Mostrar mensagens com a etiqueta poetas portugueses. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poetas portugueses. Mostrar todas as mensagens
domingo, 8 de janeiro de 2017
NA MORTE DOS DEUSES
É quando os Deuses morrem
que sentimos
Melhor o pouco espaço que
ocupamos.
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 79
Etiquetas:
deuses,
existência,
henrique segurado,
poema,
poetas portugueses,
saúde mental,
self
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
«Sou um anjo utilitário.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 51
Etiquetas:
poesia,
poetas portugueses,
verso solto
«P'ra quê meter um tiro na cabeça
Se há veneno no ar que respiramos?!»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 47
Etiquetas:
excerto,
poesia,
poetas portugueses
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
«Dentro de ti se constrói
Um mundo que aos outros falta.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 19
Etiquetas:
excerto,
poesia,
poetas portugueses
«O leite quando o ferviam
Demorava muito menos.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 17
Demorava muito menos.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 17
Etiquetas:
excerto,
imagens,
poesia,
poetas portugueses
''Eu mordo a tua boca''
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 15
Etiquetas:
imagens,
poesia,
poetas portugueses
«Cumprindo o fadário
Do nosso suor»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 13
Etiquetas:
excerto,
poesia,
poetas portugueses
«Faz tão bem chorar
Se for por instinto.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 12
Se for por instinto.»
Henrique Segurado. Ressentimento dum ocidental. Galeria Panorama, 1970., p. 12
Etiquetas:
excerto,
poesia,
poetas portugueses,
saúde mental
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
grupos do Cartucho
(Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel Fernandes Jorge, Helder Moura Pereira, António Franco Alexandre)
domingo, 9 de outubro de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Poema do Mar
O drama do Mar,
o desassossego do Mar,
sempre
sempre
dentro de nós!
Jorge Barbosa in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 168
Etiquetas:
excerto,
mar,
poetas portugueses
domingo, 31 de julho de 2016
«recordo alguém que muito amei
o desenho que bordou na minha camisa branca
vou-me embora vou-me embora
não estou bem certo. Tempos houve em que estive
tão só.»
João Miguel Fernandes Jorge. Poemas Escolhidos. Cadernos peninsulares/literatura 21., 1982., p. 138
Etiquetas:
excerto,
João Miguel Fernandes Jorge,
poesia,
poetas portugueses
sábado, 30 de julho de 2016
Hypnos
Estar contigo sentado perto de Tebas sob o som
dos cabelos do teu corpo curvado corpo onde fica o
paraíso?
Rapazinho ferido
o mar ficou tão escuro
tão estranho como os olhos do falcão o teu amigo
encontrado em Marion dizendo-te «Nada!»
-«Eu não quero nadar aqui».
Os que roem as unhas sabem que são tristes os
olhos do turco debruçado sobre o meu túmulo enquanto
na Europa há música nas ruas e as raparigas
já não cantam à luz de uma lanterna
uma lanterna de papel morrendo como morre Chatterton
rasgadas todas as cartas ruivos os cabelos «Eu
sou o homem empurrado para o meio do chão».
«Estado de sítio » o
o estar sentado contigo perto de Tebas
no inverno do agosto americano.
João Miguel Fernandes Jorge. Poemas Escolhidos. Cadernos peninsulares/literatura 21., 1982., p. 83
Etiquetas:
João Miguel Fernandes Jorge,
poema,
poesia,
poetas portugueses
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Havia um mar. Havia um vento. Havia um mar e um vento.
E depois aquela carta escrita a um negro com nome de rapariga.
Sob a pressão do sangue. Porquê? O perigo vem sempre da sua
ausência
fragmento diálogo narração ruptura.
Abril sem abril. Sonho tomado pelo movimento. O
sonho também é político atravessa o corpo o mais leve sinal
sonhado à nossa volta. Eu não digo a palavra.
Havia um mar um mar e um vento.
Qualquer coisa conhecida. O tempo. Um mês sem mar. A
ilha ao fim do mar. A ilha prolongando o mar porque
nem todo o homem vive ou reflecte.
Pode de facto escrever um olhar querer um corpo
trazendo sob os dedos o sono pondo sobre os montes altos de sua casa.
Nas pedras lisas do silêncio está a sua parte. Sua casa.
João Miguel Fernandes Jorge. Poemas Escolhidos. Cadernos peninsulares/literatura 21., 1982., p. 80
sonho também é político atravessa o corpo o mais leve sinal
sonhado à nossa volta. Eu não digo a palavra.
