terça-feira, 17 de outubro de 2017
''atar a hemorragia''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 143
Etiquetas:
imagens,
João Cabral de Melo Neto
OS RIOS DE UM DIA
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 143
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
títulos de poemas
RIOS SEM DISCURSO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 139
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
poesia,
títulos de poemas
sábado, 14 de outubro de 2017
SOBRE O SENTAR-/ESTAR-NO-MUNDO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 35
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
títulos de poemas
«o hálito sexual da terra sob o arado.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 135
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
poesia,
verso solto
*
O que o canavial sim aprende do mar;
o avançar em linha rasteira da onda;
o espraiar-se minucioso, de líquido,
alagando cova a cova onde se alonga.
O que o canavial não aprende do mar:
o desmedido do derramar-se da cana;
o comedimento do latifúndio do mar.
que menos lastradamente se derrama.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 127
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto,
poesia
A EDUCAÇÃO PELA PEDRA
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 125Ã
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
títulos
«incapaz de não decifrar-se
lida ou entendida por ninguém.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 118
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
''maçãs de vento''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 117
Etiquetas:
imagens,
João Cabral de Melo Neto
A DOENÇA DO MUNDO FÍSICO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 116
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
''o ácido de um sim negativo.''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 110
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
«(...) o tempo
injeta em cada um seu veneno.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 106
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto
«(...) , alma sujas de graxa;
todas são mais pesadas que o ar,»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 105
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto,
versos soltos
(...)
É uma luta fantasma,
vazia, contra nada;
não diz a coisa, diz vazio;
nem diz coisas, é balbucio.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 103
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto,
poesia
«nesse livro se inconfessou:
ainda se disse, mas sem vício.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 102
ainda se disse, mas sem vício.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 102
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto
''A linguagem: um falar com coisas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 101
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
''gaiola torácica''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 99
Etiquetas:
imagens,
João Cabral de Melo Neto
''O sol com suas lâminas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 95
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
O ARTISTA INCONFESSÁVEL
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é o inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é o inútil, e bem sabendo
que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificil-
mente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais directo ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 90/1
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
poesia,
poeta
« o incapaz de tocar a massa
sem lhe mudar o fazimento.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 87
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto,
poesia
'' a alma de mãos caídas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 86
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
poesia,
verso solto
''fazer poesia com coisas.''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 82
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
«O desábito de vencer
não cria o calo da vitória;
não dá à vitória o fio cego
nem lhe cansa as molas nervosas.
(...)»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 82
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto,
poesia
''diarréias propícias''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 80
Etiquetas:
imagens,
João Cabral de Melo Neto
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
''cama de mulheres-da-vida''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 70
'' o Colar do Enforcado''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 65
''freirice de lírios''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 56
«Todos os verdes que há no verde»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 54
Etiquetas:
João Cabral de Melo Neto,
verso solto
«fala da peixeira, chave
de sua sede e de sua febre.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 53
Etiquetas:
excerto,
João Cabral de Melo Neto
''romances de cordel''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 37
domingo, 1 de outubro de 2017
Mulher Vestida de Gaiola
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 24
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 24
sábado, 30 de setembro de 2017
''Os olhos ainda eram muito lúcidos.''
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 18
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 18
''aterrissar de pássaros''
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.18
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.18
O Sim contra o Sim
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.15
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.15
« A poética do pouco, se não do mínimo, do inerte mineral (ou pelo menos vegetal), define-se em parte pela negação: é uma poética do não, do espinhoso cacto não, e do prefixo in - (inenfática, impessoal, inexcessiva, inemocional); agarra-se a vinte palavras, sempre as mesmas (provavelmente: pedra, osso, esqueleto, dente; gume, navalha, faca, foice, lâmina, cortar, esfolado; bala, relógio; seco, mineral, deserto, asséptico, vazio, fome; e, é claro, cana). Tendente à geometria certa de um cristal, deixa no entanto sempre à vista o material de que parte (...)»
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.11
Etiquetas:
crítica literária,
sobre a poesia
pensadores
«(...pensadores, aquilo a que os franceses chamam de bricoleur, pessoas “do it yourself” que conseguem ver um pouco mais à frente e vão abrindo caminho na direção certa.»
