quinta-feira, 12 de dezembro de 2019


frontispício

fron.tis.pí.ci.o
frõtəʃˈpisjufrõtiʃˈpisju
nome masculino
1.
ARQUITETURA fachada principal de um edifíciofrontaria
2.
página inicial de um livro, que contém o título, o nome do autor, a editora, etc.rosto
3.
coloquial facecara

Mar & Matrimónio

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974.

«Sem franqueza no sangue»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 58

«O sol na boca grávida''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 55
«o osso é cada vez mais espiga
a espiga cada vez mais osso»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 54

''no poço dos joelhos''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 48
«A tua dor
E o teu orgasmo»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 41

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019


morabeza

 Cabo Verde
mo.ra.be.za
morɐˈbɛzɐmɔrɐˈbezɐ
nome feminino
amabilidade, afabilidade

''Todo o sangue do teu corpo peregrino''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 39

''joelhos de sol''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 23

'' Nem mar nem céu ''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 19

(...)

« Amando
                   no útero das veias
                             a voz uterina dos navios.»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 16

''Um silêncio de tantas portas''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 10

''Um coração de terra batida''

Corsino Fortes. pão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 8

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

categoria de não-merecimento de amor


“Uma gralha vestida de pavão, não é reconhecida nem pelas gralhas nem pelos pavões” (Esopo, 620 – 564 a.C.)

''Disse em 2001, a OMS: “A depressão grave é actualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo e ocupa o 4º lugar entre as 10 principais causas de patologia, a nível mundial. Se estiverem correctas as projecções, caberá à depressão, nos próximos 20 anos, a dúbia distinção de ser a 2ª das principais causas de doenças no mundo (…) Um milhão de pessoas cometem anualmente suicídio. Entre 10 e 20 milhões tentam suicidar-se.”
''Disforias, eutimias, euforias e demais interpretações de ânimos ''

domingo, 1 de dezembro de 2019

'' a noite é como uma mulher nua.''


Paula Cristina Lima Freitas
15 anos
Escola Secundária da Lagoa, Lagoa, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 181

(...)

«Amo alguém tristemente
que, na fúria da mente,
me enlouqueceu.
Amo alguém que, em sua vida,
encontrou a saída
e me esqueceu.»

Mayra Alessandra Bighete S. Lutus
14 anos
S. Paulo, Brasil

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 176

''lua aveludada''


«(...)                               Quem
grita no escuro apelando a morte?»


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 171

''Desgostos já tanto chorados.''


Cláudia Sofia Ponosca Palmeiro
13 anos
Cacém, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 169

''Mula-sem-cabeça''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 161

''Suponha que eu pense, e não possa pensar.''



Patrícia Menezes Pedreira da Silva
13 anos
Rio de Janeiro, Brasil


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 159

sobrevém

''ondas gordas e cheias de espuma''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 150

''brilho de perdão''



Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 136

''A vida é um pesadelo,
P'ra quem o tem no coração.''


Ana Catarina Alves Duarte
11 anos
Lisboa, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 135

sexta-feira, 29 de novembro de 2019




I walk along the street of sorrow
The boulevard of broken dreams
Where gigolo and gigolette
Can take a kiss without regret
So they forget their broken dreams
You laugh tonight and cry tomorrow
When you behold your shattered schemes
And gigolo and gigolette
Wake up to find their eyes are wet
With tears that tell of broken dreams
Here is where you'll always find me
Always walking up and down
But I left my soul behind me
In an old cathedral town
The joy that you find here, you borrow
You cannot keep it long, it seems
But gigolo and gigolette
Still sing a song and dance along
The boulevard of broken dreams
Da, da, da, da, da, da, da
Da, da, da, da, da, da, da
Da, da, da, da, da, da, da
Da, da, da, da, da, da, da
The joy that you find here, you borrow
You cannot keep it long, it seems
But gigolo and gigolette
Still sing a song and dance along
The boulevard of broken dreams
Fonte: LyricFind

Compositores: Al Dubin / Harry Warren
Letras de Boulevard Of Broken Dreams
Com uma pergunta, o Zaratustra de Nietzsche (2011, p. 46) pode ainda nos perturbar e inquietar, provocando a reflexão: “[e] também vós, para quem a vida é furioso trabalho e desassossego: não estais muito cansados da vida?”

