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sábado, 19 de março de 2016
«A minha alma dói-me...!, porque tu ma vês,»
José Régio. As Encruzilhadas de Deus. Poesia. Obras completas. Portugália Editora, 1936., p. 51
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
''mantendo a alma livre de uma ilusão, sem nos deixarmos colher por emoções descontroladas''
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 13
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
A ALMA
Tu sabes que não nos é permitido usar o teu nome.
Nós sabemos que tu és inexprimível,
anémica, frágil e suspeita
por misteriosas ofensas quando eras criança.
Nós sabemos que não te é permitido viver agora
na música ou nas árvores no crepúsculo.
Nós sabemos—ou pelo menos disseram-nos—
que tu não existes seja em que lado for.
E no entanto continuamos escutando a tua voz fatigada
--num eco, numa queixa, nas cartas que recebemos
de Antígona no deserto Grego.
Tu sabes que não nos é permitido usar o teu nome.
Nós sabemos que tu és inexprimível,
anémica, frágil e suspeita
por misteriosas ofensas quando eras criança.
Nós sabemos que não te é permitido viver agora
na música ou nas árvores no crepúsculo.
Nós sabemos—ou pelo menos disseram-nos—
que tu não existes seja em que lado for.
E no entanto continuamos escutando a tua voz fatigada
--num eco, numa queixa, nas cartas que recebemos
de Antígona no deserto Grego.
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sábado, 8 de outubro de 2011
«Em parte alguma se encontra lugar mais tranquilo, mais isento de arruídos, que na alma, sobretudo quando se tem dentro dela aqueles bens sobre que basta inclinar-se para que logo se recobre toda a liberdade de espírito, e, por liberdade de espírito, outra coisa não quero dizer que o estado de uma alma bem ordenada.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 35
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«Pertencem ao corpo as sensações; à alma os instintos; à inteligência os princípios.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 34
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
« Falar-te-ei da minha luta, para me sentir aliviado, expulsarei de mim a virtude, o pudor, a verdade, para me sentir aliviado»
«(...) Ouvia, dia e noite, a tua ordem. Esforçava-me, tanto quanto podia, para chegar onde não podia chegar, e se o consegui ou não, só tu mo dirás. Estou diante de ti, e espero.
Meu general, a batalha está a acabar, presto as minhas contas. Eis onde me bati; fui ferido, senti medo, mas não desertei. Os dentes batiam-me de medo, mas apertava a testa com um lenço vermelho para que se não visse o sangue e partia ao assalto.
Uma a uma, diante de ti, arrancarei as penas da minha alma, a gralha fúnebre, até que ela já não seja ela, como um pequeno punhado de terra amassada com lágrimas, suor, e sangue. Falar-te-ei da minha luta, para me sentir aliviado, expulsarei de mim a virtude, o pudor, a verdade, para me sentir aliviado.Tal como tu criaste Toledo na tormenta, é assim, carregada de nuvens negras, rodeada de raios amarelos, lutando sem esperança e sem desfalecimento com a luz e as trevas - é assim a minha alma. Vê-la-ás, avaliá-la-ás com o teu olhar penetrante como flechas, e julgá-la-ás. Lembras-te daquelas palavras terríveis que nós, os cretenses, costumamos dizer: «Volta aonde fracassaste; foge do lugar onde venceste!» Se fracassei e me sobrar ainda uma hora de vida, recomeçarei; se venci, abrirei a terra para vir deitar-me ao pé de ti.
Aqui tens, pois, o meu relato, general, e julga.
Escuta, Avô, o relato da minha vida; e se na verdade combati contigo, se fui ferido sem que ninguém se apercebesse que sofria, se nunca voltei as costas ao inimigo - dá-me a tua bênção.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 16/7
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