sábado, 9 de maio de 2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
''ganidos metálicos''
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 38
sevandija
se.van.di.ja
səvɐ̃ˈdiʒɐ
nome feminino
designação extensiva a todos os animais imundos e parasitas
nome de 2 géneros
1.
pessoa que vive à custa de outrem, parasita
2.
pessoa servil, que se deixa humilhar
3.
pessoa vil, desprezível; patife
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''caldo de osso''
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 37
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''com a alma na boca''
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 36
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''represálias escarninhas''
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 36
«O que o confundia nesse olhar dela, que o atravessava, que o ignorava, era a ausência momentânea de ódio, banido pelo afluxo, pela amargura, pelo ardor, de uma irresistível saudade.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 32
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 32
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«Espevitou os carvões, na braseira que aquele Fevereiro áspero ainda requeria, e, sentindo um calor de sono, de exaustação, começar a possuí-la nebulosamente, abandonou-se, abençoou a brandura desse cair do pano, essa trégua fisiológica que era o melhor dos seus dias.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 31
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 31
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«Todo ele intumescia nesse apetite de bater, de esmagar, de afirmar a sua justiça, se alguém ousava acicatar-lhe o orgulho, contestar-lhe a autoridade, a razão.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 31
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 31
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''olhos sobrancelhudos''
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 31
«(...) cuspiu-lhe repetidas vezes para dentro, raivosamente, com um sorriso triste, mole, e falso, de cadela espancada e acovardada.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 30
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 30
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segunda-feira, 4 de maio de 2020
«E sabia, entretanto, visceralmente que o amava no próprio ódio (que fora o crime a alavanca sagrada desse horrível amor), nesses mesmos predicados físicos e morais que tanto a enojavam.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 29
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 29
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«Ficou só um castelo de cinza crepitando mansamente, num silêncio de redoma.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 27/8
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« A sombra das chamas, como um ninho de víboras, floria de remorso - mas que remorso? - e de saudade absurda a alvura em fuga da parede caiada, apojada de grumos que aquele luzeiro avolumava e que sempre eram, um por um, na hora da solidão, referências aos segredos antigos.
Uma pequena fogueira num cinzeiro de louça. Apenas um papel a mirrar, já negro, encarquilhado, e sangrando ainda, pelo canto que sobrava, aquele resplendor de uma última e cínica despedida.»
Urbano Tavares Rodrigues. Bastardos do Sol. Prefácio de Claude Michel Cluny. Círculo de Leitores, 1974., p. 27
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«Se a iluminação da tragédia implica uma distância - e é uma luz crua de tragédia que se erguem os bastardos do sol, - a luz mais directa do testemunho ilumina bem a escolha de um tema que vai exigir do escritor, para ser expresso o mais intensamente possível que ele retire da narrativa a sua própria figura, apenas deixando frente a frente forças obscuras que emanam de uma espécie de mitologia social.»
Claude Michel Cluny no Prefácio do Livro: Bastardos do Sol, Urbano Tavares Rodrigues., p. 12/3
''excessiva consciência''
Claude Michel Cluny no Prefácio do Livro: Bastardos do Sol, Urbano Tavares Rodrigues., p. 12
«(...) realidade miserável em ficção trágica,»
Claude Michel Cluny no Prefácio do Livro: Bastardos do Sol, Urbano Tavares Rodrigues., p. 11
« A obra tende a criar uma passagem da individualidade à pluralidade, da solidão de pensamento a uma consciência histórica partilhada: quaisquer que sejam os seus avatares e o seu alcance ou eficácia, foi a partir desta diferença que se manifestaram os romantismos nacionalistas do século XX tal como o sentimento do absurdo que nos é contemporâneo.»
Claude Michel Cluny no Prefácio do Livro: Bastardos do Sol, Urbano Tavares Rodrigues., p. 11
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domingo, 3 de maio de 2020
«Portugal é um país imóvel num mundo revolto.»
Claude Michel Cluny no Prefácio do Livro: Bastardos do Sol, Urbano Tavares Rodrigues
''O meu coração que odiava a guerra'' - disse o poeta.
''O meu coração que odiava a guerra'' - disse o poeta. E quando deixou de a odiar, entrou-lhe dentro o sangue do inimigo, a voz do inimigo, o coração do inimigo, do odiado odioso inimigo. É esse o momento do perigo e temos de passar por ele.»
Inimigo Rumor. Manuel Resende. Livros Cotovia., p. 80
sábado, 2 de maio de 2020
A Noite Passada - Sérgio Godinho
A noite passada acordei com o teu beijo
Descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
Vinhas numa barca que não vi passar
Corri pela margem até à beira do mar
Até que te vi num castelo de areia
Cantavas: "Sou gaivota e fui sereia"
Ri-me de ti: "Então porque não voas?"
E então tu olhaste
Depois sorriste
Abriste a janela e voaste
Descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
Vinhas numa barca que não vi passar
Corri pela margem até à beira do mar
Até que te vi num castelo de areia
Cantavas: "Sou gaivota e fui sereia"
Ri-me de ti: "Então porque não voas?"
E então tu olhaste
Depois sorriste
Abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
A viola irmã cuidou de me arrastar
Chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
Olhei para baixo dormias lá no fundo
Faltou-me o pé senti que me afundava
Por entre as algas teu cabelo boiava
A lua cheia escureceu nas águas
E então falámos
E então dissemos
Aqui vivemos muitos anos
A viola irmã cuidou de me arrastar
Chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
Olhei para baixo dormias lá no fundo
Faltou-me o pé senti que me afundava
Por entre as algas teu cabelo boiava
A lua cheia escureceu nas águas
E então falámos
E então dissemos
Aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
Pela fresta aberta o meu peito fugiu
Estavas do outro lado a tricotar janelas
Vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
Cheguei-me a ti disse baixinho: "Olá!"
Toquei-te no ombro e a marca ficou lá
O sol inteiro caiu entre os montes
E então olhaste
Depois sorriste
Disseste: "Aínda bem que voltaste!"
Pela fresta aberta o meu peito fugiu
Estavas do outro lado a tricotar janelas
Vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
Cheguei-me a ti disse baixinho: "Olá!"
Toquei-te no ombro e a marca ficou lá
O sol inteiro caiu entre os montes
E então olhaste
Depois sorriste
Disseste: "Aínda bem que voltaste!"
Compositores: Sergio De Barros Godinho
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sexta-feira, 1 de maio de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
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