sábado, 30 de maio de 2020
quarta-feira, 27 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Maria Velho da Costa (1938-2020)
Maria Velho da Costa
O júri elogiou-lhe «a inovação no domínio da construção romanesca, no experimentalismo e na interrogação do poder fundador da fala».
domingo, 17 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
verismo
quarta-feira, 13 de maio de 2020
Traverso, Enzo (2018), Melancolia de esquerda: marxismo, história e memória. Eduardo Rebuá., p. 191-193
"trigo limpo, farinha amparo"
Expressões
terça-feira, 12 de maio de 2020
Leprosário
debilidade do Estado-previdência em Portugal
segunda-feira, 11 de maio de 2020
INVESTIGAÇÃO : Covid-19: investigador do CES/UC defende que refundar a participação cívica é um imperativo para a reconstrução do “novo normal” Giovanni Allegretti
''Com vários países do mundo a efetuarem uma gradual saída do designado lockdown (bloqueio total) adotado para conter a pandemia da Covid-19, Giovanni Allegretti, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) e coordenador do PEOPLES' - Observatório da Participação, da Inovação e dos Poderes Locais -, afirma que é importante «relembrar a classe política que a participação de cidadãs e cidadãos na reconstrução da sociedade no período pós-emergência é fundamental».
Numa reflexão sobre o papel dos cidadãos após a pandemia, Giovanni Allegretti sublinha que «é claro que a participação vai ter que ser repensada. As pessoas têm medo de se reencontrar em grandes grupos, e provavelmente estão saturadas de tecnologia nas suas vidas, mas querem, sobretudo, ser ouvidas sobre grandes questões, como a reconstrução do estado social (sobretudo educação e saúde) e a luta contra as novas desigualdades e exclusões».
O investigador do CES defende que Portugal não pode ficar fora deste debate. Vários países já estão a trabalhar nesse sentido. Por exemplo, «em França, um painel de 150 cidadãos selecionados aleatoriamente para integrar a “Convenção Cidadã para o Clima” apresentou o relatório “Contribuição para o plano de saída da crise”, enquanto uma centena de autarcas, governadores, intelectuais e líderes sociais enviavam ao Presidente Macron a petição “#NousLesPremiers: um cenário democrático para o mundo do depois”, que propõe um plano em três etapas, que prevê o envolvimento direto dos habitantes na reconstrução da sociedade e da economia».
Também em Espanha começou a debater-se a «forma de acompanhar a (polémica) proposta de um novo “Pacto da Moncloa”, prevendo a criação de painéis de cidadãos sorteados para que possam partilhar as suas visões sobre o planeamento da era “pós-Covid”», refere.
Em Itália, um dos países do mundo mais afetados pela Covid-19, «cidades como Milão, Bari ou Nápoles têm vindo a abrir aos cidadãos os seus Planos de Resiliência, a organizar hubs para otimizar as atividades espontâneas de solidariedade, e a coordenar as mais de 40.000 iniciativas de crowdfunding que foram sendo financiadas durante o período de emergência», exemplifica o especialista.
Para um país como Portugal, «que entrou com força no mapa mundial da participação pública, à qual os meios de comunicação nacionais têm dedicado tanto espaço, é impossível ficar alheado deste debate», afirma.
«Somos dos poucos países que tem tido centenas de orçamentos participativos locais e até três experiências promovidas pelo governo nacional, e a RAP (Rede das Autarquias Participativas) é única no panorama europeu. Por dois meses, os nossos processos participativos formalizados ficaram em modalidade “stand-by”, bloqueados pelo distanciamento social e as urgências sanitárias. Mas agora é tempo de repartir, partilhar a reconstrução, canalizar as novas formas de ativismo solidário e lúdico que nasceram na emergência, e de transformá-los em ativismo estratégico», fundamenta o coordenador do Observatório da Participação, da Inovação e dos Poderes Locais.
