segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
«Diz que o homem tem «uma grande vantagem sobre o resto do universo: sabe que morre, ao passo que o universo ignora-o absolutamente». Vês? Logo, o homem que disputa o osso a um cão tem sobre este a grande vantagem de saber que tem fome; e é isto que torna grandiosa a luta, como eu dizia. «Sabe que morre» é uma expressão profunda; creio todavia que é mais profunda a minha expressão: sabe que tem fome.»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 235
algoz
nome masculino
1. | executor da pena de morte; carrasco; verdugo |
2. | figurado pessoa cruel |
(Do turco gozz, pelo árabe al-gozz,
nome de uma tribo onde se iam geralmente buscar os carrascos)
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língua portuguesa,
significados
«Ai dor! era-me preciso enterrar magnificamente os meus amores.»
«Eles lá iam, mar em fora, no espaço e no tempo, e eu ficava-me ali numa ponta da mesa, com os meus quarenta e tantos anos, tão vadios e tão vazios; ficava-me para os não ver nunca mais, porque ela poderia tornar e tornou, mas o eflúvio da manhã quem é que o pediu ao crepúsculo da tarde?»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 203
O PAI
1
Um pai morto talvez tivesse
Sido um pai melhor. Melhor ainda
É um pai nado-morto.
Volta sempre a crescer erva sobre a fronteira.
Tem de ser arrancada a erva
Sempre sempre a erva que cresce sobre a fronteira.
2
Gostava que o meu pai tivesse sido um tubarão
E despedaçado quarenta pescadores de baleias
(E eu aprendido a nadar no seu sangue)
A minha mãe uma baleia azul o meu nome Lautréamont
Falecido em Paris
Incógnito em 1871
Heiner Müller. O Anjo do Desespero (Poemas). Tradução e Posfácio de João Barrento. Relógio D' Água, Lisboa, 1997, p. 23
Um pai morto talvez tivesse
Sido um pai melhor. Melhor ainda
É um pai nado-morto.
Volta sempre a crescer erva sobre a fronteira.
Tem de ser arrancada a erva
Sempre sempre a erva que cresce sobre a fronteira.
2
Gostava que o meu pai tivesse sido um tubarão
E despedaçado quarenta pescadores de baleias
(E eu aprendido a nadar no seu sangue)
A minha mãe uma baleia azul o meu nome Lautréamont
Falecido em Paris
Incógnito em 1871
Heiner Müller. O Anjo do Desespero (Poemas). Tradução e Posfácio de João Barrento. Relógio D' Água, Lisboa, 1997, p. 23
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dramaturgo e escritor alemão,
Heiner Müller,
poesia
«As lágrimas que me traíram e as humilhações que sofri
são-me agora brisas e aves eternas: »
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 91
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excerto,
Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos
«Nas noites em que choram * os tormentos do homem.»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 89
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos
«E a primeira palavra que o último dos homens há-de dizer será para que as ervas se ergam e a mulher a seu lado saia como raio do sol. E de novo adorará a mulher e a deitará na erva como está determinado.»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 88
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos
XVI
«CEDO acordei as volúpias
cedo acendi o meu choupo-branco
de mão na frente dirigi-me ao mar
e aí o erigi sozinho:
Sopraste e cercaram-me as procelas
uma a uma tiraste-me as aves -
Meu Deus chamaste-me e como fugir-te?
Fitei no futuro os meses e os anos
que hão-de regressar sem mim
e mordi-me tão fundo
que senti o meu sangue devagar a pulsar para o alto
e a gotejar do meu futuro.
Escavei a terra no momento em que era o culpado
e a tremer ergui a vítima na minha mão
e falei-lhe tão suavemente
que devagar os seus olhos se abriram e verteram orvalho
sobre o chão onde eu era culpado.
Derramei o negrume no leito do amor
com as coisas do mundo nuas no meu espírito
e o meu esperma lancei tão longe
que devagar as mulheres regressaram ao sol e sofreram
e voltaram a parir as coisas visíveis.
Meu Deus chamaste-me e como fugir-te?
Cedo acordei as volúpias
cedo acendi o meu choupo-branco
de mão na frente dirigi-me ao mar
e aí o erigi sozinho:
Sopraste e as minhas entranhas estremeceram
uma a uma voltaram-me as aves!»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 82/3
cedo acendi o meu choupo-branco
de mão na frente dirigi-me ao mar
e aí o erigi sozinho:
Sopraste e cercaram-me as procelas
uma a uma tiraste-me as aves -
Meu Deus chamaste-me e como fugir-te?
Fitei no futuro os meses e os anos
que hão-de regressar sem mim
e mordi-me tão fundo
que senti o meu sangue devagar a pulsar para o alto
e a gotejar do meu futuro.
Escavei a terra no momento em que era o culpado
e a tremer ergui a vítima na minha mão
e falei-lhe tão suavemente
que devagar os seus olhos se abriram e verteram orvalho
sobre o chão onde eu era culpado.
