«Eu cá, não, minha senhora. A mim, as flores cheiram-me a menino morto ou a profissão de freira ou a altar de igreja. Cheiram a coisas tristes. Eu sou muito bem capaz de trocar todas as rosas deste mundo por uma boa laranja ou por um marmelo bem maduro. Mas aqui, nesta casa, são rosas à direita, rosmaninho à esquerda e petúnias e anémonas e essas flores que, agora, estão na moda, esses crisântemos, despenteados que nem cabeleira de ciganinhas.»
Frederico Garcia Lorca. Dona Rosinha. A Solteira. Editorial Estampa, Lisboa,1973., p. 28
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