sábado, 2 de outubro de 2021

''Entendiam o universo da arte apenas como uma razão das suas narrativas e ambições pessoais, cujos juízos morais eram apenas uma questão de o fim justificar os meios. Definiram todo o conceito de crítica de arte, como obediente — privando-a assim da sua autonomia e individualidade. No fim de contas, a obediência tinha que ver com a melhor forma de se aproveitarem da crítica. Foram profetas no sentido de doutrinar e reduzir todo o pensamento crítico a uma única lei para procurarem realizar os seus objectivos, com uma força inexorável (louve-se).''



A QUE SOA O SISTEMA QUANDO LHE DAMOS OUVIDOS
VICTOR PINTO DA FONSECA

''opinião media neo-intelectual''

pragmatismo

Thierry de Brunhoff plays Chopin -- Complete Nocturnes

Matadouro

terça-feira, 28 de setembro de 2021

 Rui Vieira Nery, musicólogo, e Pedro Carneiro, maestro, ontem nas conversas criativas do COGITO:

Pergunta: O que é música?
Rui Vieira Nery: É uma forma de organizar os sons, para criar sentido e emoção. Tem uma gramática, mas sistematicamente faz implodir essa gramática. Faz a nossa vida melhor.
Pedro Carneiro: A música acontece quando os sons se organizam em pensamentos.

Pergunta: O que não é música?
Rui Vieira Nery: É o simples acaso, sem intenção nem contexto, sem fazer parte de um plano de comunicação. Aquilo que um leigo pode considerar ruído, pode ser um elemento musical. O Pedro Carneiro é um dos melhores percussionistas do mundo...
Pedro Carneiro: ...logo é um especialista em ruído (risos).

Pergunta: Então qual a diferença entre uma peça de Schubert e o barulho de uma betoneira?
Rui Veira Nery: Uma betoneira pode ser utilizada como um elemento expressivo numa obra musical. Aliás, prefiro ouvir uma betoneira a certas interpretações de sonatas de Beethoven.
Pedro Carneiro: O que distingue a música da betoneira, é quando alguém diz 'uau'. Isto eleva o meu ser. Tem sentido e leva-me para outra dimensão.

 ''A razão não tem coração,

e sem música o ser humano não tem humanidade".

Enter the Void (2009) / dir. Gaspar Noé


 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

domingo, 19 de setembro de 2021

 “A única solução possível para o problema da irreversibilidade - a impossibilidade de se desfazer o que se fez embora não se soubesse nem pudesse saber o que se fazia - é a faculdade de perdoar. A solução para o problema da imprevisibilidade da caótica incerteza do futuro está contida na faculdade de prometer e cumprir promessas.“

Hannah Arendt

Otis Redding - (I Can't Get No) Satisfaction

«(...) , só, e dirigia-se para além da lagoa»


Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 138

«(...) as velhas muralhas interiores, de todo inúteis.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 138

Arvo Pärt: Da Pacem (full album)

 ''A prática interna dos partidos está longe de ser exemplo de uma democracia.''

António Cândido de Oliveira

Parlamento Local

hiperpresidencialização



No. 4 (Bottoms) (1966) de Yoko Ono
 

''A democracia não existe sem oposição''

António Cândido de Oliveira

politólogo

''O escrutínio exige distanciamento''

sábado, 18 de setembro de 2021

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

''invulnerável ao ferro''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 131

« A tua casa está cheia de trigo, como o teu espírito de sabedoria.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 126


 Fotografia Paulo Sales Vieira

« De há muito que o meu coração estava triste e o lar insípido.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 120

''bramindo punhais''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 115

iurte

"Tem nos Infinitos pontos do horizonte Infinitos rumos atraindo-o ao nomadismo irradiante a roda da sua iurte. " 

(Eucl. da Cunha, À Margem da História, p. 117, ed. 1s26.)

