ao acaso encontrei-me encostado a uma esquina
olhar vazio varrendo a multidão, parei
sorri e tu vieste, fomos andando
os ombros tocavam-se, em direcção a casa
pediste-me para tomar um duche, eu deitei-me
ouvi o barulho da água resvalando pelo teu corpo sujo de
cidade e de engates
sujo pelos dias e noites e mais dias que não te tive
esperei-te deitado, outro cigarro
e ainda espero...
...gosto dos corpos que riem, frescos
rasgam-se à ternura nocturna dos dedos, e ao desejo
húmido da boca, que sempre percorre e descobre...
tacteio-te de alto a baixo
reconhecendo-te num gemido que também me pertence, no
escuro
contaste-me uma improvável aventura de tarzan, ouvia-te
e no silêncio do quarto fulguravam aves que só eu via...
...sorri ao enumerar os restos que a manhã encontraria
pelo chão
manchas de esperma, ténis esburacados, calças sujíssimas,
blusão cheio de auto-colantes, peúgas encortiçadas pelo suor
as cuecas rotas, sujas de merda...
e tuas mãos, recordo-me
sobretudo de tuas mãos imensas sobre as coxas
teu corpo nu, à beira da cama, em sossegado sono...
Al Berto. Trabalhos do Olhar. Contexto Editora, p. 32
domingo, 26 de agosto de 2018
AUTO-RETRATO COM REVÓLVER
as palavras foram alinhavadas pelos preguiçosos dedos
o texto transparece na claridade das manchas de tinta
...teço a ausência dum corpo que me é absolutamente ne-
cessário, doem-me estes gestos
estas coisas cobertas de pó sobre a mesa: papéis amar-
rotados, fotografias, cartas interrompidas, objectos quebrados,
sinais ténues de gordura e de fundos de chávena
lápis, cigarros esboroados, o revólver
num dos cantos inacessíveis da casa, as aranhas vão cons-
truindo ninhos diáfanos
segregam sábios labirintos em perigosa baba...
...sinto-me vazio, hoje
a compreensão do mundo escapa-me, pouco me importo
com isso
está tudo mais calmo, em redor da casa, o jardim quieto
poderia passar o dia a ler, por desfastio, à maneira dos
príncipes persas
a tarde torna as madeiras rubras, aquece
os livros parecem de pedra em seu arrumo cauteloso
...ao alcance está o revólver
perto da mão que nunca aprendeu a escrever, aquece ao
simples contacto dos dedos
a outra mão, a direita, definhou um pouco quando aprendeu
o silencioso ofício...
eu explico: hoje deve ser domingo
e a mão esquerda masturba enquanto a direita escreve com
destreza, sem cessar
...mais tarde, escrevia eu
poderiam as mãos trocar de ofício
o revólver tingir-se-ia de tinta permanente, o papel apresen-
taria o terrível sulco de uma bala...
Al Berto. Trabalhos do Olhar. Contexto Editora, p. 25
o texto transparece na claridade das manchas de tinta
...teço a ausência dum corpo que me é absolutamente ne-
cessário, doem-me estes gestos
estas coisas cobertas de pó sobre a mesa: papéis amar-
rotados, fotografias, cartas interrompidas, objectos quebrados,
sinais ténues de gordura e de fundos de chávena
lápis, cigarros esboroados, o revólver
num dos cantos inacessíveis da casa, as aranhas vão cons-
truindo ninhos diáfanos
segregam sábios labirintos em perigosa baba...
...sinto-me vazio, hoje
a compreensão do mundo escapa-me, pouco me importo
com isso
está tudo mais calmo, em redor da casa, o jardim quieto
poderia passar o dia a ler, por desfastio, à maneira dos
príncipes persas
a tarde torna as madeiras rubras, aquece
os livros parecem de pedra em seu arrumo cauteloso
...ao alcance está o revólver
perto da mão que nunca aprendeu a escrever, aquece ao
simples contacto dos dedos
a outra mão, a direita, definhou um pouco quando aprendeu
o silencioso ofício...
eu explico: hoje deve ser domingo
e a mão esquerda masturba enquanto a direita escreve com
destreza, sem cessar
...mais tarde, escrevia eu
poderiam as mãos trocar de ofício
o revólver tingir-se-ia de tinta permanente, o papel apresen-
taria o terrível sulco de uma bala...
