Mostrar mensagens com a etiqueta Cesare Pavese. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cesare Pavese. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 15 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
«Nunca encontrei uma rapariga que soubesse o que é a música...»
Cesare Pavese. A Lua e as Fogueiras. Tradução e Prefácio de Manuel Seabra. Livros de bolso. Editora Arcádia, Lisboa., p. 19
«Cesare Pavese, um homem em busca da Morte.»
Manuel de Seabra no prefácio
Cesare Pavese. A Lua e as Fogueiras. Tradução e Prefácio de Manuel Seabra. Livros de bolso. Editora Arcádia, Lisboa., p. 10
Etiquetas:
a lua e as fogueiras,
Cesare Pavese,
escritor,
poeta italiano
«(...) - Causo-te repugnância, Cate? - disse-lhe baixo, troçando. Sentiu-se apanhada de surpresa e baixou os olhos e a voz. - Porquê? - balbuciou, ela que só truncava as conversas.
-Éramos novos, - recordei. - As coisas nunca acontecem a tempo.»
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa,
p. 154
«-Este governo, - continuava o velho, - não pode durar mais.
-Mas é por isso que dura. Todos dizemos «Está morto» e ninguém faz nada.
- Tu que dizes? Que é que se há-de fazer? - perguntou Cate muito séria.
Calaram-se todos e olharam-me.
- Matar, - disse. - Tirar-lhes o poder. Continuar a guerra aqui em casa, enquanto aquelas cabeças não mudarem. Só ficarão tranquilos quando sentirem as bombas.»
-Mas é por isso que dura. Todos dizemos «Está morto» e ninguém faz nada.
- Tu que dizes? Que é que se há-de fazer? - perguntou Cate muito séria.
Calaram-se todos e olharam-me.
- Matar, - disse. - Tirar-lhes o poder. Continuar a guerra aqui em casa, enquanto aquelas cabeças não mudarem. Só ficarão tranquilos quando sentirem as bombas.»
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa, p. 150
«É idiota não nos vermos quando temos esse direito (É melhor queimar depois o papel.) Desejava conhecê-lo e ter consigo uma franca conversa. Passe no domingo pela estrada da montanha e sente-se no muro do último atalho. Saudações de solidariedade.»
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa,
p. 98
«Era doce o barulho da chuva.»
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa, p. 95
Uma rapariga como outra qualquer
«-Tão-pouco julgava, desculpe, que você se entendia com Concia.
Giannino ficou um pouco taciturno e voltou aos vidros.
-Uma rapariga como outra qualquer, - disse finalmente. - Mas é muito ignorante. O velho tirou-a do carvoeiro. A velha Spanó
queria apanhá-la em casa.
- É arrogante?
-É uma criada.
-Mas é bem feita, à parte o focinho.
- Diz bem, - anuiu Giannino pensativo. - Esteve tanto tempo nos estábulos a guardar porcos, que tem um pouco o focinho dos animais.
Éramos crianças quando andávamos com o velho Spanó pela montanha, e ela levantava a saia para sentar a pele nua sobre a erva, como os cães. Foi a primeira
mulher que toquei. Sobre as nádegas tinha calo e crosta. »
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa., p. 67
Elena
«Stefano gostaria que ela viesse de manhã e lhe entrasse na cama como uma mulher e não como um sonho que não pede palavras nem compromissos. As pequenas demoras de Elena, a excitação das suas falas, a sua presença simples, davam-lhe desejos.»
Cesare Pavese. Antes que o Galo Cante. Tradução de Fernanda Barreira.Editora Arcádia, Lisboa, p. 39
sexta-feira, 11 de maio de 2012
«Virá um dia em que um olhar tranquilo estabelecerá a ordem e a unidade no laborioso caos que começa amanhã.»
(Fevereiro de 1940
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 311
Etiquetas:
Cesare Pavese,
excerto,
poeta italiano
«És a grande fadiga
e a noite que sacia.»
e a noite que sacia.»
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 329
Etiquetas:
Cesare Pavese,
excerto,
poetas italianos
«Tu não mudas. És escura.»
Cesare Pavese
Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 325
Etiquetas:
Cesare Pavese,
poeta italiano,
verso solto
A PROPÓSITO DE CERTAS POESIAS AINDA NÃO ESCRITAS
«(...) virá um momento em que faremos poemas cansados, vazios de promessas, aqueles que justamente assinalarão o fim da aventura.»
Cesare Pavese.Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 299
Etiquetas:
Cesare Pavese,
excerto,
poeta italiano
O Ofício de Poeta
«Tornava-me cada vez mais capaz de subentendidos, de meios tons, duma composição rica, e cada vez menos convencido da necessidade do meu trabalho.»
(...)
«Obstinava-me em narrar e não podia, certamente, perder-me na decoração gratuita.Mas é um facto que as minhas imagens - as minhas relações imaginárias - se complicavam, ramificando-se incessantemente
em atmosferas rarefeitas.»
em atmosferas rarefeitas.»
(Novembro de 1934)
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 299
Etiquetas:
Cesare Pavese,
ensaio,
excerto,
poeta italiano,
Trabalhar Cansa
''Não há coisa mais amarga do que a aurora dum dia
em que nada acontecerá. Não há coisa mais amarga
do que a inutilidade. Pende cansada no céu
uma estrela esverdeada, surpreendida pela madrugada.
Vê o mar ainda escuro e a mancha de fogo
a que o homem, para fazer alguma coisa, se aquece;
vê e cai de sono entre as pardas montanhas
onde há um leito de neve. A lentidão da hora
não tem piedade de quem já nada espera.''
em que nada acontecerá. Não há coisa mais amarga
do que a inutilidade. Pende cansada no céu
uma estrela esverdeada, surpreendida pela madrugada.
Vê o mar ainda escuro e a mancha de fogo
a que o homem, para fazer alguma coisa, se aquece;
vê e cai de sono entre as pardas montanhas
onde há um leito de neve. A lentidão da hora
não tem piedade de quem já nada espera.''
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 273
Etiquetas:
Cesare Pavese,
poeta italiano,
Trabalhar Cansa
''Depois, na noite que faz desaparecer o mar, escuta-se
o grande vazio que há sob as estrelas.''
o grande vazio que há sob as estrelas.''
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 269
Etiquetas:
Cesare Pavese,
poeta italiano
domingo, 6 de maio de 2012
«Vale a pena ter fome ou ter sido traído
pela boca mais doce, só para sair com aquele céu
e voltar a encontrar no hálito as mais diáfanas recordações.»
Cesare Pavese. Trabalhar Cansa. Tradução e introdução de Carlos Leite. Edições Cotovia, Lisboa, 1997., p. 253
Etiquetas:
Cesare Pavese,
excerto,
poeta italiano
Subscrever:
Mensagens (Atom)