o sedutor de sevilha
e o convidado de pedra,
o amor médico
e
o tímido no palácio
Teatro de Tirso de Molina
sábado, 25 de novembro de 2017
«Está bem, mas não dê voltas ao meu coração, não me tire a gaze da ferida, pois sou eu quem tem de dar coragem aos outros neste luto sem morto que a menina está a ver.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 144
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 144
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« TIA
Para tudo existe consolo.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 136
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«O que sinto por dentro, guardo-o só para mim.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 135
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esperança morta
«Está tudo acabado...e, no entanto, com todas as ilusões perdidas, deito-me e levanto-me com a mais terrível das sensações, que é a sensação de ter a esperança morta.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 134
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 134
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peça de teatro
«Acostumei-me a viver muitos anos fora de mim, pensando em coisas que se encontravam muito longe e agora, que essas coisas já não existem, continuo a dar voltas e mais voltas por um sítio frio, à procura de uma saída que não hei-de encontrar nunca.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 133
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 133
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«É esse o defeito das mulheres decentes destas terras! Não falar! Não falamos e precisamos de falar.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132
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peça de teatro
«Eu sei que ele fez hipoteca para pagar os meus móveis e o meu enxoval e isso é que me faz sofrer.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 132
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«MARTIM
Hoje, não se aprecia a Retórica e Poética, nem a cultura universitária.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 125
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hipérbato
nome masculino
recurso estilístico que consiste na inversão da ordem habitual das
palavras de uma frase (ex.: calma tenho eu tido)
palavras de uma frase (ex.: calma tenho eu tido)
« MARTIM
É muito difícil ser poeta!
(Os homens saem.)
Depois, quis ser farmacêutico. É uma vida tranquila.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 122
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''respeitam a minha infelicidade''
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 120
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«Na velhice, tudo nos vira as costas.»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 117
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verso solto
«Senhora, a gente não lhe podia mandar uma carta envenenada, para ele morrer de repente, mal abrisse o envelope?»
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 115
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peça de teatro
AMA
Somos pouco mais ou menos da mesma idade mas, como eu trabalhei muito, encontro-me bem lubrificada, ao passo que a senhora, devido à vida airada, ficou com as pernas perras.
TIA
Então tu achas que eu não trabalhei?
AMA
Com as pontinhas dos dedos, com linhas, com talos de plantas, com doces. Mas esta aqui trabalhou com o lombo, com os joelhos, com as unhas.
TIA
Então governar uma casa não é trabalhar?
AMA
É muito mais duro esfregar o soalho.
TIA
Não estou disposta a discutir.
AMA
Olhe que não seria má ideia. É uma forma de matar o tempo. Ande lá, responda-me. Mas nós as duas ficamos de bico calado. Antigamente, a gente berrava: porque isto, porque aquilo, porque sim mais que também, porque o arroz doce, porque se não passares mais a ferro...
TIA
Eu já estou como hei-de ir..., e um dia sopas, outro dia migas, o meu copinho de água, e o meu terço no bolso, esperava pela morte com dignidade...Mas quando penso na Rosinha!
AMA
Aí é que está a ferida!
Frederico García Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 113/4
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peça de teatro
Cross Record - Steady Waves
What is the word?
An unhuman search
Memories touching, heavy fog masking
I am a vessel, are you a vessel?
Oh beautiful, comfortable body
I let myself sink into it, a warm blanket
And every once in a while I look inside
Shimmery, it makes me dizzy
To listen closely to the steady waves
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«Ainda havemos de passar muitos anos a apanhar rosas.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 112
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 112
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Frederico García Lorca
«branca como o branco frio
de alguma face de sal.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 106
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Frederico García Lorca
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Fotografia Patrícia Almeida, da série Portobello
Faleceu a fotógrafa, editora e artista visual Patrícia Almeida. Vítima de doença prolongada, tinha 47 anos e um trabalho notável no seio da fotografia contemporânea portuguesa. Formada em História, tendo passado pelo Goldsmiths College, recebeu o prémio European Photo Exibition e foi finalista do BES Photo em 2010 com o trabalho All Beauty Must Die. O seu trabalho, de características documentais, explorava os espaços urbanos e a forma como as pessoas se relacionavam com eles, sendo incontornáveis os seus trabalhos No Parking, Locations, Portobelo, do qual apresentamos aqui uma imagem, exposto na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e nomeado em 2009 para o BES Photo, ou ainda de Ma Vie Va Changer, um dos seus últimos trabalhos. Patrícia Almeida foi ainda co-fundadora da editora GHOST, em conjunto com David-Alexandre Guéniot, uma editora também de referência no panorama atual da fotografia portuguesa.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
«(...) lia um poema sobre a fidelidade para além da morte.»
