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sábado, 12 de novembro de 2011

«A morte é outra espera.»



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 106

«É muita a água deste mar,
Tenho fogo no coração.»


Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 97

TUDO PASSA

«LEMBRO-ME que te lembrava
E já teu nome me tortura.

Assim o que amamos decorre,
Assim passa assim acaba
E surge a nova ventura.

Assim se esquece,
Assim se morre.»




Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 83
«Não adoeça o coração
De esperar.»

Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 70
«Nascer é outra morte,
Morrer um nascimento,»


Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 64
«No silêncio dos céus arde
           O Verbo criador,»




Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 53
« - Não busques sonhos perdidos.»



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 44

ADÃO ONDE ESTÁS?

«TREME a terra das almas; range
A humanidade; agacham-se os povos,
Escurece o céu e nas nuvens
Forja-se o raio das noites claras
De tempestade; a génese do mundo
Alumia outra vez o abismo do nada.

As estrelas já não guiam como outrora
O navegante. Quem espera o sol?

E levanta-se do fundo do abismo
O sussurro de Deus quando chamava:
- («Adão, Adão» e o homem se escondia
Por detrás da mulher angustiada,
Envergonhado, nu e temeroso,
Vendo a sua sombra nas eternas águas.

Nuvens escuras sobem desde a terra
Levam ao alto a negra catarata
Que rebenta nos ares e o dilúvio
Varre cidades, lava o pó caído.

Prossegue o lodo subjugando a luz,
A história foge e o milagre passa.»




Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 37/8

APELO

«MAIS perto...mais...
Arranca-me de mim
Que me afundo
No meu nada.

Dá-me a minha alma,
Que sem alma
Para que quero eu o mundo?»



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 22

REPOUSO CORDIAL

«Já trespassado de golpes,
Coração, a tua polpa
Macerada no martírio
Em doçura amadurece.

Depois te farás terriço
Que adubará no sepulcro
A semente que criaste
Para eterna carnadura.

Benditos golpes; são beijos
Dessa pura e santa boca
De Deus nosso Pai terrível;

Beijos que matam de angústia
De amor que adivinha a morte
E chupa o sangue da alma.

Furioso acometias,
Coração, e a tua fúria
Valeu-te o seres batido.

Repassado de doçura
Descansarás feito terra
Na terra que foi teu berço.

A terra será teu céu
E o céu será teu berço.»



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 20

A FÉ E A NOITE

«SONHEI  que acabava o sonho
E acordei. Fazia escuro;
Não via estrelas nem lua
Estava sozinho no mundo.

Voltei para trás o olhar
Perdi a fé por não ver;
Ganhei-a ao olhar em frente
Pois só se crê no futuro.



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 16

COMBATE SEM FIM

OLHA, Josué, não te enganes,
Não pares  sol, a luta;
Mas deixa correr as horas
Pois cada hora é a última.

Também se luta de noite,
E dormindo se duvida;
Também morrendo se vive,
Não há resposta sem pergunta.

«Não podeis ir aonde eu vou» (1)
Dizia Jesus à turba.
E disseram os Judeus:
- Irá ele suicidar-se?

Nem Quem Faz se suicida
Nem se apaga o sol; sepulta
O lume debaixo da terra
E alumia-lhe as entranhas.

Josué deixa que a noite
A paz do berço nos traga;
Amanhã é outro dia,
São o mesmo sempre e nunca.


Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O., Braga, p. 11

«na fronteira do Céu»

«fome de ser mais, fome de Deus, fome de amor eterno»



Miguel de Unamuno. Creio no futuro. Textos, traduzidos e dispostos ritmicamente por Manuel Simões. Editorial A. O. - Braga

domingo, 23 de janeiro de 2011

The Posture

Of like importance is the posture too,
In which the genial feat of Love we do:
For as the females of the four foot kind,
Receive the leapings of their Males behind;
So the good Wives, with loins uplifted high,
And leaning on their hands the fruitful stroke may try:
For in that posture will they best conceive:
Not when supinely laid they frisk and heave;
For active motions only break the blow,
And more of Strumpets than of Wives they show;
When answering stroke with stroke, the mingled liquors flow.
Endearments eager, and too brisk a bound,
Throws off the Plow-share from the furrow’d ground.
But common Harlots in conjunction heave,
Because ’tis less their business to conceive
Than to delight, and to provoke the deed;
A trick which honest Wives but little need.

Translated by John Dryden


Lucretius

Address to Venus

Delight of Human kind, and Gods above;
Parent of Rome; Propitious Queen of Love;
Whose vital pow’r, Air, Earth, and Sea supplies;
And breeds what e’r is born beneath the rowling Skies:
For every kind, by thy prolifique might,   
Springs, and beholds the Regions of the light:
Thee, Goddess thee, the clouds and tempests fear,
And at thy pleasing presence disappear:
For thee the Land in fragrant Flow’rs is drest,
For thee the Ocean smiles, and smooths her wavy breast;
And Heav’n it self with more serene, and purer light is blest.
For when the rising Spring adorns the Mead,
And a new Scene of Nature stands display’d,
When teeming Budds, and chearful greens appear,
And Western gales unlock the lazy year,
The joyous Birds thy welcome first express,
Whose native Songs thy genial fire confess:
Then savage Beasts bound o’re their slighted food,
Strook with thy darts, and tempt the raging floud:
All Nature is thy Gift; Earth, Air, and Sea:
Of all that breathes, the various progeny,
Stung with delight, is goaded on by thee.
O’er barren Mountains, o’er the flow’ry Plain,
The leavy Forest, and the liquid Main
Extends thy uncontroul’d and boundless reign.
Through all the living Regions dost thou move,
And scattr’st, where thou goest, the kindly seeds of Love:
Since then the race of every living thing,
Obeys thy pow’r; since nothing new can spring
Without thy warmth, without thy influence bear,
Or beautiful, or lovesome can appear,
Be thou my ayd: My tuneful Song inspire,
And kindle with thy own productive fire;
While all thy Province Nature, I survey,
And sing to Memmius an immortal lay
Of Heav’n, and Earth, and every where thy wond’rous pow’r display.
To Memmius, under thy sweet influence born,
Whom thou with all thy gifts and graces dost adorn.
The rather, then assist my Muse and me,
Infusing Verses worthy him and thee.
Mean time on Land and Sea let barb’rous discord cease,
And lull the listening world in universal peace.
To thee, Mankind their soft repose must owe,
For thou alone that blessing canst bestow;
Because the brutal business of the War
Is manag’d by thy dreadful Servant’s care:
Who oft retires from fighting fields, to prove
The pleasing pains of thy eternal Love:
And panting on thy breast, supinely lies,
While with thy heavenly form he feeds his famish’d eyes:
Sucks in with open lips, thy balmy breath,
By turns restor’d to life, and plung’d in pleasing death.
There while thy curling limbs about him move,
Involv’d and fetter’d in the links of Love,
When wishing all, he nothing can deny,
Thy charms in that auspicious moment try;
With winning eloquence our peace implore,
And quiet to the weary World restore.
 

 Lucretius
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