domingo, 7 de janeiro de 2024


 

Movement, 3

« & os homens graúdos a chorar - os ventos estão aqui ancorado & não se perturba estas lágrimas nem estes rios - não se toma banho em banheiras abandonadas mas mistura-se ervas eléctricas »

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 88

'' o Malcolm X Esquecido como um peixe apanhado''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 88

'' a cigana negra''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 87

''Corpus Christi em chamas''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 87

 «(...) uma árvore que caia na floresta sem fazer barulho não tem ninguém que a ouça!»


Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 87


 

 ''parece que os coveiros andaram

a cavar uma sepultura no meu peito

a noite inteira...''


Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 85

 '' o porteiro do olho de vidro''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 85

 ''estou farto da tristeza heróica''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 84

'' a mulher de roupas ensanguentadas''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 84

 «(...) & quero lá saber o que tu
achas das minhas experiências - levas-te demasiado
a sério - ainda vais arranjar uma úlcera & vais
parar ao hospital - vão-te pôr numa enfermaria
onde não podes receber visitas - vais passar-te
da moleirinha - já não quero saber disso -
estou tão farto das tuas regras & regulamentos
que posso até nunca mais te falar - mas
lembra-te de uma coisa, quando avalias uma peça de
manteiga, estás a falar sobre ti mesmo, por isso
o melhor é assinares o teu nome...vemo-nos,
com sorte, no festival de bolos da sra. Keeler
                                                     com estima
                                                     Flutuador Limpa-Neves
p.s. tu és meu amigo & estou a tentar ajudar-te»


Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 83

sábado, 6 de janeiro de 2024


 

 Morreu o bicho, acabou-se a peçonha

 Presunção e água benta, cada qual toma a que quer

 Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe

Casarás e amansarás

Boca que apetece, coração que padece

À beira de um precipício só há uma maneira de andar para frente: é dar um passo atrás.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

''A pandemia dos egos inflamados''

John Cassavetes filming Gena Rowlands




 

Dancing Girl


I saw a dream last nightBright like a falling star.And the sources of light,Seemed so near,Yet so far.I thought i was in flight,Out where the planets are.Moving between day and night.Hear am I,There you are.Follow the Dancing Girl,Vision and embrace.Such an entrancing girl,She moves with such rhythm and grace.Who can she be?Follow the Dancing Girl,Go to the quiet place.Here in the weary world,Somewhere between time and space.We shall be free.
Each of us is born alone.Well welcome to the twilight zone.You can leave with only what you bring.Things we cannot see appear.Singing songs we cannot hear.An everything is surely everything.Meanwhile in the ghettos dust and gloom.Bird is blowin in his room.All those noteswont take the pain away.And you'll surely come to harm,With that needle all up in your arm.And dope will never turn the night to day.
Just a little further down the line.Baby sister its these streets at night.I say the wind blows chilly,And the women need new shoes.
So just tell her,Tell her what you wanna do.Boogie, bop or boogalo?I said tell her what you wanna doBoogie, bop or boogaloo?I said tell her, tell herWhat you wanna do.Boogie, bop or boogaloo?

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

 « (...) hás-de pisar-te a ti mesmo todas as pessoas que enganas hão-de levantar-te ! não tens resposta! sem essa coisa, haverias de murchar até não seres nada - tens medo de não ser nada - estás enrolado nessa coisa - ela apanhou-te! » estou tão Farto de pessoas Bíblicas - são como óleo de rícino - como a raiva & agora desejo os Teus olhos - tu que não conversas sobre nenhum assunto & alimentas o meu pensamento de vazio QUIERO TUS OJOS & o teu riso & a tua escravidão...»

