Para Max von Esterle
Negro céu de metal.A flutuar, atravessam tempestades vermelhas,
De noite, as gralhas enlouquecidas de fome,
Lívidas, sob o relvado do parque.
Nas nuvens, congela um raio até morrer;
E, ante as maldições de Satanás, contorcem-se
As gralhas em sete círculos e
Descem sete vezes.
Na podridão, doce e sem sabor,
Aparam, em silêncio, os seus bicos.
Ameaçam casas das paragens em redor;
Claridade no teatro.
Igrejas, pontes e o hospital,
Horríveis de ver, de pé, ao crepúsculo.
Telas de linho manchadas se sangue,
Velas que incham ao vento no canal.
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