domingo, 5 de abril de 2020


Street smart, Ph.D
Dropped out for a slanging degree
9 on me, keep the devils off me
'Cause we was living in hell, couldn't afford property
Lil nigga gettin' frontin' from OGs
Oz of reggie bagged up in the Pelle
In a school hallways on a burnout celly
Leaving out of class early, caught a sale for 20
How long will it last?
Never ending race, chasin' cash
One lane going wrong way 'til I crash
Teacher find my sack, going nowhere fast
Tell me what I don't know
Last night homie got killed at the liquor store
Shot my nigga on the way to get a Swisher
Breaking down the weed when the call got received
We was so ambitious
All we really wanted was new Jordans and some bitches
Flashing bankrolls in the club taking pictures
Thinking we was grown men, really lil' niggas
Jumping dope fiends that's owing us for credit
Taking turns catching sales things copacetic
Slice your tomato if you owe us for the lettuce
Running through the sack of D sorta like Jerome Bettis
Naive to the outcome
Cuz hit the block, hit the stash and they found some
Lock us all up for a bag and some pistols
Now we in the county writing letters I miss you
Tell me what I don't know
Hook raid came through kickin' down the front door
Now we facin' judge, got us sitting at the court
Gave us all probation now we smokin' Newports
Tell me what I don't know
Hook raid came through kickin' down the front door
Now we facin' judge, got us sitting at the court
Gave us all probation now we smokin' Newports
Tell me what I don't know
And we was so gung ho
Wet a nigga up like he forgot his poncho
On the block all day chasin' that cilantro
Hook raid kickin' on the front door
Shit is like a cycle
You get out, I go in, this is not the life for us
Shit is like a cycle
You get out, I go in, this is not the life for us
Tell me what I don't know
Last night homie got killed at the liquor store
Shot my nigga on the way to get a Swisher
Breaking down the weed when the call got received
Tell me what I don't know
Hook raid came through kickin' down the front door
Now we facin' judge, got us sitting at the court
Gave us all probation now we smoke Newports
Tell me what I don't know
Fonte: LyricFind

Compositores: Daniel Sewell / Paul Michael Williams White
«Fica, distraída moça,
Para o amor não existe cura,
Mente alguma
suporta a sua fúria.
O amor nada é
comparado a fogo terreno
Em breve poderás
sufocar essa chama,
Escondê-la apenas
faz crescer o desejo,
Oposição alguma
pode o amor domesticar.»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de 
Henry Purcell.
« Caí,  caí lentas lágrimas,
Banhai estes formosos pés

Não deixeis,
Húmidas lágrimas,
De implorar
as Suas mercês
De gritar por vingança
Nunca para o pecado.

Em tuas vagas profundas
Afoga todos
os meus pecados e medos
E não deixes ver
o pecado pelos teus olhos
Mas pelas minhas lágrimas.»


in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de 
Henry Purcell.

Regras da civilidade



«Porque iria
esta cintilante Noiva da Noite
Com negro eclipse
nosso ritual atrasar?»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de 
Henry Purcell.
«Foi apenas o amor
O que destruiu
a sua meiga juventude.»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.

Joan Sutherland as Lucia in the Covent Garden Opera Company production of Lucia di Lammermoor © Royal Opera House, 1959

« Não, com que fim
falar agora?
Infeliz coração,
incha até explodires,
Nem que o quisesses
chorá-la poderias?
E para falar a verdade
nem sequer o quererias.
Visto a ferida mortal
ter sido oferta das tuas mãos;
Tão lindamente
o acto praticaste
Para sem culpa dele
depois viveres.
Ela faleceu morta por ti,
Ferida por falsos amantes
e lisonjeadores.»



in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.
''Ninguém será como eu
tão solitário.''

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.
«Noiva tão bela
Adeus, adeus.»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.

implausível

''crise vocabular''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 180

«imunda mamata»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 179

« uma indecorosa falperra»


Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 179

flanar

«Que meus olhos
vertam lágrimas
Dia e noite
Pois a prodigiosa filha
do meu povo
Foi derrotada pelo amargo golpe,
Por um doloroso golpe,»


in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.