Derramei o negrume no leito do amor
com as coisas do mundo nuas no meu espírito
e o meu esperma lancei tão longe
que devagar as mulheres regressaram ao sol e sofreram
e voltaram a parir as coisas visíveis.
Meu Deus chamaste-me e como fugir-te?
Cedo acordei as volúpias
cedo acendi o meu choupo-branco
de mão na frente dirigi-me ao mar
e aí o erigi sozinho:
Sopraste e as minhas entranhas estremeceram
uma a uma voltaram-me as aves!»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 82/3
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poesia,
poetas gregos
procela
nome feminino
1. | tempestade no mar; tormenta; temporal |
2. | figurado grande agitação; exaltação de espírito |
(Do latim procĕlla-, «idem»)
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língua portuguesa,
significados
imarcescível
1. | que não murcha; sempre viçoso |
2. | que não se extingue |
3. | figurado imperecível;
incorruptível |
(Do latim immarcescibĭle-,
«idem»)
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língua portuguesa,
significados
patíbulo
nome masculino
lugar onde os condenados sofrem a pena capital (por guilhotina, forca, garrote, etc.) |
(Do latim patibŭlu-, «idem»)
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língua portuguesa,
significados
domingo, 15 de janeiro de 2012
«Mas Zalmóxis, dizia ele, nosso mestre, que é um deus, afirma que, tal como não se pode tentar curar os olhos separadamente da cabeça, também se não pode curar a cabeça separadamente do corpo, nem, do mesmo modo, o corpo separadamente da alma.» Seria essa a razão pela qual, entre os Gregos, a maioria das doenças escapava aos médicos: é que eles negligenciavam o todo, a cujo tratamento seria preciso proceder, pois, não estando ele bom, impossível seria que a parte ficasse boa»
«Dizia ainda, meu caro amigo, que a alma se trata com estas encantações, encantações essas que consistem em belas conversas.»
Platão. Cármides. Textos clássicos - 12. Introdução, versão do grego e notas de Francisco de Oliveira. Instituto Nacional de Investigação Científica. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 1981., p.48
«De igual modo, julgar, enfim, que a cabeça se cura em si mesma, separadamente de todo o corpo, é uma grande insensatez. Partindo deste princípio, debruçando-se sobre todo o corpo, as suas prescrições procuram, através do todo, tratar e curar a parte.»
Platão. Cármides. Textos clássicos - 12. Introdução, versão do grego e notas de Francisco de Oliveira. Instituto Nacional de Investigação Científica. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 1981., p. 47
«Mas aí se verifica também a diferença essencial entre ambos. Enquanto Sócrates confessa abertamente a sua incapacidade, Crítias,
...como pessoa habituada a ficar bem vista em todas as ocasiões,
tinha vergonha dos presentes e não queria concordar comigo
que era incapaz de defender o argumento para o qual eu o
desafiara. Assim, nada dizia com clareza, para disfarçar
as suas dificuldades (169c).»
Platão. Cármides. Textos clássicos - 12. Introdução, versão do grego e notas de Francisco de Oliveira. Instituto Nacional de Investigação Científica. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 1981., p.28
...como pessoa habituada a ficar bem vista em todas as ocasiões,
tinha vergonha dos presentes e não queria concordar comigo
que era incapaz de defender o argumento para o qual eu o
desafiara. Assim, nada dizia com clareza, para disfarçar
as suas dificuldades (169c).»
Platão. Cármides. Textos clássicos - 12. Introdução, versão do grego e notas de Francisco de Oliveira. Instituto Nacional de Investigação Científica. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 1981., p.28
«(...), na opinião do médico trácio autor do remédio, também não é possível tratar o corpo sem primeiro tratar o corpo sem primeiro tratar. com belas conversas, a alma.»
Platão. Cármides. Textos clássicos - 12. Introdução, versão do grego e notas de Francisco de Oliveira. Instituto Nacional de Investigação Científica. Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 1981., p.15
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na introdução,
Platão
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
«E caem! - Folhas misérrimas do meu cipestre, heis-de cair, como quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar...Heis-de cair.»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 144
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machado de assis,
Memórias Póstumas de Brás Cubas
«Tu tens pressa em envelhecer, e o livro anda devagar;»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 143
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machado de assis,
Memórias Póstumas de Brás Cubas
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
«Calou-se, profundamente abatido, com os olhos no ar, parecendo não ouvir coisa nenhuma, a não ser o eco de seus próprios pensamentos.»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 121
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Memórias Póstumas de Brás Cubas
porque a dor que se dissimula dói mais
«Lá dentro, ela padecia, e não pouco - ou fosse a mágoa pura, ou só despeito; e porque a dor que se dissimula dói mais, é muito provável que Virgília padecesse em dobro do que realmente devia padecer. Creio que isto é metafísica.»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 98
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
IV
«ADICIONEI os meus dias e não te encontrei
nunca, em sítio nenhum, para me tomares a mão
no clamor dos abismos e na minha barafunda de estrelas!
