terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

''41 livros para descobrir o cérebro e pensar o futuro ''

 21 Lições Para o Século XXI – Yuval Noah Harari

A Estranha Ordem das Coisas – António Damásio

A Vida Secreta da Mente – Mariano Sigman

Ameaças e Riscos Transnacionais no Novo Mundo Global – João Vieira Borges e Teresa Rodrigues

Ao Encontro de Espinosa – António Damásio

Arte e Instinto – Denis Dutton

Breve História do Futuro – Jacques Attali

Cá Dentro – Isabel Minhós Martins, Maria Manuel Pedrosa, Madalena Matos

Cérebro e Música – Alexandre Castro Caldas

Comportamento – Robert M. Spolsky

Criatividade: a função cerebral improvável – Alexandre Castro Caldas

Da Leveza – Gilles Lipovetsky

Domínio do Ocidente – Ian Morris

Elon Musk – Ashlee Vance

Física do Futuro – Michio Kaku

Física do Impossível – Michio Kaku

Guerra! Para Que Serve? – Ian Morris

Homo Creator – Edward O. Wilson

Homo Deus – Yuval Noah Harari

Macbeth – William Shakespeare

O Erro de Descartes – António Damásio

O Futuro da Mente – Michio Kaku

O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu – Oliver Sacks

O Livro da Consciência – António Damásio

O Sentimento de Si – António Damásio

O Terceiro Chimpanzé – Jared Diamond

Os Próximos 100 Anos – George Friedman

Porque Dormimos? – Matthew Walker

Romeu e Julieta – William Shakespeare

Roubar o Fogo – Steven Kotler and Jamie Wheal

Splitting the Harrow, Understanding the Business of Life – Prem Rawat

Superinteligência: Caminhos, Perigos, Estratégias – Nick Bostrom

Superprevisões: a arte e a ciência da previsão – Dan Gardner e Philip E. Tetlock

Tecnologia versus Humanidade – Gerd Leonhard

The Master and His Emissary – Iain McGilchrist

The Posthuman – Rosi Braidotti

The Singularity is Near – Ray Kurzweil

Uma Paixão Humana: o seu cérebro e a música – Daniel Levitin

Uma Visita Politicamente Incorrecta ao Cérebro Humano – Alexandre Castro Caldas

Via Para o Futuro da Humanidade – Edgar Morin

Ways of Attending – Iain McGilchrist

Fonte: ver aqui.

morte-cor

Asaf Avidan - Small Change Girl

"All beauty must die"

 Where the Wild Roses Grow

They call me the wild rose
But my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Elisa Day
From the first day I saw her I knew she was the one
She stared in my eyes and smiled
For her lips were the color of the roses
That grew down the river, all bloody and wild
When he knocked on my door and entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man, and with a careful hand
He wiped at the tears that ran down my face
They call me the wild rose
But my name was Elisa Day
Why they call me that I do not know?
For my name was Elisa day
On the second day I brought her a flower
She was more beautiful than any woman I've seen
I said, "Do you know, where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?"
On the second day he came with a single red rose
He said "Give me your loss and your sorrow?"
I nodded my head, as I lay on the bed
If I show you the roses will you follow alone
They call me the wild rose
But my name was Elisa Day
Why they call me that I do not know
For my name was Elisa Day
On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he knelt above me with a rock in his fist
On the last day I took her where the wild roses grow
She lay on the bank, the wind light as a thief
And I kissed her goodbye, said "All beauty must die"
And I knelt down and planted a rose between her teeth
They call me the wild rose
But my name is Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name is Elisa Day
My name was Elisa Day
For my name was Elisa Day

Nick Cave
''Pelo que eu observo, se nós amamos, nós sofremos. É isso. Esse é o pacto. A dor e o amor estão eternamente entrelaçados. A dor é um lembrete terrível da profundidade do nosso amor e, como o amor, a dor é não-negociável. Existe uma vastidão na dor que nos sobrecarrega. Nós somos minúsculos e trémulos aglomerados de átomos absorvidos pela impressionante presença da dor. Isso ocupa o núcleo do nosso ser e se estende pelos nossos dedos até os limites do universo.