''sectarismo político''

negrume

«Cobri a cabeça dela
com uma onda de pedra
Agira ela é una
Com a parede de pedra»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.
«Ele dourados dias concederá.»

in Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.

«Desconhecem aquilo a que os cientistas políticos chamam a um catch-all party: um partido político que, com o objectivo de captar maior número possível de eleitores, renuncia a qualquer ideologia.»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 165
Criação operática de Katie Mitchell, Raphaël Pichon e Cordelia Lynn para a Opéra Comique, baseada no texto original de William Shakespeare, com música de Henry Purcell.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Vinicio Capossela - Santissima dei naufragati



E venne dall'acqua
E venne dal sale
La penitenza dall'amaro del mare
Il capitano s'avanza
E niente si può fare
Vuole una morte
La vuole affrontare
E l'aspettava
Dove il sole cala
Cala e non muore
E l'acqua non lava
E il demone lo duole
S'avanza di prua, la "Matri Mia"
Che è sacra
E splende sul legno
E rivolta l'onda, la solca e poi l'affonda
E i fuochi s'accendono
E danzano fatui
Nell'acqua che è gialla di oblio
Di streghe e di petrolio
E il vento non alzava
E il mare imputridiva
Legati ad un solo raggio
Come presi in ostaggio
Il comandante è pazzo
E avanza nel peccato
E il demone che è suo
Adesso vuole il mio
E prende come il sangue
E giura anche per me
All'Odio ci convince
(Se è la barca sua che vince, dev'essere anche mia)
I fuochi non videro
Non videro la luce
Non videro la messe
Che altri non l'avesse
E il cielo fece nero
E urlò la nube
La nube al cielo
E si affamò di abisso
Che altri non prendesse
Anime bianche
Anime salvate
Anime venite
Anime addolorate
Che io abbia due soldi
Due soldi sopra gli occhi
Due soldi d'oro
Due soldi per l'onore
Che abbia il pegno
Per pagare il legno
La dura voga del traghettatore
E vieni occhi di fluoro
Vieni al tuo lavoro
Vieni spettro del tesoro
La vela tende
Il vento se la prende
La vela cade
Le Erinni allontanate
Accesi sui pennoni
I fuochi fatui
I fuochi alati
Della Santissima dei Naufragati
Il tempo stremava
L'arsura cuoceva
Infuocava le gole
Le labbra bruciate
Spandevano la voce
Parlavano a levare
Il silenzio del mare
E nessun angelo venne
A levarci la croce
E il legno cedeva
Nell'acqua suo pianto
Bruciava di sale
Lo schiaffo del mare
La vela cadde
E il legno fermò
L'arsura riprese
La sete li asciugò
E gli uomini spegnevano
Spegnevano nel respiro
E il gelo rigò di sbarre il suo portale
La faccia di fuoco
Dentro imprigionò
Lo spettro vedemmo
Venire per ghermire
Venire di lontano
Nero di dannazione
Vita in morte
Quello era il suo nome
OH SANTISSIMA DEI NAUFRAGATI
VIENI A NOI CHE SIAMO ANDATI
SENZA LAPIDE SENZA GLORIA
VIENI A NOI PERDON PIETÀ

segunda-feira, 30 de março de 2020


Agricultura industrial

“Os casos históricos de maior sucesso a nível da saúde pública incluíram sempre confiança, relações de cooperação entre as autoridades de saúde, os dirigentes governativos e os cidadãos. No controlo epidémico, a comunicação aberta e constante, o aconselhamento psicológico, comida, água, conforto, entretenimento e instalações confortáveis e conectadas socialmente para os que estão de quarentena são também essenciais”.

Howard Merkel, no seu artigo na revista Wired

José Manuel Mendes

1918, Gripe Espanhola. Agente de Saúde com bomba contra o vírus.

''medidas draconianas''

''A quarentena digitalizada''

José Manuel Mendes

estatismo ditatorial

 “destruição criativa” de Schumpeter

Capitalismo

a incarnação neoliberal
É ainda por isso que esta epidemia não me ensina nada, senão que é preciso combatê-la a teu lado. Sei, de ciência certa... que cada um a traz em si, a peste, porque ninguém, não, ninguém no mundo está imune à mesma... O que é natural é o micróbio. O resto, a saúde, a integridade, a pureza, se o quiserdes, é um efeito da vontade e de uma vontade que nunca deve parar.