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 74

'' tu que não procuras motivos para a tua tortura''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 73

 «roubou o nome da minha mãe - deixou-me para lá a sofrer»

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 72

 '' -  não sejas um conformista - esquece lá as canções do mar ''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 72

parangona


 

Homens que são como lugares mal situados

 Homens que são como lugares mal situados

Homens que são como casas saqueadas
Que são como sítios fora dos mapas
Como pedras fora do chão
Como crianças órfãs
Homens sem fuso horário
Homens agitados sem bússola onde repousem /
Homens que são como fronteiras invadidas
Que são como caminhos barricados
Homens que querem passar atalhos sufocados
Homens sulfatados por todos os destinos
Desempregados das suas vidas /
Homens que são como a negação das estratégias
Que são como os esconderijos dos contrabandistas
Homens encarcerados abrindo-se com facas /
Homens que são como danos irreparáveis
Homens que são sobreviventes vivos
Homens que são como sítios desviados
Do lugar

Daniel Faria nasceu a 10 de Abril de 1971 em Baltar, Paredes. Licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa. A tese foi publicada em 1999: “A vida e conversão de Frei Agostinho: entre a aprendizagem e o ensino da Cruz”. Obteve a licenciatura em Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras do Porto (1998).
Recebeu vários  prémios literários relativos a inéditos de poesia e conto. De entre os seus escritos dispersos incluem-se “Oxálida” (1992), “A casa dos Ceifeiros” (1993), “Explicação das árvores e de outros animais” (1998) e “Homens que são como lugares mal situados” (1998).
Colaborou  nas revistas “Atrium”, “Humanística e Teologia”, “Via Spiritus” e “Limiar”. Claramente vocacionado para as áreas da expressão artística, fez memoráveis trabalhos no domínio da encenação. Quando faleceu, a 9 de junho de 1999 era noviço no Mosteiro de Singeverga.

Love bombing

''um marido de virtude questionável''

 

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 70

'' a boca dela escancarada''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 69

“The last cigarette” (2004) // Fotógrafa Rita Barros



 

ardina

 '' - Ele deseja morrer quando os tornados atingem os telhados & os bancos «lá se vai a morte» dirá ele quando morrer''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 66

''presença ínvia''

 '' não pára de dizer « quando eu morrer» só depois fica sem ideias & triste''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 66

'' o Amante Morto''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 66

Franz Liszt ‒ Album d'un voyageur, S156: Impressions et Poésies


  


Photograhy by Hélène Desplechin

 

herbário

Oxálida-azeda

''operário do silêncio''

''sai-lhe do bolso uma traça a voar''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 64

''vamos pôr alguém a sofrer''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 64

'' o Poeta Vazio''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 64

Entrada sem Convite na Noite Escura

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 64

domingo, 31 de dezembro de 2023

''Senhor Acanhamento''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 63

doença eruptiva


Robert Frank und seine Frau Mary, geborene Lockspeiser, mit Tochter Andrea, New York 1956

 

« (...)  - regressa num barco lento à tua culpa, à tua poluição, ao reino da tua tristeza »

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 57

 ''tu, rainha, a aranha - caíste na teia do suor''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 56

QUEDATE CONMIGO

 «(...), estou a safar-me, tenho uma canção nova contra os isqueiros. uma empresa de carteira de fósforos ofereceu-me fósforos de graça até ao fim da minha vida, mais uma fotografia minha em todas as carteiras de fósforos, mas sabes como eu sou, era preciso muito mais do que isso para eu me vender - »

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 56

Menino do Bairro Negro


Olha o sol que vai nascendo anda ver o marOs meninos vão correndo ver o sol chegarMenino sem condição irmão de todos os nusTira os olhos do chão vem ver a luzMenino do mal trajar um novo dia lá vemSó quem souber cantar vira tambémNegro bairro negro bairro negroOnde não há pão não há sossegoMenino pobre o teu larQueira ou não queira o papãoHá-de um dia cantar esta cançãoOlha o sol que vai nascendo anda ver o marOs meninos vão correndo ver o sol chegarSe até da gosto cantar se toda a terra sorriQuem te não há-de amar menino a tiSe não é fúria a razãoSe toda a gente quiserUm dia hás-de aprender haja o que houverNegro bairro negro bairro negroOnde não há pão não há sossegoMenino pobre o teu larQueira ou não queira o papãoHá-de um dia cantar esta canção


