domingo, 18 de setembro de 2016

cegarrega


nome feminino
1. melodia sem tom nem som, aborrecida por ser repetida muitas vezes nomesmo tom
2. MÚSICA instrumento que imita o som da cigarra
3. figurado pessoa tagarela, de voz desagradável e impertinente
4. barulho; confusão

«E minha boca de lábios túmidos
cheios da bela virilidade ímpia de negro
mordendo a nudez lúbrica de um pão»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 336

A Streetcar Named Desire

«E o luar de cabelos de marfim»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 334
«O sangue dos nomes
é o sangue dos homens.
Suga-o também se és capaz
tu que não os amas.»

José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 333

joelhos esfolados

«mas amar por amor só amo»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 330

«tu sabes como é sempre uma dor nova»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 327

«E nem que nos caia em cima o argumento
de cigarro na boca e lúgubre revólver em cima da mesa
não mostraremos o papel guardado na tábua do soalho
ali a fazer do amor escondido
o futuro de um povo.»

José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 326

«Anilhas de ferro nos tornozelos.»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 326

«(...) para jamais nos esquecermos de vez
do amor e dos amores mais amados
o amor chamado pátria!»


José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 326

AMOR A DOER




José Craveirinha  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 326

blenorragia

pastéis com piri-piri

''não queixes a dor''


Orlando Mendes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 321

«Móis-me a cabeça.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 64

«Estou a fazer progressos. Um dia, as palavras acudir-me-ão por si próprias, e então direi o que quero. Depois, descanso!»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 64

«Sinto-me morto. De cansaço. Leni, morto de cansaço.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 63

«Don't disturb.» «É proibido ter medo.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 61

«(...) pedido por pedido, mais vale pedir a Deus do que aos santos.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 7


They won't know who we are
So we both can pretend
It's written on the mountains
A line that never ends
As the devil spoke we spilled out on the floor
And the pieces broke and the people wanted more
And the rugged wheel is turning another round
Dorian, carry on,
Will you come along to the end
Will you ever let us carry on
Swaying like the children,
Singled out for praise
The inside out on the open
With the straightest face
As the sad-eyed woman spoke we missed our chance,
The final dying joke caught in our hands
And the rugged wheel is turning another round
Dorian, carry on,
Will you come along to the end
Will you ever let us carry on
Dorian, carry on,
Will you come along to the end
Will you ever let us carry on
Dorian, will you follow us down
Written by Agnes Caroline Thaarup Obel




«Agora, à luz fria das verdades inteiras e das mentiras perfeitas, declaro que não confessarei coisa nenhuma pela razão simples de não ter nada a confessar. Sou sozinha, sem força e inteiramente consciente da minha impotência.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 56

Musselina


«Quando afago os teus cabelos, penso na Terra: por fora atapetada de seda, por dentro em ebulição.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 54

« - Dou-te a minha palavra de honra...
LENI. - Eu pedi-lha, por acaso? Mais vale guardá-la.»


Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 53
«O PAI. - Procuro a verdade, ou a razão das tuas mentiras.»



Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 51

«Se fosse preciso, seria terno. Mas a verdade é que a dureza dá melhores resultados.»

Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 50
«O rapaz corria atrás da morte, mas não teve sorte: corria mais depressa que ela.»

Jean-Paul Sartre. Os Sequestrados de Altona. Livros de bolso Europa-América. p., 46

terça-feira, 13 de setembro de 2016


“Eu e os meus poemas vamos fumar para longe. // Haverá uma árvore.” (XIII, 27)

Patrícia Baltazar
“Mãe? Estás? Mãe? Ouves-me, mãe? / Devolve-me, / A manta da tua ternura ou não sobrevivo.”
 (XXI, 36)

Patrícia Baltazar
 “Perdoo toda a gente que pensa que me magoou ou magoou mesmo.” (XXXIII, 57) 

Patrícia Baltazar

Tenho várias salivas

“Tenho várias salivas. Vários géneros. Acumulei rostos e corpos. E o teu, o teu, o teu, o teu e ainda o teu, continuam guardados, para sempre, em todos os meus lugares. Eu sou tudo o que vocês fizeram de mim.” (III, 10-1)

Patrícia Baltazar 

 ''Não é apenas para os outros que somos um discurso continuamente interrompido, também para nós mesmo o somos. A memória faz o que pode para nos conferir unidade, mas somos o que os outros fazem de nós, somos também o que não fazemos de nós, no fundo, “des-somos” mais do que somos. ''
 “45 quilos de ossos para uma tempestade” (XXII, p. 37)


Patrícia Baltazar 

“Não tenho de ser ninguém para perder a memória.” (XXXIII, p. 55)


Patrícia Baltazar 
“Mas aprofundei-me na ocupação da violência / um arzinho de filosofia para empernar meninos.”

Raquel Nobre Guerra

''dor moinha nos dentes''

“Bebo uma bica por dia, às vezes bebo-a fria
depois disto bem que podia morrer, diga-se
com as mãos ao redor de um pescoço amigo
quero dizer, de um livro. Tenho o carácter
objectivo de uma incompetência para a vida.”

Raquel Nobre Guerra
“O café ilumina-se de todos os anjos filhos da puta.
Daqui a pouco sairei de casa
Para o que é verdadeiramente triste.”

Raquel Nobre Guerra

''o pó da humanidade''


um amor em cinzas

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