em vez de consentir em viver morto.''
Antonin Artaud. PARA ACABAR DE VEZ COM O JUÍZO DE DEUS seguido de O Teatro da Crueldade. Tradução Luiza Neto Jorge e Manuel João Gomes. VS. Vasco Santos Editor e Herdeiro dos Tradutores, 2018., p. 19
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Antonin Artaud. PARA ACABAR DE VEZ COM O JUÍZO DE DEUS seguido de O Teatro da Crueldade. Tradução Luiza Neto Jorge e Manuel João Gomes. VS. Vasco Santos Editor e Herdeiro dos Tradutores, 2018., p. 17
Uma vez quiseram-me louca, a arder
Charles Bukowski. Histórias de loucura normal. Tradução de Vasco Gato. 1ª Edição. 2016., p. 59
Charles Bukowski. Histórias de loucura normal. Tradução de Vasco Gato. 1ª Edição. 2016., p. 51
« fiquei para ali a tentar descobrir o que teria eu feito. apetecia-me chorar mas não saiu nada. era apenas uma espécie de náusea triste, uma tristeza brutal, quando é impossível sentirmo-nos pior. julgo que já vos terá acontecido. julgo que terá acontecido a toda a gente uma ou outra vez. mas julgo que me tem acontecido com muita frequência, demasiada frequência.»
Charles Bukowski. Histórias de loucura normal. Tradução de Vasco Gato. 1ª Edição. 2016., p. 21
Charles Bukowski. Histórias de loucura normal. Tradução de Vasco Gato. 1ª Edição. 2016., p. 14
Charles Bukowski. Histórias de loucura normal. Tradução de Vasco Gato. 1ª Edição. 2016., p. 13
A tragédia da Hungria: depoimento
1956. Crepúsculo sangrento de um ano que a saudade não conserva. Com o cair das folhas neste Outono frio e inundado de sol, a horrível tragédia de Tróia e de Cartago, o grito lancinante das cidades mortas, de novo se desdobra e clama na terra martirizada da Europa antiga.
De novo o Mundo assistiu, cobarde e quieto, ao massacre do pudonor gentil de uma raça, ao estrangulamento frio e fundo do humano grito de liberdade ou morte. Encharcada no sangue dos seus filhos, sagrada pelo martírio incrível de uma geração, a terra plana da Hungria avulta aos nossos olhos como a viva imagem da tortura moral e física do homem escravizado pelo homem, massacrado pela força, atingido na sua dignidade, na sua honra e no seu sentido de justiça.
O Zero e o Infinito. O esmigalhamento da personalidade e do sonho humano de uma cidade em que os homens sejam livres e seguros, em que a lei seja a trincheira que defende todos e cada um do monstro abstracto e sem alma em que pode degenerar o poder dum Estado político.
O grande, o inanarrável drama que sintetiza e explica para a História o século XX – o drama do poder totalitário do Estado – encheu mais um capítulo de horror na História moderna; mais uma vez o diálogo mortal do direito e da força subiu à tona do destino humano, iluminado pelos clarões de uma cidade agónica e de um povo em desespero. O silêncio pesado e brutal amortalhou os últimos clamores da festa magnífica em que um povo inteiro celebrou, embriagado, o direito de ser livre, o direito de ser senhor da sua vida, do seu destino e… do seu governo.
A Hungria morreu. Mas o sangue derramado em jorro sobre as pedras antiquíssimas de Buda e de Pest, o sangue que tingiu a água ocidental e europeia do Danúbio não pode ser perdido. Como semente de heroísmo, como módulo da determinada e estóica resistência individual à tirania da força, cimenta em cada um de nós, ocidentais e europeus definitivos, a profunda vontade de estruturar a nossa liberdade cívica e vital e a nossa cristã dignidade de homens, em termos claros e iniludíveis, em termos de repugnância instintiva a toda a forma de prepotência ou de arbítrio contra a lei.
Baudelaire dizia que o poeta não é de nenhum partido, pois se o fosse seria um simples mortal.
Independentemente de qualquer partido, as terríveis violências praticadas na Hungria põem de luto a inteligência e a alma de todos aqueles que esperavam que o seu tempo não fosse um tempo de suplícios, de traição e de mentira.
Põem de luto a alma de todos aqueles que, com a sua inteligência ou a sua arte, tentaram encontrar a verdade de um universo puro e de uma ordem real.
E, na fúria anormal e desumana com que a liberdade da Hungria é esmagada, o regime russo mostrou que não trazia em si nenhum ideal, mas unicamente política. Unicamente um partido.
