quinta-feira, 3 de junho de 2021
provincianice incurável
«Passado o momento da aflição patriótica, percorrido até ao absurdo o labirinto sem saída da nossa impotência, voltámos à costumada e agora voluntária e irrealística pose de nos considerarmos, por provincianice incurável ou despeito infantil, uma espécie de nação idílica sem igual.»
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 31''orgiástica civilização''
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 30
''transes de melancolia cívica e cultural''
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 30
«(...) lençol de púrpura dos nossos deuses (heróis) mortos.»
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 26
« O que é necessário é uma autêntica psicanálise do nosso comportamento global, um exame sem complacências que nos devolve ao nosso ser profundo ou para ele nos encaminhe ao arrancar-nos as máscaras que nós confundimos com o rosto verdadeiro.»
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24
«As «Histórias de Portugal», todas, se exceptuarmos o limitado mas radical e grandioso trabalho de Herculano, são modelos de «robinsonadas»: contam as aventuras celestes de um herói isolado num universo previamente deserto. Tudo se passa como se não tivéssemos interlocutor.
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24«Talvez por isso, e uma vez mais, as boas almas baptizem estas considerações como o labéu de estrangeiradas. Não é apodo que as humilhe, mas não o creio exacto. Se o for, será sobretudo pelo excesso de fixação numa temática que subentende tudo quanto escrevi, mas que a ausência porventura terá reforçado. De qualquer modo, não escrevi estes ensaios para recuperar um país que nunca perdi, mas para o «pensar», com a mesma paixão e sangue-frio intelectual com que o pensava quando tive a felicidade melancólica de viver nele como prisioneiro de alma.»
Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 21
quarta-feira, 2 de junho de 2021
Apesar das ruínas e da morte
Onde sempre acabou
Cada ilusão
A força dos meus sonhos é tão forte
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos estão vazias.
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Mafalda Frias, António Rochette Cordeiro e Luís Alcoforado, Professores da FPCE - Universidade de Coimbra
domingo, 30 de maio de 2021
«O marulho das folhas com pássaros nas vozes
O sol adormecido nos braços da giesta»
''Lá onde o sangue em flor se desenlaça''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 118
''angústia florida''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 116
''Pausa de pátria entressonhada. É um crisol.''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 115
''Para serem rasgados ventres baldios''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 111
''Pela boca de um rio clandestino''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 107
''Inferno disfarçado em navegação''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 107
''corvos civilizados''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 106
''pátria escurecida''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 99
''Abrir mais uma flor no nosso lodo''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 89
''Quando uma laranja comer um rapaz''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 85
''Há noites que são lírios e são feras''
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 71
''(...) as imensas doses de consolação que a consciência administra''
Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 135
que secam folhas nas árvores dos dedos.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 55
V
Toma o meu corpo transparenteno que ultrapassa tua exigência taciturna.
Onda de amargura numa água tranquila.
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 49
E aos pés um coração de louça
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 46
encalhado em renúncia ou cobardia.»
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 46
Principia a noite
Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 33
''para nossa salvação da nossa pior miséria''
Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 108
'' o velho ironista e moralista''
Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 106
«Pecar é ignorar.»
Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 103
moda unissexo
«(...) perceber as abissais diferenças entre homens e mulheres, diferenças ocultas pela moda unissexo ou pela emergência de numerosas identidades de fronteira.»
J.L.Pio Abreu. Quem Nos Faz como Somos. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 2007., p. 21«Defino identidade como o modo como uma pessoa se reconhece a si própria e se dá a conhecer às outras pessoas. Obviamente, a identidade não se pode confundir com o corpo, embora possa ser produzida por ele e assinalada intencionalmente ou não, no próprio corpo. Com frequência, o corpo submete-se aos desígnios da identidade. Independentemente do seu modo de construção, a identidade contribui para a formação do «eu», mas esta noção pode ter outros componentes, como as sensações presentes, os sentimentos pessoais, o sentido de auto-agência e a unidade e continuidade da experiência. A «identidade» diferenciada do «eu» pode ainda relacionar-se com o «Me» (o Eu objectivo) e o «Self» ( o Eu subjectivo) com larga aceitação em psicologia e originalmente definida por George Herbert Mead e William James no início do século XX. A personalidade não implica o auto-reconhecimento e define-se objectivamente, podendo ser mensurável.»
sábado, 29 de maio de 2021
''Quem são os responsáveis pela nossa loucura ou pela falta dela''
Carlos Fiolhais, in Prefácio do Livro Quem Nos Faz como Somos, do Psiquiatra J.L.Pio Abreu
sexta-feira, 28 de maio de 2021
quinta-feira, 27 de maio de 2021
A ‘Imaginação cívica’
It is easy to pretend that nobody can change anything, that we are in a world
in which society is huge and the individual is less than nothing: an atom in a wall, a grain of rice in a rice field.
But the truth is, individuals change their world over and over,
individuals make the future, and they do it by imagining that things can be different.»
«Neil Gaiman: Why our future depends on libraries, reading and daydreaming»
Jean De Florette (Orage)
quarta-feira, 26 de maio de 2021
terça-feira, 25 de maio de 2021
Entropia
domingo, 23 de maio de 2021
Måneskin - Zitti E Buoni
Loro non sanno di che parlo
Giallo di siga fra le dita
Io con la siga camminando
Scusami, ma ci credo tanto
Che posso fare questo salto
E anche se la strada è in salita
Per questo ora mi sto allenando
Vi conviene toccarvi i coglioni
Vi conviene stare zitti e buoni
Qui la gente è strana, tipo spacciatori
Troppe notti stavo chiuso fuori
Mo' li prendo a calci 'sti portoni
Sguardo in alto tipo scalatori
Quindi scusa mamma se sto sempre fuori, ma
E tu sei fuori di testa, ma diversa da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
Questi uomini in macchina e non scalare le rapide
C'è scritto sopra una lapide, in casa mia non c'è Dio
Ma se trovi il senso del tempo risalirai dal tuo oblio
E non c'è vento che fermi la naturale potenza
Dal punto giusto di vista, del vento senti l'ebrezza
Con ali in cera alla schiena ricercherò quell'altezza
Se vuoi fermarmi ritenta, prova a tagliarmi la testa perché
E tu sei fuori di testa, ma diversa da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
Non sa di che cosa parla
Tu portami dove sto a galla
Che qui mi manca l'aria
Parla, la gente purtroppo parla
Non sa di che cosa parla
Tu portami dove sto a galla
Che qui mi manca l'aria
Parla, la gente purtroppo parla
Non sa di che cazzo parla
Tu portami dove sto a galla
Che qui mi manca l'aria
E tu sei fuori di testa, ma diversa da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
Siamo fuori di testa, ma diversi da loro
sábado, 22 de maio de 2021
sexta-feira, 21 de maio de 2021
terça-feira, 18 de maio de 2021
«Nenhuma emoção parece autêntica se não apanharmos o modo como ela respira.»
J.L.Pio Abreu. Como tornar-se doente mental. 25.ª edição. Editora Dom Quixote, Abril de 2018, p. 85
''Cada um necessita do seu próprio teatro para ser levado à cena.''
J.L.Pio Abreu. Como tornar-se doente mental. 25.ª edição. Editora Dom Quixote, Abril de 2018, p. 77
« (...) a psicose maníaco-depressiva é uma doença dos ritmos e interacção, processados no diencéfalo humano, e a esquizofrenia uma doença do «esquema espácio-territorial» e cognição, processados no telencéfalo.»
J.L.Pio Abreu. Como tornar-se doente mental. 25.ª edição. Editora Dom Quixote, Abril de 2018, p. 20