Al Berto. Trabalhos do Olhar. Contexto Editora, p. 25
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sábado, 25 de agosto de 2018
John Cale - Dying On The Vine
I've been chasing ghosts and I don't like it
I wish someone would show me where to draw the line
I'd lay down my sword if you would take it
And tell everyone back home I'm doing fine
I wish someone would show me where to draw the line
I'd lay down my sword if you would take it
And tell everyone back home I'm doing fine
I was with you down in Acapulco
Trading clothing for some wine
Smelling like an old adobe woman
Or a William Burroughs playing for lost time
Trading clothing for some wine
Smelling like an old adobe woman
Or a William Burroughs playing for lost time
I was thinking about my mother
I was thinking about what's mine
I was living my life like a Hollywood
But I was dying on the vine
I was thinking about what's mine
I was living my life like a Hollywood
But I was dying on the vine
Who could sleep through all that noisy chatter
The troops, the celebrations in the sun
The authorities say my papers are all in order
And if I wasn't such a coward I would run
The troops, the celebrations in the sun
The authorities say my papers are all in order
And if I wasn't such a coward I would run
I'll see you me when all the shooting's over
Meet me on the other side of town
Yes, you can bring all your friends along for protection
It's always nice to have them hanging around
Meet me on the other side of town
Yes, you can bring all your friends along for protection
It's always nice to have them hanging around
I was thinking about my mother
I was thinking about what's mine
I was living my life like a Hollywood
But I was dying, dying on the vine
I was thinking about what's mine
I was living my life like a Hollywood
But I was dying, dying on the vine
Compositores: John Davies Cale / Larry J. Sloman
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sábado, 18 de agosto de 2018
bravata
nome feminino
1.ameaça arrogante
2.fanfarronice; bazófia; jactância
1.ameaça arrogante
2.fanfarronice; bazófia; jactância
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quarta-feira, 15 de agosto de 2018
«(...) por vezes, quando de repente a tempestade dos martelos e das rodas que nos rodeia se silencia,
a tranquilidade que se esconde atrás da desmedida do movimento parece contrariar-nos quase
corporalmente, e é bom o costume do nosso tempo, para honrar os mortos ou para gravar na
consciência um instante de significado histórico, declara suspenso o trabalho por um intervalo de minutos, como por um comando supremo. Pois este movimento é uma alegoria da força
mais íntima, no sentido em que o significado misterioso de um animal se manifesta o mais
claramente possível no seu movimento. Mas o espanto sobre a sua suspensão é, no fundo,
o espanto sobre o ouvido julgar perceber, por um instante, as fontes mais profundas que
alimentam o curso temporal do movimento, e isso eleva este ato a uma dignidade de culto.»
Ernst Jünger
«Esse produto das fábricas americanas de distração já não é mais constituído por garotas
individuais, mas complexos indissolúveis de garotas, cujos movimentos são demonstrações
matemáticas. Enquanto elas se condensam em figuras nos teatros de revistas, espetáculos da
mesma precisão geométrica acontecem no mesmo estádio sempre lotado na Austrália e na
Índia, para não falar na América. A menor das localidades, na qual esse espetáculo ainda
não foi divulgado, será informada por meio do cinejornal da semana. Basta um olhar na tela
para entender que os ornamentos consistem em milhares de corpos, assexuados, em roupas de banho. A regularidade de seus desenhos é aplaudida pela massa, disposta ordenadamente nas
tribunas.»