Nietzsche, Friedrich. (2011), Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. São Paulo, Companhia das Letras.
''dialogando com obras de escritores e artistas diversos – entre os quais despontam não apenas os já citados (Nietzsche, Melville, Handke, Agamben), mas também Kafka, Maurice Blanchot, Cézanne, Merleau-Ponty, Walter Benjamin, Theodor Adorno, Hannah Arendt, Jean Baudrillard e Roberto Esposito –, Byung-Chul Han apresenta em seu Sociedade do cansaço uma reflexão percuciente para o público leitor compreender melhor o modo de funcionamento da sociedade capitalista contemporânea. ''

“psicofarmacologia cosmética” (Kramer, 1993)

''(...)para Han, o estado de esgotamento na sociedade atual não provém desse tipo de potência, mas do excesso de positividade (leia-se: estímulos). A leitura de 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono pode ratificar o sentido da experiência social analisado por Byung-Chul Han. Nesse livro, o professor de história da arte Jonathan Crary (2016) evidencia de que forma a presença constante de estímulos tende a impedir o desligamento do indivíduo, que dorme hoje em sleep mode. Inspirada nas máquinas, essa expressão recorrente e apenas aparentemente inócua dá a ver a ideia de que o indivíduo está em “modo de consumo reduzido”, à disposição, superando a lógica “desligado/ligado”, “de maneira que nada está de fato ‘desligado’ e nunca há um estado real de repouso” (Crary, 2016, pp. 22-23). Trazendo à tona projetos científicos, tecnológicos e laboratoriais cujo objetivo consiste em reduzir ou eliminar o sono, o norte-americano mostra que tais empreendimentos – supostamente inacreditáveis – são consonantes à cultura moderna ocidental que deprecia o sono desde a estimação positiva de conceitos e valores como produtividade, racionalidade, consciência, vontade, objetividade, ação, desempenho. Na cultura ocidental contemporânea “24/7”, na qual impera o regime de trabalho non-stop, o sono se apresenta como a única dimensão existencial ainda não colonizada pelo capitalismo.''

Han, Byung-Chul
 Para uma abordagem da fadiga

escritor austríaco Peter Handke (1990).

La fatigue d’être soi: dépression et société

O mundo plástico de Mária Švarbová


''O sistema capitalista mudou o registro da exploração estranha para a exploração própria, a fim de acelerar o processo. […] Hoje, vivemos numa época pós-marxista. No regime neoliberal a exploração tem lugar não mais como alienação e autodesrealização, mas como liberdade e autorrealização. Aqui não entra o outro como explorador, que me obriga a trabalhar e me explora. Ao contrário, eu próprio exploro a mim mesmo de boa vontade na fé de que possa me realizar. E me realizo na direção da morte. Otimizo a mim mesmo para a morte (pp. 105 e 116).''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.
''Experimenta-se o “tempo de trabalho total” – expressão que nos remete, às avessas da suposta liberdade individual sustentada pelos arautos do neoliberalismo, à noção de um “trabalho totalitário”. “A própria pausa se conserva implícita no tempo de trabalho. Ela serve apenas para nos recuperar do trabalho, para poder continuar funcionando” (p. 113)''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.
''(...)sociedade pós-disciplinar que absolutiza desempenho e produção. “O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexplo- 338 Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 30, n. 3 Resenhas, pp. 335-342 ração. […] Os adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal” (p. 30).''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.

''mensagens da indústria cultural''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.

A coação de desempenho força-o [o sujeito narcísico de desempenho] a produzir cada vez mais. Assim, jamais alcança um ponto de repouso da gratificação. Vive constantemente num sentimento de carência e de culpa. E visto que, em última instância, está concorrendo consigo mesmo, procura superar a si mesmo até sucumbir. Sofre um colapso psíquico, que se chama de burnout (esgotamento). O sujeito de desempenho se realiza na morte. Realizar-se e autodestruir-se, aqui, coincidem (pp. 85-86).

