sexta-feira, 29 de junho de 2018
«(...) essa crítica literária adocicada e insípida, esses poemas que celebram de forma melodiosa a inocência das rosas e dos carneiros, e todos passam plausivelmente por literatura nos nossos dias.»
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 84
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 84
«Ao ir para a cama à noite, perturbou-vos a complexidade dos vossos sentimentos. Num único dia milhares de ideias atravessaram o vosso espírito; milhares de emoções se cruzaram, colidiram, e desapareceram em assombrosa desordem.»
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 83
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 83
segunda-feira, 25 de junho de 2018
''alvoraçando-lhe o coração''
Molière. Escola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.. p. 42
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''intrigas caritativas!''
Molière. Escola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.. p. 40
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''(...), para que as dúvidas do meu espírito doente se esclareçam''
Molière. Escola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.. p. 38
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«(...); sem que vos ofenda a comparação, conheci um aldeão, conhecido por Pedro Pateta, que, não possuindo mais do que um pedaço de terra, mandou fazer-lhe em volta um fosso para poder adoptar o pomposo nome de Sr. da Ilha.»
«ARNOLFO: Quem casa com uma ingénua é porque não é ingénuo de todo. Como bom cristão, acredito que a sua metade é recatada. Mas uma mulher esperta é mau presságio. Eu sei quanto tem custado a muitos terem casado com mulheres cheias de talento. Não seria eu que casaria com uma intelectual que só falasse de reuniões mundanas e de alcovas, que em prosa ou em verso soubesse escrever doces frases, que em casa recebesse marqueses e literatos, enquanto eu, com o rótulo de marido da senhora, não passaria de um santo ignorado, sem devotos! Não e não, não quero esposa de grandes talentos, pois mulher que sabe compor sabe mais do que é necessário. Para mim, prefiro mulher de poucas luzes, que nem sequer saiba o que é uma rima e no jogo do «corbillon» nunca acerte. Numa palavra, quero-a bem ignorante e basta-me que saiba rezar, amar-me, coser e fiar.»
Molière. Escola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.
domingo, 24 de junho de 2018
sobre a cidade de Lisboa
“NÃO: Nada de proas homéricas singrando rio acima, batidas de ignotos mares, a fundar a capital do futuro Império-que-foi: mas um homem hirsuto e furtivo, talvez em busca da liberdade, que um dia assomou aqui (...)”, e mais adiante, a propósito dos temas escolhidos, escreve que: “ainda há beirais floridos, varandas com nespreiras, gaiolas de passarinhos, papagaios, voos de pombas; e mulheres de luto, pimenteiras, namorados esquecidos, velhos dormindo ao sol nos parques e jardins (...)”
José Rodrigues Miguéis
sábado, 23 de junho de 2018
De momento, exceto Portugal e Espanha, o racismo é o único ponto de entendimento entre os europeus. Nem mais nem menos: racismo. E não tem a ver com o medo do outro, da diferença. Tem a ver com a incapacidade de lidar com o passado colonial. A ideia que prevalece na Europa é que se ganha quando se é mais racista do que o outro. A Europa está fraturada e o discurso mantém-se: o Norte contra o Sul, [o grupo de] Visegrado contra Paris e Berlim… Enfim, apenas confluem num aspeto: rejeitar a imigração.''
Entre finais da década de 1970 e 2013, a taxa de suicídio aumentou 60% em todo o mundo, segundo dados da OMS. Como podemos explicar este aumento brutal?! O que aconteceu há 40 anos atrás? Como referi antes, Margaret Thatcher declarou que a sociedade não existe; paralelamente, o neoliberalismo eliminou a empatia da esfera social. Depois, a tecnologia digital começou a destruir a possibilidade do real, da relação física entre humanos; a emergência de Tony Blair é a prova de que a Esquerda morreu – refiro Blair por ser mais fácil de identificar, mas juntamente com ele estão muitos outros líderes. A Esquerda nunca foi capaz de equacionar alternativas como o RBI e outras, e embarcou no discurso neoliberal: pleno emprego, oito horas por dia, cinco dias por semana durante uma vida inteira. Isto é cada vez menos viável. O pleno emprego é algo impossível, o que temos é mais precariedade para todos, cortes nos salários para todos, mais trabalho para todos, em suma, uma nova escravatura. A isto somam-se dois aspetos importantes. Primeiro, a obrigação passou a ser parte integrante da nossa formação psicológica e a competição tornou-se no princípio moral universal. Segundo, passámos a julgar-nos em função do critério da produtividade. Existe apenas um modelo, um padrão, que é o da competição e sentimo-nos culpados de todos os nossos “fracassos”, seja ele o desemprego ou a pobreza. Há quem lhe chame auto-exploração.''
