Benjamin pergunta ainda: “de onde vêm os personagens de Walser”? E, responde:
''Eles vêm da noite, quando ela está mais escura, uma noite veneziana, se se
quiser, iluminada pelos precários lampiões da esperança, com um certo brilho
festivo no olhar, mas confusos e tristes a ponto de chorar. Seu choro é prosa. O
soluço é a melodia das tagarelices de Walser. O soluço nos mostra de onde vêm
os seus amores. Eles vêm da loucura, e de nenhum outro lugar. São personagens
que têm a loucura atrás de si, e por isso sobrevivem numa superficialidade tão
despedaçadora, tão desumana, tão imperturbável. Podemos resumir numa
palavra tudo o que neles se traduz em alegria e inquietação: todos eles estão
curados. Mas não compreenderemos jamais como se processou essa cura, a
menos que nos aventuremos no seu ‘Branca de Neve’, uma das mais profundas
criações da literatura moderna, que bastaria para entendermos por que Walser,
aparentemente o menos rigoroso dos escritores, foi o autor favorito do
implacável Franz Kafka.''
domingo, 3 de dezembro de 2017
«Robert Walser sabia: escrever que não se pode escrever também escrever. Entre
os muitos empregos subalternos que teve-balconista de livraria, secretário de
advogado, bancário, operário em uma fábrica de máquinas de costura e,
finalmente, mordomo em um castelo da Silésia —, Robert Walser se retirava de
vez em quando em Zurique, para a Câmara de Escrita para Desocupados (o
nome não pode ser mais walseriano, mas é autêntico) e aí sentado em uma velha
banqueta, ao entardecer, à pálida luz de um lampião de querosene, servia-se de
sua graciosa caligrafia para trabalhar como copista, para trabalhar como
“bartebly”.»
VILA-MATAS, Enrique: Bartleby & Companhia: São Paulo: Cosac & Naify, 2004., pp. 11/2.
Se Walser tivesse mil leitores, o mundo seria um lugar melhor.
Hermann Hesse
Hermann Hesse
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sábado, 2 de dezembro de 2017
Escravatura moderna no século XXI: 40,3 Milhões:
''A escravatura moderna engloba conceitos como o tráfico humano, servidão, trabalho forçado, trabalho infantil, casamento forçado, exploração sexual, exploração para pagamento de dívida.''
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
«TELO (à parte) - Com tais latins é que estes engana-tolos nos enfeitam a morte.
REI - Ide ver a rainha que está muito triste.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 160
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«São tantos os meus desgostos, que me angustiam as simples palpitações do coração.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136
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«D. INIGO - Filha, quanto mais só estiveres, mais triste ficarás. Porque não vais até ao campo, onde as flores e o ar puro te podem distrair?
D. ESTEFÂNIA - Não é remédio seguro aquele que aumenta os pesares. O campo, como a música, entristece o triste.
D. INIGO - Mas qual a razão da tua tristeza?
D. ESTEFÂNIA - Não sei, não me apetece nada. »
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136
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«O mar e o amor só têm a cor que quisermos dar-lhes.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134
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«A tristeza invadiu-me.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134
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«Magoou-me que ao fim de um mês de ser hóspede em minha casa não tivesse curiosidade em saber qual a mulher que nela habitava: em nós impera a vaidade e por isso nos rendemos aos seus contrários. Homem que nos desdenha logo o amamos; a quem nos deseja nós o desdenhamos. Porque, ainda que o amor seja simetria, estamos em balanças opostas; quando se abrasam, gelam-nos e, sendo gelo, abrasam-nos.»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 118
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Ain't No Sunshine
Ain't no sunshine when she's gone
It's not warm when she's away
Ain't no sunshine when she's gone
And she's always gone too long
Anytime she goes away
Wonder this time where she's gone
Wonder if she's gone to stay
Ain't no sunshine when she's gone
And this house just ain't no home
Anytime she goes away
I know
Hey, I oughtta leave the young thing alone but
Ain't no sunshine when she's gone
Ain't no sunshine when she's gone
Only darkness everyday
Ain't no sunshine when she's gone
And this house just ain't no home
Anytime she goes away
Anytime she goes away
Anytime she goes away
Anytime she goes away
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«As mulheres hão-de estar sempre condenadas a viver agarradas à agulha e à sua almofadinha de alfinetes?!»
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 103
Tirso de Molina. o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 103
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domingo, 26 de novembro de 2017
Tratado de Angústia
Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 69
«Pobre da mulher que se fia nos homens!»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 73
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«(...) creio que as tuas verdades se encobrem atrás de mentiras retóricas.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 68
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sábado, 25 de novembro de 2017
«(...) é coisa sabida que quando a vida me traz o amor vós, ciúmes, a morte me quereis dar.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
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«CATALINON - Senhor Quadrado ou senhor Redondo, adeus.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43
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«(...) que há acerca de flores de laranjeira caídas?»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 42
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«D. João - O bairro de Cantarranas tem bom mulherio?
Mota - A maior parte delas parecem rãs.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41
Mota - A maior parte delas parecem rãs.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41
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«CATALINON - Quero beijar-te essas mãos frias como neve.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 20
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«Que salgado está o mar!»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
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«Não posso distrair-me com coisas que não interessam. Quero pôr a cana ao vento e a isca na boca do peixe.»
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
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