Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 322
quinta-feira, 1 de julho de 2021
X
Eu não sou deste mundo. Então de qualPlaneta absurdo me acontece a vida
Que o carimbo me põe de original
E a minha estrela dá como perdida?
Pelo condão de um humor filosofal
Do estranho estado me finjo distraída.
Do universo meu coração exposto.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 321
«Para noites de alma dever à eternidade »
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 319
Próprio é da vida banir o entendimento.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 318
VI
Vem do mais recôndito concerto
Uma íntima voz que me confunde.
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 317
«E vou com as andorinhas. Até quando?»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 311
A ALMA
Votada ao fogo obediente ao perigo
feroz do amor ser muito e o tempo pouco,
Chegas ébrio de sonho, ó estranho amigo
E eu não sei se por mim és anjo ou louco.
«Porque ergues a cabeça e caem lírios,»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 309
« Vê-la, nenhum moral o mereceu.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 308
«Os altos muros à podridão te furtam.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 307
terça-feira, 29 de junho de 2021
«Tempo, deixa-me em paz. Eu sou nocturna.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 306
E quebra-se no mar sem se mover.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 305
«Entrando azul no tardo entardecer.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 305
V
Nessa manhã as garças não voaramE dos confins da luz um deus chamou.
''Que a morte é cio de beleza breves,''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 303
«Uma varanda sobre um mar de auréolas.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 302
Minha mãe docemente penteava
Os meus cabelos e caíam pérolas.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 302
II
No coração da ilha está um vasoCheio das pérolas que p'ra mim sonhaste.
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 301
«Lúcida, excede-me a alma.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 299
Vedadas rosas rebentam-me na boca.
Vedadas rosas rebentam-me na boca.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 298
domingo, 27 de junho de 2021
O ombro em que de insónias repousava.
Nesse abrigo o amor com dedos leves
Fazia a concha que me agasalhava.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 279
«Infanta de ossos.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 278
Ser violada ao luar num festim de panteras.
Vida! de quantas vidas tiras o mel e o limo
Acomodando inúmeras almas a um só destino.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 277
« E avanço recuando por um túnel de espelhos.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 276
E rendo a alma à hora própria dos sortilégios.
Um afã de prenúncios voa em redor das lâmpadas,
As brasas dão sinais e queimo as ervas santas.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 276
« De febre o ar se turva.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 276
«Apresto-me aos feitiços e abro os lençóis ao luar.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 276
« És a profundidade onde as coisas não mudam.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 275
Indefinidamente sem sair de onde estamos .
Nada se vê. Só se ouve rangente a escuridão.
Sufocados os olhos. É interna a visão.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 274
''lume insone''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 274
''Ladram perdidamente as cadelas da deusa.''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 274
«Sonho? Ou sonhada me sinto?»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 273
«Alta e branca. Artemisa entra no mar e desata
A trança. Boiam na água seus cabelos de prata;
E a sombra num odor branco por jasmins a brotar
Escorre para os brilhos silenciosos do mar.»
NO TEMPLO DE FLORBELA-DIANA,
A CASTRADORA
À noite, em erma torre, um tigre aos pés,
Penteia-se Florbela. Ardentes velas
némesis
sábado, 26 de junho de 2021
''JÁ NÃO SEI SE É PAÍS
SE É ORFANATO''
domingo, 20 de junho de 2021
IDLES - SODIUM
Fenómeno
sábado, 19 de junho de 2021
''leito de anémonas''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 269
''No tempo imóvel de uma morte imensa.''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 266
''Para o luto sempre pronta''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 262
«Vergam-se ao sono as rosas. Os amantes
Passeiam no jardim com pés de prata.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 260
''Com magnólias nos olhos.''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 258
''Levar-vos para sombras frias;''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 251
''Só na ilusão ilesos,''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 257
''Vem das estrelas o sangue que nos guia''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 245
'' Dão-te por sina seres filhos das ervas.''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 230
Gimme Some Truth
I'm sick and tired of hearing things
From uptight, short-sighted, narrow-minded hypocritics
All I want is the truth
Just gimme some truth
Ive had enough of reading things
By neurotic, psychotic, pig-headed politicians
All I want is the truth
Just gimme some truth
No short-haired, yellow-bellied, son of tricky dicky
Is gonna mother hubbard soft soap me
With just a pocketful of hope
Money for dope
Money for rope
No short-haired, yellow-bellied, son of tricky dicky
Is gonna mother hubbard soft soap me
With just a pocketful of soap
Money for dope
Money for rope
I'm sick to death of seeing things
From tight-lipped, condescending, mamas little chauvinists
All I want is the truth
Just gimme some truth now
I've had enough of watching scenes
Of schizophrenic, ego-centric, paranoiac, prima-donnas
All I want is the truth now
Just gimme some truth
No short-haired, yellow-bellied, son of tricky dicky
Is gonna mother hubbard soft soap me
With just a pocketful of soap
Its money for dope
Money for rope
Ah, I'm sick and tired of hearing things
From uptight, short-sighted, narrow-minded hypocrites
All I want is the truth now
Just gimme some truth now
Ive had enough of reading things
By neurotic, psychotic, pig-headed politicians
All I want is the truth now
Just gimme some truth now
All I want is the truth now
Just gimme some truth now
All I want is the truth
Just gimme some truth
All I want is the truth
Just gimme some truth
''sem me isentar em pseudónimos''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 220
''chão de estrelas''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 219
sexta-feira, 18 de junho de 2021
quarta-feira, 16 de junho de 2021
domingo, 13 de junho de 2021
«O grande sonho requer certas circunstâncias sociais.»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 45
Zeca Afonso - Os Vampiros "Eles Comem Tudo"
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
«Prefiro a derrota como o conhecimento da beleza das flores, que a vitória no meio dos desertos, cheia de cegueira da alma a sós com a sua nulidade esperada.»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 33
«A vulgaridade é um lar.»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 32
«Reina quem não está entre os vulgares.»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 22
«(...), repare que, para o esteta, as tragédias são coisas interessantes de observar, mas incómodas de sofrer.»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 22«Se tivesse as paisagens impossíveis, que me restaria de impossível?»
Bernardo Soares. Livro do Desassossego. O Sonho - O Tédio. Editora Alma Azul. Coimbra, 2007., p. 19