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terça-feira, 10 de janeiro de 2017
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
«Ruy Belo é o grande rio do Tempo, Herberto Helder é omnifágico, o grande devorador das experiências humanas. Cesariny é o grande destruidor dos lugares comuns. E hoje, nesta atmosfera opressiva em que vivemos, é preciso mais e mais irreverência. É preciso não esquecer que dentro do grande estômago deste mundo do consumo tudo cabe. Tudo está na iminência de ser digerido e desaparecer.»
João Barrento (em entrevista)
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Ruy Belo
«No seu livro escreve que voltámos a uma ficção conservadora, que “parece estar totalmente refém da linguagem televisiva, do videoclip, e totalmente incapaz de interrogar criticamente a consciência do leitor e o mundo em redor”. Porquê?
A imposição do romance quase como sinónimo de literatura apagando a poesia e o conto, o realismo de cariz conservador e banal, a pobreza da linguagem, são sintomas de um mundo sem memória, onde a cultura, a arte e a literatura se regem por paradigmas economicistas. O único lugar onde ainda existem valores é na Bolsa. A vida das pessoas gira em torno do consumo e das vivências do corpo mas apenas na sua perspetiva hedonista. Logo, o simbólico, a letra, a palavra saem a perder. A tecnologia apaga a palavra. A literatura foi totalmente contaminada pela acumulação de atualidade, de informação, abdicando do espaço da História, da memória. Obriga-nos a um eterno presente onde imperam as imagens.
Sob esses escritores e poetas permanentemente sob os holofotes espreita a perda da capacidade de ler, o enfraquecimento da capacidade de enfrentar e decifrar enigmas, porque toda a sua capacidade simbólica está enfraquecida pelas mensagens dominantes, demasiado ruidosas e demasiado simplistas. Uma das grandes perdas do nosso tempo é essa capacidade imaginante só alcançável através da palavra, de uma imaginação que progride a partir da força da palavra.»
João Barrento (em entrevista)
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«A literatura e a poesia são sobretudo um trabalho de estruturação de um olhar sobre o mundo e depois a colocação desse olhar sob a forma de linguagem. Uma linguagem que não se limite a contar factos (isso, lá está, é o que fazem os media) mas que dê a ver o invisível através do visível. Isto não é uma questão de rejeitar o realismo mas sim da forma como se pode dar a ver esse realismo. Não há certamente escritor mais realista que o Beckett e no entanto olhe-se para a linguagem dos livros dele…»
João Barrento
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
''lê um livro esfarrapado''
Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 10
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
"...muitas vezes trepava até à cornija da janela e empoleirava-se ali, simétrico ao grande abutre da parede oposta. Durante horas ficava nesta posição, imóvel, com um olhar turvo e um malicioso sorriso nos lábios, e quando alguém entrava na sala mexia repentinamente as mãos, a imitar as asas, e cantava como um galo."
"As Lojas de Canela" de Bruno Schulz
tradução Aníbal Fernandes. Sistema Solar
domingo, 4 de setembro de 2016
Maria Teresa Horta assim se definiu
“A literatura é o meu sentido primeiro das coisas.
“Entre aquilo que leio e aquilo que escrevo.
‘correnteza de rio indo pelo caminho das pedras, até ao lugar onde as águas se misturam, se confundem, se fusionam, e só depois se separam, se alargam- alagam e
nos contaminam…
“Com a matéria última do sonho.”
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Maria Teresa Horta
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
domingo, 20 de março de 2016
«A propósito de nada se pode escrever tudo.»
José Jorge Letria. O Fantasma da Obra II. Antologia Poética 1993-2001. Hugin, 2002, Lisboa, 2003., p. 33
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sábado, 19 de março de 2016
''Morro todos os dias um pouco mais
naquilo que não escrevo''
José Jorge Letria
naquilo que não escrevo''
José Jorge Letria
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segunda-feira, 14 de março de 2016
''Entrar de costas no festival das letras''
António José Forte. Corpo de Ninguém. Hiena Editora, Lisboa, 1989., p. 35
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sexta-feira, 11 de março de 2016
sábado, 20 de fevereiro de 2016
"Quis publicar um livro mas nunca o chegou a fazer, porque estava continuamente a fazer alterações no manuscrito, e fez tantas e tão grandes que, por fim, do manuscrito já nada restava, a alteração do manuscrito nada mais era do que a eliminação total do manuscrito, do qual por fim nada mais ficou do que o título O Náufrago. Agora tenho apenas o título, disse-me ele, assim é que está bem. Não sei se terei forças para escrever um segundo livro, parece-me que não, dissera ele, se O Náufrago tivesse sido publicado, disse ele, teria sido obrigado a matar-me."
Thomas Bernhard, O Náufrago
Thomas Bernhard, O Náufrago
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Thomas Bernhard
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
«O termo «niilista» pareceu-me irritante e incongruente, mas deixei de compreender o sentido desse livro e vi-me mergulhado num certo abatimento: era evidente que me mostrava incapaz de compreender os bons livros! E este pertencia, como estava convencido, ao lote das melhores obras: uma senhora tão considerável e tão bela não ia de modo nenhum pôr-se a ler maus livros!»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 257
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Niilismo
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