Dentro desse giro rodopiante, todo tipo de loucura existe; fantasmas e espíritos e visitas de sonhos, e tudo o mais que nós, em nossa angústia, desejamos que exista. Esses são dons preciosos que são tão válidos e tão reais quanto precisamos que sejam. Eles são os guias espirituais que nos levam para fora da escuridão.''

Nick Cave


 

Beth Gibbons / Penderecki / Górecki - Symphony No. 3 Final Movement

«É fácil imitar o desespero, é fácil que sejam tomados como desespero todas as espécies de abatimento sem consequência, de sofrimentos que passam sem chegar a sê-lo.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 27

 «, assim como há doenças imaginárias, há saúde imaginárias;»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 26/7

 «O homem que se diz desesperado, crê que o seja, mas não basta que não creia, para passar por não o ser. Rarefica-se assim o desespero, quando, na verdade, ele é universal. Não é ser desesperado que é raro, o raro, o raríssimo, é realmente não o ser.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 26

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

 «Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são, também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma perturbação, uma desarmonia, um receio de que não se sabe o quê de desconhecido ou que ele nem ousa conhecer, receio duma eventualidade exterior ou o receio de si-próprio; tal como os médicos dizem de uma doença, o homem traz em estado latente uma enfermidade, da qual, num relâmpago, raramente um medo inexplicável lhe revela a presença interna.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 25

Iánnis Xenákis- Metastasis


Ana Teresa Barboza, Artista Têxtil 

 

«O desesperado é um doente de morte.»

 Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 23

«Ser César ou nada»

 «Eis o ácido, a gangrena do desespero, esse suplício cuja ponta, dirigida sobre o interior, nos afunda cada vez mais numa auto-destruição impotente.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 20

 «No desespero, o morrer continuamente transforma-se em viver. Quem desespera não pode morrer; «assim como um punhal não serve para matar pensamentos», assim também o desespero, verme imortal, fogo inextinguível, não devora a eternidade do eu, que é o seu próprio sustentáculo.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 20

''morrer a morte''

 Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 20

 «Assim, estar mortalmente doente é não poder morrer, mas neste caso a vida não permite esperança, e a desesperança é a impossibilidade da última esperança, a impossibilidade de morrer.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 20

Betty Davis

Antelóquio

«(...), o desespero não é só a pior das misérias, como a nossa perdição.»

 Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 15

 Capítulo I

«Doença do espírito - do eu - o desespero pode, enquanto tal,

tomar três formas: o desesperado inconsciente de ter um eu

             - o que é verdadeiro desespero - ;

               o desesperado que não quer, e o 

         desesperado que quer ser ele próprio.»


Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 11

 O DESESPERO É A 

DOENÇA MORTAL


Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 11

''angústia existencial''; ''sofrimento ascético''

domingo, 7 de fevereiro de 2021


Fotógrafo Felice Beato

«cerco e aniquilamento»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 189

cam.pe.si.na.to

''a intelectualidade urbana''

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 186

ideologia escravizante

“We will go far away, to nowhere, to conquer, to fertilize until we become tired. Then we will stop and there will be our home.” 

Dejan Stojanovic


 

As Guerras do Ópio

 ou Guerra Anglo-Chinesa

 «Não há construção sem destruição, corrente sem barragem, movimento sem repouso; nisso, existe uma luta de vida ou morte.»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 178

«Toda a cultura é um reflexo ideológico da política e da economia da sociedade.»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 177

The Stooges - Funhouse 1970

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

 

undabundo

un.da.bun.do
ũdɐˈbũdu
adjetivo
diz-se do mar agitado ou alterosoencapelado

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Produção industrial do Vidro

Perfumeiro




 

 Cancion otoñal

Hoy siento en el corazón
un vago temblor de estrellas,
pero mi senda se pierde
en el alma de la niebla.
La luz me troncha las alas
y el dolor de mi tristeza
va mojando los recuerdos
en la fuente de la idea.