Philippe Van Parijs, defensor do Rendimento Básico Incondicional
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Loaded Shine
Galeria Quadrado Azul, Porto
''Depois de ter integrado a secção oficial do PhotoEspaña com uma exposição na sala Goya do Círculo de Bellas Artes de Madrid, Loaded Shine assinala o regresso de Paulo Nozolino à cidade do Porto com uma exposição individual.
O trabalho reúne 20 fotografias balizadas pelo período temporal que vai de 2008 a 2013 e por uma geografia que percorre espaços tão distintos como Nova Iorque, Paris, Berlim e Lisboa, mas também a ruralidade de lugares no interior de França e de Portugal. Com uma sintaxe carregada de símbolos e ainda usando o filme de 35 mm, as fotografias do artista mantêm vincado o seu olhar consciente e atento sobre um mundo em decadência e abandonado à desolação, sem nunca deixarem de procurar a verdade e tudo o que há de mais puro no processo analógico.
“Não consigo deixar de olhar para o que estamos a perder, honra e dignidade. A palavra não é suficientemente forte para o dizer. Só a imagem o consegue. As variantes de modernidade que nos oferecem não me interessam. Procuro a pureza de tudo o que resiste à violência do progresso”, diz Nozolino.''
Etiquetas:
fotógrafo português,
Paulo Nozolino
domingo, 17 de setembro de 2017
MaNyfaCedGod
[Intro: JAY-Z]
Yeah, uh
Vacay the pain away, uh
Smoking the pain away, uh
Drinking the–uh
[Verse 1: JAY-Z]
Look at all we been through since last August
Skating through the rumors like, "Aw, shit!"
Still came back, fucked up the red carpet
Shows how big your heart is
On the run, we took a hundred together
More than the money, it was the fact that we done it together
Uh, healing in real time
"Song Cry" to "Resentment", that was real crying
Bonnie and Clyde things, we hold it down
Had we surrendered then, that'd be the real crime
Got through it, got blessed times two with it
New Bel-Air estates with four pools in it
I told my bro, "You gotta go home," over vino
Goodfella, don't gamble with your life, this ain't Casino
Cost him two mill' plus the child support
We'll get the money back, but not the child support
It's getting too late, we can't afford mistakes
Woulda broke me down had you got away
It woulda broke me up had you took my child away
I'm glad we found a way
Sexin' the pain away
Vacay the pain away
Drinking the pain away
Smoking the pain away
Yeah
[Verse 2: James Blake & JAY-Z]
Too perfect not to wonder
If we created a flame that would warm us 'til October
We invented lovers from company for the summer
I was many faces, but at least I was willing to change
I was worried that the way I was would end me up alone
Shit feels so beautiful, don't you agree?
I was worried that the way I was would end me up alone
[Beat Change]
[Verse 3: JAY-Z]
Our external reality is an opportunity to heal our internal upset
Let's build a cathedral these evils couldn't fuck with
I wanna spend my Saturdays and my latter-days, eating sundaesand enjoying Mondays
Not worrying about what none say
Yoncé
All on this mouth like liquor
That my nigga, uh, that my nigga
Over everything, each of our mood swings
Whenever attitudes change, like a mood ring
Ain't nothing like somebody that get ya
Baby, I get ya
Let's go through this thing, come out stronger, the golden journey
Broken is better than new, that's kintsukuroi
You're fine china
I'm a bull and ball in a china shop
I promise to repair with gold each bowl I drop
Be grateful for whatever comes
Because each has been sent from a guy from beyond
That's what Rumi say
"Never go to bed mad," that's what my Ummi say
It always took her less to say more
I always thought she was an angel, now I'm sure
Sure
Yeah, uh
Vacay the pain away, uh
Smoking the pain away, uh
Drinking the–uh
[Verse 1: JAY-Z]
Look at all we been through since last August
Skating through the rumors like, "Aw, shit!"
Still came back, fucked up the red carpet
Shows how big your heart is
On the run, we took a hundred together
More than the money, it was the fact that we done it together
Uh, healing in real time
"Song Cry" to "Resentment", that was real crying
Bonnie and Clyde things, we hold it down
Had we surrendered then, that'd be the real crime
Got through it, got blessed times two with it
New Bel-Air estates with four pools in it
I told my bro, "You gotta go home," over vino
Goodfella, don't gamble with your life, this ain't Casino
Cost him two mill' plus the child support
We'll get the money back, but not the child support
It's getting too late, we can't afford mistakes
Woulda broke me down had you got away
It woulda broke me up had you took my child away
I'm glad we found a way
Sexin' the pain away
Vacay the pain away
Drinking the pain away
Smoking the pain away
Yeah
[Verse 2: James Blake & JAY-Z]
Too perfect not to wonder
If we created a flame that would warm us 'til October
We invented lovers from company for the summer
I was many faces, but at least I was willing to change
I was worried that the way I was would end me up alone
Shit feels so beautiful, don't you agree?
