sábado, 17 de julho de 2021

«a passividade lusa, o gosto malsão da ordem.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 108

 « Só há duas coisas com interesse em Portugal, a paisagem e Orpheu. Tudo o que há no intervalo é palha trilhada e podre que serviu já na Europa e morre entre estas duas atracções de Portugal. Por vezes estraga-se a paisagem pondo lá portugueses. Mas não se pode estragar Orpheu que resiste à prova de Portugal.»

Álvaro de Campos

«(...) suicídio sublime da personalidade na era de uma impersonalidade realmente universal e fraterna.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 107

o banal e agressivo provincianismo patriótico

 «Os Lusíadas de outro modo, exacerbando em termos de nova mitologia o banal e agressivo provincianismo patriótico, característico dos pequenos povos e sobretudo dos que conservam a memória impotente de ter sido «grandes»?»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 107


 

''complexo de inferioridade cultural''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 106

 «Tomou-se, por uma dessas aberrações exegéticas que são o lugar comum da nossa crónica desatenção cultural, a ideia pascoaliana da saudade como reflexo de um pendor passeísta, forma insuperável de recusar através dela não apenas o presente como o futuro.»


Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 101

«verbo escuro»

''obsessões imagísticas''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 97

''corpo-sombra da existência lusíada''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 100

desvalor

''complexo de inferioridade anímico''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 100






 

''Medicamentos fetiche''

 Carlos Vaz Marques

''ditadura de baixa intensidade''

 João Miguel Tavares

azulejaria

Fontaines D.C Perform 'A Hero's Death'

quinta-feira, 15 de julho de 2021

 Perturbações do reconhecimento das emoções expressas pela face do outro (Boudouin, Martin, Tiberghien, Verlut et Franck, 2002 ) 

Perturbações do reconhecimento da identidade do outro (Martin, Baudouin, Tiberghien et Franck, 2005) 

 Perturbações do tratamento da informação configural: Alegria, Raiva, Desilusão, Tristeza, Neutralidade (Chambon, Baudouin et Franck, 2006) 

Perturbações da categorização emocional, Perturbação do reconhecimento da direção do olhar do outro (Vernet, Baudouin et Franck, 2008) 

Perturbações dos tratamentos de informações relacionais (Baudouin, Vernet et Franck, 2008) 

 Perturbações do reconhecimento das próprias emoções (Demily, Baudouin, Weiss & Franck)

A crise, o Estado e as políticas públicas

As vulnerabilidades territoriais e a pandemia


''Literacia da Informação: o género, o digital, as desigualdades sociais''


 

Nocturnes, Op. 9: No. 1 in B flat major. Larghetto

''Pátria-Saudade''

 Teixeira de Pascoaes

''folclórica miséria''

''descer aos desvãos mais fundos da sua alma''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 97

inenarrável

 «Quem somos? O que somos? Como nos tornámos no que somos, povo atrasado, inculto, desistente, sonâmbulo, inconsciente, sem outro futuro que o de um vago projecto imperial esvaziado de conteúdo?»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 92

Ruben A. 

 

''ser-pátrio''

''roupagem trágica''

 «Quem responde pela boca de D. João (de Portugal...), definindo-se como ninguém, não é um mero marido ressuscitado fora da estação, é a própria pátria.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 86

quarta-feira, 14 de julho de 2021

''culturas da gratidão no trabalho''

 Teresa Espassandim

 “o destino do homem determina-se na forma como é gerado, no calor dos braços que se lhe estendem, na ideologia que o envolve e na liberdade que lhe é proporcionada para imaginar, experimentar e pensar”.”

João dos Santos

segunda-feira, 12 de julho de 2021

'' O homem é um abismo...''

Nocturne No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 27, No. 1

uma fé no invisível

''Precaridade zero''

«A sociedade do medo e a sociedade do ódio promovem-se mutuamente.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 21


 Portrait of Madame Yuki (Yuki Fujin Ezu) Directed by Kenju Mizoguchi, Japan 1950

ANOMALISA

 «(...), o neoliberalismo faz recrudescer a desigualdade social. Em última análise, elimina a economia social de mercado.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 21

« No inferno do idêntico deixa de ser possível qualquer desejo do outro.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 16/7