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.
''(...)para as relações sociais de produção capitalista contemporânea, o sujeito de desempenho pode explorar-se a si próprio de modo ainda mais efetivo “quando se mantém aberto para tudo” (p. 96).''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.

'' esgotamento espiritual ''

''o sujeito obediente, temerário e angustiado diante da possibilidade de transgressão''

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.
''Yes, we can – o slogan utilizado pelo presidente estadunidense Barack Obama – expressa com precisão o excesso de positividade da sociedade do desempenho.''

“sociedade do desempenho”

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.

“capitalismo cognitivo”

“violência neuronal”.

Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

''O autor Byung-Chul Han na obra "A sociedade do cansaço" refere que "A sociedade disciplinar, tal como Foucault a concebe, formada por hospitais, manicómios, prisões, quartéis e fábricas, já não corresponde à sociedade dos nossos dias. Há muito tempo que ela foi substituída por uma sociedade completamente distinta, uma sociedade de ginásios, torres de escritórios, bancos, aeroportos, centros comerciais e laboratórios genéticos. A sociedade do século XXI já não é uma sociedade disciplinar, mas, sim, uma sociedade de produção". Para além desta obra transporto comigo textos/ensaios fundamentais tais como “Elogio ao Ócio” de Russell, a ”sociedade do espetáculo” de Guy Debord e alguns textos de Fredy Perlman e Ernst Lohoff.''

Flávio Rodrigues

domingo, 24 de novembro de 2019

adivinhação

meio-mundo

''(...), os
ninhos nas
varandas ''


Andreia Filipa Veiga da Costa Pinho
11 anos
Escola n.º3, Setúbal, Portugal

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 123
'' Mortos por ambição
Ao dinheiro e ao Poder
Pessoas que sem qualquer razão
Deixaram então de viver.''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 122

''Era uma vez dois castelos de conta
num vivia um sapo
noutro uma princesa tonta.''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 114

''Basta imaginar
um pássaro
para o aprisionar,
depois imaginar
o ar para o libertar,
(...)''

Luís Noël Royer Oliveira Cruz
9 anos
Lisboa, Portugal

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 99
''A vida é um labirinto que, 
na morte, encontramos a saída.
Nas esquinas do labirinto,
há a tristeza.''

Ariel Camargo Gris da Silva
9 anos
Porto Alegre, Brasil

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 93


A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda


Compositores: José Mário Branco
(...)

'' A lua parece uma rosa
branca que anda à volta
do Mundo.''


Nuno Miguel Rodrigues Calado
9 anos
Setúbal, Escola n.º 3, Portugal
Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 88

''A lua da noite parece um botão''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 86
''(...)
E riam os dois às gargalhadas
Como duas lagartas torradas.''

Inês Alexandra Royer Oliveira Cruz
9 anos
Lisboa, Portugal
Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 84

''Belo é o abismo''

Caroline Pereira Masson
8 anos
Altinópolis, Brasil

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 83

Bem-te-vi

ou grande-kiskadi é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus.

'' às vezes faço maldades...''



Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 64


Space Oddity

Ground control to Major Tom
Ground control to Major Tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to Major Tom
(10, 9, 8, 7)
Commencing countdown, engines on
(6, 5, 4, 3)
Check ignition, and may God's love be with you
(2, 1, liftoff)

This is ground control to Major Tom,
You've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare

This is Major Tom to ground control
I'm stepping through the door
And I'm floating in the most peculiar way
And the stars look very different today

For here am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue, and there's nothing I can do

Though I'm past 100,000 miles
I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell my wife I love her very much, she knows

Ground control to Major Tom,
Your circuit's dead, there's something wrong
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you...

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet Earth is blue, and there's nothing I can do...

''As árvores faziam vento.''

Colectivo
5 anos
Jardim de Infância  Social e Paroquial de Nossa Senhora de Oliveira do Tramagal
Tramagal, Abrantes, Portugal

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 41

'' - ... E a galinha vermelha estava muito velhinha, muito velhinha!''

