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Júlio Machado Vaz
コカインの時間を介しての旅です
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Júlio Machado Vaz
Encontrar o caminho ético, o fio da eticidade do autor e, porventura, dizer qual a sua compleição e estrutura ética, em Eternidade, é nosso desafio. O pensamento intuitivo de Ferreira de Castro antecipa aquilo que a ciência iria mostrar como verdade. A sua atenção para desconcerto social em Eternidade é o grito da vida, enquanto existência e o grito humano, enquanto comportamento. Ao falar de morte, contrariamente àquilo que pudemos pensar – que a morte está à nossa frente –, vemos, nesta obra, que na verdade grande parte da nossa morte está atrás de nós, porque toda a existência que deixamos para trás pertence já à eternidade. Eternidade é, na sua essência, um grito bioético, porque é um grito pela vida, sempre.
Azulejos da cidade,
numa parede ou num banco,Lá vai no Mar da Palha o Cacilheiro,
comboio de Lisboa sobre a água:Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota, que andas perdida,
Sem encontrar companheira
O vento sopra nas fragas,
O Sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas
A ensaiar um fandango
Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais
Canoa de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda
Gemidos de uma guitarra
Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixa-lo
Agora muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo
Canoa,
Conheces bem
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem
Canoa,
Por onde vais?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais
(Frederico de Brito)
«E se os seus passos não eram todos de igual comprimento, quem diria que isso era devido a que outrora se esforçava por nunca pisar a sombra de sua mãe quando caminhavam juntos?»
John Steinbeck. O Inverno do Nosso Descontentamento. Tradução de João Belchior Viegas. Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1962., p. 21
John Steinbeck. O Inverno do Nosso Descontentamento. Tradução de João Belchior Viegas. Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1962., p. 21
John Steinbeck. O Inverno do Nosso Descontentamento. Tradução de João Belchior Viegas. Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1962., p. 21
« - Tu não me falas agora, Mary, minha querida. És uma das filhas de Jerusalém? Não chores por mim. Guarda as lágrimas para ti e para os teus filhos...Porque, se estas coisas acontecem numa árvore verde, que seria numa árvore seca? »
John Steinbeck. O Inverno do Nosso Descontentamento. Tradução de João Belchior Viegas. Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1962., p. 20«E era por volta da sexta-hora...isto é, à volta do meio-dia... e as trevas estenderam-se sobre a Terra até à nona hora. E o Sol escureceu. Porque me lembro eu disto agora? Meu Deus, muito tempo demorou Ele a morrer - uma medonha eternidade.»
John Steinbeck. O Inverno do Nosso Descontentamento. Tradução de João Belchior Viegas. Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1962., p. 13
(...)
Marcho no desfile da liberdade
Mas enquanto te amar eu não sou livre
Quanto tempo tenho de sofrer uma tal tortura
Mas queres deixar-me ver-te sorrir uma tal tortura
Não queres deixar-me ver-te sorrir uma vez antes
de eu te libertar?
(...)
(...)
Ouvia as tuas canções de liberdade e do homem para
sempre despojado
Representando a sua loucura enquanto as suas
cartas estão a ser chicoteadas
Como um escravo a andar à roda, batem-lhe até
ficar manso
Tudo por um momento de glória e é uma vergonha
reles e suja
(...)
« Com a tua boca de mercúrio nos tempos missionários
E os teus olhos como fumo e as tuas preces como
poemas
E a tua cruz de prata, e a tua voz argentina
Oh, quem de entre eles pensam que poderia
sepultar-te?
(...)»
Fonte da publicação
Annie Salomon de Faria nos anos 60 (imagem publicada em Eduardo Lourenço et la Passion de l'Humain) |
Annie e Eduardo Lourenço em Bordéus no ano de 1949 (imagem publicada em Tempos de Eduardo Lourenço-Fotobiografia) |
Fotografia publicada em Jornal de Letras, Artes e Ideias |
''Se o capital não tiver lucro, morre. Este é o grande muro! Todas as lutas, desde as mais pequenas, têm de ter como objetivo a destruição desse muro. Em vez do lucro, os interesses genuínos dos povos é que têm de mover as sociedades.''
Entrevista a Mário Tomé – destacado Militar do Movimento dos Capitães