I was worried that the way I was would end me up alone
[Beat Change]
[Verse 3: JAY-Z]
Our external reality is an opportunity to heal our internal upset
Let's build a cathedral these evils couldn't fuck with
I wanna spend my Saturdays and my latter-days, eating sundaesand enjoying Mondays
Not worrying about what none say
Yoncé
All on this mouth like liquor
That my nigga, uh, that my nigga
Over everything, each of our mood swings
Whenever attitudes change, like a mood ring
Ain't nothing like somebody that get ya
Baby, I get ya
Let's go through this thing, come out stronger, the golden journey
Broken is better than new, that's kintsukuroi
You're fine china
I'm a bull and ball in a china shop
I promise to repair with gold each bowl I drop
Be grateful for whatever comes
Because each has been sent from a guy from beyond
That's what Rumi say
"Never go to bed mad," that's what my Ummi say
It always took her less to say more
I always thought she was an angel, now I'm sure
Sure
sábado, 16 de setembro de 2017
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
domingo, 10 de setembro de 2017
''Os vossos ombros frágeis, estreitos, magoáveis.''
Tatyana Kuzovleva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 213
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
«Não há épocas suaves.»
Naum Korzhavin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 203
«O gafanhoto fica calado na sua folha
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
Etiquetas:
poesia soviética,
versos soltos
"A ditadura perfeita terá as aparências de uma democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
Aldous Huxley
Etiquetas:
Aldous Huxley,
citações,
civilização,
século xx
''ver o mundo sem as suas capas,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 175
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
«Não trocam palavra e esse encontro
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
Etiquetas:
excerto,
poesia soviética,
versos soltos
''Que seria do falcão sem a serpente?''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
''Sem estupidez não havia esperteza,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
sábado, 9 de setembro de 2017
''não só não podem - tudo podem os grandes no mundo! -''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 167
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto,
Yevgeny Yevtushenko
Arrastavam-se Madalenas
e semeavam lágrimas,
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 166
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 166
Etiquetas:
excerto,
imagens,
Yevgeny Yevtushenko
''Dá-me os teus lábios. Aperta-me e não penses.''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
Etiquetas:
verso solto,
Yevgeny Yevtushenko
Eu não choro. Já chorei tudo.
(...)
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
Etiquetas:
excerto,
poesia soviética,
Yevgeny Yevtushenko
''emigramos com os lábios de visita''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
''As estrelas olham com olhos de prisão,''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
Etiquetas:
poesia,
poesia soviética,
verso solto
OS JOVENS FURIOSOS
O século XX,
ó grande era do spútnik,
como é grande a tua tristeza e mortificação,
tu - século generoso,
e canalha também,
século que assassina as nossas ideias,
século de uma juventude furiosa.
Os jovens estão extremamente furiosos.
Os seus olhos brilham de desdém pelo seu tempo.
Desprezam os partidos,
o governo,
a igreja
e as previsões dos filósofos.
Desprezam as mulheres
com quem dormem,
o mundo dos bancos
e escritórios.
Desprezam
com dolorosa perspicácia
o seu próprio lamentável desprezo.
O século XX não é pai para eles - mas padrasto.
Detestam-no muito,
enormemente.
E um fermento negro
denso
nos jovens cáusticos junto do Hudson;
e junto do Tibre,
do Sena,
e do Tamisa
os mesmos jovens passeiam tristemente.
Duros,
taciturnos,
deformados,
Como se não pertencessem ao seu tempo...
Eu sei bem -
o que eles não querem.
Só o que eles querem -
não sei compreender.
Certamente a sua crença jovem
não será apenas
praguejar!
De onde estou agora,
em Moscovo,
falo-lhes francamente
de homem para homem:
se alguma coisa me põe furioso,
não é porque em mim
haja uma triste descrença,
mas porque grito alto o amor pelo meu país.
Se alguma coisa me põe furioso -
é porque me orgulho
de estar com os amigos,
de estar nas fileiras,
de estar no combate
pelo meus direitos!
Que se passa convosco?
