domingo, 19 de julho de 2015

«(...) pois o que o coração sente a língua diz.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 82

«Alguns Cupidos matam como setas, outros com rede.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 81
«(...): ninguém sabe
O dano que uma má palavra pode causar ao amor.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 80

«Espantais-me, julgava o seu espírito resistente ao afecto.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 69

«BENEDITO   (Aparte) Se um cão se tivesse permitido ladrar assim, mandá-lo-iam enforcar. Só peço a Deus que essa má voz não seja presságio de uma desgraça. Preferia ter ouvido a coruja, qualquer que fosse a praga que me trouxesse.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 68
«(...) mas enquanto todas as graças não estiverem reunidas numa só mulher, nenhuma delas me cairá em graça.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 66
«(...) quando nos toca a felicidade não encontramos palavras para expressá-la.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 59
«BEATRIZ  O Conde não está nem triste, nem doente, nem alegre, nem de saúde; considerai-o polido, polido como uma laranja de cuja cor ciumenta ele participa.»


William Shakespeare.
 Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 59

« - Vou denunciar o mundo a Deus!»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 62

Jacques Tati share a laugh with Marlon Brando on the set of “One Eyed Jack”, 1961


«Veio-lhe uma lembrança que lhe feriu o coração.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 60

«Não chorava, tanto se habituara aos mortos;»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 56
«Às vezes, sem razão, desfazia-se em pranto e rebolava-se pelo chão com gritos histéricos.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 52

''frenesi de carnificina recíproca''

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 47

«Receai, portanto, ferir o coração do homem, porque ele é a morada de Deus.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 45
«Em vão a dor de Deus lhes batia às portas do coração; as portas do coração não se abriam e Cristo ficava de fora, privado de abrigo.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
«Já as machadadas ressoavam na árvore em que começavam a talhar a cruz. E o padre ouvia-as como e ele próprio fosse a árvore, e sofria.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
«O homem tem na alma uma força imensa», pensava padre Yannaros, « uma força que pode transformar um pedaço de pano numa bandeira.»


Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 42

sábado, 18 de julho de 2015



DESCRIAÇÃO

"Um homem escreveu um livro sobre as mesas
que mais sabe ele
a meu respeito?
Tu estiveste no centro do poema
Mas já não és o centro do poema
Uma espiral marcada por flechas
Depois dos quartos a céu aberto
a tua voz diz entre as pedras
um espaço está vazio"


 Emmanuel Hocquard. "Teoria das Mesas"/ "Elegia 7"

sexta-feira, 17 de julho de 2015




Vicious
You hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby, you're so vicious

Vicious
You want me to hit you with a stick
But all I've got is a guitar pick
Huh, baby, you're so vicious

When I watch you come
Baby, I just want to run far away
You're not the kind of person around I
Want to stay

When I see you walking down the street
I step on your hands and I mangle your feet
You're not the kind of person that I want to meet

Oh, baby, you're so vicious
You're just so vicious

Vicious
Hey, you hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby you're so vicious

Vicious
Hey, why don't you swallow razor blades
You must think that I'm some kind of gay blade
But baby, you're so vicious

When I see you coming
I just have to run
You're not good and you certainly aren't
Very much fun

When I see you walking down the street
I step on your hand and I mangle your feet
You're not the kind of person that I'd even want to meet

'Cause you're so vicious
Baby, you're so vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious


Songwriters: LEWIS ALLEN REED, LOU REED

«Judas, até quando trairás tu Cristo?»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 38
«É um homem terrível, que não dá uma fala a ninguém. Diga-se o que disser, faça-se o que se fizer, nunca se tem por satisfeito.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 36
«Ora Deus despejou sobre a Grécia as sete taças da sua cólera; a guerra fraticida rebentou. Padre Yannaros, entre os dois campos, não pôde decidir-se a tomar partido. Todos eram seus filhos, seus irmãos; distinguia em cada rosto a marca deixada pelos dedos de Deus.
Gritava-lhes:
-Amor! Amor! Concórdia!
Mas a sua voz perdia-se no abismo; e do abismo, à direita como à esquerda, subiam para ele injúrias e maldições:
-Búlgaro, traidor, bolchevista!
-Corvo, subornador do povo, fascista!»