 «Na pornografia, todos os corpos se assemelham. E decompõem-se também em partes corporais idênticas. Despojado de toda a linguagem, o corpo fica reduzido ao sexual, que não conhece outra diferença que não a sexual. O corpo pornográfico deixou de ser cenário, '' teatro sumptuoso'', ''a fabulosa superfície de inscrição dos sonhos e das divindades''. Nada narra. Não seduz. A pornografia leva a efeito uma eliminação na narrativização e da expressão linguística, já não apenas do corpo, mas da comunicação em geral.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 15/6

''A mente é produto da relação''

 

cronotipo

nome masculino
padrão individual de atividade circadiana, que contribui para a propensão natural de cada pessoa para experimentar picos de energia e/ou cansaço em determinados períodos do dia

« Hoje, a proximidade do outro cede lugar a essa falta de distância que é própria do idêntico. A comunicação global consente somente mais idênticos - ou os outros somente na condição de serem idênticos.» 

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 14

«Heidegger diria que, hoje, o ruído da comunicação, a tempestade digital dos dados e de informações, nos torna surdos ao ressoar calado da verdade e ao seu silencioso poder violento: ''UM RIBOMBAR é/ a própria verdade / que entre as pessoas / surgiu / em pleno/ turbilhão de metáforas.''»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 14


 

Tyler, the Creator: MANIFESTO


Letras
Lil white bitch gon' say
"You need to say something about that"
"You need to say some 'bout Black"
Bitch, suck my
Yeah
That ain't your religion, you just followin' your mammy
She followed your granny, she obeyed master
Did y'all even ask her?
Questions, it's holes in them stories
Is it holes in your blessings? Yeah, I'm bold with the message
I know I ain't got the answer, but I ain't gon' cheerlead with y'all
Just to be a dancer
I'ma groove to my own drums, sunlight in my shadow, baby
Move 'til my soul comes, let them serpents rattle, baby
Crackin' light, broke porcelain, bitch
We ocean deep if you just pour us in a portion of shit
Them people try to twist my view, on some contortionist shit
I had to reevaluate what was important and shit
Finder's keeper's when you creep inside, my mind is madness
If I see peace, I'm like a fiend, uh, gotta have it
Lord, cover me I'm goin' in, walls closin' in
How I'm supposed to be protected when the laws want us in?
Y'all want us dead, just 'cause our skin is the Black type
Teach me everything and be amazed I don't act right
What the fuck?
I'm tappin' the matrix, I'm back and they hated
I'm Black and make 'em pay me capital statements, you dig?
Word on my back, I'm tryna fashion a statement
I ain't no bastard, we the master of the path that we blazin', you dig?
What?
On God now
I came a long way from my past, nigga, it's obvious
V12 engine, I'm fishtailing on some sloppy shit
Internet ringin', no lyrics up, like I hide this shit
What's your address? I could probably send you a copy, bitch
I was cancelled before cancelled was with Twitter fingers
Protestin' outside my shows, I gave them the middle finger
I was a teener, tweetin' Selena crazy shit, didn't want to offend her
Apologize when I seen her, back when I was tryna fuck Bieber, just in
I say with my chest out, you say with your chest in, nigga (say it with your chest, nigga)
Black bodies hanging from trees, I cannot make sense of this
Hit some protests and retweeted positive messages
Donated some funds, then I went and copped me a necklace
I'm probably a coon, your standards based on this evidence
Am I doing enough or not doing enough?
I'm tryna run with the baton, but see, my shoe's in the mud
I feel like, anything I say, dog, I'm screwin' shit up (Sorry)
So I just tell these Black babies, they should do what they want
Freedom, need 'em
My niggas, seen 'em
Free 'em
Don't fuck with the law, like damn, Gina
So calm the fuck down before we duck rounds
And fire balls that make your family have to duck the fuck down
We frontline, we got the mazel tov that we can chuck now
'Cause anytime we movin' up, it's like a "what the fuck?" now
They playin' games, we strappin' up, we cock and aim
We aim to shoot, we shoot to claim what we need
We done with pain and the grieving
Niggas is done with the peace
Whether it's personal or for the whole of niggas, indeed
I might not have dreadlocks, I might have these gold teeth
But I'm a nigga like you, and you's a nigga like me
So let's be niggas together, and let's be niggas with plans
But put this plastic on first, 'cause shit is hittin' the fan, Scott
Shit like this make me wanna turn my baseball cap to the side
You know, with the T.I. lean
Y'all fake mad
Catch up, niggas
Gettin' y'all identity, huh? (Gangsta Grillz)
Go get a fuckin' hobby, shit
Ain't nobody perfect
Well, at least y'all ain't



Compositores: Dominique Marquis Cole / Tyler Gregory Okonma
Descrição
Artista: Tyler, the Creator
Álbum: Call Me If You Get Lost
Data de lançamento: 2021

 «O ''digital'', em francês, diz-se numérique. O numérico faz com que tudo se torne numerável e comparável. É assim que perpetua o idêntico.


Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 13

 «A interconexão digital total e a comunicação total não facilitam o encontro com outros.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 10

«Os meios sociais representam um grau zero do social.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 10

O terror do idêntico

«O terror do idêntico atinge hoje todas as áreas vitais. Viajamos por toda a parte sem ter experiência alguma. Ficamos ao corrente de tudo sem adquirir com isso conhecimento algum. Buscamos ansiosamente vivências e estímulos com os quais, todavia, cada um continua, sempre idêntico a si mesmo.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 10

sábado, 10 de julho de 2021

Wolf Alice - Feeling Myself


Ruben A.

 

“Sabes, gosto desta conversa de alcova. Então, quando está a chover, não há nada como uma tarde assim, uma tarde cúmplice da vida, de humor perro, tarde entreolhada, sono de pouco logo a seguir ao orgasmo, sono vizinho da eternidade, pressentimentos que batem à porta, não faz mal, genuflexório expurgado de falsa religião, a nossa religião do amor, crença, uma crença grávida, bêbeda, de chá a ferver, biológica, prenha, de um para o outro. Achas que eu não gosto de ti? Só se vive pelo amor ou pelo dinheiro, mesmo quando se mata por ódio, a morte é por amor, outros matam por questões de dinheiro, de águas, de rixas de família”.

Ruben A.

inconfessáveis angústias

“Eu pensava muito durante as longas horas das noites em que o silêncio me fazia companhia. Então mergulhava dentro de mim e tentava iluminar o escuro que nos arcaboiços trazia. Vivia em trânsito.
Custava-me parar o redemoinho sentimental que inconsciente me levava a ir procurar conforto num ser distante que também era eu. E o mais terrível é que começava a sentir-me só, desamparado, quase com a lepra medonha que a sociedade atribui aos que são diferentes da sua massa, para não dizer do seu pensar.”

Ruben A.

«Tu estás convencida há vários anos de que eu não te compreendo. Esta é sempre a teoria das mulheres, que não são compreendidas, que não são queridas, que não são adoradas, as queixas montanhas grandes, queixas enormes, sempre a justificar uma infelicidade que lhes vem lá do fundo da criação do mundo, do útero, da terra, as mulheres reflectem o útero feminino da terra, um útero cheio de aflições, em conclusão, queixam-se de tudo então entre os quarenta e os cinquenta, esse útero funciona nas alturas, é um útero cósmico que já não é parte de uma mulher, pertence à mulher do mundo. Há muita verdade no que dizes, o homem desinteressa-se facilmente, depois do acto do amor, depois logo sacode as penas, arrebita, passa à frente, domina outro mundo, a mulher fica fechada, acanhada nesse encontro muito íntimo, nesse seu mais fundo dos fundos, na identidade uterina com a ideia da criação, da reprodução da génese, salta, salta, forma-se na mulher a visão do caos a que só ela pelo amor pode dar uma nova regra, pelo domínio da paixão, pela companhia, para isso tem de ser compreendida, ela julga que é compreendida, tem de justificar a sua infelicidade pela compreensão do amor, de um outro amor, a mulher busca no outro amor o amor definitivo, amor que nunca aparece, é o poder fantásmico de convicção, que rompe todas as barreiras, a mulher atira-se, não sabe onde nem como, é capaz dos maiores actos de heroísmo clandestino, aparece, vai, surge, abre-se, mostra o que é o amor, a sua entrega total.»


Ruben A., in ‘Silêncio para 4’

Sophia – Carta A Ruben A.