KRACAUER, Siegfried. O ornamento da massa. In: KRACAUER, Siegfried. O ornamento da massa: ensaios. Tradução Carlos Eduardo Jordão Machado e Marlene Holzhausen. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p. 92
A Change Is Gonna Come
Aretha Franklin
There's an old friend that
I once heard say
Something that touched my heart
And it began this way
I once heard say
Something that touched my heart
And it began this way
I was born by the river
In a little tent
And just like the river
I've been runnin ever since
He said it's been a long time comin'
But I know my change is gonna come
Oh yeah
In a little tent
And just like the river
I've been runnin ever since
He said it's been a long time comin'
But I know my change is gonna come
Oh yeah
He said it's been too hard livin'
But I'm afraid to die
I might not be if I knew
What was up there
Beyond the sky
It's been a long, a long time comin'
But I know my change has got to come
Oh yeah
But I'm afraid to die
I might not be if I knew
What was up there
Beyond the sky
It's been a long, a long time comin'
But I know my change has got to come
Oh yeah
I went, I went to my brother
And I asked him, brother
Could you help me, please?
He said, good sister
I'd like to but I'm not able
And when I, when I looked around
I was right back down
Down on my bended knees
Yes I was, oh
And I asked him, brother
Could you help me, please?
He said, good sister
I'd like to but I'm not able
And when I, when I looked around
I was right back down
Down on my bended knees
Yes I was, oh
There've been times that I thought
I thought that I wouldn't last for long
But somehow right now I believe
That I'm able, I'm able to carry on
I thought that I wouldn't last for long
But somehow right now I believe
That I'm able, I'm able to carry on
I tell you that it's been along
And oh it's been an uphill journey
All the way
But I know, I know, I know
And oh it's been an uphill journey
All the way
But I know, I know, I know
I know my change is gonna come
Sometimes I had to cry all night long
Yes I did
Sometimes
I had to give up right
Sometimes I had to cry all night long
Yes I did
Sometimes
I had to give up right
For what I knew was wrong
Yes it's been an uphill journey
It's sure's been a long way comin
Yes it has
Yes it's been an uphill journey
It's sure's been a long way comin
Yes it has
It's been real hard
Every step of the way
But I believe, I believe
This evenin' my change is come
Every step of the way
But I believe, I believe
This evenin' my change is come
Yeah I tell you that
My change is come
My change is come
Compositores: Sam Cooke
Letras de A Change Is Gonna Come
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«Aquilo que à partida se mostra, de um modo puramente fisionómico, é a rigidez do rosto, como
uma máscara, que é tanto adquirida como acentuada e aumentada através de meios exteriores,
como a ausência de barba, o penteado e um chapéu justo. Que neste carácter de máscara,
que desperta nos homens uma impressão metálica, nas mulheres uma impressão cosmética,
venha à luz um processo muito incisivo, pode-se concluir já de ele mesmo conseguir polir as
formas através das quais o carácter dos sexos se torna fisionomicamente visível. Não é por acaso,
diga-se de passagem, o papel que desde há pouco a máscara recomeça a desempenhar na vida
quotidiana. Ela aparece de modos variados em locais onde irrompe o carácter especializado do
trabalho, seja como máscara de rosto para o desporto e para altas velocidades, tal como a possui qualquer automobilista, seja como máscara de protecção no trabalho num espaço ameaçado por
radiações, explosões ou difusão de narcóticos.»
JÜNGER, Ernst. O trabalhador. Domínio e figura, op. cit., §13, p. 77.
“Hoje escrevemos poesia a partir do aço e da luta pelo poder em batalhas onde os acontecimentos se engrenam com a precisão das máquinas. Nessas batalhas na terra, na água e no ar, repousa uma beleza que somos capazes de antegozar. Lá a impetuosa vontade do sangue se refreia e depois se expressa pelo domínio das maravilhas técnicas do poder”.
HERF, Jeffrey. O modernismo reacionário, op. cit., p. 92-93. A passagem destacada por Herf é de A guerra
como experiência interior.
