O (des)Lugar da Ética Na Obra Eternidade de Ferreira de Castro
Encontrar o caminho ético, o fio da eticidade do autor e, porventura, dizer qual a sua compleição e estrutura ética, em Eternidade, é nosso desafio. O pensamento intuitivo de Ferreira de Castro antecipa aquilo que a ciência iria mostrar como verdade. A sua atenção para desconcerto social em Eternidade é o grito da vida, enquanto existência e o grito humano, enquanto comportamento. Ao falar de morte, contrariamente àquilo que pudemos pensar – que a morte está à nossa frente –, vemos, nesta obra, que na verdade grande parte da nossa morte está atrás de nós, porque toda a existência que deixamos para trás pertence já à eternidade. Eternidade é, na sua essência, um grito bioético, porque é um grito pela vida, sempre.
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