Esse tem sido o discurso dos líderes políticos nos últimos 40 anos, desde que Margaret Thatcher declarou que “a sociedade não existe”. Existem apenas indivíduos, empresas e países competindo e lutando pelo lucro. É este o objetivo do capitalismo financeiro. E com esta declaração foi proclamado o fim da sociedade e o início de uma guerra infinita: a competição é a dimensão económica da guerra. Quando a competição é a única relação que existe entre as pessoas, a guerra passa a ser o ‘ponto de chegada’, o culminar do processo. Penso que, em breve, acabaremos por assistir a algo que está para além da nossa imaginação…''
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Franco Berardi
''O formigueiro futuro apavora-me e odeio as suas virtudes de robôs. Eu nasci para ser jardineiro.''
''Meu caro Dalloz, como lamento estas quatro linhas. Teria adorado saber o que pensava dos tempos presentes. Eu desespero. Vivi avarias e desmaios por falta de oxigénio, fui perseguido por caças e tive incêndios a bordo. Já tive a minha dose. Se me abatessem, não me arrependeria de nada. O formigueiro futuro apavora-me e odeio as suas virtudes de robôs. Eu nasci para ser jardineiro. Um abraço Saint-Ex.''
última carta que Saint-Exupéry escreveu ao seu amigo pintor Pierre Dalloz
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segunda-feira, 18 de junho de 2018
I Thought About Killing You
I know, I know, I know, I know, know
I, I know it, I know it (I know, I know, I know, I know, know)
I, I know it, I know it (I know, I know, I know, I know, know)
The most beautiful thoughts are always besides the darkest
Today I seriously thought about killing you
I contemplated, premeditated murder
And I think about killing myself
And I love myself way more than I love you, so
Today I thought about killing you, premeditated murder
You'd only care enough to kill somebody you love
The most beautiful thoughts are always beside the darkest
(Mhm—mhm—mhm—mhm—mhmm)
Just say it out loud to see how it feels
People say, "Don't say this, don't say that"
Just say out loud, just to see how it feels
Weigh all the options, nothing's off the table
Today I thought about killing you, premeditated murder
I think about killing myself, and I, I love myself way more than I love you
The most beautiful thoughts are always beside the darkest
(Mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhmm)
I think this is the part where I'm supposed to say something good
To compensate it so it doesn't come off bad
But sometimes I think really bad things
Really, really, really bad things
And I love myself way more than I love you
See, if I was trying to relate it to more people
I'd probably say I'm struggling with loving myself
Because that seems like a common theme
But that's not the case here
I love myself way more than I love you
And I think about killing myself
So, best believe, I thought about killing you today
Premeditated murder
Today I seriously thought about killing you
I contemplated, premeditated murder
And I think about killing myself
And I love myself way more than I love you, so
Today I thought about killing you, premeditated murder
You'd only care enough to kill somebody you love
The most beautiful thoughts are always beside the darkest
(Mhm—mhm—mhm—mhm—mhmm)
Just say it out loud to see how it feels
People say, "Don't say this, don't say that"
Just say out loud, just to see how it feels
Weigh all the options, nothing's off the table
Today I thought about killing you, premeditated murder
I think about killing myself, and I, I love myself way more than I love you
The most beautiful thoughts are always beside the darkest
(Mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhm—mhmm)
I think this is the part where I'm supposed to say something good
To compensate it so it doesn't come off bad
But sometimes I think really bad things
Really, really, really bad things
And I love myself way more than I love you
See, if I was trying to relate it to more people
I'd probably say I'm struggling with loving myself
Because that seems like a common theme
But that's not the case here
I love myself way more than I love you