« - Porque sois cobardes, avaros, ingratos pusilânimes e loucos.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 115

«Fazes ostentação da tua sandice!»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 111

'' a cinza dos perfumes queimados na ocasião da partida''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 103

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

''estrelas meio perdidas na escuridão''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 109


 

 ANTES SER A SERPENTE, QUE A EVA DOMESTICADA...

«Eu não vou ficar como elas, amarelecida numa fotografia de piquenique, antepassada de mim mesma. Eu não vou ficar estupidamente feliz num retrato de casamento, um único momento de glória, ao lado de um homem que não conheço, que nunca conhecerei mas que me vai fazer muitos filhos e mandar-me calar quando eu disser asneiras. Eu vou ter as ancas magnéticas, os seios livres, ofertados, os calcanhares vibráteis como cordas, transmitindo o chamamento da minha sede de ser amada e amar na vertigem de ser amada.»
Natália Correia, A Madona (1968)

domingo, 12 de setembro de 2021

 “Tudo o que sonho ou passo, 

 O que me falha ou finda, 

 É como que um terraço 

 Sobre outra coisa ainda. 

 Essa coisa é que é linda.” 


 Fernando Pessoa

sábado, 11 de setembro de 2021

«A noite estava escuríssima e sobre o mar pesava espesso nevoeiro.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 107

 «Anda triste, rejeita o pão (...)»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 106

'' o sangue da ave''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 106


 

''corre descalço pela beira dos precipícios''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 106

''a cinza dos perfumes queimados na ocasião da partida''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 101

«Tinha o corpo todo coberto de reluzentes lâminas de ferro.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 101

« O Anunciador-das-Luas»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 101

 «O etíope tirou da cintura uma comprida adaga e logo as três foram decepadas. Uma delas, saltando por entre os restos do banquete, caiu dentro da tina, onde flutuou por algum tempo, com a boca aberta e os olhos fixos. A claridade da madrugada penetrava já pelas fendas das paredes. Os três corpos, deitados de bruços, pareciam três fontes, inundado de sangue os mosaicos do pavimento, ocultos quase por um pó azul. O sufeta meteu a mão naquele lodo ainda quente, e esfregou com ele os joelhos: era um remédio.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 99


 

desabrido

adjetivo

1.
rudeáspero
2.
violento
3.
desagradável
4.
tempestuoso

''fígados de passarinhos''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 98

''arroxeados lábios''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 97

monopsónio

''O colar de lâminas azuis batia-lhe sobre as flores da sua túnica preta(...)''

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 95

Angel Olsen - All Mirrors




 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 “A música ajuda a libertarmo-nos dos nossos problemas, das nossas angústias, dos nossos maus pensamentos. É isto! É para isso que a música pode servir”.

— Michel Corboz (1934-2021)

"menos um fruto no pomar de Deus"

 Gen. 3, 6 Viâit igitur mulier quod bonum esset lignum aâ uescendum, et pulchrum oculis, aspectuque delectabile: et tulit defructu ãlius, et comedit deditque uiro suo, qui comedit (Trad. da Bíblia dos Capuchinhos) "Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto, e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele ao seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu"

inutilidades

"Tentatio uos non apprehendat nisi humana"

 "que não vos sobrevenha nenhuma tentação que não seja humana".

''Objectos sem mundo''

 Michel Lawers, "Santas e anoréxicas: o misticismo em questão", in Jacques Berlioz (1994)

 Quantalibet urbs sublimítate murorum et clausarum portarum firmitate muniatur, posterae unius quamuis pamissimae proditione uastabitur

"Por mais altos que sejam os muros, e por mais sólidas que sejam as portas a protegerem uma cidade, ela será pela traição de um só alçapão secundário, ainda que pequeníssimo, devastada".


  ...impossibile namque est extingui ignita corporis incentiua, priusquam ceterorum quoque principalium uitiorum fomites radicitus excidantu

"É que é impossível que o fogo que incendeia o nosso corpo seja extinguido se, primeiro que tudo, os estímulos dos vícios principais não forem eliminados pela raiz..."

