domingo, 26 de novembro de 2017

rosa-cruz

Tratado de Angústia

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 69

«Pobre da mulher que se fia nos homens!»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 73

''inferno de neve fria''

«(...) creio que as tuas verdades se encobrem atrás de mentiras retóricas.»



Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 68

sábado, 25 de novembro de 2017

«(...) é coisa sabida que quando a vida me traz o amor vós, ciúmes, a morte me quereis dar.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
''Um homem que não sabe dar um nó na gravata não sabe dar um nó no casamento.''

«CATALINON - Senhor Quadrado ou senhor Redondo, adeus.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43

«(...) que há acerca de flores de laranjeira caídas?»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 42
«D. João - O bairro de Cantarranas tem bom mulherio?

Mota - A maior parte delas parecem rãs.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41

''lábios de cravo''




«CATALINON - Quero beijar-te essas mãos frias como neve.»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 20

«Que salgado está o mar!»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
«Não posso distrair-me com coisas que não interessam. Quero pôr a cana ao vento e a isca na boca do peixe.»



Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19

peçonha

«(...) não pretendo imitar a comadre que concebe pelas orelhas e dá à luz pela boca.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 16

Uma Thurman sobre Weinstein: "Não mereces uma bala"


o sedutor de sevilha
e o convidado de pedra,
o amor médico

o tímido no palácio

Teatro de Tirso de Molina
«Look, you're here just for a drink and a 
conversation. And I'm here for myself.»

«Está bem, mas não dê voltas ao meu coração, não me tire a gaze da ferida, pois sou eu quem tem de dar coragem aos outros neste luto sem morto que a menina está a ver.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 144

« TIA

Para tudo existe consolo.»



Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 136

feminicídio

«O que sinto por dentro, guardo-o só para mim.»

Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 135

esperança morta

«Está tudo acabado...e, no entanto, com todas as ilusões perdidas, deito-me e levanto-me com a mais terrível das sensações, que é a sensação de ter a esperança morta.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 134

''leque de solteira''

«Acostumei-me a viver muitos anos fora de mim, pensando em coisas que se encontravam muito longe e agora, que essas coisas já não existem, continuo a dar voltas e mais voltas por um sítio frio, à procura de uma saída que não hei-de encontrar nunca.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 133

«É esse o defeito das mulheres decentes destas terras! Não falar! Não falamos e precisamos de falar.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132

«Eu sei que ele fez hipoteca para pagar os meus móveis e o meu enxoval e isso é que me faz sofrer.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132

''tufos de alecrim''


«MARTIM


Hoje, não se aprecia a Retórica e Poética, nem a cultura universitária.»



Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 125

hipérbato

nome masculino
recurso estilístico que consiste na inversão da ordem habitual das
palavras de uma frase (ex.: calma tenho eu tido)


« MARTIM

É muito difícil ser poeta!
                           (Os homens saem.)

Depois, quis ser farmacêutico. É uma vida tranquila.»



Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 122

''respeitam a minha infelicidade''


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 120

«Na velhice, tudo nos vira as costas.»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 117


«Senhora, a gente não lhe podia mandar uma carta envenenada, para ele morrer de repente, mal abrisse o envelope?»


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 115
 AMA

Somos pouco mais ou menos da mesma idade mas, como eu trabalhei muito, encontro-me bem lubrificada, ao passo que a senhora, devido à vida airada, ficou com as pernas perras.


TIA

Então tu achas que eu não trabalhei?


AMA

Com as pontinhas dos dedos, com linhas, com talos de plantas, com doces. Mas esta aqui trabalhou com o lombo, com os joelhos, com as unhas.


TIA

Então governar uma casa não é trabalhar?

AMA

É muito mais duro esfregar o soalho.


TIA

Não estou disposta a discutir.

AMA

Olhe que não seria má ideia. É uma forma de matar o tempo. Ande lá, responda-me. Mas nós as duas ficamos de bico calado. Antigamente, a gente berrava: porque isto, porque aquilo, porque sim mais que também, porque o arroz doce, porque se não passares mais a ferro...


TIA


Eu já estou como hei-de ir..., e um dia sopas, outro dia migas, o meu copinho de água, e o meu terço no bolso, esperava pela morte com dignidade...Mas quando penso na Rosinha!

AMA

Aí é que está a ferida!


Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 113/4

Cross Record - Steady Waves




What is the word?
An unhuman search
Memories touching, heavy fog masking
I am a vessel, are you a vessel?