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 62
domingo, 19 de novembro de 2017
''camisas de noite benzidas''
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 57
«(...) cabelos bem entrançados entrelaçados de pérolas,»
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 46
Une rose d'automne est plus qu'une autre exquise
«Uma rosa de Outono é mais que qualquer outra sublime».
Agrippa D'Aubigné
Agrippa D'Aubigné
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Théodore Agrippa d' Aubigné
''Saber o que se não sabe e se não pode saber,''
Agrippa D'Aubigné
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Théodore Agrippa d' Aubigné
«Todos saem da morte como se sai de um sonho.»
Agrippa D'Aubigné
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verso solto
harpias
nome feminino plural de harpia
harpia
har.pi.a
ɐrˈpiɐ
nome feminino
1.
MITOLOGIA monstro fabuloso com cabeça de mulher e corpo de abutre
2.
figurado mulher avarenta e cruel
3.
ORNITOLOGIA grande ave de rapina diurna da família dos Falconídeos,que vive na América Central e no Norte da América do Sul
Do grego Harpyía, «idem», pelo latim Harpyīa-, «idem»
''Hipocrisia remelosa''
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 32
''figuras flácidas e pensativas''
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 16
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Marguerite Yourcenar
moxinifada
nome feminino
1.salsada, mixórdia, miscelânea
2.embrulhada, trapalhada
3.comida mal preparada, mistela
4.discurso mal preparado e confuso
1.salsada, mixórdia, miscelânea
2.embrulhada, trapalhada
3.comida mal preparada, mistela
4.discurso mal preparado e confuso
''pavimento de mármore para esfacelar os crânios''
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 15
sábado, 18 de novembro de 2017
''Mediocridade de espírito''
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 12
«A autenticidade é uma coisa, a veracidade é outra.»
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p.
2.ª AYOLA
Abre a carta!
1.ª AYOLA
O melhor é que a leias sozinha, não seja o caso de te ter escrito alguma inconveniência.
MÃE
Credo!
(Rosinha sai com a carta.)
1.ª AYOLA
A carta de um noivo não é um livro de reza.
3.ª SOLTEIRONA
É um livro de rezas de amor.
2.ª AYOLA
Sabe-la toda!
(As Ayola riem.)
1.ª AYOLA
Está-se mesmo a ver que nunca recebeu nenhuma.
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 101
Abre a carta!
1.ª AYOLA
O melhor é que a leias sozinha, não seja o caso de te ter escrito alguma inconveniência.
MÃE
Credo!
(Rosinha sai com a carta.)
1.ª AYOLA
A carta de um noivo não é um livro de reza.
3.ª SOLTEIRONA
É um livro de rezas de amor.
2.ª AYOLA
Sabe-la toda!
(As Ayola riem.)
1.ª AYOLA
Está-se mesmo a ver que nunca recebeu nenhuma.
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 101
«Dizem que os homens se cansam de uma mulher quando a vêem sempre com o mesmo vestido.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 86
«Os boatos são coroas.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 46
«rosa inermis»
REDOUTÉ, Pierre-Joseph (1759-1840)
Rosa Inermis / Rosier Turbine sans épines [Boursault Rose]
«(...) pegar numa linha para enfeitar um 'soutien'?
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 31
«Eu cá, não, minha senhora. A mim, as flores cheiram-me a menino morto ou a profissão de freira ou a altar de igreja. Cheiram a coisas tristes. Eu sou muito bem capaz de trocar todas as rosas deste mundo por uma boa laranja ou por um marmelo bem maduro. Mas aqui, nesta casa, são rosas à direita, rosmaninho à esquerda e petúnias e anémonas e essas flores que, agora, estão na moda, esses crisântemos, despenteados que nem cabeleira de ciganinhas.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 28
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Dona Rosinha, a Solteira ou a Linguagem das Flores
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973
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«(o tempo e as flores, o tempo e o casamento, o tempo e o desastre das vidas)»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 12
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 12
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sábado, 11 de novembro de 2017
''Thought I'd been in love before
But in my heart I wanted more''
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The Beatles
If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?
'Cause I've been in love before
And I found that love is more
Than just holdin' hands.
If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.
If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.
Would you promise to be true
And help me understand?
'Cause I've been in love before
And I found that love is more
Than just holdin' hands.
If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.
If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.
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