''os combates do intelecto (vaidade e soberba)''

 ''os combates do coração, mais ligados às manifestações emocionais (avareza, ira, tristeza)''

''os combates do ventre (gula e luxúria)''

"Acerca da tentação da gula"

 ''O livro V das Instituições Cenobíticas de João Cassiano apresenta como título De Spirítu Gastrimargiae "Acerca da tentação da gula". De entre a lista de combates que devem ser conduzidos pelo monge que aspira à perfeição, a saber, pela ordem em que Cassiano os indica, gastrimargía, fornícatío, auaritia, ira, tristitia, acedia, uana gloria, superbia, a gula surge como o primeiro vício a ser dominado'' .

"O catálogo dos pecados mortais''

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

desejo e urgência

 «Os bárbaros romperam-lhes as linhas; degolaram-nos com a maior destreza e facilidade possíveis, tropeçando nos moribundos e nos cadáveres, cegos pelo sangue que lhes salpicava os rostos.»

Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 94

projectos político culturais

 

amorismo

nome masculino
1.
tendência para amar
2.
culto, veneração

"O que é preciso é criar desassossego."

 Zeca Afonso

PJ Harvey, Björk, Tori Amos (1994)

 

Fotografia John Stoddart

sábado, 4 de setembro de 2021

Museums as agents of social change

''No seu livro Museums as agents of social change, Mike Murawski apresenta o potencial dos museus para serem “espaços transformadores de ligação humana, cuidar, escuta e aprendizagem profunda”. Ao analisar conceitos como comunidade, neutralidade, justiça ou liderança, desafia-nos a pensar: “E se o amor, acima de tudo, fosse o valor essencial que orientaria a mudança radical necessária nos museus hoje?”.

No livro, Mike refere-se a um artigo de Emily Pringle de 2014, intitulado Art Practice, Learning and Love: Collaboration in Challenging Times.. Emily é actualmente Directora de Investigação da Tate e no artigo escreve sobre um processo realizado pela Tate Learning a fim de desvendar as motivações da equipa e o que os seus membros viam como justificação para as suas práticas: “(…) um momento inovador veio quando reconhecemos que para nós, o valor fundamental subjacente ao que fazemos é o ‘amor’.”

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

hegemonia

eufemismo

vaidade estilística

«O homem que não foi ferido ao princípio depressa se julga invulnerável.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 78

 «Ao cabo de uns meses pô-la na rua porque já o estava a estorvar.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 77


 

«Como a de outras paixões, a origem de um ódio é sempre obscura, (...)»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 76

 «(...) e o seu trágico fim com o cheiro medicinal dos eucaliptos e as vozes dos pássaros.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 75

''linhagem patrícia''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 74

domingo, 15 de agosto de 2021

sábado, 14 de agosto de 2021

Tigre-de-bengala


 

“Quem faz quadras populares comunga a alma do povo”.

 Fernando Pessoa

peças de arte pastoril

arte popular

''Um povo que não vê, que não lê, que não ouve, que não vibra, que não sai da sua vida material, do Dever e do Haver, torna-se um povo inútil e mal-humorado. A Beleza - desde a Beleza moral à Beleza plástica - deve constituir a ambição suprema dos homens e das raças. A literatura e a arte são os dois grandes órgãos dessa aspiração, dois órgãos que precisam de uma afinação constante, que contêm, nos seus tubos, a essência e a finalidade da Criação. ''

António Ferro, 1932.
“As coisas estão unidas por laços invisíveis. Não podes colher uma flor sem perturbar uma estrela.” 

Galileu Galilei

o Bem-Fazer

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

 

frigatriscaidecafobia

nome feminino
MEDICINA, PSICOLOGIA medo patológico da sexta-feira treze

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

 «Possivelmente, no inferno, os réprobos não são sempre felizes.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 72

 


 

''nostalgias urbanas''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 72

 «Ao fim de tenazes debates, feitos a princípio de cortesia e no fim de tédio, não chegavam a acordo.» 

