sábado, 19 de março de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
«Sou como uma peça de seda cor-de-rosa,»
O Bebedor Nocturno. Antologias Universais. Versões de Herberto Helder. Portugália., p. 167
ARROZAL DE MADRUGADA
«Às quatro da manhã, arranco
ervas daninhas do arrozal.
Mas que é isto: orvalho do campo,
ou lágrimas de dor?»
O Bebedor Nocturno. Antologias Universais. Versões de Herberto Helder. Portugália., p. 155
O NADADOR NEGRO
Nadava um negro num lago, através de cujas
límpidas águas se viam as pedras do fundo.
Tinha o lago a forma de uma pupila azul de
que o negro era a menina do olho.
(Ben Jafacha)
límpidas águas se viam as pedras do fundo.
Tinha o lago a forma de uma pupila azul de
que o negro era a menina do olho.
(Ben Jafacha)
DIVISA
Conhecem-me os cavalos e a noite e os desertos
traiçoeiros e a guerra e as feridas e o papel e a
pena.
(Al-Mutanabbi)
traiçoeiros e a guerra e as feridas e o papel e a
pena.
(Al-Mutanabbi)
''ensina ao sol onde morrer.''
O Bebedor Nocturno. Antologias Universais. Versões de Herberto Helder. Portugália., p. 113
obsidiana
nome feminino
PETROLOGIA rocha vulcânica de composição riolítica, semelhante ao vidro, de cor negra ou verde-escura, utilizada antigamente no fabrico de espelhos e instrumentos cortantes
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«Explorado, sê manso e obedece. Pode ser que entres no reino dos céus, de camelo ou às costas de um rico. Obedece. Pode ser que vás para a cama com a Pátria. Obedece. Pode ser que o teu cadáver ainda venha a ser o estandarte glorioso do Partido. Nunca percas a esperança, explorado, jamais.»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 100
«Explorado, escolhe a pedra para a tua cabeça.»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 100
''crocoloditas de pança encortiçada''
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 97
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«Francamente, falar de surrealismo num ambiente de capacidade crítica subdesenvolvida e de chuva miudinha, apetece pouco. Como apetece pouco, outrossim, repetir afirmações já muito bem atropeladas pelos profissionais da nossa esperteza literária. O ferro-de-engomar do talento continua de serviço e quente.»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 94
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AFORISMOS
Iniciação à estética
O nariz de Cyrano de Bergerac, as pernas de Toulouse-Lautrec,
o olho de Camões, as costas de Lichtenberg, e o Aleijadinho.
Os artistas mutilados
Van Gogh cortou uma orelha, Cervantes cortou um braço,
Rimbaud cortou uma perna, Ravachol cortou a cabeça, Chaplin
cortou o bigode.
Ouvir vozes
Perturbação auditiva que pode levar à morte por queimaduras.
Caso Joana d'Arc.
Cortou a mão para não escrever a palavra morrer.
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 84
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«atravesso a terra de ninguém com um dia de chuva na cabeça
para oferecer aos revoltados»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 80
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«vem do murmúrio do caos
e rebenta em sílabas de abelhas nos ouvidos»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 79
e rebenta em sílabas de abelhas nos ouvidos»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 79
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''nome de animal de patas obscenas''
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 79
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''Mil Crimes de Amor''
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 72
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«desse tempo
uma paisagem de nuvens inventadas
para as minhas aves altíssimas
suspensas sobre a morte»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 70
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«À flor da terra a flor de fumo
dos meus cigarros adolescentes
fumados amorosamente entre fantasmas»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 70
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«No ano primeiro do fim da melancolia»
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 68
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