domingo, 27 de setembro de 2020
Esboços Biográficos
Para Edgar Allan Poe
- Se o teu coração triste, ansiando por amor humano
Na solidão desta terra cresceu negro com pavor
De que o alto sol do céu, ele próprio, se provasse
Impotente para te salvar dessa esfera assombrada
Por onde teu espírito vagueava, ... se as flores,
Abundantes a teus pés, pareciam só florescer
Em solitários Getsemanes, em horas sem estrelas,
Abandonado à tua perdição por todos que te amavam, ...
Oh, mas acredita que, nesse vale vazio
Onde deambula a tua alma esperando alcançar
Tanto da doce graça do céu quanto seja preciso
Para lhe aliviar o fardo da dor sem remorso,
A minha alma irá encontrar-te, e abdicar do seu céu
Até que o grande amor de Deus, nos dê a ambos fé, um céu.
Sarah Helen Whitman (1803-1878) 1 1 Último soneto de uma série de quatro dos muitos poemas dedicados a Poe por Sarah Helen Whitrnan, poeta de Ridunond, a sua penúltima noiva:
TO EDGAR ALLAN POE
by: Sarah Helen Whitman (1803-1878)
- F thy sad heart, pining for human love,
- In its earth solitude grew dark with fear,
- Lest the high Sun of Heaven itself should prove
- Powerless to save from that phantasmal sphere
- Wherein thy spirit wandered, -- if the flowers
- That pressed around thy feet, seemed but to bloom
- In lone Gethsemanes, through starless hours,
- When all who loved had left thee to thy doom,--
- Oh, yet believe that in that hollow vale
- Where thy soul lingers, waiting to attain
- So much of Heaven's sweet grace as shall avail
- To lift its burden of remorseful pain,
- My soul shall meet thee, and its Heaven forego
- Till God's great love, on both, one hope, one Heaven bestow.
"To Edgar Allan Poe" is reprinted from The Little Book of American Poets: 1787-1900. Ed. Jessie B. Rittenhouse. Cambridge: Riverside Press, 1915. |
musical fandom
'' (re)afirmação e (re)apropriação incessante de estilos de vida e de práticas de musical fandom (marcas corporais, estilos de vestuário e penteados, frequência de concertos, participação em grupos de discussão e de fãs, compra de discos e outros registos fonográficos, coleção de objetos e memorabilia, acompanhamento mediático, entre outros).''
Tchiloli: uma breve história
domingo, 13 de setembro de 2020
« - Olhos de enforcado.»
Ruy Cinatti. Obra poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Biblioteca de Autores Portugueses . 1ª Edição 1992, Lisboa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda., p. 83
«Veio o sonho ajoelhar os teus joelhos,»
Ruy Cinatti. Obra poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Biblioteca de Autores Portugueses . 1ª Edição 1992, Lisboa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda., p. 81
« - Tão duros os soluços já sem lágrimas - »
Ruy Cinatti. Obra poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Biblioteca de Autores Portugueses . 1ª Edição 1992, Lisboa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda., p. 80
«Num mar mais fundo que a noite,»
Ruy Cinatti. Obra poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Biblioteca de Autores Portugueses . 1ª Edição 1992, Lisboa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda., p. 80
«Na dinastia Tam, Vei Tchem também via o erro dum exame unilateral, quando dizia: «Quem escutar as duas partes ficará com o espírito esclarecido, quem não escutar mais do que uma permanecerá nas trevas.»
Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 57''mecanismo mecanista''
Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 39
«(...), tudo o que caracteriza a sociedade capitalista, quer dizer, a exploração, a concorrência, o individualismo, etc., encontrava-se de igualmente na sociedade esclavagista da antiguidade, inclusive na própria sociedade primitiva, e há-de continuar a existir de modo eterno, imutável.»
Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 38
''a palavra-etiqueta''
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 68
«Este poema respira!»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 79
''Picasso was monstrously superstitious as well as monstrously egotistical, (...)''
FICÇÃO E SIGNIFICAÇÃO
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 65
''É próprio da arte fingir.''
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 59
''moderna crítica estilística''
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 58
terça-feira, 1 de setembro de 2020
Ensaios “Guerra e fotografia” (Krieg und Lichtbild, 1930),“Sobre o perigo” (Über die Gefahr, 1931) e “Sobre a dor” (Über den Schmerz, 1934)
Cf. JÜNGER, Ernst. War and Photography. Tradução Anthony Nassar. New German Critique, n. 59, Special Issue on Ernst Junger, p. 24-26, Spring/Summer, 1993. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/488220>.
domingo, 30 de agosto de 2020
Ti Felismina
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 70
''agarrar bacalhaus à unha''
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 66
''alapardados pelo pejo''
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 64
«Todo cheio de manganilhas bem estudadas,»
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 62
«Um bacalhau depois de uma raposa»
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 60
«Não ir à caça e apanhar uma raposa...»