Oh beautiful, comfortable body
I let myself sink into it, a warm blanket

And every once in a while I look inside

Shimmery, it makes me dizzy
To listen closely to the steady waves
«Ainda havemos de passar muitos anos a apanhar rosas.»



Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 112

«branca como o branco frio
de alguma face de sal.»

Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 106

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

dissemelhanças

modelos de libertação do pudor


Fotografia Patrícia Almeida, da série Portobello
Faleceu a fotógrafa, editora e artista visual Patrícia Almeida. Vítima de doença prolongada, tinha 47 anos e um trabalho notável no seio da fotografia contemporânea portuguesa. Formada em História, tendo passado pelo Goldsmiths College, recebeu o prémio European Photo Exibition e foi finalista do BES Photo em 2010 com o trabalho All Beauty Must Die. O seu trabalho, de características documentais, explorava os espaços urbanos e a forma como as pessoas se relacionavam com eles, sendo incontornáveis os seus trabalhos No ParkingLocationsPortobelo, do qual apresentamos aqui uma imagem, exposto na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e nomeado em 2009 para o BES Photo, ou ainda de Ma Vie Va Changer, um dos seus últimos trabalhos. Patrícia Almeida foi ainda co-fundadora da editora GHOST, em conjunto com David-Alexandre Guéniot, uma editora também de referência no panorama atual da fotografia portuguesa.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

«(...) lia um poema sobre a fidelidade para além da morte.»

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 62

''lágrimas bordadas''


«Mihi, sed in sepulcro. Meu, mas na sepultura. Esta divisão adoptada por Luísa traduz com exactidão a realidade da sua existência de viúva.»

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 60

domingo, 19 de novembro de 2017

''solidões assistidas''

''camisas de noite benzidas''


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 57

«(...) sombra desolada envergando o luto branco das rainhas,»

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 52

mulher cerebral

''graça floral''

O catálogo das Rosas

''Narciso feminino''

«(...) cabelos bem entrançados entrelaçados de pérolas,»


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 46

Fotografia da série ''Incidental Gestures'' de Agnès Geoffray



«Catarina instalou a sua viuvez no castelo finalmente concluído; sobreviveu ao marido pouco mais de dois anos.»

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 42

Une rose d'automne est plus qu'une autre exquise

«Uma rosa de Outono é mais que qualquer outra sublime».

Agrippa D'Aubigné

''Saber o que se não sabe e se não pode saber,''

Agrippa D'Aubigné

reflorir

«Todos saem da morte como se sai de um sonho.»

Agrippa D'Aubigné























«(...) estes leitos, armadilhas sangrentas, não leitos, mas túmulos, / onde o Amor e a Morte trocaram archotes, o melancólico crepúsculo em que o céu exala um vapor de sangue e de almas,»


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 34

Os Fogos

Agrippa D'Aubigné
harpias
nome feminino plural de harpia
harpia
har.pi.a
ɐrˈpiɐ
nome feminino
1.
MITOLOGIA monstro fabuloso com cabeça de mulher e corpo de abutre
2.
figurado mulher avarenta e cruel
3.
ORNITOLOGIA grande ave de rapina diurna da família dos Falconídeos,que vive na América Central e no Norte da América do Sul
Do grego Harpyía, «idem», pelo latim Harpyīa-, «idem»

''Hipocrisia remelosa''


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 32

''figuras flácidas e pensativas''


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 16

moxinifada

nome feminino
1.salsada, mixórdia, miscelânea
2.embrulhada, trapalhada
3.comida mal preparada, mistela
4.discurso mal preparado e confuso

''pavimento de mármore para esfacelar os crânios''


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 15

sábado, 18 de novembro de 2017

''Mediocridade de espírito''


Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 12

«A autenticidade é uma coisa, a veracidade é outra.»

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p.

2.ª AYOLA

Abre a carta!

1.ª AYOLA

O melhor é que a leias sozinha, não seja o caso de te ter escrito alguma inconveniência.

MÃE

Credo!

(Rosinha sai com a carta.)

1.ª AYOLA

A carta de um noivo não é um livro de reza.

3.ª SOLTEIRONA

É um livro de rezas de amor.

2.ª AYOLA

Sabe-la toda!
(As Ayola riem.)

1.ª AYOLA

Está-se mesmo a ver  que nunca recebeu nenhuma.




Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 101
«Sobre os teus longos cabelos
gemem as flores cortadas.»


Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 99
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