« - Para morrer basta estar vivo - disse uma do grupo, e outra, pensativa, também:
- Tanta soberba o homem, e não serve senão para juntar moscas!»
コカインの時間を介しての旅です
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 81
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 76
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 69
Fotografar é sempre expor-se, é sempre revelar o interior de si próprio, o seu pensamento, os seus gostos, os seus sentimentos. Esta exposição é essencialmente o resultado de um ritual de passagem, de uma perda, o fim de uma época:
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 61
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 56
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 54
«(...), as cerimónias e a ira do homem vermelho, o ar sem nuvens do deserto, a pradaria sem lei, a terra fundamental cuja proximidade apressa o bater dos corações com a proximidade do mar.»
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 53
Why am I so frightened
To say I'm me
And publicly acknowledge
My small mastery?
Waiting for sixty years
Till the people take out the horses
And draw me to the theatre
With triumphant voices?
I know this won't happen
Until it's too late
And the deed done (or not done)
So I prevaricate, Egging
them on and keeping
Roads open (just in case)
Go on! Go on and do it
In my place!
Giving love to get it
(The only way to behave).
But hated and naked
Could I stand up and say
Fuck off! or, Be my slave!
To be in a very unfeminine
Very unloving state
Is the desperate need
Of anyone trying to write.
Elizabeth Smart
1913-1986
A mulher da capa de “Louder Than Bombs”
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 51
A 25 de dezembro de 1920 o corpo de Monk Eastman amanheceu numa das ruas centrais de Nova Iorque. Recebera cinco balas. Desconhecedor feliz da morte, um gato ordinário rondava-o com certa perplexidade.
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 49
« Aos 19 anos, cerca de 1892, abriu com o auxílio do pai uma casa de vender pássaros.»
« A viúva examinou com ansiedade esses meteoros regulares e leu neles a lenta e confusa fábula de um dragão, que sempre protegera uma raposa, apesar das suas longas ingratidões e constantes delitos.»
''Os americanos também inventaram um termo para isso: gatekeeping, um tecto de vidro cultural em que o acesso ao controlo sobre ideias, tópicos de discussão e produtos é limitado a um grupo dominante que decide quem tem acesso ou direito a uma comunidade ou identidade. Essencialmente, ao estabelecer uma hierarquia de poder, o gatekeeping consolida-se como uma prática contínua de exclusão.''
Nara Singde
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 363
Ma Zhiyuan
1260?-1325?
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 333
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 299
Su Shi
Ouyang Xiu
1007-1072
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 275Anónimo, Tang
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 265My welfare is tied by a thread to yours
Tied by a thread to yours
...
Me and you
and the riddle.
Me and you
and death.
Du Qiuniang
Começo do século IX?
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 259 Wei Zhuang
836-910
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 253Li Shangyin
813-858
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 251''Vivemos hoje numa cultura de piedade elegante: estamos sempre a pedir desculpas, a dizer quão profundamente uma coisa nos afeta. Mas isso não leva a lado nenhum. ''
Entrevista a George Steiner
''Há muitos anos, declarou que não faz sentido explicar Hitler como sendo apenas um louco. Hoje, as pessoas falam de Trump como uma pessoa básica, ignorante e pouco educada. O que lhes diz?