 



"L'art, c'est lá vie supportable"

Henri Fantin-Latour

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Salgadeiras

"A minha fotografia é muito mais uma vivência, e retrata situações que estou a pensar ou a elaborar, a procurar solução para problemas. É a perspetiva de quem vê. Isso é importante e vai mudando, com o que vai acontecendo"

Fotógrafa Rita Barros

Nocturnal

“The last cigarette” (2004) // Fotógrafa Rita Barros




 “As imagens retratam o processo de uma decisão e o prazer de fumar o que será o último cigarro terminando com a beata morta no cinzeiro. The Last Cigarette representa o optimismo de acreditar na força de vontade e que uma decisão uma vez tomada não admite retorno.”

''decisão emocional''

domingo, 24 de dezembro de 2023

''melancolia invernal''

«Passei a noite de Natal na solidão noturna do jardim.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 95

 «Morte e nascimento, chegada e partida, misturam-se numa profunda melancolia.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 89

«O meu salgueiro, a minha amada, esvaíra-se em sangue.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 84

''pássaros vorazes''


Photograhy by Hélène Desplechin

 

árvore-da-castidade

''a dominação é desprovida de encanto''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 80

Vinha-virgem

 «E, eu, em que estado me encontra-
va? Não estava como uma lira quebra-
da? Ainda soltava alguns sons, mas
eram sons de morte. Tinha cantado o
meu sombrio canto de cisne! Gostaria
de ter feito uma coroa funerária, mas 
apenas tinha flores de Inverno.»


Friedrich Holderlin, Hipérion

borboleta-pavão

''pia de pedra cheia de água''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 70

 Segundo Walter Benjamin, o que caracteriza o verdadeiro colecionador é uma estupefação perante as coisas, ou seja, essa capacidade de inspiração que precede a posse: ''Assim que [o colecionador] tem [as coisas] nas suas mãos, parece inspirado por elas, parece olhar através delas na direção da sua distância, como se fosse um mago.''


Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 70


Invernáculo



                                                              Photograhy by Hélène Desplechin
 

 «Os nomes de flores são palavras de amor.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 68

 «Só o singular torna os encontros possíveis.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 67

Mimosa pudica

 Mimosa pudica, conhecida popularmente por dormideira, sensitiva, dorme-dorme, maria-fecha-a-porta ou não-me-toques

 «Mas a amizade é uma narrativa. A época digital totaliza o aditivo, o numerar e o numerável. Até mesmo os afetos são contados sob a forma de likes.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 61

Dedaleira

Digitalis purpurea

«O nome latino da dedaleira é Digitalis. A palavra digital refere-se a dedo - em latim, digitus, (...)


Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 61

'' Sem luz não há sombra.''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 61

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

芽衣子のふて節


覚めた女が吐く ふてぜりふ
見なきゃよかつた 夢から覚めて
永雨に濡れた 髪をとく

[Chorus 1]
ああ 夜が明けなきゃ
たったひとりの 女の闇さ

[Verse 2]
覚めた女が吐く ふてぜりふ
みんな終って 悔いだけが
冷えて残って 身を責める

[Chorus 2]
ああ 闇が浴けなきゃ
たったひとりの 女が泣くさ

[Instrumental Bridge]

[Verse 3]
覚めた女が吐く ふてぜりふ
闇がつづこと あしたが来よと
群れをはなれて 息を吐く


A woman wakes up and vomits.
I shouldn't have seen it. I woke up from the dream.
Comb your hair wet from the rain

[Chorus 1]
Ah, the night has to end
The darkness of just one woman

[Verse 2]
A woman wakes up and vomits.
When everyone is done, I only have regrets
I stay cold and blame myself

[Chorus 2]
Ah, I need to bathe in the darkness
Only one woman cries

[Instrumental Bridge]

[Verse 3]
A woman wakes up and vomits.
The darkness continues, tomorrow will come
Separate yourself from the crowd and exhale


 Lady Snowblood (título original Shurayukihime) é um filme japonês de 1973 dirigido por Toshiya Fujita, com a actriz principal, Meiko Kaji.

domingo, 17 de dezembro de 2023

''Chovem Amores na Rua do Matador''

 Texto: Mia Couto e José Eduardo Agualusa

sábado, 16 de dezembro de 2023

As abelhas

 «Completamente embriagadas revoluteavam num mar do pólen.»

