Na própria Antigüidade o epicurismo não sofreu reformulações. Os seguidores imediatos de Epicuro limitaram-se a cultuar a memória do mestre e a preservar e propagar suas idéias. Segundo Diógenes Laércio, a obra de Epicuro compreendia cerca de trezentos títulos, dentre os quais só Sobre a Natureza compreenderia 37 livros. Dessa grande quantidade de escritos, todavia, restou muito pouco: o próprio Diógenes Laércio conservou uma Carta a Heródoto (que trata da física), uma Carta a Pítocles (de "autenticidade contestada e tratando dos meteoros) e uma Carta a Meneceu (sobre moral); Diógenes Laércio faz seguir essas cartas de quarenta sentenças atribuídas a Epicuro e conhecidas sob a denominação de Máximas Principais.
Em 1888, K. Wotke descobriu, num manuscrito da biblioteca do Vaticano, 81 máximas de Epicuro, algumas já inseridas nas Máximas Principais. Por outro lado, as escavações realizadas em Herculanum trouxeram à luz uma biblioteca epicurista, contendo inclusive o Sobre a Natureza de Epicuro. Mas, se os escritos de Epicuro só são conhecidos de forma fragmentária, existe uma outra fonte para o conhecimento de sua doutrina: o poema Da Natureza das Coisas, de seu seguidor Lucrécio, que viveu em Roma entre os anos 99 e 55 a.C.
Pouco se sabe da vida de Tito Lucrécio Caro. Nasceu provavelmente em Roma, onde foi educado. Quando conheceu a doutrina de Epicuro — "honra da raça grega" —, Lucrécio deslumbrou-se com seus ensinamentos, que lhe pareceram a chave para desvendar os segredos do universo e para abrir as portas da felicidade humana. Seguindo as pegadas do mestre, Lucrécio propõe-se à tarefa de libertar os romanos da religião que os oprimia e que sobre eles pesava com mais força do que outrora pesara sobre os gregos.
Além de servir de fonte para conhecimento da doutrina epicurista, o poema de Lucrécio temimensa importância literária: através dele Lucrécio se revela um dos maiores poetas dalíngua latina. Lucrécio matou-se em 55 a.C. Seu poema, escrito em intervalos de ataques de loucura, ficou inacabado e foi completamente revisado, para publicação, segundo algumas fontes, por um irmão de Cícero chamado Quinto. Segundo outras fontes, aquele trabalho foi feito pelo próprio Cícero, que tinha pelo poeta do materialismo profunda admiração.
Fonte: Coleção Os Pensadores
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quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
The Posture
Of like importance is the posture too,
In which the genial feat of Love we do:
For as the females of the four foot kind,
Receive the leapings of their Males behind;
So the good Wives, with loins uplifted high,
And leaning on their hands the fruitful stroke may try:
For in that posture will they best conceive:
Not when supinely laid they frisk and heave;
For active motions only break the blow,
And more of Strumpets than of Wives they show;
When answering stroke with stroke, the mingled liquors flow.
Endearments eager, and too brisk a bound,
Throws off the Plow-share from the furrow’d ground.
But common Harlots in conjunction heave,
Because ’tis less their business to conceive
Than to delight, and to provoke the deed;
A trick which honest Wives but little need.
Translated by John Dryden
Lucretius
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Address to Venus
Delight of Human kind, and Gods above;
Parent of Rome; Propitious Queen of Love;
Whose vital pow’r, Air, Earth, and Sea supplies;
And breeds what e’r is born beneath the rowling Skies:
For every kind, by thy prolifique might,
Springs, and beholds the Regions of the light:
Thee, Goddess thee, the clouds and tempests fear,
And at thy pleasing presence disappear:
For thee the Land in fragrant Flow’rs is drest,
For thee the Ocean smiles, and smooths her wavy breast;
And Heav’n it self with more serene, and purer light is blest.
For when the rising Spring adorns the Mead,
And a new Scene of Nature stands display’d,
When teeming Budds, and chearful greens appear,
And Western gales unlock the lazy year,
The joyous Birds thy welcome first express,
Whose native Songs thy genial fire confess:
Then savage Beasts bound o’re their slighted food,
Strook with thy darts, and tempt the raging floud:
All Nature is thy Gift; Earth, Air, and Sea:
Of all that breathes, the various progeny,
Stung with delight, is goaded on by thee.
O’er barren Mountains, o’er the flow’ry Plain,
The leavy Forest, and the liquid Main
Extends thy uncontroul’d and boundless reign.
Through all the living Regions dost thou move,
And scattr’st, where thou goest, the kindly seeds of Love:
Since then the race of every living thing,
Obeys thy pow’r; since nothing new can spring
Without thy warmth, without thy influence bear,
Or beautiful, or lovesome can appear,
Be thou my ayd: My tuneful Song inspire,
And kindle with thy own productive fire;
While all thy Province Nature, I survey,
And sing to Memmius an immortal lay
Of Heav’n, and Earth, and every where thy wond’rous pow’r display.
To Memmius, under thy sweet influence born,
Whom thou with all thy gifts and graces dost adorn.
The rather, then assist my Muse and me,
Infusing Verses worthy him and thee.
Mean time on Land and Sea let barb’rous discord cease,
And lull the listening world in universal peace.
To thee, Mankind their soft repose must owe,
For thou alone that blessing canst bestow;
Because the brutal business of the War
Is manag’d by thy dreadful Servant’s care:
Who oft retires from fighting fields, to prove
The pleasing pains of thy eternal Love:
And panting on thy breast, supinely lies,
While with thy heavenly form he feeds his famish’d eyes:
Sucks in with open lips, thy balmy breath,
By turns restor’d to life, and plung’d in pleasing death.
There while thy curling limbs about him move,
Involv’d and fetter’d in the links of Love,
When wishing all, he nothing can deny,
Thy charms in that auspicious moment try;
With winning eloquence our peace implore,
And quiet to the weary World restore.
Lucretius
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