Extrato da Peste de Albert Camus
''O conceito abstrato e vazio de capital social''

justiça social, cognitiva e sexual

“Ser genial não chega, é preciso coragem para mudar os corações das pessoas!” A frase, saída de um filme [Farrelly, Peter. (2018). Green Book].
1918, Gripe Espanhola

Vírus: tudo o que é sólido se desfaz no ar

''Existe um debate nas ciências sociais sobre se a verdade e a qualidade das instituições de uma dada sociedade se conhecem melhor em situações de normalidade, de funcionamento corrente, ou em situações excepcionais, de crise. Talvez os dois tipos de situação sejam igualmente indutores de conhecimento, mas certamente permitem-nos conhecer ou relevar coisas diferentes. Que potenciais conhecimentos decorrem da pandemia do coronavírus?

A normalidade da excepção. A actual pandemia não é uma situação de crise claramente contraposta a uma situação de normalidade. Desde a década de 1980 – à medida que o neoliberalismo se foi impondo como a versão dominante do capitalismo e este se foi sujeitando mais e mais à lógica do sector financeiro – o mundo tem vivido em permanente estado de crise. Uma situação duplamente anómala. Por um lado, a ideia de crise permanente é um oximoro, já que, no sentido etimológico, a crise é por natureza excepcional e passageira e constitui a oportunidade para ser superada e dar origem a um melhor estado de coisas. Por outro lado, quando a crise é passageira, ela deve ser explicada pelos factores que a provocam. Mas quando se torna permanente, a crise transforma-se na causa que explica tudo o resto. Por exemplo, a crise financeira permanente é utilizada para explicar os cortes nas políticas sociais (saúde, educação, previdência social) ou a degradação dos salários. E assim impede que se pergunte pelas verdadeiras causas da crise. O objectivo da crise permanente é não ser resolvida. Mas qual é o objectivo deste objectivo? Basicamente, são dois os objectivos: legitimar a escandalosa concentração de riqueza e impedir que se tomem medidas eficazes para impedir a iminente catástrofe ecológica. Assim temos vivido nos últimos 40 anos. Por isso, a pandemia vem apenas agravar uma situação de crise a que a população mundial tem vindo a ser sujeita. Daí a sua específica periculosidade. Em muitos países, os serviços públicos de saúde estavam há dez ou 20 anos mais bem preparados para enfrentar a pandemia do que estão hoje.
A elasticidade do social. Em cada época histórica, os modos dominantes de viver (trabalho, consumo, lazer, convivência) e de antecipar ou adiar a morte são relativamente rígidos e parecem decorrer de regras escritas na pedra da natureza humana. É verdade que eles se vão alterando paulatinamente, mas as mudanças passam quase sempre despercebidas. A irrupção de uma pandemia não se compagina com tal tipo de mudanças. Exige mudanças drásticas. E, de repente, elas tornam-se possíveis como se sempre o tivessem sido. Torna-se possível ficar em casa e voltar a ter tempo para ler um livro e passar mais tempo com os filhos, consumir menos, dispensar o vício de passar o tempo nos centros comerciais, olhando para o que está à venda e esquecendo tudo o que se quer mas só se pode obter por outros meios que não a compra. A ideia conservadora de que não há alternativa ao modo de vida imposto pelo hipercapitalismo em que vivemos cai por terra. Mostra-se que só não há alternativas porque o sistema político democrático foi levado a deixar de discutir as alternativas. Como foram expulsas do sistema político, as alternativas irão entrar cada vez mais frequentemente na vida dos cidadãos pela porta dos fundos das crises pandémicas, dos desastres ambientais e dos colapsos financeiros. Ou seja, as alternativas voltarão da pior maneira possível.
A fragilidade do humano. A rigidez aparente das soluções sociais cria nas classes que tiram mais proveito delas um estranho sentimento de segurança. É certo que sobra sempre alguma insegurança, mas há meios e recursos para os minimizar, sejam eles os cuidados médicos, as apólices de seguro, os serviços de empresas de segurança, a terapia psicológica, as academias de ginástica. Este sentimento de segurança combina-se com o de arrogância e até de condenação para com todos aqueles que se sentem vitimizados pelas mesmas soluções sociais. O surto viral interrompe este senso comum e evapora a segurança de um dia para o outro. Sabemos que a pandemia não é cega e tem alvos privilegiados, mas mesmo assim cria-se com ela uma consciência de comunhão planetária, de algum modo democrática. A etimologia do termo pandemia diz isso mesmo: todo o povo. A tragédia é que neste caso a melhor maneira de sermos solidários uns com os outros é isolarmo-nos uns dos outros e nem sequer nos tocarmos. É uma estranha comunhão de destinos. Não serão possíveis outras?