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 55

 «O homem envelhece e morre. Não tem primavera, não desperta de novo. Murcha e apodrece. »

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 53

Margaridas Bravas

Yoshiko Sai - Hyoryusen (1976)

Adonis annua

adónis, olho-de-perdiz, lágrimas-de-sangue, gota-de-sangue, flor-de-adónis


 

Campainha-de-Inverno

 Na Alemanha chamam-lhes também ''meninas bonitas de fevereiro''

Cerejeira-da-neve

Jasmim-de-inverno

Centáureas azuis

''confiadamente terão caído no autoengano''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 26

''desacostumados do assombro''

 ''Desfeito em lágrimas, o eu renuncia à sua superioridade e toma consciência do seu próprio enraizamento na natureza. ''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 25

 '' as lágrimas correm dos olhos sem perguntarem primeiro à alma''

CHŌ NO SUMU HEYA FULL ALBUM HQ ~ YOSHIKO SAI — 蝶のすむ部屋 ~ 佐井 好子 (1978)

atemporal

Açafrão-de-Outono

 Quando, quando chegará a manhã
- sim, quando, quando? -
que liberte a minha vida destes laços?
Vós, olhos meus, pela dor toldados,
não víeis mais que tormentos em vez de amor,
não víeis rasto de alegria,
víeis somente ferida após ferida,
trazendo-me mais dor à minha dor,
e durante toda a minha longa vida
nem uma hora de alegria.
Oxalá por fim suceda
que eu veja a hora
em que para sempre deixarei de ver!
Quando regressará a aurora
que destes laços venha desprender-me?


Ciclo de Lieder Espanhóis, Schumann

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 19

'' O desejo é o princípio do conflito.''

“Desejo pouco e o pouco que desejo é pouco”.

Francisco de Assis

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

sábado, 9 de dezembro de 2023



All the world’s a stage,
And all the men and women merely players;
They have their exits and their entrances,
And one man in his time plays many parts.

— As You Like It, William Shakespeare

LOVE STREAMS (1984)


 

Oh My Lover

 ''Não Espezinhem as Vacas da Sociedade''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 55

''...pode ser  que mudes a tua maneira de fornicar, de engolir espadas - poder ser que mudes o modo como dormes em cima de pregos''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 53

''a rapariga do bengaleiro com um olho de vidro''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 51

humor à al capone

napoleónico

 ''acena a soldados com mãos amputadas que apanharam estilhaços de cinzeiros''


 Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 48


 

desvirginada

'' Guitarras a Beijarem-se & a Dose Contemporânea''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. R2elógio D'Água Editores, 2016., p. 47

''protejo-te das palavras desonestas & da fidelidade às obras poderosas''

 Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. R2elógio D'Água Editores, 2016., p. 44

 ''ontem à noite tentou enforcar-se...
pensei em imediatamente em interná-la,
mas porra é a minha gaja,
& toda a gente me iria olhar de forma estranha
por viver com uma maluca''

Bob Dylan. Tarântula. Tradução de Vasco Gato. Relógio D'Água Editores, 2016., p. 39

marralheiro

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

''flores de gelo''

frialdade

1827 - Die Winterreise (Viagem de Inverno) - Schubert

''Respeitar exige louvar.''

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 12



"Como pintor, torno-me mais lúcido quando confrontado com a Natureza."

Paul Cézanne

 ''Evidência'' significa originalmente ver. Vi.