Procuram a verdade?
'Psicose das massas, ' -
suspiram os psiquiatras.
Jovens vagueiam tristes pela Europa.
Pela América vagueiam jovens tristes.
Ó século XX,
ó grande era do spútnik,
arranca-os às sombras e à confusão!
Não lhes dês uma comodidade plácida -
dá-lhes fé
na justiça
e no bem.
Eles são teus filhos
e não teus inimigos.
Ouves,
século XX?
Socorro!
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 160-162
ó grande era do spútnik,
como é grande a tua tristeza e mortificação,
tu - século generoso,
e canalha também,
século que assassina as nossas ideias,
século de uma juventude furiosa.
Os jovens estão extremamente furiosos.
Os seus olhos brilham de desdém pelo seu tempo.
Desprezam os partidos,
o governo,
a igreja
e as previsões dos filósofos.
Desprezam as mulheres
com quem dormem,
o mundo dos bancos
e escritórios.
Desprezam
com dolorosa perspicácia
o seu próprio lamentável desprezo.
O século XX não é pai para eles - mas padrasto.
Detestam-no muito,
enormemente.
E um fermento negro
denso
nos jovens cáusticos junto do Hudson;
e junto do Tibre,
do Sena,
e do Tamisa
os mesmos jovens passeiam tristemente.
Duros,
taciturnos,
deformados,
Como se não pertencessem ao seu tempo...
Eu sei bem -
o que eles não querem.
Só o que eles querem -
não sei compreender.
Certamente a sua crença jovem
não será apenas
praguejar!
De onde estou agora,
em Moscovo,
falo-lhes francamente
de homem para homem:
se alguma coisa me põe furioso,
não é porque em mim
haja uma triste descrença,
mas porque grito alto o amor pelo meu país.
Se alguma coisa me põe furioso -
é porque me orgulho
de estar com os amigos,
de estar nas fileiras,
de estar no combate
pelo meus direitos!
Que se passa convosco?
Procuram a verdade?
'Psicose das massas, ' -
suspiram os psiquiatras.
Jovens vagueiam tristes pela Europa.
Pela América vagueiam jovens tristes.
Ó século XX,
ó grande era do spútnik,
arranca-os às sombras e à confusão!
Não lhes dês uma comodidade plácida -
dá-lhes fé
na justiça
e no bem.
Eles são teus filhos
e não teus inimigos.
Ouves,
século XX?
Socorro!
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 160-162
Etiquetas:
poema,
poesia soviética,
século xx
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Natividade de Nossa Senhora
Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria.
sábado, 2 de setembro de 2017
Prosa Memorialista de Seiscentos. FCG. António J. Saraiva e Óscar Lopes. «…’ a melancolia e nublado português e a boa sombra e alegria castelhana: uns, noitibós tristes, e outros, pintassilgos alegres, [...] andam os portugueses à caça de uma melancolia, e sonham os castelhanos de noite como poderão levar um bom dia’»
Prosa memorialista
(Excerto)
«A principal fonte de informação sobre este período é um diário particular referente aos acontecimentos decorridos entre 1662 e 1680, intitulado, Monstruosidades do Tempo e da Fortuna, de que ficaram vários manuscritos, um deles editado em 1888, e que tem sido atribuído com verosimilhança ao beneditino de Entre Douro e Minho, frei Alexandre Paixão. O ponto de vista deste diário é o de um moralista muito conservador, antijudaico, favorável a ao monarca Pedro e à alta aristocracia. Mas a obra contém informações valiosas, graças a certo e novo gosto de registar efemérides, muito característico da época barroca e ao qual se devem obras tão notáveis como as Memórias de Saint-Simon ou o Diário de Samuel Pepys. A título de exemplo, e pelo seu extraordinário interesse para a história do teatro em Portugal, citemos as referências contidas em Monstruosidades às cartas por títulos e comédias e uma lista, elaborada por acinte nitidamente antinobiliárquico, em que figuram 117 nomes da aristocracia, ou designações colectivas de grupos dirigentes do País, seguidos cada qual de um título de comédia espanhola que lhe faz a caricatura; assim, Francisco Manuel de Melo é caracterizado pelo título da comédia Lances de Amor y Fortuna, o que parece confirmar a tradição linhagista segundo a qual a sua prisão tem qualquer relação com aventuras amorosas.