Os fins não justificam os meiosO abrandamento da actividade económica, sobretudo no maior e mais dinâmico país do mundo, tem óbvias consequências negativas. Mas tem, por outro lado, algumas consequências positivas. Por exemplo, a diminuição da poluição atmosférica. Um especialista da qualidade do ar da agência especial dos EUA (NASA) afirmou que nunca se tinha visto uma quebra tão dramática da poluição numa área tão vasta. Quererá isto dizer que no início do século XXI a única maneira de evitar a cada vez mais iminente catástrofe ecológica é por via da destruição massiva de vida humana? Teremos perdido a imaginação preventiva e a capacidade política para a pôr em prática?
É também conhecido que, para controlar eficazmente a pandemia, a China accionou métodos de repressão e de vigilância particularmente rigorosos. É cada vez mais evidente que as medidas foram eficazes. Acontece que a China, por muitos méritos que tenha, não tem o de ser um país democrático. É muito questionável que tais medidas pudessem ser accionadas ou accionadas com igual eficácia num país democrático. Quer isto dizer que a democracia carece de capacidade política para responder a emergências? Pelo contrário, The Economist mostrava no início deste ano que as epidemias tendem a ser menos letais em países democráticos devido à livre circulação de informação. Mas como as democracias estão cada vez mais vulneráveis às fake news, teremos de imaginar soluções democráticas assentes na democracia participativa ao nível dos bairros e das comunidades e na educação cívica orientada para a solidariedade e cooperação, e não para o empreendedorismo e competitividade a todo custo.
A guerra de que é feita a paz. O modo como foi inicialmente construída a narrativa da pandemia nos media ocidentais tornou evidente a vontade de demonizar a China. As más condições higiénicas nos mercados chineses e os estranhos hábitos alimentares dos chineses (primitivismo insinuado) estariam na origem do mal. Subliminarmente, o público mundial era alertado para o perigo de a China, hoje a segunda economia do mundo, vir a dominar o mundo. Se a China era incapaz de prevenir tamanho dano para a saúde mundial e, além disso, incapaz de o superar eficazmente, como confiar na tecnologia do futuro proposta pela China? Mas terá o vírus nascido na China? A verdade é que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a origem do vírus ainda não está determinada. É, por isso, irresponsável que os meios oficiais dos EUA falem do “vírus estrangeiro” ou mesmo do “coronavírus chinês”, tanto mais que só em países com bons sistemas públicos de saúde (os EUA não são um deles) é possível fazer testes gratuitos e determinar com exactidão os tipos de influenza ocorridos nos últimos meses. Do que sabemos com certeza é que, muito para além do coronavírus, há uma guerra comercial entre a China e os EUA, uma guerra sem quartel que, como tudo leva a crer, terá de terminar com um vencedor e um vencido. Do ponto de vista dos EUA, é urgente neutralizar a liderança da China em quatro áreas: o fabrico de telemóveis, as telecomunicações da quinta geração (a inteligência artificial), os automóveis eléctricos e as energias renováveis.
A sociologia das ausências. Uma pandemia desta dimensão causa justificadamente comoção mundial. Apesar de se justificar a dramatização é bom ter sempre presente as sombras que a visibilidade vai criando. Por exemplo, os Médicos Sem Fronteiras estão a alertar para a extrema vulnerabilidade ao vírus por parte dos muitos milhares de refugiados e imigrantes detidos nos campos de internamento na Grécia. Num desses campos (campo de Moria) há uma torneira de água para 1300 pessoas e falta sabão. Os internados não podem viver senão colados uns aos outros. Famílias de cinco ou seis pessoas dormem num espaço com menos de três metros quadrados. Isto também é Europa – a Europa invisível.''