Nikos Kazantzaki.
 Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 30

«Lia-lhes nos rostos a dor e o medo dos homens. E a sua alma agarrou-se aos rochedos abruptos e neles se enraizou.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 30

«O Sol brilhava como no primeiro dia da criação, ao sair das mãos de Deus;»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 29
« O verdadeiro Cristo, digo-o e repito-o, está entre os homens, é entre os homens que ele caminha, que agoniza, que é crucificado, é entre os homens que ele ressuscita.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 29

«Cristo anda de porta em porta, esfomeado, transido, e nenhuma porta, nenhum coração se abre para o acolher.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 28
« - Que mal te fez o mundo, Padre Yannaros? - disse o velho esvaziando o copo. - Porque o queres incendiar? O mundo é bom, é obra de Deus.
   - Obra do Diabo! Era obra de Deus, mas já não é. Escusais de arregalar os olhos, meus Reverendos!»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 27
"No primitvo erotismo talvez haja um aspecto paradisíaco,
com traços ingénuos que encontramos nas cavernas. Mas não é um muito claro aspecto. É certo que à sua ingenuidade infantil já se contrapõe uma certa falta de elegância.
Trágica... não tenhamos a menor dúvida.
Ao mesmo tempo, e à primeira vista, cómica.
É que o erotismo e a morte estão ligados.
Já vimos o erotismo ligado à morte no mais fundo da caverna de Lascaux.
Há ali uma revelação estranha, uma revelação fundamental.
E, com uma forma que não pode realmente surpreender-nos, o silêncio - o incompreensivo silêncio - que começou, só ele por acolher tão denso mistério."

Georges Bataille
As Lágrimas de Eros.

quinta-feira, 16 de julho de 2015


«Porque razão renunciaste à bem-aventurada solidão e te reintegraste no mundo?»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 26
«Ele mordia os lábios em silêncio e, após um longo momento, com a voz vibrante de irritação, murmurava:
-Senhor, tapa-me a boca...»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 26
«Compreendeu de repente que a felicidade é uma armadilha de Satanás e começou a tremer; pôs-se a ansiar por sofrer, por jejuar, por seguir a senda estreita, por escalavrar os joelhos, por conhecer Deus. O Athos é isso.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 25

''corações isentos de inquietação''

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 25


«BENEDITO   Oh, ela é que me maltratou para além de todos os limites; um carvalho a que  unicamente restasse uma só folha verde ter-lhe-ia respondido: até a minha máscara já começa a ter vida e a enfurecer-se contra ela. Não pensando que era eu a pessoa com quem falava, disse-me que eu era o bobo do príncipe, que era mais aborrecido que um dia de degelo. Ela juntava gracejo com tanta facilidade, que eu parecia um boneco que serve de alvo, tendo todo um exército a atirar contra mim. A sua fala é um punhal e cada uma das suas palavras é uma facada: se tivesse o hálito tão terrível como o final das suas frases, não haveria ser vivo perto dela, infectaria até a estrela polar. Não quereria casar com ela ainda que me trouxesse em dote quando Adão possuía antes do seu pecado. Ao próprio Hércules faria ela dar voltas ao espeto e quebrar-lhe-ia a maça para alimentar a fogueira. Não me faleis nela, vereis como é a infernal Atéa vestida a rigor. Quisera Deus que algum letrado a conjurasse pois enquanto ela andar por aqui, tão tranquilo pode um homem viver no inferno como num santuário e as pessoas pecarão  de propósito para ir para lá; tanta a inquietação, a perturbação como o horror a acompanham.»



William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 57

Elizabeth Taylor photographed by Firooz Zahedi, 1976.


«A amizade é constante em tudo
Menos nos assuntos do amor:
Cada coração fala a sua própria língua;
Que cada olhar se entenda por si
E não confie;  (...)»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 54
«D. PEDRO    Falai baixo, se falais de amor.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 50
«Não será uma desgraça para uma mulher ver-se sempre dominada por um pedaço de pó endurecido e ter de prestar contas dos seus actos a um insolente punhado de barro?»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 49
'A uma vaca má, Deus dá cornos pequenos, mas a uma muito má, não dá nenhuns.'


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 48

É de feitio muito melancólico

«BEATRIZ   Que áspero parece esse homem! Nunca o vejo que não tenha azia uma hora depois.

HERO             É de feitio muito melancólico.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 47

Se eu tivesse a boca livre, morderia

«Se eu tivesse a boca livre, morderia; se tivesse a minha liberdade, procederia como quisesse; mas, como isso não acontece, deixem-me ser como sou e não pretendam transformar-me.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 44
«BENEDITO   Não zombeis de mim, não zombeis de mim. O vosso discurso está, aqui e além, apenas ornado de fragmentos, mal ligados entre si. Antes de vos rirdes das antigas fórmulas, examinai a vossa consciência; e com esta vos deixo.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 40
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