 

 

Que tenhas morrido é ainda uma notícia
Desencontrada e longínqua e não a entendo bem
Quando — pela última vez — bateste à porta da casa e te
[sentaste à mesa

Trazias contigo como sempre alvoroço e início
Tudo se passou em planos e projectos
E ninguém poderia pensar em despedida

Mas sempre trouxeste contigo o desconexo
De um viver que nos funda e nos renega
— Poderei procurar o reencontro verso a verso
E buscar — como oferta — a infância antiga

A casa enorme vermelha e desmedida
Com seus átrios de pasmo e ressonância
O mundo dos adultos nos cercava
E dos jardins subia a transbordância
De rododendros délias e camélias
De frutos roseirais musgos e tílias

As tílias eram como catedrais
Percorridas por brisas vagabundas
As rosas eram vermelhas e profundas
E o mar quebrava ao longe entre os pinhais

Morangos e muguet e cerejeiras
Enormes ramos batendo nas janelas
Havia o vaguear tardes inteiras

E a mão roçando pelas folhas de heras
Havia o ar brilhante e perfumado
Saturado de apelos e de esperas

Desgarrada era a voz das primaveras

Buscarei como oferta a infância antiga
Que mesmo tão distante e tão perdida
Guarda em si a semente que renasce

Junho de 1976

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner , Obra Poética II

 

Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 06/11/1919 – Lisboa, 02/07/2004)
Poetisa, contista, autora de literatura infantil e tradutora, a 1.ª mulher portuguesa a receber o Prémio Camões (1999)

''A Escrita Dissidente ''

inenarrável

 « Cada escritor consciente da nova era escreverá, como Fichte, o seu pessoal discurso à sua nação, cada um se sentirá profeta ou mesmo messias de destinos pátrios, vividos e concebidos como revelação, manifestação e culto das respectivas almas nacionais.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 83


 

 «A santa clareza com que os Poetas falam em trevas das coisas mais escuras.»

Raul de Carvalho

 «A alma de uma época está em todos os seus poetas e filósofos e em nenhum.»

Fernando Pessoa

 «Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo. A reserva e a modéstia que parecem constituir a nossa segunda natureza escondem na maioria de nós uma vontade de exibição que toca as raias da paranóia, exibição trágica, não aquela desinibida, que é característica de sociedades em que o abismo entre o que se é e o que se deve parecer não atinge o grau patológico que existe entre nós.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 77

''O anedotário pátrio''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 76

''«idilismo» da nossa imagem''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 77


 


Empire of Passion (愛の亡霊, Ai no Bōrei) is a 1978 French-​Japanese film produced, written and directed by Nagisa Ōshima

 

palinódia


nome feminino
1.
poema em que o autor retira o que dissera num poema anterior
2.
figurado ato ou efeito de desdizer ou desfazer o que se disse ou fez anteriormente

''nevoeiro divino''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 73

''voluntarismo desorbitado''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 71

 A Muralha

A Torre de Barbela

O Delfim 

Bolor 

Nítido Nulo


''obras capitais da autognose nacional''

Eduardo Lourenço

The Black Keys - "Poor Boy a Long Way From Home"

 

autognose

au.tog.no.se
awtɔˈɡnɔz(ə)
nome feminino
conhecimento de si próprio

apologia

 «(...), na época de Salazar, obras valiosas ficaram eivadas de folclore superficial ou de proselitismo nacionalista que lhes limita o papel de «reveladoras» a que estavam destinadas.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 68

incúria

 

malquisto


adjetivo
1.
que não é queridoque é objeto de antipatiaodiado
2.
que tem má fama
3.
antipático


 

''culturismo folclorizante''

 « Logo que nos aproximamos da linha tórrida do racional tornamo-nos tímidos, ficamos paralisados, perdemos a imaginação.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 55

« ou o seu Tudo ou o seu Nada »

 Fernando Pessoa

 

sicofanta

nome de 2 géneros
1.
HISTÓRIA entre os antigos gregos, denunciante de quem roubasse figos de árvores consagradas ou de quem os exportasse ilegalmente
2.
figurado delatordenunciante
3.
figurado caluniador
4.
figurado patife


 

a-criticismo

''contexto de carências sócio-culturais''

'' expurgado dos seus demónios passageiros''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 50

« nos anais de outros países»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 46

«A existência do império só tomou forma metropolitana quando (como sucede como certos homens para quem a mulher existe enquanto apropriável por terceiros) se tornou objecto de disputa intereuropeia.»

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 45

«(...) possuímos sem de todo possuir, e perdemos sem de todo perder,»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 43

''parecia ter pedido a alma da sua alma''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 43


 Portrait of Madame Yuki (Yuki Fujin Ezu) Directed by Kenju Mizoguchi, Japan 1950

mo.vên.ci.a

''destino colectivo confiscado''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 31

''O criticismo patriótico da Geração de 70''

'' um viver sem descontinuidade''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 27

''lençol de púrpura dos nossos deuses (heróis) mortos''

 sobre Os Lusíadas

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 26

''criação literária, toda encharcada de monólogos''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24

 «(...) são modelos de «robinsonadas»; contam as aventuras celestes de um herói isolado num universo previamente deserto.»


Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24

Grinderman - Palaces Of Montezuma


Psychedelic invocations
Of Mata Hari at the station
I give to you
A Java princess of Hindu birth
A woman of flesh, a child of earth
I give to you
Well, the hanging gardens of Babylon
Miles Davis, the black unicorn
I give to you
The Palaces of Montezuma
And the Gardens of Akbar's tomb
I give to you
The spider goddess and the needle boy
The slave-dwarves they employ
I give to you
A custard-coloured super dream
Of Ali McGraw and Steve McQueen
I give to you
C'mon baby, let's get out of the cold
And give me, give me, give me your precious love for me to hold
The epic of Gilgamesh
A pretty little black A-line dress
I give to you
The spinal cord of JFK
Wrapped in Marilyn Monroe's negligee
I give to you
I want nothing in return
Just the softest little breathless word
I ask of you
A word contained in a grain of sand
That can barely walk, can't even stand
I ask for you
C'mon baby, let's get out of the cold
And gimme, gimme, gimme your precious love for me to hold
C'mon baby, come out of the cold, oh yeah
And gimme, gimme, gimme your precious love for me to hold
Damn, oh come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Yeah, come on
Give it to me
Give it to me
Yeah, give it to me
Give it to me
Give it to me
Give it to me
Yeah, give it to me
Give it to me

 « E enfiando uma saia de beatilha, orvalhada com as suas lágrimas (...)»

Gervásio Lobato. Lisboa em Camisa. Guerra & Paz, 2017. Lisboa., p. 34

chafarizes

 aguadeiro

nome masculino

1. antiquado indivíduo que leva água ao domicílio ou a vende pelas ruas

2. regionalismo molho de linho em rama para demolhar

3. DESPORTO ciclista que presta assistência à equipa

adjetivo

que deixa escorrer a água da chuva


 

«A proliferação do idêntico faz-se passar por crescimento. Mas, a partir de um determinado momento a produção já não é produtiva, mas destrutiva; a informação já não é informativa, mas deformadora; a comunicação já não é comunicativa, mas meramente cumulativa.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 10

mesmidade

solaçoso

a autodestruição

 «Os tempos em que o outro existia passaram. O outro como mistério, o outro como sedução, o outro como eros, o outro como desejo, o outro como inferno, o outro como dor estão a desaparecer. Hoje, a negatividade do outro cede lugar à positividade do idêntico. A proliferação do idêntico é o que constitui as alterações patológicas que afectam o corpo social.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 9

quinta-feira, 8 de julho de 2021

 "La familia es la unidad de grupo natural y fundamental de la sociedad y tiene derecho a ser protegida por la sociedad y por el estado".

 Declaración Universal de los Derechos Humanos. (Art. 16-3)


 

 Taking Care of Another Person: “When my Body is Here But my Mind is Somewhere Else”

El oficio de cuidar a otro: “cuando mi cuerpo está aquí pero mi mente en otro lado


Rev. Cienc. Salud. Bogotá, Colombia, vol.16 (2): 294-310, mayo-agosto de 2018

  ‘Lá, nos confins da Ibéria, há um povo que não se governa nem se deixa governar. Então vamos mandar a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI para fiscalizar aquilo que fazem’

sobre Portugal

estruturas nevrálgicas do Estado

Secret Societies

 ‘The very word ‘secrecy’ is repugnant in a free and open society’.

John Kennedy



o que nos falta

‘o romantismo cívico da agressão’

Miguel Torga

‘Só vale a pena ir para política se tivermos o sentido de missão, de Estado, que nos permite perceber que temos de melhorar as condições de quem de facto precisa e deixar quem já tem em paz’. 

Aulas de Direito na Universidade de Coimbra, professor Antunes Varela. 

 ‘A velhice traz revés / Mas depois da meninice / Há quem adore a velhice / Para ser menino outra vez’. 

«A minha primeira paixão, paixão mesmo, é a poesia».

João Braga. Entrevista em 2006, ao Museu do Fado.


 Michiyo Kogure and So Yamamura in Yuki Fujin Ezu (1950)

 Paul Anka

 Neil Sedaka 

 Brenda Lee.

‘'Por que raio andas a perder tempo com essas galdérias? A gente dá-se tão bem. E se casássemos?’'

Ana Maria de Melo e Castro Nobre Guedes para João Braga (Fadista)

pessoa especialíssima

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