« Ajouja-se a obra objectiva, desprotegida, inocente, de biografias, de prefácios que asseguram o triunfo que se teme venha a faltar, esquecendo que o tempo fará cair inexoravelmente como folhas tudo aquilo que não presta. E ficará uma palavra ou outra, aquela que se disse para além do sentimento, da crónica, da
queixa, e merce figurar numa antologia.
Compram-se, muitas vezes com a amizade, moeda mais forte do que o dólar, críticos que digam bem. Leva-se a este domínio íntimo o velho princípio dos contratos: do ut des. Louvamos os outros para que nos louvem a nós. Fazemos-lhes favores para que, no momento oportuno, no-los façam a nós. O leitor raramente repara. (...)»
domingo, 30 de agosto de 2020
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