo”, ou seja, armados de uma brossa ou, vá lá, um berbequim atirarmo-nos à muralha da China!
Todo este labor, todo este entusiasmo em “substituir este sistema actual parasitário por um tipo de capitalismo mais sustentável, mais simbiótico, e que beneficie toda a gente” é inspirador.
Claro que cá estamos em pleno terreno do que deseja a nostálgica e auto-idealizada social-democracia. Daí que, quando olhamos para o capitalismo, armados duma brossa ou de um berbequim, nos contentemos com a beleza inquestionável da possibilidade de tornar o mundo melhor mesmo que nos limitemos afinal, contra vontade e sob protesto, a pertencermos ao exército dos que o tornam pior.''
Mário Tomé
Sem comentários:
Enviar um comentário