Entre as obras de memórias da época filipina salienta-se a Fastigímia ou Fastigínia do jurisconsulto Tomé Pinheiro Veiga (c. 1570-1656), diário de uma estada do autor em Valhadolid em 1605, mas com inserção de comentários e acrescentos indubitavelmente posteriores, obra que correu em numerosas cópias manuscritas. O autor dedica a maior parte do texto à descrição minuciosa de cerimónias e festejos áulicos e à transcrição da picante esgrima de galanteios que travou com damas espanholas, cuja desenvoltura e liberdade o surpreenderam e deleitaram, em contraste com a tirania que em Portugal se usa com as filhas e as mulheres. Bom observador humorístico, Pinheiro Veiga sabe insinuar, com humor, uma visão crítica da espaventosa corte de Filipe II (III de Espanha), do rei, do duque de Lerma e outras personagens, de certos costumes castelhanos e portugueses, das exibições teatrais do culto religioso, como procissões de tocheiros e milhares de disciplinantes, sermões em que sucedem farsas solenes, etc. Em certos pontos, como no gosto da reportagem concreta, da minúcia significativa, no interesse com que em dado passo refere progressos técnicos recentes, o autor ganha um ar moderno, apesar do seu lastro de citações clássicas e de conceitos espirituosos. Um dos maiores interesses do livro reside no contraste que estabelece entre a melancolia e nublado português e a boa sombra e alegria castelhana: uns, noitibós tristes, e outros, pintassilgos alegres, [...] andam os portugueses à caça de uma melancolia, e sonham os castelhanos de noite como poderão levar um bom dia. Tomé Pinheiro Veiga, cujo espírito autonomista se revelou no próprio exercício da magistratura, resistindo à aplicação de leis castelhanas, e que aderiu mais tarde à Restauração, reage de modo por vezes sarcástico contra a constante caricatura com que em Valhadolid é alvejado o seu Portugalete, quer em piropos de castelhanas ou em alusões orais diversas, quer até em entremezes, denominados portuguesadas, acerca de fanfarronices e sentimentalismos ridículos de tipos fidalgos portugueses. No entanto, não se cansa de também criticar os preconceitos e pechas da aristocracia nacional, à luz do que vê em Castela: a brutal sujeição feminina (que vimos preconizada pela Carta de Guia de Casados); a tola presunção provinciana de estirpe e o feitio brigão; a exibição sentimentalona, a alternar com o gosto de falar de um modo obsceno; a falta de limpeza; o baixo nível de convivência. O mais curioso é que o próprio autor se recorta, no livro, como um obsessionado sentimental pelo belo sexo, rematando mesmo a Segunda Parte por um longo encarecimento das sublimidades do amor freirático que é difícil de tomar apenas como uma ironia, a não ser que funcione como auto-ironia.
Sob o ponto de vista literário, trata-se de uma das obras mais notáveis do nosso século XVII, graças a uma prosa cheia de vivacidade, a um extraordinário sentido de humor, ao seu equilíbrio entre a coloquialidade e a erudição no sentido em que se orientavam já as obras de Jorge Ferreira Vasconcelos. Outras obras seiscentistas de Memórias: o Diário (1731-33) do 4.º conde de Ericeira, e o livro que Eduardo Brasão publicou no Porto, 1940, sob o título de D. Afonso VI, atribuindo-o a António Sousa Macedo; o investigador brasileiro Afonso Pena Júnior reivindica a autoria desta última obra para Pedro Severim Noronha. É ainda como memorialistas que aqui se devem registar dois homens que, além de Rodrigues Lobo, preceptista e antologista epistolográfico, Francisco Manuel Melo, padre António Vieira e frei António Chagas, deixaram uma significativa correspondência: Vicente Nogueira (1585-1654), clérigo muito culto, que, exilado em Roma, dá em numerosas cartas ao marquês de Nisa informações bibliográficas, pareceres e observações dos costumes da grande cidade; e José Cunha Brochado (1652-1735), a quem uma longa missão diplomática em Paris proporcionou curiosas reflexões e comparações em numerosas cartas, além de dois tomos de Memórias e anedotas da Corte de França».
In António J. Saraiva e Óscar Lopes, Prosa Memorialista de Seiscentos (excerto), História da Literatura Portuguesa, Porto, Porto Editora, FCG, Lisboa, 2005, Halp 35, ISSN 1645-5169.
Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., — unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... — abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio
Subscrever:
Mensagens (Atom)