Todas las rosas son blancas,
tan blancas como mi pena,
y no son las rosas blancas,
que ha nevado sobre ellas.
Antes tuvieron el iris.
También sobre el alma nieva.
La nieve del alma tiene
copos de besos y escenas
que se hundieron en la sombra
o en la luz del que las piensa.

La nieve cae de las rosas,
pero la del alma queda,
y la garra de los años
hace un sudario con ellas.

¿Se deshelará la nieve
cuando la muerte nos lleva?
¿O después habrá otra nieve
y otras rosas más perfectas?
¿Será la paz con nosotros
como Cristo nos enseña?
¿O nunca será posible
la solución del problema?

¿Y si el amor nos engaña?
¿Quién la vida nos alienta
si el crepúsculo nos hunde
en la verdadera ciencia
del Bien que quizá no exista,
y del Mal que late cerca?

¿Si la esperanza se apaga
y la Babel se comienza,
qué antorcha iluminará
los caminos en la Tierra?

¿Si el azul es un ensueño,
qué será de la inocencia?
¿Qué será del corazón
si el Amor no tiene flechas?

¿Y si la muerte es la muerte,
qué será de los poetas
y de las cosas dormidas
que ya nadie las recuerda?
¡Oh sol de las esperanzas!
¡Agua clara! ¡Luna nueva!
¡Corazones de los niños!
¡Almas rudas de las piedras!
Hoy siento en el corazón
un vago temblor de estrellas
y todas las rosas son
tan blancas como mi pena.


– García Lorca, “Antologia poética”.

 Elegía a Doña Juana la Loca

    A Melchor Fernández Almagro

Princesa enamorada sin ser correspondida.
Clavel rojo en un valle profundo y desolado.
La tumba que te guarda rezuma tu tristeza
a través de los ojos que ha abierto sobre el mármol.

Eras una paloma con alma gigantesca
cuyo nido fue sangre del suelo castellano,
derramaste tu fuego sobre un cáliz de nieve
y al querer alentarlo tus alas se troncharon.

Soñabas que tu amor fuera como el infante
que te sigue sumiso recogiendo tu manto.
Y en vez de flores, versos y collares de perlas,
te dio la Muerte rosas marchitas en un ramo.

Tenías en el pecho la formidable aurora
de Isabel de Segura. Melibea. Tu canto,
como alondra que mira quebrarse el horizonte,
se torna de repente monótono y amargo.

Y tu grito estremece los cimientos de Burgos.
Y oprime la salmodia del coro cartujano.
Y choca con los ecos de las lentas campanas
perdiéndose en la sombra tembloroso y rasgado.

Tenías la pasión que da el cielo de España.
La pasión del puñal, de la ojera y el llanto.
¡Oh princesa divina de crepúsculo rojo,
con la rueca de hierro y de acero lo hilado!

Nunca tuviste el nido, ni el madrigal doliente,
ni el laúd juglaresco que solloza lejano.
Tu juglar fue un mancebo con escamas de plata
y un eco de trompeta su acento enamorado.

Y, sin embargo, estabas para el amor formada,
hecha para el suspiro, el mimo y el desmayo,
para llorar tristeza sobre el pecho querido
deshojando una rosa de olor entre los labios.

Para mirar la luna bordada sobre el río
y sentir la nostalgia que en sí lleva el rebaño
y mirar los eternos jardines de la sombra,
¡oh princesa morena que duermes bajo el mármol!

¿Tienes los ojos negros abiertos a la luz?
O se enredan serpientes a tus senos exhaustos…
¿Dónde fueron tus besos lanzados a los vientos?
¿Dónde fue la tristeza de tu amor desgraciado?

