domingo, 3 de dezembro de 2017

Benjamin pergunta ainda: “de onde vêm os personagens de Walser”? E, responde:

 ''Eles vêm da noite, quando ela está mais escura, uma noite veneziana, se se quiser, iluminada pelos precários lampiões da esperança, com um certo brilho festivo no olhar, mas confusos e tristes a ponto de chorar. Seu choro é prosa. O soluço é a melodia das tagarelices de Walser. O soluço nos mostra de onde vêm os seus amores. Eles vêm da loucura, e de nenhum outro lugar. São personagens que têm a loucura atrás de si, e por isso sobrevivem numa superficialidade tão despedaçadora, tão desumana, tão imperturbável. Podemos resumir numa palavra tudo o que neles se traduz em alegria e inquietação: todos eles estão curados. Mas não compreenderemos jamais como se processou essa cura, a menos que nos aventuremos no seu ‘Branca de Neve’, uma das mais profundas criações da literatura moderna, que bastaria para entendermos por que Walser, aparentemente o menos rigoroso dos escritores, foi o autor favorito do implacável Franz Kafka.''

selva linguística

“Fica-se horrorizado quando a arte não consegue nada mais belo do que revelar o seu ter, dever, querer, perante as almas que a olham.”
WALSER, Robert: Histórias de Imagens. Lisboa: Edições Cotovia, 2011

escrita

“actividade antissocial, ociosa e solitária”
«Robert Walser sabia: escrever que não se pode escrever também escrever. Entre os muitos empregos subalternos que teve-balconista de livraria, secretário de advogado, bancário, operário em uma fábrica de máquinas de costura e, finalmente, mordomo em um castelo da Silésia —, Robert Walser se retirava de vez em quando em Zurique, para a Câmara de Escrita para Desocupados (o nome não pode ser mais walseriano, mas é autêntico) e aí sentado em uma velha banqueta, ao entardecer, à pálida luz de um lampião de querosene, servia-se de sua graciosa caligrafia para trabalhar como copista, para trabalhar como “bartebly”.»

VILA-MATAS, Enrique: Bartleby & Companhia: São Paulo: Cosac & Naify, 2004., pp. 11/2.
 Desvanecimento, impermanência e solidão 

filme fotográfico


similaridades da literatura com a vida pessoal dos autores

personagem trágica

Se Walser tivesse mil leitores, o mundo seria um lugar melhor.

Hermann Hesse 

sábado, 2 de dezembro de 2017

Escravatura moderna no século XXI: 40,3 Milhões:

''A escravatura moderna engloba conceitos como o tráfico humano, servidão, trabalho forçado, trabalho infantil, casamento forçado, exploração sexual, exploração para pagamento de dívida.''

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


«TELO (à parte) - Com tais latins é que estes engana-tolos nos enfeitam a morte.

REI - Ide ver a rainha que está muito triste.»



Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 160

ninfa embuçada

Pão com anis


Imaginatio facit casum: the imagination creates the event

sangue delicado


«São tantos os meus desgostos, que me angustiam as simples palpitações do coração.»


Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136

«D. INIGO - Filha, quanto mais só estiveres, mais triste ficarás. Porque não vais até ao campo, onde as flores e o ar puro te podem distrair?

D. ESTEFÂNIA - Não é remédio seguro aquele que aumenta os pesares. O campo, como a música, entristece o triste.

D. INIGO - Mas qual a razão da tua tristeza?

D. ESTEFÂNIA - Não sei, não me apetece nada. »

Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 136

«O mar e o amor só têm a cor que quisermos dar-lhes.»

Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134

«A tristeza invadiu-me.»


Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 134
«Magoou-me que ao fim de um mês de ser hóspede em minha casa não tivesse curiosidade em saber qual a mulher que nela habitava: em nós impera a vaidade e por isso nos rendemos aos seus contrários. Homem que nos desdenha logo o amamos; a quem nos deseja nós o desdenhamos. Porque, ainda que o amor seja simetria, estamos em balanças opostas; quando se abrasam, gelam-nos e, sendo gelo, abrasam-nos.»


Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 118

tragédias amorosas

desdizer-se

''sanguessugas das honras''


Ain't No Sunshine






Ain't no sunshine when she's gone

It's not warm when she's away

Ain't no sunshine when she's gone

And she's always gone too long

Anytime she goes away


Wonder this time where she's gone

Wonder if she's gone to stay

Ain't no sunshine when she's gone

And this house just ain't no home

Anytime she goes away


I know


Hey, I oughtta leave the young thing alone but

Ain't no sunshine when she's gone

Ain't no sunshine when she's gone

Only darkness everyday

Ain't no sunshine when she's gone

And this house just ain't no home

Anytime she goes away

Anytime she goes away

Anytime she goes away

Anytime she goes away
«As mulheres hão-de estar sempre condenadas a viver agarradas à agulha e à sua almofadinha de alfinetes?!»

Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 103

domingo, 26 de novembro de 2017

rosa-cruz

Tratado de Angústia

Marguerite Yourcenar. A benefício de Inventário. Tradução de Rafael Gomes Filipe. Difel , 1978, Lisboa., p. 69

«Pobre da mulher que se fia nos homens!»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 73

''inferno de neve fria''

«(...) creio que as tuas verdades se encobrem atrás de mentiras retóricas.»



Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 68

sábado, 25 de novembro de 2017

«(...) é coisa sabida que quando a vida me traz o amor vós, ciúmes, a morte me quereis dar.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 63
''Um homem que não sabe dar um nó na gravata não sabe dar um nó no casamento.''

«CATALINON - Senhor Quadrado ou senhor Redondo, adeus.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 43

«(...) que há acerca de flores de laranjeira caídas?»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 42
«D. João - O bairro de Cantarranas tem bom mulherio?

Mota - A maior parte delas parecem rãs.»


Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 41

''lábios de cravo''




«CATALINON - Quero beijar-te essas mãos frias como neve.»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 20

«Que salgado está o mar!»

Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
«Não posso distrair-me com coisas que não interessam. Quero pôr a cana ao vento e a isca na boca do peixe.»



Tirso de Molina. O sedutor de sevilha e o convidado de pedra, o amor médico e o tímido no palácio. Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 19
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