Assim, prossegue Giovanni Allegretti, para que «o “novo mundo” seja mesmo novo, o Estado não pode atuar sozinho. As instituições são inerciais e as elites políticas não têm suficiente criatividade para se colocarem no lugar das tantas pessoas diferentes que compõem a nossa sociedade. Para não repetir os erros do passado, não precisamos de assistencialismo nem de paternalismo, mas que seja reconhecido aos cidadãos o direito de participar, sobretudo após estes meses de tragédia, com o nosso comportamento responsável e pró-ativo».
Ao Estado, segundo o investigador, cabe essencialmente estabelecer um processo de reconstrução tripartido (instituições, empresas, comunidades), «abrindo espaços substantivos para cidadãs e cidadãos, e coordenando os níveis de governos num percurso participativo multinível, que possa imediatamente aproveitar (em cada nível administrativo) das tantas ideias e práticas de cogestão dos bens comuns que foram emergindo e – por certo – irão emergir ao longo do percurso».''
domingo, 10 de maio de 2020
voroço da espera. As portas também
esperam algo, como as pessoas. Desvi-
os. Próximos, e a recusa da ausência:
alluvione, registro, excesso, esteira do
tempo. No fim de tudo há amor? Mas,
ele, amor, retorcido, nega-se.»
Inimigo Rumor. Manuel Ricardo de Lima. Livros Cotovia., p. 101
«Um dia, os rostos da ausência pesarão no sangue, duros como o gelo, (...) »
Inimigo Rumor. Ángel Campos Pámpano. Livros Cotovia., p. 95
''A janela existe para termos direito ao suicídio.''
DEPOIS DA CHUVA
Inimigo Rumor. Augusto Massi. Livros Cotovia., p. 91
«Uma ordem sem rosto faz baixar o preso ao porão..»
Inimigo Rumor. Ruy Proença. Livros Cotovia., p. 88
Inimigo Rumor. Fernando Paixão. Livros Cotovia., p. 87
''amigalhotes de aldeia''
sábado, 9 de maio de 2020
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
«Quando deixará o meu coração de ser dilacerado? Quando é que me livrarei desta cruel perturbação?»
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
«Pensa poder enganar-me impunemente?»
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
«Conheço de sobra o meu destino para tentar mudá-lo. Hei-de ser toda a vida uma desgraçada! »
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
''Depois de mil impulsos e mil hesitações,''
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
finalmente acabou por me convencer de que já me não ama e que devo, portanto, deixar de o amar.
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
''passei o resto do dia lavada em lágrimas''
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
Bem sei que te amo perdidamente; no entanto, não lamento a violência dos impulsos do meu coração; habituei-me à sua tirania, e já não poderia viver sem este prazer que vou descobrindo: amar-te entre tanta mágoa. O que me desgosta e atormenta é o ódio e a aversão que ganhei a tudo. A família, os amigos e este convento são-me insuportáveis. Tudo o que seja obrigada a ver, tudo o que inadiavelmente tenha de fazer, me é odioso. »
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
''Ai!, porque tratas tão mal um coração que é teu?''
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
Ain't Got No, I Got Life - Nina Simone
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Ain't got no perfume, ain't got no bed
Ain't got no man
Ain't got no friends, ain't got no schoolin'
Ain't got no love, ain't got no name
Ain't got no ticket, ain't got no token
Ain't got no god
Why am I alive , anyway?
Yeah, what have I got
Nobody can take away?
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth, I got my smile
I got my tongue, got my chin
Got my neck, got my boobies
Got my heart, got my soul
Got my back, I got my sex
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver, got my blood
I've got life
I've got the life
And I'm going to keep it
I've got the life
«(...) promete-me que terás saudades minhas se vier a morrer de tristeza;»
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
''De ti só quero o que te vier do coração, e recuso todas as provas de amor que tu próprio te possas dispensar. ''
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.
''Nenhum alívio há para o meu mal, e se me lembro das minhas alegrias maior é ainda o meu desespero.''
Sóror Mariana Alcoforado; "Cartas Portuguesas". Europa-América, 1974.