En el cofre de plomo, dentro de tu esqueleto,
tendrás el corazón partido en mil pedazos.
Y Granada te guarda como santa reliquia,
¡oh princesa morena que duermes bajo el mármol!

Eloisa y Julieta fueron dos margaritas,
pero tú fuiste un rojo clavel ensangrentado
que vino de la tierra dorada de Castilla
a dormir entre nieve y ciprerales castos.

Granada era tu lecho de muerte, Doña Juana,
los cipreses, tus cirios; la sierra, tu retablo.
Un retablo de nieve que mitigue tus ansias,
¡con el agua que pasa junto a ti! ¡La del Dauro!

Granada era tu lecho de muerte, Doña Juana,
la de las torres viejas y del jardín callado,
la de la yedra muerta sobre los muros rojos,
la de la niebla azul y el arrayán romántico.

Princesa enamorada y mal correspondida.
Clavel rojo en un valle profundo y desolado.
La tumba que te guarda rezuma tu tristeza

a través de los ojos que ha abierto sobre el mármol.
– García Lorca, “Antologia poética”

 Se ha quebrado el sol

Se ha quebrado el sol
entre nubes de cobre.
De los montes azules llega un aire suave.

En el prado del cielo,
entre flores de estrellas,
va la luna en creciente
como un garfio de oro.

Por el campo (que espera los tropeles de almas),
voy cargado de pena,
Por el camino solo;
Pero el corazón mío
un raro sueño canta
de una pasión oculta
a distancia sin fondo.

Ecos de manos blancas
sobre mi frente fría
¡pasión que maduróse
con llanto de mis ojos!

– Federico García Lorca, em “Poemas esparsos”. no livro ‘Obra poética completa’.


René Lalique, o inventor da jóia moderna


 

 Este es el prólogo

Dejaría en este libro
toda mi alma.
Este libro que ha visto
conmigo los paisajes
y vivido horas santas.

¡Qué pena de los libros
que nos llenan las manos
de rosas y de estrellas
y lentamente pasan!

¡Qué tristeza tan honda
es mirar los retablos
de dolores y penas
que un corazón levanta!

Ver pasar los espectros
de vidas que se borran,
ver al hombre desnudo
en Pegaso sin alas,

ver la vida y la muerte,
la síntesis del mundo,
que en espacios profundos
se miran y se abrazan.

Un libro de poesías
es el otoño muerto:
los versos son las hojas
negras en tierras blancas,

y la voz que los lee
es el soplo del viento
que les hunde en los pechos,
– entrañables distancias –.

El poeta es un árbol
con frutos de tristeza
y con hojas marchitas
de llorar lo que ama.

El poeta es el médium
de la Naturaleza
que explica su grandeza
por medio de palabras.

El poeta comprende
todo lo incomprensible,
y a cosas que se odian,
él, amigas las llama.

Sabe que los senderos
son todos imposibles,
y por eso de noche
va por ellos en calma.

En los libros de versos,
entre rosas de sangre,
van pasando las tristes
y eternas caravanas

que hicieron al poeta
cuando llora en las tardes,
rodeado y ceñido
por sus propios fantasmas.

Poesía es amargura,
miel celeste que mana
de un panal invisible
que fabrican las almas.

Poesía es lo imposible
hecho posible. Arpa
que tiene en vez de cuerdas
corazones y llamas.

Poesía es la vida
que cruzamos con ansia
esperando al que lleva
sin rumbo nuestra barca.

Libros dulces de versos
son los astros que pasan
por el silencio mudo
al reino de la Nada,
escribiendo en el cielo
sus estrofas de plata.

¡Oh, qué penas tan hondas
y nunca remediadas,
las voces dolorosas
que los poetas cantan!

Dejaría en el libro
este toda mi alma…


– Federico García Lorca, em “Poemas sueltos”. no livro ‘Obra poética completa’. 