And I think about killing myself
So, best believe, I thought about killing you today
Premeditated murder
I called up my loved ones, I called up my cousins
I called up the Muslims, said I'm 'bout to go dumb
Get so bright it's no sun, get so loud I hear none
Screamed so loud got no lungs, hurt so bad, I go numb
Time to bring in the drums, that prrt-pum-pum-pum
Set the Newtone on 'em, set the nuke off on 'em
I need coconut rum, I taste coke on her tongue
I don't joke with no one, they'll say, "He died so young"
I done had a bad case of too many bad days
Got too many bad traits
Used the floor for ashtrays
I don't do shit halfway, I'ma clear the cache
I'ma make my name last, put that on my last name
It's a different type of rules that we obey
Ye, Ye, Ye season, nigga, we obey
We was all born to die, nigga DOA
Niggas say they hero, mm, I don't see no cape
Mm, I don't see no, mm, yeah, I don't see no, mm, mm
If I wasn't signed to so hard, wouldn't be no shade
Buckwheat ass nigga, it's 'gon be otay
Young nigga shit, nigga, we don't age
I thought I was past my Deebo ways
Even when I went broke, I ain't break
How you gon' hate? Nigga, we go way back
To when I had the braids and you had the wave cap
Drop a pimp of the fade and I'm on my way ASAP
Don't get socked in the mouth, you know homie don't play that
Pay the fire marshal bill 'cause this shit done got way packed
They wanna see me go ape (ape, ape)
All you gotta do is speak on Ye
All you gotta do is speak on Ye
Don't get your tooth chipped like Frito-Lay
I called up the Muslims, said I'm 'bout to go dumb
Get so bright it's no sun, get so loud I hear none
Screamed so loud got no lungs, hurt so bad, I go numb
Time to bring in the drums, that prrt-pum-pum-pum
Set the Newtone on 'em, set the nuke off on 'em
I need coconut rum, I taste coke on her tongue
I don't joke with no one, they'll say, "He died so young"
I done had a bad case of too many bad days
Got too many bad traits
Used the floor for ashtrays
I don't do shit halfway, I'ma clear the cache
I'ma make my name last, put that on my last name
It's a different type of rules that we obey
Ye, Ye, Ye season, nigga, we obey
We was all born to die, nigga DOA
Niggas say they hero, mm, I don't see no cape
Mm, I don't see no, mm, yeah, I don't see no, mm, mm
If I wasn't signed to so hard, wouldn't be no shade
Buckwheat ass nigga, it's 'gon be otay
Young nigga shit, nigga, we don't age
I thought I was past my Deebo ways
Even when I went broke, I ain't break
How you gon' hate? Nigga, we go way back
To when I had the braids and you had the wave cap
Drop a pimp of the fade and I'm on my way ASAP
Don't get socked in the mouth, you know homie don't play that
Pay the fire marshal bill 'cause this shit done got way packed
They wanna see me go ape (ape, ape)
All you gotta do is speak on Ye
All you gotta do is speak on Ye
Don't get your tooth chipped like Frito-Lay
Compositores: Kanye West / Francis Farewell Starlite / Mike Dean / Benny Blanco
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domingo, 17 de junho de 2018
«O meu país é um país que não reconhece o verdadeiro valor, não gratifica a excelência, e mal suspeita de alguma coisa original, logo, estranha, esmaga-a. Camões morreu pobre e desolado. Provavelmente sem ter tido sequer a sorte de ter tido um único amigo, como eu tive. O Pessoa, que viveu de quarto em quarto, foi morrer com o fígado trespassado a um hospital com nome de santo francês que está no Bairro Alto e, ao que se diz, a última frase que lhe se ouviu foi em inglês que a disse I do not know what tomorrow will bring, para tirar as dúvidas a quem as tivesse. O Ruy Belo, um magnífico poeta, foi um herói desprezado primeiro pela academia fascista e, depois, pela academia democrática. O Ruy Cinatti, um poeta entre os maiores, enlouqueceu com a revolução dos medíocres e presumidos cravos, que entretanto desapareceram como espécie. Eu só não me deixei esmagar porque não tenho valor algum em particular, nunca tendo chegado a ser o que queria (…) [“Espécie de Amor”, 2014]»
Pedro Paixão
''Uma pessoa pode salvar-te. Uma multidão esmaga-te, deixa-te morrer.''