Tomaram uns o Saber e outros o Poder
a escuridão rasgando as duras penas
e pequenas máscaras, de alegria e tristeza,
ajustando à face arruinada.
Eu é que não, não ajustei máscaras,
deitei para trás de mim alegria e tristeza
pródigo deitei para trás de mim
o Poder e o Saber.
Adicionei os meus dias e fiquei sozinho.
Disseram uns: porquê? Este também há-de viver
na casa com vasos e a branca noiva.
Cavalos de pêlo fulvo e negro acenderam-me
a obstinação por outras mais brancas Helenas!
Almejei outra mais secreta bravura
e aí me impediam, invisível, fui a galope
restituir as chuvas aos campos
e recuperar o sangue dos meus mortos insepultos!
Disseram outros: porquê? Este também há-de conhecer,
até ele, a vida nos olhos do outro.
Não vi olhos de outrem, não encontrei nada
senão lágrimas no vazio que abraçava
senão borrasca na serenidade que suportava.
Adicionei os meus dias e não te encontrei
e enverguei as armas e saí sozinho
para o clamor dos abismos e a minha barafunda de estrelas!»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 39/40
nunca, em sítio nenhum, para me tomares a mão
no clamor dos abismos e na minha barafunda de estrelas!
Tomaram uns o Saber e outros o Poder
a escuridão rasgando as duras penas
e pequenas máscaras, de alegria e tristeza,
ajustando à face arruinada.
Eu é que não, não ajustei máscaras,
deitei para trás de mim alegria e tristeza
pródigo deitei para trás de mim
o Poder e o Saber.
Adicionei os meus dias e fiquei sozinho.
Disseram uns: porquê? Este também há-de viver
na casa com vasos e a branca noiva.
Cavalos de pêlo fulvo e negro acenderam-me
a obstinação por outras mais brancas Helenas!
Almejei outra mais secreta bravura
e aí me impediam, invisível, fui a galope
restituir as chuvas aos campos
e recuperar o sangue dos meus mortos insepultos!
Disseram outros: porquê? Este também há-de conhecer,
até ele, a vida nos olhos do outro.
Não vi olhos de outrem, não encontrei nada
senão lágrimas no vazio que abraçava
senão borrasca na serenidade que suportava.
Adicionei os meus dias e não te encontrei
e enverguei as armas e saí sozinho
para o clamor dos abismos e a minha barafunda de estrelas!»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 39/40
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poesia,
poetas gregos
«E à medida que o tempo come a matéria, vai saindo mais puro o oráculo da minha face:
TEMEI A IRA DOS MORTOS»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 38
TEMEI A IRA DOS MORTOS»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 38
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excerto,
Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos
« da gota de água na barba por cortar, nada senti,
mas depus a face dura no mais duro da pedra
por séculos e séculos.»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 37
mas depus a face dura no mais duro da pedra
por séculos e séculos.»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 37
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Nobel de Literatura 1979,
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(...)
«Porque chuviscava amiúde nos caminhos lá fora, como nas nossas almas. E as raras vezes em que parávamos para descansar, nem sequer trocávamos palavra, tão só, sérios e mudos, à luz duma pequena tocha, repartíamos as passas uma a uma. Outras vezes, se nos era possível, soltávamos rapidamente as roupas e coçávamo-nos com raiva durante horas, até formarmos sangue. Estávamos cheios de piolhos até ao pescoço, e isso era mais insuportável do que o cansaço. »
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 33
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Odysséas Elýtis,
poetas gregos
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
«procurei o branco até à tensão extrema
do negro A esperança até às lágrimas
a alegria até aos confins do desespero»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 20
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poesia,
poetas gregos
«As sílabas ocultas com que lutei para soletrar a minha identidade»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 17
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 17
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos,
verso solto
«Cada palavra com sua andorinha
para te trazer a Primavera no Verão» disse
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004., p. 15
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
poetas gregos
(...)
«Ali sozinho enfrentei
o mundo
chorando amargamente»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004
«Ali sozinho enfrentei
o mundo
chorando amargamente»
Odysséas Elytis. Louvada Seja (Áxion Estí). Tradução e posfácio Manuel Resende. Assírio&Alvim, 2004
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Nobel de Literatura 1979,
Odysséas Elýtis,
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domingo, 1 de janeiro de 2012
Time's a wastin
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Johnny Cash,
June Carter,
Reese Witherspoon,
Walk The Line
Virgília
«(...) Virgília deixou-se estar de pé; durante algum tempo ficámos a olhar um para o outro, sem articular palavra. Quem diria? De dois grandes namorados, de duas paixões sem freio, nada mais havia ali, vinte anos depois; havia apenas dois corações murchos, devastados pela vida e saciados dela, não sei se em igual dose, mas enfim saciados. Virgília tinha agora a beleza da velhice, um ar austero e maternal; estava menos magra do que quando a vi, pela última vez, numa festa de S. João, na Tijuca; e porque era das que resistem muito, só agora começavam os cabelos escuros a intercalar-se de alguns fios de prata.»
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 20
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