 Cantos nuevos

Agosto de 1920
(Vega de Zujaira)

Dice la tarde: “¡Tengo sed de sombra!”
Dice la luna: “¡Yo, sed de luceros!”
La fuente cristalina pide labios
y suspira el viento.

Yo tengo sed de aromas y de risas,
sed de cantares nuevos
sin lunas y sin lirios,
y sin amores muertos.

Un cantar de mañana que estremezca

a los remansos quietos
del porvenir. Y llene de esperanza
sus ondas y sus cienos.

Un cantar luminoso y reposado
pleno de pensamiento,
virginal de tristezas y de angustias
y virginal de ensueños.

Cantar sin carne lírica que llene
de risas el silencio
(una bandada de palomas ciegas
lanzadas al misterio).

Cantar que vaya al alma de las cosas
y al alma de los vientos
y que descanse al fin en la alegría
del corazón eterno.


– Federico García Lorca, em “Livro de poemas” (1921). no livro ‘Obra poética completa’. 

ar.gên.te.o

«E eu levarei comigo o Génio da minha casa, a minha serpente preta, agora adormecida sobre folhas de lódão!»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 15

Mozart - Lacrimosa


Bianca Jagger

 

 «Presas nas fontes, desciam-lhe até aos cantos da boca, rosada como uma romã entreaberta, tranças de pérolas.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 14

«Havia ali árvores, cujos troncos, pintados de cinábrio, se assemelhavam a colunas ensanguentadas.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 12

''lançaram sobre ele todas as suas explosões do seu ódio insatisfeito''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 12

«(...), cerrando um tanto as pálpebras, que não podiam suportar o clarão dos fachos.»

 Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 9

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

 «Encontrou os pequenos às escuras, por falta de fósforos;»

Selma Lagerlöf.  O Balão. Tradução de Pepita de Leitão. Livros do Brasil, Lisboa., p. 173

sofismar

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021


Audun-le-tiche, França - Rex, 2014 (demolido) ©SIMON EDELSTEIN, in Abandoned Cinemas of the World

''Parecia fatigado, minado de inquietações.''

 Selma Lagerlöf.  Porque Durou Tanto o Papa. Tradução de Pepita de Leitão. Livros do Brasil, Lisboa., p. 158

re.cal.ci.trar

«Deixai-o viver, a ele, que ainda pode fazer tanto pela vossa glória, e extingui em troca a chama da minha vida, que arde sem proveito para ninguém!»

Selma Lagerlöf.  Porque Durou Tanto o Papa. Tradução de Pepita de Leitão. Livros do Brasil, Lisboa., p. 154

 «À medida que passavam as horas, aumentavam a inquietação, a tristeza. Houve até pessoas que, ao vir a noite, não se podiam resolver a buscar o leito. Ficavam as igrejas abertas até além da meia-noite, para que as criaturas aflitas aí pudessem entrar e orar.»

Selma Lagerlöf.  Porque Durou Tanto o Papa. Tradução de Pepita de Leitão. Livros do Brasil, Lisboa., p. 154

«Não creio que este pálido estrangeiro possa ter visões - disso consigo. - Não tem olhos sombrios que é preciso ter para ver além da cortina do mistério.»

Selma Lagerlöf.  Uma Lenda de Jerusalém. Tradução de Pepita de Leitão. Livros do Brasil, Lisboa., p. 150

MADREDEUS - O Pastor

COMPREENSÃO DA ÁRVORE

A tua voz edifica-me sílaba a sílaba
e é árvore desde as raízes aos ramos
Cantas em mim a primavera breve tempo
e depois os pássaros irão
povoar de ti novas solidões
E eu sentirei na fronte permanentemente
o sudário levemente branco do teu grande silêncio
ó canção ó país ó cidade sonhada
dominicalmente aberta ao mar que por fim pousas
na fímbria desta tua superfície.

Ruy Belo
VER-TE É COMO TER Á MINHA FRENTE TODO O TEMPO

Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado

Ruy Belo

É TRISTE IR PELA VIDA

É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro.