Pedro Paixão, entrevista ao Observador
quarta-feira, 13 de junho de 2018
«Leiam o Agamemnon e vejam se, com o tempo, as vossas simpatias não vão quase inteiramente para Clitemenestra. Ou então considerem a vida conjugal dos Carlyles e lamentem o desperdício, a futilidade, para ele como para ela, da terrível tradição doméstica que julgava conveniente gastar o tempo de uma mulher genial a dar caça às baratas e a arear panelas, em vez de o aproveitar a escrever livros.»
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 65
''bagatelas artificiosas''
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 44
''mediocridade irreligiosa''
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 44
«Nós não vemos a vida - vemos um instante da
vida. Atrás de nós a vida é infinita, adiante de nós a
vida é infinita. A primavera está aqui, mas atrás
deste ramo em flor houve camada de primaveras
de oiro, imensas primaveras extasiadas, e flores
desmedidas por trás desta flor minúscula. O tempo
não existe. O que eu chamo a vida é um elo, e o que
aí vem um tropel, um sonho desmedido que há-de
realizar-se. E nenhum grito é inútil, para que o
sonho vivo ande pelo seu pé. (...)
O mundo é um grito. Onde encontrar a harmo-
nia e a calma neste turbilhão infinito e perpétuo,
neste movimento atroz? O mundo é um sonho sem
um segundo de paz. A dor gera dor num desespero
sem limites.
Eu não sou nada. Sou um minuto e a eterni-
dade. Sou os mortos. Não me desligo disto - nem
do crime, nem da pedra, nem da voragem. Sou o
espanto aos gritos.
RAÚL BRANDÃO, Húmus
« Paro de escrever muitas vezes. O mundo está em mau estado e eu sinto-me esmagada.»
Agnès Varda
Agnès Varda
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fotógrafa belga
terça-feira, 12 de junho de 2018
''O público em 1910 foi atirado para paroxismos de cólera e de riso. Iam de Cézanne a Gauguin e de Gauguin a Van Gogh, iam de Picasso a Signac e de Derain a Friesz e enraiveciam. Os quadros eram uma brincadeira e uma brincadeira feita à sua medida.»
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 13
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 13
''público filistinamente hostil''
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 13
« A fragmentação do ser humano, o descalabro de uma sociedade fin-de-siècle, cega pela miragem do progresso tecnológico (de que é exemplo a espectacular mudança realizada nos transportes e comunicações a partir de 1890) e iludindo de si mesma os inquietantes sintomas da decadência, irromperam na criação artística com alguns anos de avanço, como é visível nas sucessivas mutações pelas quais, em toda a Europa, a pintura ia passando.»
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 13
''o irracional, o fragmentário''
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 12
''sociedade cada vez mais anódina e massificada''
Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 12
segunda-feira, 11 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
veleidade
ve.lei.da.de
vəlɐjˈdad(ə)
nome feminino
1.
desejo que não chega a realizar-se
2.
desejo ou ambição irrealista ou de difícil realização
3.
vontade extravagante ou pouco razoável; capricho
4.
fantasia
5.
volubilidade
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língua portuguesa,
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«Na esteira de Paul Ricouer, o que me interessa mais na leitura deste mito é a ideia de que Édipo é a tragédia da verdade. Ilustra que o sujeito não sabe toda a verdade sobre si próprio. Eu nunca me vou olhar de frente. Nunca saberei tudo sobre mim mesmo, e é isto que me torna um ser trágico. O inconsciente é o outro de mim mesmo. Ora, hoje estamos num tempo em que este homem trágico perdeu valor, e isto é o pilar da psicanálise e, de alguma maneira, da cultura ocidental.»
Vasco Santos
extimidade
Em tudo o que vinha já sendo apercebido, o que é que lhe parece que escapou à previsão crítica deste modelo capitalista?
Entrevista a Vasco Santos
sábado, 2 de junho de 2018
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