Byung-Chul Han. Louvor da Terra. Tradução de Miguel Serras Pereira. Relógio D' Água. 2020., p. 11

 « Do voo das aves, os sinais confusos lêem
Leprosos, que, de noite, talvez, apodreçam.»

Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 41


 

Nick Cave and The Bad Seeds - Hollywood


The fires continued through the night
The kid with a bat face appeared at the window
Then disappeared into the headlights

I was halfway to the Pacific Coast
I had left you in your longing
In your yearning like a ghost

There is little room for wonder, now
And little room for wildness too
We crawl into our wounds
I’m nearly all the way to Malibu

I’m gonna buy me a house up in the hills
With a tear-shaped pool and a gun that kills
Cause they say there is a cougar that roams these parts
With a terrible engine of wrath for a heart
That she is white and rare and full of all kinds of harm
And stalks the perimeter all day long
But at night lays trembling in my arms

And I’m just waiting now for my time to come
And I’m just waiting now for my time to come
And I’m just waiting now for my place in the sun
And I’m just waiting now for peace to come

And I’m just waiting now for my time to come
And I’m just waiting now for my time to come
And we hide in our wounds
And I’m nearly all the way to Malibu
And I know my time will come one day soon
I’m waiting for peace to come
I’m nearly all the way to Malibu
Oh babe, we’re on the run, we’re on the run
Half down the Pacific Coast
Well I left you sleeping like a ghost
In your wounds

Darling your dreams are your greatest part
I carry them with me in my heart
Darling your dreams were your greatest part
I carry them with me in my heart
Somewhere, don’t know

Now I’m standing on the shore
All the animals roam the beaches
And sea creatures rise out of the sea.
And I’m standing on the shore
Everyone begins to run
The kid drops his bucket and spade
And climbs into the sun

****

Kisa had a baby but the baby died
Goes to the villagers says my baby’s sick
Villagers shake their heads and say to her
Better bury your baby in the forest quick

It’s a long way to find peace of mind, peace of mind
It’s a long way to find peace of mind, peace of mind

Kisa went to the mountain and asked the Buddha
My baby’s sick! Buddha said, don’t cry
Go to each house and collect a mustard seed
But only from a house where no one’s died

Kisa went to each house in the village
My baby’s getting sicker, poor Kisa cried
But Kisa never collected one mustard seed
Because in every house someone had died

Kisa sat down in the old village square
She hugged her baby and  cried and cried
She said everybody is always losing somebody
Then walked into the forest and buried her child

Everybody’s losing someone
Everybody’s losing someone
It’s a long way to find peace of mind, peace of mind
It’s a long way to find peace of mind, peace of mind
And I’m just waiting now for my time to come
And I’m just waiting now for peace to come
For peace to come

«Oh!, há quanto tempo, Elis, morreste.»

Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 35

''olhos lunares''

Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 35

«E a interpretação obscura do voo das aves.»

Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 35

CREPÚSCULO DE INVERNO

 Para Max von Esterle
Negro céu de metal.
A flutuar, atravessam tempestades vermelhas,
De noite, as gralhas enlouquecidas de fome,
Lívidas, sob o relvado do parque.

Nas nuvens, congela um raio até morrer;
E, ante as maldições de Satanás, contorcem-se
As gralhas em sete círculos e 
Descem sete vezes.

Na podridão, doce e sem sabor,
Aparam, em silêncio, os seus bicos.
Ameaçam casas das paragens em redor;
Claridade no teatro.

Igrejas, pontes e o hospital,
Horríveis de ver, de pé, ao crepúsculo.
Telas de linho manchadas se sangue,
Velas que incham ao vento no canal.


Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 25

encanecer

'' Na folhagem encarnada cheia de guitarras''

Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 19



Homem-Pássaro

Misunderstood

Bob Dylan - Murder Most Foul


Twas a dark day in Dallas, November '63A day that will live on in infamyPresident Kennedy was a-ridin' highGood day to be livin' and a good day to dieBeing led to the slaughter like a sacrificial lambHe said, "Wait a minute, boys, you know who I am?""Of course we do, we know who you are"Then they blew off his head while he was still in the carShot down like a dog in broad daylightWas a matter of timing and the timing was rightYou got unpaid debts, we've come to collectWe're gonna kill you with hatred, without any respectWe'll mock you and shock you and we'll put it in your faceWe've already got someone here to take your placeThe day they blew out the brains of the kingThousands were watchin', no one saw a thingIt happened so quickly, so quick, by surpriseRight there in front of everyone's eyesGreatest magic trick ever under the sunPerfectly executed, skillfully doneWolfman, oh Wolfman, oh Wolfman, howlRub-a-dub-dub, it's a murder most foul
Hush, little children, you'll understandThe Beatles are comin', they're gonna hold your handSlide down the banister, go get your coatFerry 'cross the Mersey and go for the throatThere's three bums comin' all dressed in ragsPick up the pieces and lower the flagsI'm goin' to Woodstock, it's the Aquarian AgeThen I'll go to Altamont and sit near the stagePut your head out the window, let the good times rollThere's a party goin' on behind the Grassy KnollStack up the bricks, pour the cementDon't say Dallas don't love you, Mr. PresidentPut your foot in the tank and step on the gasTry to make it to the triple underpassBlackface singer, whiteface clownBetter not show your faces after the sun goes downI'm in the red-light district, like a cop on the beatLivin' in a nightmare on Elm StreetWhen you're down in Deep Ellum, put your money in your shoeDon't ask what your country can do for youCash on the barrelhead, money to burnDealey Plaza, make a left-hand turnI'm goin' down to the crossroads, gonna flag a rideThe place where faith, hope, and charity diedShoot him while he runs, boy, shoot him while you canSee if you can shoot the invisible manGoodbye, Charlie, goodbye, Uncle SamFrankly, Miss Scarlet, I don't give a damnWhat is the truth, and where did it go?Ask Oswald and Ruby, they oughta know"Shut your mouth, " said the wise old owlBusiness is business, and it's a murder most foul
Tommy, can you hear me? I'm the Acid QueenI'm riding in a long, black Lincoln limousineRiding in the backseat next to my wifeHeading straight on in to the afterlifeI'm leaning to the left, I got my head in her lapHold on, I've been led into some kind of a trapWhere we ask no quarter, and no quarter do we giveWe're right down the street from the street where you liveThey mutilated his body and they took out his brainWhat more could they do? They piled on the painBut his soul's not there where it was supposed to be atFor the last fifty years they've been searchin' for thatFreedom, oh freedom, freedom over meI hate to tell you, mister, but only dead men are freeSend me some lovin', tell me no liesThrow the gun in the gutter and walk on byWake up, little Suzie, let's go for a driveCross the Trinity River, let's keep hope aliveTurn the radio on, don't touch the dialsParkland hospital, only six more milesYou got me dizzy, Miss Lizzy, you filled me with leadThat magic bullet of yours has gone to my headI'm just a patsy like Patsy ClineNever shot anyone from in front or behindGot blood in my eye, got blood in my earI'm never gonna make it to the new frontierZapruder's film, I've seen that beforeSeen it thirty-three times, maybe moreIt's vile and deceitful, it's cruel and it's meanUgliest thing that you ever have seenThey killed him once and they killed him twiceKilled him like a human sacrificeThe day that they killed him, someone said to me, "SonThe age of the Antichrist has just only begun"Air Force One comin' in through the gateJohnson sworn in at 2:38Let me know when you decide to throw in the towelIt is what it is, and it's murder most foul
