«(...) aquelas fadigas dos casais tinham o perigo de instalar-se como fadiga de vida e, expandindo-se para fora do indivíduo, igualmente do universo, das folhas murchas nas árvores, do rio fluindo dolente como de lama, do desbotado céu. - Mas como tais coisas sucediam sempre apenas quando o homem e a mulher se encontravam a sós, com o rodar dos anos fui evitando todas as situações alongadas «a dois» ( o que tão-pouco era solução ou, se sim, seria cobarde).»
Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 20
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