«Tudo aquilo que sentimos no nosso tempo como admirável, e que ainda nos fará aparecer, nas
lendas dos séculos mais longínquos, como uma estirpe de feiticeiros poderosos, pertence a esta
substância, pertence à figura do trabalhador. É ela que opera na nossa paisagem, a qual só não
sentimos como infinitamente estranha porque nascemos nela; o seu sangue é o combustível
que impulsiona as rodas e fumega nos seus eixos.
Na consideração deste movimento, apesar de tudo monótono, que lembra um campo cheio de
mosteiros tibetanos, na consideração da ordem rigorosa destes sacrifícios, que se assemelha aos
esboços geométricos das pirâmides, sacrifícios tais como ainda não exigiu nenhuma Inquisição
nem nenhum Moloch, e cujo número se multiplica a cada passo com uma segurança mortal
— como poderia aqui um olhar que realmente quer ver furtar-se à visão de que atrás do véu da
causa e efeito, que se agita sob os combates do dia, operam o destino e a veneração?»
JÜNGER, Ernst. O trabalhador. Domínio e figura. Introdução, tradução e notas Alexandre Franco de Sá; prefácio Nuno Rogeiro. Lisboa: Hugin, 2000, §12, p. 94. (
terça-feira, 14 de agosto de 2018
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
«Levas uma vida de comprometimento.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 123
«Tens a mania de acentuar só o que te interessa!»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 120
''beijando pétalas descoloridas''
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 108
«CARIDADE - Tristeza antiga! O que o fascismo me fez sofrer, também a mim. Deus meu! Feia, feia, sempre vestidas de farpela. Tantas foram as vezes que me vesti de farrapos que, ainda hoje, me sinto traumatizada com essa imagem de infelicidade humana. Coitadinha! Nem as vezes em que me vesti de púrpura, para me apresentar decentemente num ou noutro baile de caridade, a favor dos pobrezinhos, conseguiram apagar em mim a imagem triste e sofredora que fui. Coitadinha de mim.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 105
«JOVEM MULHER - Ora...A vossa diarreia verbal é muito superior, mais asquerosa e violenta que uma boa arrochada na espinha. São muito amigos da Pátria, mas que fizeram dela e por ela, durante estes 48 anos? Uma Pátria esquecida e escarnecida. Num mundo de nações, onde estava a Nação portuguesa? Em casa. Em família. No vosso bolso. Eis o que vocês fizeram da vossa querida pátria.»
''ladainha anticomunista do costume''
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977.,
«PRAZER - Chiu...jovem, não faças tanto barulho! Neste tipo de negócio, é indispensável a maior descrição. A mercadoria é rara, não chega para metade. Aqui a tens, linda como os amores: liamba, marijuana, coca, mescalina, beladona, ópio, haxixe...enfim, uma beleza de sonhos ternos para a juventude. Experimenta lá esta, jovem!...»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 85
domingo, 12 de agosto de 2018
«Outros amarão as coisas que eu amei.»
Frágil Como o Mundo, filme português realizado em 2000 por Rita Azevedo Gomes
domingo, 5 de agosto de 2018
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
«A exploração é uma forma de escravatura.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 81
« - Vivam os seus queridos filhos mortos!»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 80
segunda-feira, 30 de julho de 2018
A Matriliniaridade dos Afectos
Professora Doutora Stella António – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa – Lisboa 2010
domingo, 29 de julho de 2018
« D. JUAN - Errei, confesso-me. Julgava-te ingénua e, afinal, és uma sabidona. Não me serves. És daquelas que, aos primeiros olhinhos, põe logo os cornos a um tipo.
JOVEM MULHER - A homens como tu, para quem o amor é um vício, não teria dúvidas em enfeitar-te a testa com um bom par.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 50
JOVEM MULHER - A homens como tu, para quem o amor é um vício, não teria dúvidas em enfeitar-te a testa com um bom par.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 50
«Uma mulher vale o que representa.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 39
«(...) Não sou rainha de nada, sou mulher que trabalha. Não sou fada de homem nenhum, nem me interessa sê-lo. Podemos, quando muito, satisfazer necessidades mútuas.