What's new, pussycat? What'd I say?I said the soul of a nation been torn awayAnd it's beginning to go into a slow decayAnd that it's thirty-six hours past Judgment DayWolfman Jack, he's speaking in tonguesHe's going on and on at the top of his lungsPlay me a song, Mr. Wolfman JackPlay it for me in my long CadillacPlay me that, "Only The Good Die Young"Take me to the place Tom Dooley was hungPlay, "St. James Infirmary" and, "The Port of King James"If you want to remember, you better write down the namesPlay Etta James, too, play "I'd Rather Go Blind"Play it for the man with the telepathic mindPlay John Lee Hooker, play "Scratch My Back"Play it for that strip club owner named JackGuitar Slim going down slowPlay it for me and for Marilyn Monroe
Play, "Please Don't Let Me Be Misunderstood"Play it for the First Lady, she ain't feeling any goodPlay Don Henley, play Glenn FreyTake it to the limit and let it go byPlay it for Carl Wilson, tooLooking far, far away down Gower AvenuePlay, "Tragedy" play, "Twilight Time"Take me back to Tulsa to the scene of the crimePlay another one and, "Another One Bites the Dust"Play, "The Old Rugged Cross" and, "In God We Trust"Ride the pink horse down that long, lonesome roadStand there and wait for his head to explodePlay, "Mystery Train" for Mr. MysteryThe man who fell down dead like a rootless treePlay it for the Reverend, play it for the PastorPlay it for the dog that got no masterPlay Oscar Peterson, play Stan GetzPlay, "Blue Sky", play Dickey BettsPlay Hot Pepper, Thelonious MonkCharlie Parker and all that junkAll that junk and, "All That Jazz"Play something for the Birdman of AlcatrazPlay Buster Keaton, play Harold LloydPlay Bugsy Siegel, play Pretty Boy FloydPlay the numbers , play the oddsPlay, "Cry Me A River" for the Lord of the godsPlay Number Nine, play Number SixPlay it for Lindsey and Stevie NicksPlay Nat King Cole, play, "Nature Boy"Play, "Down In The Boondocks" for Terry MalloyPlay, "It Happened One Night" and, "One Night of Sin"There's twelve million souls that are listening inPlay, "Merchant to Venice" play, "Merchants of Death"Play, "Stella by Starlight" for Lady Macbeth
Don't worry, Mr. President, help's on the wayYour brothers are coming, there'll be hell to payBrothers? What brothers? What's this about hell?Tell them, "We're waiting, keep coming"We'll get them as wellLove Field is where his plane touched downBut it never did get back up off the groundWas a hard act to follow, second to noneThey killed him on the altar of the rising sunPlay, "Misty" for me and, "That Old Devil Moon"Play, "Anything Goes" and, "Memphis in June"Play, "Lonely At the Top" and, "Lonely Are the Brave"Play it for Houdini spinning around his gravePlay Jelly Roll Morton, play, "Lucille"Play, "Deep In a Dream" and play "Driving Wheel"Play, "Moonlight Sonata" in F-sharpAnd, "A Key To The Highway" for the king of the harpPlay, "Marching Through Georgia" and, "Dumbaroton's Drums"Play, "Darkness" and death will come when it comesPlay, "Love Me Or Leave Me" by the great Bud PowellPlay, "The Blood-stained Banner" play, "Murder Most Foul"
Compositores: Bob Dylan
«O assassino sorri pálido no vinho,
O horror da morte agarra os doentes.
A noviça reza, ferida e nua,
À frente do sofrimento na cruz do Salvador.»

 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 17

«E ela olha para ele como se estivesse morta.»

 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 13

 «Triste, sussurra o canavial na lagoa
E, encolhida, gela de frio.
Ao longe, canta um galo. Sobre a lagoa,
Dura e cinzenta, a manhã estremece.»


 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 13

estar na forja

God Is An Astronaut - Fragile

'' E ela olha-o fixamente, abalada pela dor.''

 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 11

''E, fascinada pelo declínio,
Baixa as pálpebras inflamadas.''


 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo., p. 11

''Ao anoitecer, agitam-se, nas ilhas, sussurros.''

 Georg Trakl. Poemas. Tradução e Prefácio António de Castro Caeiro. Editora Abysmo. 

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