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 71

 «Tinha querido ser moderna e os modernos repeliam-na.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 70

''mero alarde literário''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 49

«As coisas duram mais do que as pessoas.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 47

«Procuraram-se durante muito tempo e nunca se encontraram.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 46

TO LOVE SOMEBODY by Janis Joplin


 

« A ''estranheza do mundo'' é para Adorno um fator da arte.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 73

''E o lugar da volúpia é a pele (...)''

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 72

«O meio digital revela-se descorporalizador.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 72

 «São esses caminhos somente caminhos de rodeio, rodeios de ti mesmo para ti mesmo?»

Paul Celan

 «Na voz retorna o conteúdo psíquico recalcado.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 69

Memórias de um Doente dos Nervos

 livro de Daniel Paul Schreber

«Para Kafka, a voz e o olhar são, por outro lado, signos do corpo. Uma comunicação sem esses signos corporais não é mais do que um comércio com espíritos.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 65

I Want You (She's So Heavy)

«Hoje, o mundo é muito pobre em olhares.»

 

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 60

conciliábulo

«Ninguém perturbou a minha timidez, ninguém reparou em mim.»

 Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 40

«(...), e já são muitas as coisas que, desde então, temos possuído e perdido.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 39

Rua de la Piedad

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

 « - O meu conselho é que não te metas em histórias por causa daquilo que as pessoas podem dizer e por uma mulher que já não te quer.

«-Ela não me interessa para nada. Um homem que pensa cinco minutos seguidos numa mulher não é um homem mas um maricas. A Casilda não te coração. A última noite que passámos juntos disse-me que eu já andava para velho.

« - Disse-te a verdade.

« - A verdade é o que dói. (...)»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 34


Jiang Qing. Chinese actress
 

 «Essa noite aprendi que não é difícil matar um homem ou ser morto por ele.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 31

«Criei-me com as tristes ervas.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 30

''ganhava o pão a engomar''

«Clementina Juárez, minha mãe, era uma mulher decente que ganhava o pão a engomar.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 30

«Tinham-nos desfeito a tiros.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 27


 

Charmed I'm Sure · The Brian Jonestown Massacre

«-Oxalá me matem. É o melhor que me pode acontecer.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 26

''A amizade não é menos misteriosa do que o amor ''

«A amizade não é menos misteriosa do que o amor ou que qualquer das outras faces desta confusão que é a vida.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 24

«Eu sentia o desprezo das pessoas e despreza-me.»


Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 22

 

euclidiano

adjetivo
relativo a Euclides, matemático grego do século III a. C., ou à sua maneira de conceber a geometria

«(...) a mulher tristemente sacrificada e a obrigação de esquecê-la.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 18

 

Carla Van de Puttelaar

«(...) um voluntário esvaziamento de si mesmo.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 11

 «O sujeito narcísico-depressivo está exausto e fatigado de si mesmo.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 11

Melancholia (desastrum)

''constante igualar''

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 10

 «Pensa-se hoje que o amor perece devido à liberdade de escolha ilimitada, às numerosas opções e coação do ótimo, e que, num mundo de possibilidades ilimitadas, o amor não é possível.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 9

''A vida vai engolir-vos''

 Peça de teatro

terça-feira, 10 de agosto de 2021

The Jimi Hendrix Experience - Foxey Lady (1968)

 


Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 57

«Os big data funcionam sem necessidade de ver.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 62

olho voyeurista

''autoerosão''

«Mato-me a otimizar-me.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 50


 

 «Sou eu que, antes, me exploro a mim mesmo voluntariamente, acreditando estar a realizar-me.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 49

 ''A realização do trabalho acaba por tornar-se uma des-realização de tal ordem que o trabalhador é des-realizado até morrer de fome.»