Ruy Belo
CONTIGO APRENDI COISAS TÃO SIMPLES

Contigo aprendi coisas tão simples como
a forma de convívio com o meu cabelo ralo
e a diversa cor que há nos olhos das pessoas
Só tu me acompanhastes súbitos momentos
quando tudo ruía ao meu redor
e me sentia só e no cabo do mundo
Contigo fui cruel no dia a dia
mais que mulher tu és já a minha única viúva
Não posso dar-te mais do te dou
este molhado olhar de homem que morre
e se comove ao ver-te assim presente tão subitamente

Ruy Belo
NOMEEI-TE NO MEIO DOS MEUS SONHOS

Nomeei-te no meio dos meus sonhos
chamei por ti na minha solidão
troquei o céu azul pelos teus olhos
e o meu sólido chão pelo teu amor

Ruy Belo
"Esta é a ditosa pátria minha amada? Não. Nem pátria minha porque o não merece.
Nem eu mereço a pouca sorte
de nascido nela."

Jorge de Sena

dor ex.cru.ci.an.te


translineação

Portugal - Jorge de Sousa Braga, dito por Mário Viegas


Woman on Sofa, 2013. From the Early Color Portfolio © Jo Ann Callis

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

 Tatuagem

Tinha uma rosa negra tatuada

num dos grandes lábios. E o

 

Púbis religiosamente depilado

como se de ervas daninhas se tratasse

in A ferida aberta, Jorge Sousa Braga

Cataratas

Nenhum rio consegue voar durante muito tempo. Uns segundos no máximo e ei-los que se despenham de muitos metros de altura. Ainda mal refeitos da queda, começam logo a correr a uma velocidade vertiginosa. E de novo se despenham. E só desistem quando se lhes depara o mar pela frente.

Jorge Sousa Braga

De novo o silêncio



O silêncio é como se fosse água. Daquela água pura da montanha que se bebe 
directamente pelo coração.

Jorge Sousa Braga


 O GUARDA-RIOS

É tão difícil guardar um rio
quando ele corre
dentro de nós.


Jorge Sousa Braga


 

''bátega de chuva''

– Sobre tradução de poesia –
(Zbigniew Herbert)

Zumbindo um besouro pousa
numa flor e encurva
o caule delgado
e anda por entre filas de pétalas folhas
de dicionários
e vai direito ao centro
do aroma e da doçura
e embora transtornado perca
o sentido do gosto
continua
até bater com a cabeça
no pistilo amarelo

e agora o difícil o mais extremo
penetrar floralmente através
dos cálices até
à raiz e depois bêbado e glorioso
zumbir forte:
penetrei dentro dentro dentro
e mostrar aos cépticos a cabeça
coberta de ouro
de pólen

Tradução de Herberto Helder publicada a abrir o livro OUOLOF poemas mudados para português por Herberto Helder, Assírio & Alvim, Lisboa 1997.

"Há três tipos de homens, os vivos, os mortos e os do mar"

 Platão

Abandoned Cinemas of the World - Simon Edelstein

Registo fotográfico de "cinemas esquecidos, roídos pelo tempo''

''O fotolivro Abandoned Cinemas of the World, de Simon Edelstein, levanta o véu sobre o triste destino de muitos, emblemáticos e grandiosos, edifícios da sétima arte que perderam protagonismo ao longo das últimas décadas."Os cinemas são efémeros. E são cada vez mais raros na paisagem urbana."

"Por apatia ou por força dos mercados, as autoridades de cada país recusam, geralmente, transformar os velhos cinemas em edifícios classificados. Não oferecem qualquer suporte para a manutenção de espaços que se tornam problemáticos e dispendiosos. Assim, os cinemas são esquecidos, enquanto o público se torna indiferente à sua lenta desaparição." Simon Edelstein


Publicação no suplemento P3 do Público, num artigo de Ana Marques Maia.
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