Adeus, meu amigo, adeus,
Querido amigo, que trago no coração.
A separação predestinada
Para mais tarde promete novo encontro.
Adeus, meu amigo, sem aperto de mão nem palavras.
Não lamentes e não haja dor nem pena, -
Nesta vida morrer não é nada de novo,
Mas também nada de novo é viver.
*Este poema foi encontrado junto do cadáver do poeta. Foi, sem dúvida, o seu último poema.
Sergei Yesenin. Antologia da Poesia Soviética. Trad. de Manuel Seabra. Editorial Futura, Lisboa, 1973, p. 69