Até que ponto o discurso de Trump é mais nativista do que nacionalista? Quais as consequências disso?
domingo, 21 de janeiro de 2018
nativismo
na.ti.vis.mo
nɐtiˈviʒmu
nome masculino
1.
FILOSOFIA teoria que afirma a existência nos seres humanos de noções ouestruturas mentais congénitas, anteriores à experiência; inatismo
2.
valorização excessiva do que é nacional, acompanhada de aversão ao queé estrangeiro
3.
proteção e valorização de uma cultura nativa como forma de resistência àaculturação
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Anticipations of the Reaction of Mechanical and Scientific Progress upon Human Life and Thought, 1901
Herbert George Wells (1866-1946)
«Revisitar e refletir sobre o que outros escreveram acerca do futuro que é hoje o nosso presente permite-nos avaliar a capacidade humana de prever e revela os contornos mais profundos da condição humana.»
sábado, 20 de janeiro de 2018
«Há coisas que, definitivamente, passaram de moda. Mas também é verdade que ainda não temos o hábito de discutir ideias sem agredir os respectivos autores ou expositores; de vencermos as nossas pequeninas vaidades onde elas não contam e, em vez delas, cultivarmos o amor da objectividade na busca da verdade. Coisas difíceis, todas elas, a quem torna públicos os seus ataques de fígado em vez de, pelo contrário, com muito mais senso, procurar discretamente o conselho de um bom médico. Que essas coisas de vómitos andam, muitas vezes, ao que oiço dizer, ligadas a perturbações do órgão hepático. Mas não desejando meter foice em seara alheia,
Creia, Sr. Director, na consideração do
Joel Serrão.»
Creia, Sr. Director, na consideração do
Joel Serrão.»
«O mais ingrato estudo em sociologia é o crime.»
A criminalidade feminina por Luís de Carvalho e Oliveira
«Este é o grito da sirene dos carros da polícia. Deu-se um crime em Sunset Boulevard eram 4 horas da madrugada. O ruído de uma descarga de tiros, despertou a multidão. Este é o meu corpo boiando à tona de água. Estou morto. São agora 9 horas da manhã. A imprensa vai especular, contar histórias diferentes. Por isso, vou eu narrar os factos, tal como ocorreram.»
Billy Wilder
Billy Wilder
«(...) a ambição do dinheiro como mola impulsionadora do drama;»
Billy Wilder, sua obra e sua importância no cinema ''Negro'' por Mário Bonito
Definição de «filme negro»
« diremos que, de modo geral, se caracteriza por: realismo de ambiência; personagens tentados ao suicídio e ao isolamento, em resultado da impotência ou da indiferença; e exposição da narrativa em termos mais ou menos pessimistas e violentos.»
Billy Wilder, sua obra e sua importância no cinema ''Negro'' por Mário Bonito
Billy Wilder, sua obra e sua importância no cinema ''Negro'' por Mário Bonito
'' chumbei-lhe uma perna e uma asa.''
A Morte do Gaio. Contarelos De um livro para jovens, longamente à espera de Editor, por Irene Lisboa
“É fácil falar de Literatura porque me estou borrifando para a opinião dos críticos encartados e dos escritores encartados”
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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
«Esqueço-me de viver se te recordo,»
Manuel Altolaguirre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 290
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«Era minha dor tão alta
que avistava o outro mundo
olhando sobre o poente.»
Manuel Altolaguirre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 287
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«Se altas são as torres, alta é a coragem.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 281
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''Há sangue caído''
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 280
BALADA DA NOSTALGIA INSEPARÁVEL
Sempre esta nostalgia, esta inseparável
nostalgia que tudo afasta e modifica.
Diz-mo tu, árvore.
Olho-te. Olhas-me. E já não és a mesma.
Nem é o mesmo vento que te está a açoitar.
Diz-me tu, água.
Bebo-te. Bebes-me. E já não és a mesma.
Nem é a mesma terra a da tua garganta.
Diz-me tu, terra.
Tenho-te. Tens-me. E já não és a mesma.
Nem é o mesmo o sonho de amor que te possui.
Diz-mo tu, sonho.
Tomo-te. Tomas-me. E já não és o mesmo.
Nem é a mesma estrela que está a adormecer-te
Diz-mo tu, estrela.
