quarta-feira, 9 de junho de 2021

 

ciclópico

ci.cló.pi.co
siˈklɔpiku
adjetivo
1.
MITOLOGIA relativo a ciclope (gigante fabuloso com um só olho no centro da testa)
2.
ZOOLOGIA relativo a ciclope (crustáceo do género Cyclops)
3.
diz-se de um tipo de betão que é misturado com pedras volumosas
4.
figurado diz-se de tarefa que exige esforço extraordinário
5.
figurado gigantescoenorme
6.
figurado rudeabrutalhado

"O FEMINISMO NA INDÚSTRIA PORTUGUESA" (1897)

 


''PEREIRA, J. M. Esteves – O feminismo na industria portuguezaLisboa : Companhia Nacional Editora, 1897. 61 p. Cota: 28/1897

Em 1848, numa pequena vila dos Estados Unidos, nasceu o feminismo como movimento coletivista. Embora se assinalem manifestações do feminismo na Revolução Francesa (em 1791 com Olympe de Gouges, pseudónimo de Marie-Olympe Gouze, que redigiu a Declaração dos direitos da mulher e da cidadã) e em Inglaterra (em 1792 com Mary Wollstonecraft, que publicou o livro A vindication of the rights of women), é na segunda metade do século XIX que o movimento feminista marca o seu início na História.

Em Portugal, a emancipação feminina também se fez sentir e provocou reações, sendo vista como «um problema social dos mais intricados».

Esta obra de 1897 apresenta a visão que se tinha da mulher. O autor argumenta que «a emancipação feminina não pode em absoluto ser conferida pela instrução, porque a cultura mental do homem está tão adiantada que, em regra, a mulher ficará sempre em atraso, em manifesta inferioridade», pois «a ideia da emancipação feminina pertence ao grupo das ideias menos viáveis e práticas».

É proposto que a redenção da mulher seja na indústria; no exercício da indústria educativa e das indústrias caseiras, justificando que «a indústria é um estádio que lhe há de servir para o desenvolvimento e apuro das suas faculdades, porque a Ciência não é outra coisa mais do que a indústria aplicada à inteligência».

Utilizando o argumento da indústria caseira como desenvolvimento e instrução, o autor sublinha que a mulher deve ser uma boa dona de casa e que deve «ganhar a vida sem sair de casa, sem abandonar o lar, nem a família, eis o verdadeiro ideal que a mulher deve ter em mira».

Todas estas opiniões e argumentos são apresentados neste exemplar de 1897, pertencente ao acervo da Biblioteca Passos Manuel, representando a mentalidade da época acerca das mulheres e veiculando a ideia de que estas devido à suas características físicas não poderiam emancipar-se, obter a sua independência e alcançar direitos iguais aos dos homens.

João Manuel Esteves Pereira (1872-1944), historiógrafo, cronista e escritor.''


Informação no link: https://app.parlamento.pt/comunicar/v1/202106/74/artigos/art9.html


«As coisas que tocámos cobrimos de feridas
com a estranha violência de as amarmos demais»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 189

 

simum

si.mum
siˈmũ
nome masculino
vento abrasador que sopra, na África, de sul para norte

''rezando cremalheiras''

 Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 181

dervixe


 Fotografia de Eric Felet, do projeto A dança das oliveiras

 (...)

«                         a ferida de Beethoven

que ainda sangra uma rosa para Elisa.»


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 174

''do fundo dos teus olhos a tua dor rodada''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 172

«Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 166

«não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 165

''pedra vestida de lua''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 162

esponsais

Lembra-Me Um Sonho Lindo

´

Lembra-me um sonho lindo

Lembra-me um sonho lindo
Quase acabado
Lembra-me um céu aberto
Outro fechado
Estala-me a veia em sangue
Estrangulada
Estoira num peito um grito
À desfilada
Canta rouxinol canta
Não me dês penas
Cresce girassol cresce
Entre açucenas
Afaga-me o corpo todo
Se te pertenço
Rasga-me o vento ardendo
Em fumos de incenso
Lembra-me um sonho lindo
Quase acabado
Lembra-me um céu aberto
Outro fechado
Estala-me a veia em sangue
Estrangulada
Estoira num peito um grito
À desfilada
Ai como eu te quero
Ai de madrugada
Ai alma da terra
Ai linda, assim deitada
Ai como eu te amo
Ai tão sossegada
Ai beijo-te o corpo
Ai seara, tão desejada
Canta rouxinol canta
Não me dês penas
Cresce girassol cresce
Entre açucenas
Afaga-me o corpo todo
Se te pertenço
Rasga-me o vento ardendo
Em fumos de incenso
Ai como eu te quero
Ai na madrugada
Ai alma da terra
Ai linda assim deitada
Ai como eu te amo
Ai tão sossegada
Ai beijo-te o corpo
Ai seara, tão desejada
Ai como eu te quero
Ai na madrugada
Ai alma da terra
Ai linda assim deitada
Ai como eu te amo
Ai tão sossegada
Ai beijo-te o corpo
Ai seara, tão desejada
Ai como eu te quero
Ai na madrugada
Ai alma da terra
Ai linda assim deitada
Ai como eu te amo
Ai tão sossegada
Ai beijo-te o corpo
Ai seara, tão desejada
Ai como eu te quero
Ai na madrugada
Ai alma da terra
Ai linda assim deitada
«para o possível amanhã
da nossa véspera impossível.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 162

''corpos espiados''


Nobuyoshi Araki is a Japanese photographer and contemporary artist

 

(...)

