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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

''O «não-lugar» não existe.»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 46

''folhagem esvoaçante''


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 44
«(...), nunca a fadiga do emigrante me abandonou; uma fadiga que isola.»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 33

«vigamento dos telhados»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 29

«amontoado dos infatigáveis»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 28
«(...); neste país, cada qual permanecerá, até ao final da história da nação, a sós com a sua própria fadiga.»

Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 27

«(...), criança serôdia, que está a mais, »

Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 26

«fadigas dos lavradores assalariados»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 25

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

«(...) aquelas fadigas dos casais tinham o perigo de instalar-se como fadiga de vida e, expandindo-se para fora do indivíduo, igualmente do universo, das folhas murchas nas árvores, do rio fluindo dolente como de lama, do desbotado céu. - Mas como tais coisas sucediam sempre apenas quando o homem e a mulher se encontravam a sós, com o rodar dos anos fui evitando todas as situações alongadas «a dois» ( o que tão-pouco era solução ou, se sim, seria cobarde).»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 20
«Ao fim da tarde de...abateu-se sobre o Cinema Apolo em...caindo de um céu radiante, uma fadiga catastrófica, por lá adentro. Vitimou um jovem casal, até ali em vibrante harmonia, que pelo impulso da onda da fadiga foi arremessado, um para cada lado; e no final do filme que, diga-se de passagem, tinha o título de Acerca do Amor, sem um olhar mais, ou sequer uma palavra de um para o outro, seguiram caminhos para sempre divididos.» Sim, tais fadigas desavindas, ao atacar, eram sempre acompanhadas de incapacidade para olhar e mutez; eu, não poderia, não teria podido dizer-lhe: «Estou farto de ti», nem sequer simplesmente «Farto!» (o que, como grito comum, nos teria, talvez, libertado dos infernos de solidão): tais fadigas calcinavam a nossa aptidão para falar, a alma. Assim estivéssemos nós, efectivamente, em condições para seguir caminhos diversos! Não, tais fadigas tinham como efeito que os intimamente cindidos, exteriormente, como corpos , tivessem de permanecer juntos. Sucedia então que ambos, possuídos pelo demónio da fadiga, passavam eles mesmos a ser temíveis.

Temíveis para quem?

Sempre para o outro. Aquele género de fadiga, em mutismo, como tinha de permanecer, impelia à violência, que talvez se manifestasse apenas por um olhar que desfigurava o outro, não só como pessoa em si, mas também como sexo oposto: asquerosa e ridícula esta geração de mulheres ou de homens, com este andar carnal feminino, com estas incorrigíveis poses masculinas. Ou então, a violência manifestava-se dissimuladamente, em um outro ser, no como que fortuito matar de uma mosca, no como que distraído arrancar de uma flor. Sucedia também a pessoa ferir-se a si própria, quando um deles trincava a ponta dos dedos, quando o outro se queimava numa chama; quando ele se socava no rosto, quando ela, como uma criança pequena. apenas sem as almofadas protectoras, se atirava para o chão. Por vezes, contudo, um tal padecente de fadiga agredia também fisicamente quem junto com ele fora tomado de aprisionamento, ao inimigo ou à inimiga, pretendia fustigá-lo arredando-o do seu caminho, procurava, ao lançar injúrias balbuciadas, libertar-se dela aos gritos. Esta violência da fadiga-casal, em todo o caso, era a única saída possível; porquanto, usualmente, se tornava então efectivo o afastamento um do outro. Ou, em outro caso, a fadiga dava lugar a um extenuamento pelo qual, enfim, se podia respirar fundo e reflectir. Sucedia, talvez, acabarem por retornar um para junto do outro, e os dois olhavam-se estupefactos, ainda abalados pelo justamente, ocorrido, sem capacidade para compreendê-lo. Podia advir então uma contemplação do parceiro, embora com uns olhos inteiramente outros: « Que foi isso que nos sucedeu no cinema, na rua, sobre a ponte?»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 16-18

«mais-u-ma-noi-te-sem-dor-mir»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 14
« O dormir como meio de fuga estava fora de causa: já que aquela espécie de fadiga dava origem a um entorpecimento que, usualmente, não permitia sequer o mais leve movimento do dedo mínimo, sim, nem um pestanejar; até mesmo a respiração parecia bloqueada, de forma que se fixava a ideia de estar paralisado até ao mais íntimo, ficando transformado numa estátua de fadiga; e se, efectivamente, era conseguido o passo para a cama, após rápido adormecer mais semelhante ao desmaio - nem a menor sensação de sono - e logo depois da primeira volta na cama, dava-se um lento despertar, até à insónia, as mais das vezes noites inteiras, pois a fadiga no quarto soía irromper sempre à tardinha, ou ao cair da noite, com o escurecer.»

Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 13

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

- a «fadiga-solidão»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 12

«(...) até que a fadiga do ouvinte se transmutava em irritação, a irritação em malevolência.»

Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 12

« Na infância, no assim denominado tempo de estudante; sim, ainda nos anos dos amores precoces: muito especialmente então. Durante uma Missa do Galo, a criança encontrava-se assentada entre os seus, na igreja da sua terra apinhada de gente, ofuscante luz, ressoando com os bem conhecidos cantos de Natal, envolta em oradores de panos e de cera, e foi acometida pela fadiga, com o ímpeto de uma moléstia.»


Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 9

sábado, 28 de dezembro de 2019

O JOGO DAS PERGUNTAS 
ou A Viagem à Terra Sonora




PERSONAGENS:

 UM OBSERVADOR?
UM DESMANCHA-PRAZERES
UM ACTOR JOVEM
UMA ACTRIZ JOVEM
UM CASAL VELHO PARSIFAL
UM-DA-TERRA, em diversas variantes

Die Hornissen (Os Vespões)

Peter Handke

domingo, 20 de julho de 2014

Romance de Peter Handke: ''Die Stunde da Wir nichts voneinander wussten (A hora em que não sabíamos nada uns dos outros.)

Romance de Peter Handke: ''Der Kurze Brief zum langen Abschied (Uma Breve Carta para um Longo Adeus), 1972

«O teatro de Handke sempre teve mais ligações com os modelos estruturais e as obsessões temáticas da sua prosa do que com a tradição (ou as tradições) do teatro.»


João Barrento. O arco da palavra. Peter Handke, dramaturgo. in A Palavra Transversal. Literatura e Ideias no Século XX. Lisboa, Livros Cotovia, 1996
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