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 53
''viu um campo de milho a verdejar''
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 47
Há os que falam e os que entendem
o que as pessoas dizem....
«- Falam com os olhos, que é modo de falar muito mais da raiz do coração - lembra-lhe a avó, que apascentou ovelhas lá para os lados da Ajuda, quando se vai a caminho do Sobral.Por isso mesmo os animais lhe entendem a voz e ela os percebe melhor do que às pessoas.»
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 46
«Um dia baldeias daí abaixo e nem a alma se te aproveita...»
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 44
''cachos de mel esquecidos nas cepas''
Alves Redol. Constantino guardador de vacas e de sonhos. Publicações Europa- América. p. 44
«O poeta, embora culto e senhor da sua técnica, parte da realidade ou - como disseram os clássicos e nós podemos voltar a dizer - imita a natureza. O literato parte quase sempre de um ou vários livros, é imitador de uma imitação. Daí provém a palidez das suas palavras, a pouca convicção e a arbitrariedade de tudo quanto diz. O poeta diz uma coisa onde nenhuma outra poderia dizer e di-lo com as únicas palavras possíveis, o literato fala por falar e nas palavras não se compraz.»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 54
« Ajouja-se a obra objectiva, desprotegida, inocente, de biografias, de prefácios que asseguram o triunfo que se teme venha a faltar, esquecendo que o tempo fará cair inexoravelmente como folhas tudo aquilo que não presta. E ficará uma palavra ou outra, aquela que se disse para além do sentimento, da crónica, da
queixa, e merce figurar numa antologia.
Compram-se, muitas vezes com a amizade, moeda mais forte do que o dólar, críticos que digam bem. Leva-se a este domínio íntimo o velho princípio dos contratos: do ut des. Louvamos os outros para que nos louvem a nós. Fazemos-lhes favores para que, no momento oportuno, no-los façam a nós. O leitor raramente repara. (...)»
sábado, 29 de agosto de 2020
« O livro, atenta a natureza da necessidade que visa satisfazer, é um bem complexo. Por se destinar a ser consumido pelo pensamento, não pode considerar-se uma simples mercadoria.»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença. , p. 41.
«Mas o que representa hoje a poesia? Só num mundo em que toda a gente soubesse ler e tivesse lido os livros que eu li e como os li na altura em que os li.»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença., p. 33
«Deixei de dormir sem tranquilizantes e barbitúricos. Já lá vão quase dez anos. Não sei se voltarei a aprender a dormir. É tão bom dormir. A paz dos mortos. Sabe? Assim, sou um sobrevivente. Morri aí pelos trinta e dois ou trinta e três. Como Cesário ou Nobre. Mas tendo falhado.»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença., p. 32«O património poético português constitui hoje uma tradição integrada por muitas tentativas de renovação empreendidas por escolas ou por outros poetas isolados. Tem de se escrever numa linguagem viva, caso contrário, se não se morre, é porque já se nasceu morto.»
Obra Poética de Ruy Belo. Volume 3. Organização e Notas de Joaquim Manuel Magalhães e Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Editorial Presença.
« O sangue evoca
a morte,
a nossa própria.»
Fiama Hasse Pais Brandão. Quem move as árvores. Editora Arcádia, 1ª Edição, 1979., p. 115
« BISPO
Bem vejo que a vossa mão traz um punhal.
MULHER DO GOVERNADOR
É um punhal de amor. Mas talvez seja esta uma metáfora demasiado subtil para quem só tem sabido amar camponesas no chão. Tem sido em celeiros que as amais?
BISPO
Celeiros vazios.»
''Ambos somos invulgarmente sensíveis.''
Fiama Hasse Pais Brandão. Quem move as árvores. Editora Arcádia, 1ª Edição, 1979., p. 105
Produção Toyotista
“[...] o modelo japonês – o toyotismo – quando a produtividade é potenciada pela implantação de formas diversas de subcontratação e terceirização da força de trabalho, além da descentralização das unidades de produção”
MOTA, Ana Elisabete. Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista. In: Serviço social: direitos sociais e competências profissionais, Brasília, DF: CFESS/ABEPSS, 2009
A teoria marxista e os estudos de género
[...] O marxismo possibilita uma análise crítica acerca das relações sociais, dentro de uma perspectiva de totalidade que não permite fragmentar a realidade, buscando desvelá-la, indo além do aparente, das representações, sem esquecer a essência dos fenômenos sociais e suas determinações (CISNE 2012, p. 94).
CISNE, Mirla. Gênero, divisão sexual do trabalho e serviço social. 1. ed. São Paulo: Outras Expressões, 2012.
Formulações: a marxista e a pós-moderna/pós-estruturalista.