RAINHA - Insistes em tornar-te vulgar. Porque te humilhas? Perdes a dignidade, todo o teu encanto e, assim, mais facilmente te deixas subverter.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 38
«O bicho-homem. Só o que quer é poder.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 32
«(...) Não se arranjou, na Idade Média, um cinto para a mulher não cornear o marido?
PRATICANTE - Sim, chefe? Não sabia.
INQUISIDOR - Não sabias? Então aprende, que eu não posso durar sempre. Chamava-se o Cinto da Castidade.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 31
terça-feira, 24 de julho de 2018
Je T'aime Moi Non Plus
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
Tu es la vague, moi l'île nue
Tu va, tu va et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
Tu es la vague, moi l'île nue
Tu va, tu va et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Tu va, tu va et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
L'amour physique est sans issue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Et je me retiens
Non! Maintenant viens!
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
L'amour physique est sans issue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Et je me retiens
Non! Maintenant viens!
Compositores: Serge Gainsbourg
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segunda-feira, 23 de julho de 2018
« PEDREIRO - Chiu! Estás a querer mandar em mim? Quem manda nas mulheres, nos gatos e nos cães são os homens. Não são eles que lhes dão de comer? Não serão eles, porventura, os seus donos? Portanto, quem manda em ti sou eu. Ao menos, sempre mando em alguma coisa.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 25
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 25
«Pernas velhas, asas mortas.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Colecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 21
«GUARDA-LIVROS - Quando vinha ao longe, notei-te à janela. E tu, sabe-lo bem, não tolero ver-te à janela. Não tens roupa para coser? Meias para remendar? O comer, a horas, para fazer? As gatas é que estão sempre à janela...à espera dos gatos. Sou uma pessoa muito boa, que gosta de tratar todos bem, mas também gosto que me respeitem. Fiz de ti uma mulher doméstica, uma mulher séria, por isso tens de cumprir o teu regulamento.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 17
domingo, 22 de julho de 2018
''Lindos calções enfeitados''
Molière. Escola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.. p. 45
sábado, 21 de julho de 2018
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Igor Pjörrt
Heavenly Persona (2018)
Heavenly Persona is an ethereal archive of black-and-white photos from the long-distance relationship documented in the previous series Betelgeuse. Inspired by japanese erotic photography and Shizuka’s album of the same name, Heavenly Persona examines afterlife, memory and a sexual awakening through a collection of evocative images.
Also an exploration of naturism, the book contemplates the animalistic condition of man as a mammal and his innate attraction to nature, where the earth nurtures, protects and forms its own system with the male body, serving as both womb and deathbed. With his companion, they find themselves in lawless territory - an infinite landscape that reduces their bodies to their physical form and presents them with unparalleled freedom.
My attention shifted to the more spiritual nature of this relationship while considering the erotic links between creation and ruin. The earth is no longer imagined as a promise of life but rather a genesis of pleasure with no other end. An impenetrable desire echoes through closed rooms and open fields as the two lovers endlessly navigate this isolated stretch between purgatory and heaven in search of a climax which always seems to be on the horizon.
Also an exploration of naturism, the book contemplates the animalistic condition of man as a mammal and his innate attraction to nature, where the earth nurtures, protects and forms its own system with the male body, serving as both womb and deathbed. With his companion, they find themselves in lawless territory - an infinite landscape that reduces their bodies to their physical form and presents them with unparalleled freedom.
My attention shifted to the more spiritual nature of this relationship while considering the erotic links between creation and ruin. The earth is no longer imagined as a promise of life but rather a genesis of pleasure with no other end. An impenetrable desire echoes through closed rooms and open fields as the two lovers endlessly navigate this isolated stretch between purgatory and heaven in search of a climax which always seems to be on the horizon.
110 pages
54 black-and-white plates
245x183 mm
Unique handmade copy
Etiquetas:
Portuguese photographer Igor Pjörrt
«Houve escuma e confusão.»
Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 121
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