Chamo-te. Chamas-me. E já não és a mesma.
Nem és a mesma noite clara quem te queima.
Diz-mo tu, noite.
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 279/80
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«posso viver de novo, se tu mandas,
morrer, morrer também, se assim o queres.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 278
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«Não quero separar-me de meus olhos,
do meu coração, mãe, nem um momento,»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 278
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''cadáveres de vozes conhecidas''
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 276
''névoa caporal de tabaco''
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 275
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
(...)
«Mas quando já nos anos que se têm
correm por nosso sangue mais mortos do que anos,
o melhor é ser álamo,
Álamo que assistiu a uma batalha
e vai contando noites com nomes de soldados.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 275
«(...) no ombro de uma ave não havia flor que apoiasse a cabeça.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 271
Segunda lembrança
Também antes,
muito antes da rebelião das sombras,
de que ao mundo caíssem penas incendiadas
e um pássaro pudesse ser morto por um lírio.
Antes, antes que me perguntasses
o número e o sítio do meu corpo.
Muito antes do corpo.
Na época da alma.
Quando abriste na fronte sem coroa do céu,
a primeira dinastia do sonho.
Quando, ao olhar-me no nada,
inventaste a primeira palavra.
Então, o nosso encontro.
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 271
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«Passeava com um ar de açucena que pensa,
quase de pássaro que sabe há-de nascer.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 270
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«Eu dei o meu sangue aos mares.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 270
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verso solto
(...)
«Espremei todo meu sangue.
Ponde a secar minha vida
sobre as enxárcias do cais.
Seco, arremessai-me às águas
com uma pedra ao pescoço
p'ra que nunca mais flutue.»
Rafael Alberti. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 269
domingo, 14 de janeiro de 2018
Todas as minhas fontes vêm de ti
As nascentes
E amo-te com a constância do moribundo que respira
Já sem saber de que lado o visita a morte
As nascentes
E amo-te com a constância do moribundo que respira
Já sem saber de que lado o visita a morte
Procuro a ligação entre ti a luz muito miudinha depois dos temporais
Entre a luz e os estilhaços nas ruas bombardeadas
Desconheço o colar onde unes tudo
Entre a luz e os estilhaços nas ruas bombardeadas
Desconheço o colar onde unes tudo
Procuro entender como é que moldas
Os meus pés ao equilíbrio que os desloca no chão
Sei que és tu que me levantas
Que remendas o meu corpo a cada dia
Os meus pés ao equilíbrio que os desloca no chão
Sei que és tu que me levantas
Que remendas o meu corpo a cada dia
Em ti encontro a pulsação
Que rebente - uma artéria como nunca
Tinha jorrado. Cratera onde durmo
Recluso, árvore à chuva
Em dificuldade extrema
De respiração
Que rebente - uma artéria como nunca
Tinha jorrado. Cratera onde durmo
Recluso, árvore à chuva
Em dificuldade extrema
De respiração
Ponho a cabeça entre os ramos, lanço os braços para fora
Como um pássaro entre um bando
De disparos
Como um pássaro entre um bando
De disparos
Tu moves as agulhas, tu unes de novo
As minhas asas à curva do céu
As minhas asas à curva do céu
– Daniel Faria
Günther Anders já não confia nos meios pacíficos, já não acredita na democracia dos partidos. “Depois da grande vitória dos meios de comunicação de massas, deixou de existir democracia. O substancial da democracia é poder ter uma opinião própria e, ao mesmo tempo, poder expressá-la. Por exemplo, vivi catorze anos nos Estados Unidos e nunca pude expressar a minha opinião. Desde que existem meios de comunicação de massas, e desde que a população mundial se encontra como que exorcizada diante do televisor, ela é alimentada, às colheres, com opiniões. A expressão ´ter uma opinião própria` já não tem sentido de realidade. Os alimentados deixaram de possuir, forçadamente, qualquer hipótese de ter uma opinião própria. Não, já nem sequer consomem opiniões alheias. São engordados com o sistema. E os gansos engordados a sistema não ´consomem`. A televisão engorda com sistema. Se a democracia é aquilo que permite expressar uma opinião própria, então a democracia converteu-se em algo impossível através dos meios de comunicação de massas, porque quando não se tem algo próprio, também não se consegue expressá-lo.”
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