Que isso é redutor e não nos ajuda a perceber quem ele é. É evidente que nunca houve um fenómeno semelhante. Há momentos em que Trump é extremamente astuto e outros em que é infantilmente estúpido. E são estes aspetos que o tornam tão perigoso. (...)''''Sim, a retórica política é capaz de matar. A política pode assassinar por meio da linguagem. O horror do movimento nazi foi largamente baseado na retórica, na propaganda. Muito mais poderosas do que qualquer exército são as mentiras do totalitarismo. O totalitarismo funciona através da linguagem. E também existe outro fenómeno: pode ser-se um grande artista e um assassino, uma pessoa a favor do extermínio. Há um momento muito importante nos diários de Cosima Wagner, em que Wagner está lá em cima, no primeiro andar, e ela ouve-o ao piano a rever o 3º ato do “Tristão”. Ele desce para almoçar, e de que é que eles falam? De como queimar os judeus. O homem que tinha estado a compor a melhor música do mundo desce para almoçar e discute alegremente como livrar-se dos judeus. O que quero dizer é que eu não poderia viver num mundo sem a música de Wagner. A minha dívida para com ele é enorme. A minha dívida para com Nietszche, para com Céline! Que livros belos e horrendos! Não tenho resposta para estas pessoas. Não há explicação. Perante os gigantes temos de ficar calados.''
George Steiner“Eu penso que o riso acabou – porque a humanidade entristeceu. E entristeceu – por causa da sua imensa civilização. (...) Quanto mais uma sociedade é culta - mais a sua face é triste. (...) O Infeliz está votado ao bocejar infinito. E tem por única consolação que os jornais lhe chamem e que ele se chame a si próprio – O Grande Civilizado.”
Eça de Queiroz, “A Decadência do riso”, in Notas Contemporâneas, Lisboa, Edição “Livros do Brasil”, 2000, pp.165-166.
DOENTE
MANDANDO UMA CONCUBINA EMBORA
Sikong Shu
m.cerca de 790
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 231Han Yu
768-824
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 217Tu Fu
Uma Antologia de Poesia Chinesa. Gil de Carvalho. Assírio & Alvim, Lisboa, 1989, p. 185Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 39
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 22
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 22
«Percorriam - com um momentâneo luxo de anéis, para inspirar respeito - as vastas plantações do Sul. Escolhiam um negro desgraçado e propunham-lhe a liberdade. Diziam-lhe que fugisse ao patrão, para ser vendido uma segunda vez, numa plantação distante. Dar-lhe-iam então uma percentagem do preço da sua venda e ajudá-lo-iam para outra evasão. »
Jorge Luis Borges. História Universal da Infâmia. Tradução José Bento. Quetzal Editores. 1ª Edição, 2015. P. 18
« Ainda vejo as luzes das labaredas que se levantavam ali onde empilharam os mortos. Juntavam-nos com pás ou faziam-nos rodar como troncos até ao fundo da encosta, e quando o montão se fazia grande, empapavam-no com petróleo e deitavam-lhe fogo. O fedor era levado pelo ar para muito longe, e muitos dias depois ainda se sentia o cheiro a morto chamuscado.»
Juan Rulfo. A planície em chamas. Tradução do original de Ana Santos. Cavalo de Ferro, 1ª edição, 2003., p. 77
« Terás que regressar assim que te vejas cercado. Esperar-te-ei aqui. Aproveitarei o tempo para medir a pontaria, para saber onde te vou colocar a bala. Tenho paciência e tu não tens, é essa a minha vantagem. Tenho o meu coração que resvala e dá voltas no seu próprio sangue, e o teu está arruinado, azedo e cheio de podridão. É essa também a minha vantagem. Amanhã estarás morto, ou talvez depois de amanhã ou dentro de oito dias. Não importa o tempo. Tenho paciência.»
Juan Rulfo. A planície em chamas. Tradução do original de Ana Santos. Cavalo de Ferro, 1ª edição, 2003., p. 37
« E assim que cresceram deu-lhes para andar com homens do piorio, que lhes ensinaram coisas más. Elas aprenderam depressa e percebiam muito bem os assobios, quando as chamavam a altas horas da noite. Depois saíam até de dia. Iam a toda a hora buscar água ao rio e às vezes, quando uma pessoa menos esperava, ali estavam elas no curral, rebolando-se no chão, todas despidas e cada uma com um homem em cima.»
Juan Rulfo. A planície em chamas. Tradução do original de Ana Santos. Cavalo de Ferro, 1ª edição, 2003., p. 29/30