Artigo disponível aqui.
"Queima a tua língua.
Bebe o sal que lavre
a tua garganta
as ervas que cresceram
desde o último nome
e fala. Agora que não consegues
fala
com um silêncio que desperte o mundo."

Ada Salas em O lugar da derrota e ilustração de Sara Belo

Em 1918 o tradicional “Retrato de Família” ganhou elementos novos: máscaras para todos os membros, incluindo cães e gatos. Foto de domínio público
Alexandre O’Neill avisava em poema: “O medo vai ter tudo”.
"Mais vale ser um cão em tempos de paz do que um homem em tempos de caos"

 (velho provérbio chinês)

domingo, 29 de março de 2020

''pruridos morais''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 125

''raciocino sofrivelmente''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 118

''Lucros colossais''


Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 117
«A universalidade do acesso às cunhas é das coisas mais antidemocráticas que há.»

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 113

Peste Negra
«O nepotismo é um bocadinho repugnante, mas quando não nos contempla é absolutamente intolerável.''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 112

''embaraço linguístico''

Ricardo Araújo Pereira. Novas Crónicas da Boca do Inferno. Ilustrações de João Fazenda. Lisboa, Tinta-da-China, 2009., p. 99

"Yersinia pestis"

bactéria da ''peste negra''

Rota da Seda

População de roedores

Febre Negra, no ano 1343

Saigon Execution, Eddie Adams



I Started a Joke

I started a joke which started the whole world crying
But I didn't see that the joke was on me oh no
I started to cry which started the whole world laughing
Oh If I'd only seen that the joke was on me
I looked at the skies running my hands over my eyes
And I fell out of bed hurting my head from things that I said
'Till I finally died which started the whole world living
Oh if I'd only seen that the joke was on me
I looked at the skies running my hands over my eyes
And I fell out of bed hurting my head from things that I said
'Till I finally died which started the whole world living
Oh if I'd only seen that the joke was on me
Oh no that the joke was on me

Comboio nocturno

film noir


colar de pedras frágeis

''Os outros que façam a guerra.
Tu, feliz Áustria, casarás.''

terça-feira, 24 de março de 2020

El filósofo Byung-Chul Han sobre la pandemia: El COVID-19 no vencerá al capitalismo


byung chul han cultura inquieta
El filósofo surcoreano Byung-Chul Han


Finalmente, Han intenta dar respuesta a la que sin duda es una pregunta que muchísimas personas tienen ahora en mente: ¿por qué si el virus no es tan letal (su tasa de mortalidad continúa alrededor del 4%, esto es, cerca de 4 personas fallecidas por cada 100 infectados), por qué entonces la respuesta del mundo ha sido tan desmedida, en especial la respuesta simbólica: la respuesta emocional colectiva, la de los mercados financieros, la de los discursos políticos, etc.? En términos generales puede decirse que se ha creado un ambiente general de pánico excesivo que no parece corresponderse del todo con las cifras absolutas del daño provocado por el coronavirus? “Ni siquiera la “gripe española”, que fue mucho más letal, tuvo efectos tan devastadores sobre la economía”, dice Han. ¿Por qué?






«Na década de 1950, era comum as famílias lisboetas da classe média viverem em partes-de-casa, »

Ver aqui.

''Para um actor o senhor é demasiado envergonhado.''


Peter Handke. A Mulher Canhota. Tradução de Maria Adélia Silva Melo. Difel., p. 72
«Estou tão só que muitas vezes à noite antes de adormecer não tenho ninguém em quem possa pensar, só porque durante o dia não estive com ninguém. E como é que se pode escrever se não se tem ninguém em quem se pensar?»



Peter Handke. A Mulher Canhota. Tradução de Maria Adélia Silva Melo. Difel., p. 68
«Continuaram a andar na orla da floresta; a mulher levantou várias vezes o rosto e os flocos de neve caíam-lhe em cima. Ela olhou para dentro da floresta, onde nada se mexia, tão leve caía a neve.»


Peter Handke. A Mulher Canhota. Tradução de Maria Adélia Silva Melo. Difel., p. 68

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