''As abordagens desconstrutivistas/pós-estruturalistas/pós-modernas mesmo criticando o gênero e a sua identidade global, não relacionam essa categoria com as de classe, raça, etnia, geração a partir da contradição fundante das mais diversas expressões das desigualdades sociais: a contradição capital e trabalho. Não se configuram, portanto em críticas profundas e consistentes ao não conseguir por às claras as contradições desta sociedade e o foco das desigualdades. Assim, criticam a linearidade do gênero, mas a reproduzem ao não analisar os complexos sociais na dimensão da totalidade (CISNE 2012, p. 90).''
CISNE, Mirla. Gênero, divisão sexual do trabalho e serviço social. 1. ed. São Paulo: Outras Expressões, 2012.
[...] O sexo descreve as características e as diferenças biológicas, que estão exclusivamente relacionadas a anatomia e a fisiologia. Gênero, por sua vez, engloba as diferenças sócio-culturais existentes entre o sexo feminino e o masculino, as quais foram historicamente construídas (CUNHA, 2014, p.150).
“Vivemos numa loja mercantil transparente, onde nós próprios, enquanto clientes transparentes, somos supervisionados e governados.”
Byung-Chul Han (Seul, 1959), filósofo sul coreano, estudioso da sociedade hiperconsumista e neoliberal
depois da queda do Muro de Berlim. Escreveu outros títulos como: Sociedade da Transparência,
Psicopolítica e A Expulsão, Agonia de Eros, No enxame, Sobre o poder, Aroma do Tempo etc.
A violência Neuronal
depois da queda do Muro de Berlim. Escreveu outros títulos como: Sociedade da Transparência,
Psicopolítica e A Expulsão, Agonia de Eros, No enxame, Sobre o poder, Aroma do Tempo etc.
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
''IN— Para si, quais são os grandes nomes da fotografia na nossa contemporaneidade?
Fotógrafo José M. RodriguesFotógrafo José M. Rodrigues
sábado, 22 de agosto de 2020
não devíamos perder demasiado tempo com meditações espiritualistas New Age
«Por conseguinte, não devíamos perder demasiado tempo com meditações espiritualistas New Age sobre a forma como «a crise do vírus vai permitir que nos foquemos naquilo que realmente importa nas nossas vidas». A verdadeira luta será sobre que forma social vai substituir a Nova Ordem Mundial liberal-capitalista. É esse o nosso verdadeiro encontro em Samarra.»
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 113
«Nos debates correntes, já se começaram a discernir sinais que apontam para um refreamento na solidariedade incondicional, como na seguinte nota sobre o papel dos «três sábios» [«three wise men], caso a epidemia ganhe uma dimensão mais catastrófica no Reino Unido:
Os pacientes do Serviço Nacional de Saúde poderão ver-lhes negado o acesso a cuidados de sáude vitais durante um surto grave de coronavírus na Grã-Bretanha se as unidades de cuidados intensivos continuarem a ter dificuldade em dar resposta, avisaram os médicos. De acordo com um denominado protocolo dos «três sábios», três consultores seniores serão forçados em cada hospital a tomar decisões relativas ao racionamento de materiais como ventiladores e camas, no caso de os hospitais serem inundados de pacientes.
Em que critérios se irão basear os «três sábios»? Sacrifício dos fracos e dos mais velhos? E não irá esta situação dar azo a uma enorme corrupção? Não indicarão estes procedimentos que nos estamos a preparar para adotar a lógica mais brutal da sobrevivência dos mais aptos?»
«O desenvolvimento tecnológico torna-nos menos dependentes da natureza e, ao mesmo tempo e a outro nível, mais dependente dos seus caprichos. E o mesmo é válido para o surto de coronavírus: se tivesse acontecido antes das reformas de Deng Xiaoping, provavelmente nem sequer tínhamos ouvido falar dele.»
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 53
''animalismo capitalista''
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 43
''algaraviada burocrática''
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 41
«A atual propagação da epidemia do coronavírus acabou também por desencadear uma vasta epidemia de vírus ideológicos que estavam latentes nas nossas sociedades: notícias falsas, teorias da conspiração paranoicas, explosões de racismos.''
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 39
Nó górdio
''POPULISTAS RACISTAS''
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 35
Escritora Kamila Shamsie
"Versos Quebrados" ("Broken Verses")
"Sombras queimadas" ("Burnt shadows"),
"Um deus em cada pedra" ("A God in every Stone")
"Home Fire" -"Conflito Interno"
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
NOLI ME TANGERE
«Não me toques», terá sido, segundo João 20:17, o que Jesus disse a Maria Madalena quando esta o reconheceu depois da sua ressurreição.
Slavoj Žižek. A Pandemia que Abalou o Mundo. Tradução de João Moita. Relógio D'Água Editores. Lisboa, 2020, p. 11