«homem de luto por Anaíta
azul como o céu esquecido
que nos incendiados jardins 
da tua memória passeia
vagarosa e vestida de vidro.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 152

«crianças enchem de flores
feridas abertas por granadas.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 147

«atento como és dentro das horas
a decifrar-te da cabeça aos pés.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 143

 «Despedida: ave encravada

numa lágrima de alumínio.»


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 142

''a pátria do relâmpago''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 143

terça-feira, 8 de junho de 2021

''Os leitores estão certos: quem dizia que não importa a cor do gato, o importante é que cace ratos, era Deng Xiaoping, e não Mao. Mao diria outra coisa: os gatos têm de ser pardos e devem caçar homens.''

De Um Miserável Naufrágio Que Passámos

segunda-feira, 7 de junho de 2021

''Somos o que dizemos, e como dizemos.''

 

álbido

ál.bi.do
ˈaɫbidu
adjetivo
1.
em que predomina o branco
2.
esbranquiçadoalvacento

domingo, 6 de junho de 2021

''Cada mulher é uma cascata de trevos''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 138

(...)

«Órfão que és por teus espinhos contas
as pérolas da mulher triangular
com que formavas a estrela de seis pontas.»

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 138

C. Tangana, José Feliciano, Niño de Elche

''ilha a morrer de fome rodeada de pão''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 137

''saibro da carne desvivida''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 136

 (...)

«suando o cimento de cidades

por mísseis interrompidas.»


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 135

''caligráfica raiva''

 Natália Correia


 Théo Gosselin, French photographer 

    UMA LARANJA
PARA ALBERTO CAEIRO


Venho simplesmente dizer
que uma laranja é uma laranja
e comove saber que não é ave

se o fosse não seriam ambas
uma só coisa volátil e doce
de que a ave é o impulso de partir
e a laranja o instinto de ficar.


Não sei de nada mais eterno
do que haver sempre uma só coisa
e ela ser muitas diferentes
e cada coisa ternamente ocupar
só o espaço que pode rodeada
pelo espaço que a pode rodear.


Sei que depois da laranja
a laranja poderá ser até
mesmo laranja se necessária
mas cada vez que o for
sê-lo-á rigorosamente
como se de laranja fosse
a exacta fome inadiável.


De ser laranja gomo a gomo
o íntimo pomo se enternece
e não cabe em si de amor
embriagada de saber
que a sua morte nos será doce.


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 132/3


Granza-da-praia

A ARTE DE SER AMADA

Eu sou líquida nas recolhida
no íntimo estanho de uma jarra
e em tua boca um clavicórdio
quer recordar-me que sou ária

aérea vária porém sentada
perfil que os flamingos voaram.
Pelos canteiros eu conto os gerânios
de uns tantos anos que nos separaram.

Teu amor de planta submarina
procura um húmido lugar.
Sabiamente preencho a piscina
que te dê o hábito de afogar.

Do que não viste a minha idade
te inquieta como a ciência
do mundo ser muito velho
três vezes por mim rodeado
sem saber da tua existência.

Pensas-me a ilha e me sitias
de violinos por todos os lados
 e em tua pele o que eu respiro
é um ar de frutos sossegados.


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 129

''coxas de feno''


                                            Théo Gosselin, French photographer 

''acácias à velocidade do crime''

Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 126

 «A oriente sou toda lira

exacta dérmica solar

biografo-me a desenho à pena

com a tinta da estrela polar.»


Natália Correia. Antologia Poética. Organização, selecção e prefácio Fernando Pinto do Amaral. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2019., p. 125

"...como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso"

 António Gedeão

 Diz-me a Verdade acerca do Amor

Há quem diga que o amor é um rapazinho,
            E quem diga que ele é um pássaro;
Há quem diga que faz o mundo girar,
            E quem diga que é um absurdo,
E quando perguntei ao meu vizinho,
            Que tinha ar de quem sabia,
A sua mulher zangou-se mesmo muito,
            E disse que isso não servia para nada.

      Será parecido com uns pijamas,
         Ou com o presunto num hotel de abstinência?
      O seu odor faz lembrar o dos lamas,
         Ou tem um cheiro agradável?
      É áspero ao tacto como uma sebe espinhosa
         Ou é fofo como um edredão de penas?
      É cortante ou muito polido nos seus bordos?
         Ah, diz-me a verdade acerca do amor.

