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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

«Pode a vida ser boa,
quando se acorda para a fome? Que sentido tem Ser?»


John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 77

«Esta gente teve uma guerra,
e a paz aqui compartilha do tédio do mar.»


John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 75

«as árvores são de dia nossas mães,
mas de noite lamentam-nos a inquietação.»


John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 65

« o inferno húmido»


«desatar o pequeno nó bravio de um coração»


John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 60

''uma brasa embebida de cinzas''

terça-feira, 6 de setembro de 2011



«Penso nos que amei e nos que vi morrer »

John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 32

''as canções com que aprendemos a fumar''



«Um escritor, mesmo parecendo ter um coração de pedra,
precisa de cuidados.»



John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 21

*

A minha mulher ausente um dia ou dois.
Acordo mais gasto e só, a tempestade que me
envelheceu: destilada numa pele de neve do passado,
um cobertor tão fino que por ele se vêem folhas de erva.
Ali, atrás dos teixos, a neve faz sombras brancas,
dissolve-se no beijo oblíquo do sol e espalha-se
ao longo do relvado, como se dissesse:
Dá-me uma hora mais, e eu partirei depois.


John Updike. Ponto Último e outros poemas. Tradução de Ana Luísa Amaral. Civilização Editora, Porto, 2009., p. 13
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