Ana Bruno
4 anos
Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Atouguia da Baleia, Peniche, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 39

''Sonho a pensar nas flores.''

Joana Gomes
4 anos
Jardim de Infância ''Aquário'', Setúbal, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 30

terça-feira, 19 de novembro de 2019

[João P. Miranda] Happiness

You came to me for a sing along
We ended in the backseat of a car
The melody just melted on my tongue
And so, we kissed by the first note

Your love was greater than your voice
I guess you know that
But you shot me down
Our souls hanging in the sky
Like birds
Or bats

Chorus

Happiness has never been my greatest hit
Well, angels don't pray for those who live
Their life riding from god to god
Calling them lover by mistake


You came to me for a drive along
The track i haven´t always kept my eyes
But the road led me to your words
And I got lost in your lullabies

Your love was greater than this world
Like the angels
Whom never blessed it
Our souls hanging on a tree
Like fruits
Or dead leaves

Chorus

Hapiness has never been my greatest hit
Well, angels don't pray for those who live
Their life riding from god to god
Calling them lover by mistake

(Instrumental)

Chorus

Hapiness has never been my greatest hit
Well, angels don't pray for those who live
Their life riding from god to god
Calling them lover by mistake

credits

released April 5, 2019

domingo, 17 de novembro de 2019

''Um poeta agnóstico dá conta de que o homem é um escutador e bebedor do próprio Deus, que se afigura como silêncio, e tudo isto chega ao leitor com as palavras com que o próprio poeta se dirige ao Inominável.''

RICARDO ÁLVARO AGUIAR RIBEIRO. O Inominável Silêncio: Uma audição teológica da poesia de Eugénio de Andrade

«Este Deus discreto colocou uma aparência de probabilidade nas nossas dúvidas sobre a sua existência. Envolveu-se em sombras para tornar a nossa fé mais amorosa e, sem dúvida, também para se atribuir o direito de perdoar a nossa contestação. É preciso que a solução contrária à fé tenha uma plausibilidade para deixar todo o seu jogo à misericórdia»

 GUITTON, Jean – As minhas razões de crer. Lisboa: Âncora Editora, 2000. Espiritualidades. 5, p. 85.
Daniel Faria

«Deus vem com o cinzel/ Silencioso – a luz que muito obscurece/ Os objectos até que possam/ Reverberar// O braço divino cinzela e não se vê/ […] Deus vai removendo os solos/ A carne/ Vai escrevendo com o dedo// Deus despovoa»
«Deus cala-se, e este silêncio dilacera a alma do orante, que chama incessantemente, mas sem encontrar uma resposta. Os dias e as noites sucedem-se, numa busca incansável de uma palavra, de uma ajuda que não chega; Deus parece tão distante, tão esquecido, tão ausente! A oração pede escuta e resposta, solicita um contacto, procura uma relação que possa conferir conforto e salvação. Mas se Deus não responde, o grito de ajuda perde-se no vazio e a solidão torna-se insustentável»

1IGREJA CATÓLICA. Papa, 2005- (Bento XVI) – O Clamor da angústia que descerra os céus. L’Osservatore Romano: edição semanal em Português. Cidade do Vaticano. 38 (17 de Setembro 2011) 3.
De dia, sofria por não receber resposta alguma ao meu grito, sofria pelo silêncio. De noite, o meu sofrimento faz-se mais atroz, pois o silêncio leva-me consigo ao reino do nada. De dia, o silêncio entra na dialéctica do ser, como uma pausa ou suspensão; de noite, o silêncio apõe ao ser a opacidade do seu nada. De dia, o Deus invocado pelo Salmista não formula a Palavra que o Salmista espera recolher dos seus lábios: Sou Aquele que sou. De noite, pelo encurvamento fugidio do seu Silêncio, Deus parece dizer (não o dizendo): Sou Aquele que não Sou. O Silêncio opõe ao homem o Deus oculto. O Não-Silêncio opõe um Deus cujo Ser só pode ser captado desde as raízes fugidias do Nada»