Havia um mar um mar e um vento.
Qualquer coisa conhecida. O tempo. Um mês sem mar. A
ilha ao fim do mar. A ilha prolongando o mar porque
nem todo o homem vive ou reflecte.
Pode de facto escrever um olhar querer um corpo
trazendo sob os dedos o sono pondo sobre os montes altos de sua casa.
Nas pedras lisas do silêncio está a sua parte. Sua casa.
João Miguel Fernandes Jorge. Poemas Escolhidos. Cadernos peninsulares/literatura 21., 1982., p. 80
Etiquetas:
João Miguel Fernandes Jorge,
poema,
poesia,
poetas portugueses
domingo, 20 de março de 2016
«Os cães estão deitados à tua espera.
Ninguém tocou nas tuas roupas ou mudou
o sítio dos teus parcos objectos.
A tua falta é uma clareira aberta
no coração dos dias. Eu retorno à escrita,
vacilante, animal atordoado pelo estio,
agastado por um desespero grave e incolor.
Os cães ladram à espera que regresses,
percorrem a noite de extremo a extremo
com o seu passo miúdo, e eu fico de pé
com o sal das lágrimas a arder nos lábios.
Não te demores, que há uma incandescente
flor azul no lugar onde te sentavas,
um livro ilegível à míngua de enredo,
uma concha de murmúrios em que te digo:
a tua voz continua a iluminar os quartos.»
José Jorge Letria. O Fantasma da Obra II. Antologia Poética 1993-2001. Hugin, 2002, Lisboa, 2003., p. 63
Etiquetas:
josé jorge letria,
poema,
poesia,
poetas portugueses
«Porfias, e tens-me onde me queres,
ao lado da cama, junto ao parapeito
da janela que dá para o rio.
Acomodo-me. Podia ser de todos os lugares.
Mas é aqui que fico ancorado,
com a ausência suspensa nos braços
e a ternura proscrita dos lábios.
O meu exílio é um coração fendido
pelo metal da voz que o desengana,
é uma borboleta de pano
esvoaçando, aflita, entre dois lumes.
Aguardo a sentença da noite
para saber se permaneço ou se parto.
Todos os dias me deixo enlanguescer
com a ilusão de que serei livre.»
José Jorge Letria. O Fantasma da Obra II. Antologia Poética 1993-2001. Hugin, 2002, Lisboa, 2003., p. 45
Etiquetas:
josé jorge letria,
poema,
poesia,
poetas portugueses
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
«É preciso arrancar as árvores,
impedir que a noite suba,
descalça, pelos seus ramos.
impedir que a noite suba,
descalça, pelos seus ramos.
(...)»
Albano Martins
Etiquetas:
albano martins,
excerto,
poesia,
poetas portugueses
sábado, 21 de novembro de 2015
"Nenhum gato reconheceu Ulisses no
seu regresso a casa. Nem consta
que algum brincasse com os novelos
que a mulher dobava e desdobava
durante a longa ausência para
iludir os pretendentes. Por isso
me soa estranha a Odisseia e o
regresso a Ítaca sem o festivo içar
da cauda dum gato."
seu regresso a casa. Nem consta
que algum brincasse com os novelos
que a mulher dobava e desdobava
durante a longa ausência para
iludir os pretendentes. Por isso
me soa estranha a Odisseia e o
regresso a Ítaca sem o festivo içar
da cauda dum gato."
-"O Segundo Olhar"
- Inês Lourenço
- Inês Lourenço
Etiquetas:
poesia,
poetas portugueses,
poetisa
sábado, 14 de novembro de 2015
9
não pude amar mais nada
não pude mais ninguém
e mesmo que te minta
é o contrário disso
e mesmo que te minta
é a verdade seca
posta ali às avessas;
não pude amar mais claro
Fernando Assis Pacheco. A Musa Irregular. Edições Asa. Lisboa, 1991., p. 110
não pude mais ninguém
e mesmo que te minta
é o contrário disso
e mesmo que te minta
é a verdade seca
posta ali às avessas;
não pude amar mais claro
Fernando Assis Pacheco. A Musa Irregular. Edições Asa. Lisboa, 1991., p. 110
Etiquetas:
amor,
Fernando Assis Pacheco,
poema,
poesia,
poetas portugueses
Subscrever:
Mensagens (Atom)