terça-feira, 10 de março de 2015


RICHARD
Mas isso é um filme
Ou imagina
Nós não somos nós
Nós não estamos aqui
Mas num palco
Actores
E eu digo-te 
Tu não tens uma cona
Tu tens um extintor


Gerardjan RijndersBelo? Buraco Negro. Câncer. Campo das Letras, 1999, p. 35


RICHARD

Não
A impotência tem qualquer coisa de belo
Nós dizemos ''merda''
Eles dizem ''Heil Hitler''
Nós chamamos a isso ''vulnerável''
Eles ''Medo''
Um hotel vazio e belo


Gerardjan RijndersBelo? Buraco Negro. Câncer. Campo das Letras, 1999, p. 33

RITA

Isso é inveja
Ou impotência
Depressão
A inocência tão-pouco
A inocência não pode ser feia

RICHARD

Muitas vezes estúpida e ensebada
De se calcar aos pés
Freiras amargas
Bebés ranhosos
A compaixão nada tem a ver com o belo.

RITA

A compaixão não pode ser feia.

Gerardjan RijndersBelo? Buraco Negro. Câncer. Campo das Letras, 1999, p. 28/9

''uma paz de papel de parede com flores.''

Gerardjan Rijnders. Belo? Buraco Negro. Câncer. Campo das Letras, 1999, p. 24

Uma girl next door...


démodés

ALCOVITEIRA

«Leva-a, Boult; faz-lhe o que te parecer: quebra-lhe o vidro da virgindade, e torna o resto maleável.»



William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 139

Lupanar


nome masculino

casa de prostituição; bordel; prostíbulo


«Aquela dor simulada passa por verdadeira mágoa, e Péricles, devorado de angústia, suspirando e derramando grossas lágrimas, torna e embarcar, e abandona Tarso. Jura de nunca mais lavar a cara nem cortar o cabelo; veste-se com um saco, e embarca. Sobrevém uma tempestade que lhe despedaça o navio, mas de que ele escapa. Permiti agora que vos leia o epitáfio de Marina, escrito pela criminosa Dionisa.»



William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 126/7

propalar


«Vede, eu nunca matei um rato ou molestei uma mosca; se calquei algum verme, foi sem querer, e logo chorei por isso.»


William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 108

''mágoas improfícuas''


«Da educação obteve ela as graças que a tornam perfeita tanto pelo coração como pelo carácter.»


William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 101

''urdida seda''

''Se vives, Péricles, tens um coração que deve estalar de dor!''


William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 93

''relâmpagos sulfurosos''

«O gato, com os olhos brilhantes como brasas, está deitado diante do buraco do rato, e os grilos, cada vez mais contentes com o calor, cantam à boca do forno.»

William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 78
MANHÃ
"Uma médica psiquiatra disse-me nos anos 80: sempre que uma pessoa faz uma coisa bem feita é punida por isso."


-"Manhã"
- Adília Lopes

quinta-feira, 5 de março de 2015

malga


«Os actores não experimentam sentimentos - mostram-nos.
Fogem primeiro e têm medo depois.»


Peça III Parte - Os Modernos

in Maria do Céu Guerra. Ser ou Não Ser. ou estórias da História do Teatro. Círculo de Leitores, 2005., p. 210

pros.cé.ni.o

nome masculino

parte anterior do palco junto à ribalta; palco; cena

Três is

«Três is: imaginação, investimento, inteligência.
Se me perguntarem agora, eu acrescentava: «E o maior obstáculo ao progresso é o preconceito.»



Peça III Parte - Os Modernos

in Maria do Céu Guerra. Ser ou Não Ser. ou estórias da História do Teatro. Círculo de Leitores, 2005., p. 201

subtexto

''Porque ela justifica interiormente tudo o que faz.''

Peça III Parte - Os Modernos

in Maria do Céu Guerra. Ser ou Não Ser. ou estórias da História do Teatro. Círculo de Leitores, 2005., p. 198

Théâtre de la Renaissance

chuva de flores


ibsenistas

''Morrer é o que eu faço melhor.''


Peça III Parte - Os Modernos

in Maria do Céu Guerra. Ser ou Não Ser. ou estórias da História do Teatro. Círculo de Leitores, 2005., p. 188

''Quando fui para a cama nessa noite, senti que o teatro estava à minha frente como um destino.''


Peça III Parte - Os Modernos

in Maria do Céu Guerra. Ser ou Não Ser. ou estórias da História do Teatro. Círculo de Leitores, 2005., p. 187
"Uma coisa te queria dizer: Se precisares de mim, interioriza-te. Vai de fora para dentro até ao centro da ilha achada".

- Dalila Lello Pereira da Costa, O Novo Argonauta (E a Ilha Firme), 1996
[04/03/1918-02/03/2012]

quarta-feira, 4 de março de 2015


"para dizer em silêncio todo o amor da terra"


António Ramos Rosa, As Palavras.

terça-feira, 3 de março de 2015

O SENHOR WAGNER
"As palavras, leves.
Ilusões diversas,
que nos alegravam.
É verdade que
no país invisível
para além do corredor da fronteira
ficava um lugar chamado bater do coração.
Mas nós estávamos em trânsito.
Em trânsito
para uma miragem.
Que nestas circunstâncias
parecia ser objectivo bastante."

-"Castanhas Quentes e Outros Poemas"
- Richard Wagner

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


«(....), em atenção a eu ser homem, me enterreis quando tiver morrido.»

William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 46

«Eu trato de esquecer o que fui, mas o que sou força-me a pensar em mim.»

William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 46

«Não viemos para acrescentar infortúnios às vossas lágrimas, mas para as secar;»


William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 36



«Falas como aquele a quem a inexperiência oculta que quanto mais bela é aparência maior o engano.»

William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976., p. 35

«A prudência ensina-me que os homens a quem as acções mais negras que a noite não fazem corar de rubor, nada poupariam para que tais acções não fossem divulgadas. Um crime, sei-o perfeitamente, traz um outro; o assassinato anda ligado à concupiscência, como a chama ao fumo. O veneno e a traição são a mão direita e a mão esquerda do crime: - servem-lhe de escudo para afastar os traços da vergonha.»


William Shakespeare. Péricles Príncipe de Tiro. Trad e revisto por João Grave. Lello & Irmão Editores, Porto, 1976

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

olhar implorativo



«Porque tinha medo das noites que enchiam a escuridão de fantasmas. De ficar fechado com os seus fantasmas. Era disso que tinha medo.»

Juan Rulfo. Pedro Páramo in Obra Reunida. Trad. Rui Lagartinho, Sofia Castro Rodrigues, Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de ferro.1ª ed., 2010, p. 142
Powered By Blogger