Os nossos livros de história fazem-lhe referências
          Em curtas notas crípticas,
É um assunto de conversa muito vulgar
          Nos transatlânticos;
Descobri que o assunto era mencionado
          Em relatos de suicidas,
E até o vi escrevinhado
          Nas costas dos guias ferroviários.

      Uiva como um cão de Alsácia esfomeado,
         Ou ribomba como uma banda militar?
      Poderá alguém fazer uma imitação perfeita
         Com um serrote ou um Steinway de concerto?
      O seu canto é estrondoso nas festas?
         Ou gosta apenas de música clássica?
      Interrompe-se quando queremos estar sossegados?
         Ah! diz-me a verdade acerca do amor.

Espreitei a casa de verão,
             E não estava lá,
Tentei o Tamisa em Maidenhead
             E o ar tonificante de Brighton,
Não sei o que cantava o melro,
             Ou o que a tulipa dizia;
Mas não estava na capoeira,
             Nem debaixo da cama.

      Fará esgares extraordinários?
         Enjoa sempre num baloiço?
      Passa todo o seu tempo nas corridas?
         Ou a tocar violino em pedaços de cordel?
      Tem ideias próprias sobre o dinheiro?
         Pensa ser o patriotismo suficiente?
    As suas histórias são vulgares mas divertidas?
       Ah, diz-me a verdade acerca do amor.

    Chega sem avisar no instante
       Em que meto o dedo no nariz?
    Virá bater-me à porta de manhã,
       Ou pisar-me os pés no autocarro?
    Virá como uma súbita mudança de tempo?
       O seu acolhimento será rude ou delicado?
    Virá alterar toda a minha vida?
       Ah, diz-me a verdade acerca do amor.

W. H. Auden, in 'Diz-me a Verdade acerca do Amor'

sábado, 5 de junho de 2021

quinta-feira, 3 de junho de 2021

 

alógico

a.ló.gi.co
ɐˈlɔʒiku
adjetivo
1.
que não precisa de demonstração para se admitir como certoque é evidente
2.
FILOSOFIA que não é regido pelos princípios nem pelas regras da lógica

agrarianismo

''males de fundo''

provincianice incurável

 «Passado o momento da aflição patriótica, percorrido até ao absurdo o labirinto sem saída da nossa impotência, voltámos à costumada e agora voluntária e irrealística pose de nos considerarmos, por provincianice incurável ou despeito infantil, uma espécie de nação idílica sem igual.»

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 31


 

''orgiástica civilização''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 30

''transes de melancolia cívica e cultural''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 30

 

boiardo

boi.ar.do
bojˈardu
nome masculino
nobre russo

«(...) lençol de púrpura dos nossos deuses (heróis) mortos.»

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 26

 « O que é necessário é uma autêntica psicanálise do nosso comportamento global, um exame sem complacências que nos devolve ao nosso ser profundo ou para ele nos encaminhe ao arrancar-nos as máscaras que nós confundimos com o rosto verdadeiro.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24


 

 «As «Histórias de Portugal», todas, se exceptuarmos o limitado mas radical e grandioso trabalho de Herculano, são modelos de «robinsonadas»: contam as aventuras celestes de um herói isolado num universo previamente deserto. Tudo se passa como se não tivéssemos interlocutor.

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 24

 Casos, opiniões, natura e uso

Fazem que nos pareça esta vida

Que não há nela mais que o que parece.


CAMÕES

 «(....), que exprima e defina o seu estar mudável em concordância com o seu ser permanente.''

 Joaquim de Carvalho, Compleição do Patriotismo Português (1953)

'' iludir-se infantilmente''

 Joaquim de Carvalho, Compleição do Patriotismo Português (1953)

''Amor pátrio''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 21

 «Talvez por isso, e uma vez mais, as boas almas baptizem estas considerações como o labéu de estrangeiradas. Não é apodo que as humilhe, mas não o creio exacto. Se o for, será sobretudo pelo excesso de fixação numa temática que subentende tudo quanto escrevi, mas que a ausência porventura terá reforçado. De qualquer modo, não escrevi estes ensaios para recuperar um país que nunca perdi, mas para o «pensar», com a mesma paixão e sangue-frio intelectual com que o pensava quando tive a felicidade melancólica de viver nele como prisioneiro de alma.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 21

 

autognose

au.tog.no.se
awtɔˈɡnɔz(ə)
nome feminino
conhecimento de si próprio

invertebralidade

E La Nave Va - Crystal Orchestra

quarta-feira, 2 de junho de 2021



Apesar das ruínas e da morte
Onde sempre acabou
Cada ilusão
A força dos meus sonhos é tão forte
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos estão vazias.
.
Sophia De Mello Breyner
''Só és livre se acreditares na mentira de que és livre.''

Artista e dissidente chinês Ai Weiwei
Powered By Blogger