K.Marx

 «Quanto mais o trabalhador se esgota, mas cai sob a dominação do outro enquanto explorador.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 49

«(...), a literatura não é outra coisa senão um sonho dirigido.»

in Prólogo

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 9

''Sou decididamente monótono.''

in Prólogo

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 9

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

 «As relações são substituídas pelas conexões. A falta de distância expulsa a proximidade. Duas baforadas de silêncio, poderiam conter mais proximidade, mais linguagem do que uma hipercomunicação. O silêncio é linguagem, enquanto o ruído da comunicação não o é.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 48


 

 ''Grades da Língua''


[...] (Se eu fosse como tu, se tu fosses como eu.
Não estivemos
sob um alísio?
Somos estranhos.)


Os ladrilhos. Em cima,
muito juntas, as duas 
poças cinzento-coração:
duas
baforadas de silêncio.

Paul Celan

''Deixámos de ser o homo doloris que habita limiares.'' 

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 45

«O que oprime e destrói a pessoa singular não é a situação objectiva, mas a sensação de desvantagem por comparação com os outros que aparecem como significativos.»

H. Bude op cit in. Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 36

 “People need to be cared for and nurtured throughout their lives by other people, at some times more urgently and more completely than at other times. Who is available to do the labor of care and who gets the care they require is contingent on political and social organization.” 


Kittay et al., 2005, p. 443

domingo, 8 de agosto de 2021

 

tomar a nuvem por Juno
iludir-se, tomar uma coisa por outra

''Fome canibal''

Joy Division - Love Will Tear Us Apart


                                                                            Théo Gosselin

''Autenticidade e Terror''

 «(...) Karl-Heinz Bohrer não deixa de ter razão, no seu ensaio ''Autenticidade e Terror'', quando observa que o terrorismo é um supremo acto de autenticidade.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 36

 «A adição às selfies não tem muito a ver com um saudável amor de si mesmo: não é mais do que a marcha no vazio de um eu narcísico que ficou só. Perante o vazio interior, o sujeito tenta em vão produzir-se a si mesmo. Mas é só o vazio que se reproduz. As selfies são o eu em formas vazias. A adição às selfies intensifica a sensação de vazio.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 35

 «O sentimento de vazio é um sintoma fundamental da depressão e do transtorno de personalidade borderline.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 33

«A autorreferência excessiva e narcísica, em contrapartida, gera uma sensação de vazio.
Hoje, as energias libidinosas investem-se sobretudo no eu.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 31

Little Richard Send Me Some Lovin'

«A autenticidade é um argumento de venda.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 29

 «O grau de civilização de uma sociedade pode medir-se precisamente em função da sua hospitalidade, ou melhor, em função da sua amabilidade. Reconciliação significa amabilidade.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 28

 «Acabaremos sempre por ser recompensados pela nossa boa vontade, pela nossa paciência, pela nossa equidade, pelo nosso afeto pelo estranho, enquanto o estranho é lentamente despojado do seu véu e se faz presente como uma nova beleza indizível: tal é o seu modo de agradecer a nossa hospitalidade.»

Nietzsche op cit in Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 28

 «(...)

A amabilidade significa liberdade.
A ideia de hospitalidade manifesta também algo de universal para além da razão. Para Nietzsche, é uma expressão da alma ''superabundante''. É capaz de acolher em si todas as singularidades.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 25

Gimme Some Truth - John Lennon

 «É assim que se explora a própria liberdade. Cada um passa a explorar-se a si mesmo, imaginando que se está a realizar. O que maximiza a produtividade e a eficácia não é a opressão da liberdade, mas a sua exploração. Tal é a lógica perversa fundamental do liberalismo.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 24

Proustianamente

 «O celebrado «mundo culto» já não oficia culto algum, mesmo de má-fé, como o era o da Arte (com letra grande, se fazem favor). 

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 178

«Mas para os pastores a metamorfose só existe nos contos de fadas.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 178
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