NEHER – El exilio de la palabra, p. 136

emudecimento


«O Deus do outro lado, do lado inacessível, o Deus que escapa à criação, à revelação, à comunicação. Esse Deus basta-se a si mesmo, basta-se a Si mesmo com a sua Palavra: é o Deus metadialogal; não necessita de nenhum interlocutor, nem para dirigir a Palavra nem para ouvir dele uma resposta. É o Deus sem eco, sem véspera e sem manhã; é o Deus do silêncio absoluto. O facto teológico grave, que enfrentamos agora, é que esse Deus do Silêncio absoluto se obstina em falar, ainda que fosse por meio desse Silêncio; que esse Deus metadialogal provoca o homem e o provoca ao diálogo; que esse Deus sem eco, sem véspera e sem manhã, impõe a sua intolerável presença no instante, hic et nunc»

 NEHER – El exilio de la palabra, p. 136.
«A indiferença, a ambiguidade e a neutralidade de uma noite e uma morte cujo silêncio pode ser degustado pelo próprio homem como um copo de champanhe ou como um copo de cicuta. E é também isto que nos parece sugerir quando, ao lado da noite e da morte, [a bíblia] coloca, como categorias do silêncio, os elementos mais característicos da negatividade, os temas que a consciência humana vincula de forma privilegiada a noção de nada: o inferno, o mal, o demónio, todos os sem boca, ou, possuindo boca, não sabem falar, ou ainda, se falam, devem contar com que a sua palavra seja amordaçada».

 NEHER – El exilio de la palabra, p. 40.

não nos cabe ajuizar...

(ab)usos históricos

José Eduardo Borges de Pinho reflectindo nesta linha de pensamento afirma: «importante é sobretudo reter que os abusos do passado podem sempre de novo repetir-se, ainda que sob formas categoriais diferentes. Mais ainda: há que ter uma consciência viva e permanente de que, na verdade esses abusos acontecem na nossa vida actual […] a tendência a construir um Deus à nossa imagem e semelhança e o uso do nome de  Deus em vão são realidades bem mais presentes na vida diária do que estamos dispostos a admitir»

- PINHO, José Eduardo Borges de – A questão de Deus e a consciência crítica dos fieis. Didaskalia. Lisboa: 32:2 (2002) 35.

«-És um homem muito estranho, não concordas?
 - Talvez, sim. Mas… não fui eu que me transformei. Foi o meu compromisso com Deus.
 - Ouve lá, não serás capaz de acabar com essa palavra “Deus”? Pões-me nervosa; não consigo relacioná-la com nada. Não me diz nada. Desde os meus tempos de colégio que me sinto totalmente alheia a essa palavra que os padres estrangeiros trazem constantemente na boca.
- Perdão. Se não te agrada, podemos trocá-la por outra. Podemos chamar-lhe, sei lá, Tomate, ou Cebola, se achares preferível.
- Está bem. Diz-me então, quem é esse Cebola para ti? Disseste na universidade, quando alguém te perguntou se Deus existe, que não o podias compreender muito bem.
 - Perdão… falando honradamente, nessa altura não o compreendia. Mas agora, embora à minha maneira, sei quem é.
 - Explica-te. - Mais do que uma existência, Deus é uma força. Esse Cebola é alguém que se exprime e comunica em gestos de amor.
- Pior! Mais repulsivo ainda! Como podes usar essa palavra amor, que não liga puto com a cara de aço que lhe vi na Kultur Heim? E o que entendes por gestos?
- Supõe, por exemplo, que o Cebola me encontrou abandonado em qualquer sítio e, estendendo-me a mão, fez de mim alguém. Mitsuku riu-se abertamente.
 - O que é que isso tem a ver com o poder do teu Cebola? Foram só os teus sentimentos que te levaram nessa direcção.
- Não é verdade. Foi um gesto do Cebola acima da minha vontade. – Pela primeira vez, Otsu falou com decisão e levantou os olhos para a enfrentar»

ENDO, Shusaku – Rio profundo. Porto: ASA, 1997, p. 98-100
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