E ninguém pode suportar o horror de um mundo onde um homem não é um homem mas unicamente um número que, quando convém, pode ser suprimido.
A violência e o abuso que estão sendo praticados na Hungria são o resultado natural de uma maneira de ser onde, sem respeito pela individualidade, pela solidão e pela diginidade humanas, os homens chamam uns aos outros camarada. A palavra camarada, palavra que exprime promiscuidade e desidentificação, é uma palavra que tende a destruir aquele dado essencial de toda a poesia de que cada homem é em si um valor único e insubstituível. É uma palavra que serve de máscara e de incentivo àquela antiga perversão do instinto de espécie que faz com que o homem seja o lobo do homem.
Nenhuma inteligência objectiva pode aceitar uma justificação para a repressão da revolução húngara. Nenhum poeta pode deixar de chorar sobre a esperança e a claridade destruídas.
Quisemos prestar esta homenagem à grandeza e ao heroísmo da mocidade cobardemente assassinada. Nela ressurgiu o sentido esquecido da palavra homem. E não pudemos calar o eco solitário e impotente que em nós levantou o apelo angustiante dos intelectuais húngaros; temos horror de pertencer a um Mundo em que esse grito se perdeu sem que a indignação levantasse as almas e os homens se erguessem para a morte, porque a vida fica sem destino e sem leveza quando já nada se defende nem nada se combate. Ao grito dos nossos irmãos perdidos e abandonados, a todos os heróis mortos por nós, pela nossa liberdade e pelo nosso destino, nada temos para dar além deste testemunho de admiração, de piedade e de tristeza imensa.
Não podemos aceitar o massacre de uma cidade.
Não podemos aceitar nenhuma confusão de planos entre o massacre da Hungria e a luta do Suez. Porque, nesta, a inteligência, a sensibilidade e o conhecimento histórico se podem dividir em possibilidade dialéctica. Sobre o cadáver de uma cidade martirizada nenhuma discussão é possível. E, sobretudo, não aceitamos essa confusão de planos quando ela é feita por aqueles que na literatura constantemente invocam a palavra humano, e se esquecem do homem, filho de Deus, na realidade concreta.
Pelo homem húngaro, achincalhado e morto, sem discussão e sem perdão, aos assassinos nos erguemos em claro, definitivo e revoltado protesto.
Sophia de Mello Breyner Andresen,
Ruy Cinatti e Francisco de Sousa Tavares
Diário Popular, Lisboa, 20 de Novembro de 1956, pp. 1, 6
«Quando a pátria que temos não a temos | Perdida por silêncio e por renúncia | Até a voz do mar se torna exílio | E a luz que nos rodeia é como grades»
No seu livro Um Combate Desigual. Ensaios de Sociologia Portuguesa, impresso em edição de autor em 1960, quatro anos depois deste «Depoimento», Francisco de Sousa Tavares escreveu:
«O totalitarismo fascista e a tirania marxista foram no mundo moderno as grandes explosões políticas duma atitude filosófica verdadeiramente anticristã. […] A democracia é o regime que exige dos homens maior nível moral; que requere educação, autodomínio, respeito íntimo e profundo pela dignidade dos outros. Sem o absoluto duma lei moral e dum direito natural, a democracia arrastar-se-á prostituída pelas ruas, à mercê da massa e do tirano. A disciplina democrática é de dentro para fora e não de fora para dentro. Tem de existir na consciência dos homens para que possa viver na consciência da cidade» (pp. 186-87).
"1 - A ARTE deve ser livre porque o ato de criação é em si um ato de liberdade. Mas não é só a liberdade individual do artista que importa. Sabemos que quando a Arte não é livre o povo também não é livre. Há sempre uma profunda e estrutural unidade na liberdade. Onde o artista começa a não ser livre o povo começa a ser colonizado e a justiça torna-se parcial, unidimensional e abstrata. Se o ataque à liberdade cultural me preocupa tanto é porque a falta de liberdade cultural é um sintoma e significa sempre opressão para um povo inteiro.
2 - NÃO PENSO que exista uma arte para o povo. Existe sim uma arte para todos à qual o povo deve ter acesso porque esse acesso lhe deve ser possibilitado através dos meios de comunicação. Primeiro os "aedos" cantaram no palácio dos reis gregos "o canto venerável e antigo". Era uma arte profundamente aristocrática. Depois os rapsodos cantaram esse mesmo canto na praça pública. E Homero, foi, como se disse, o educador da Grécia. Isto é: a cultura foi posta em comum. E por isso os gregos inventaram a democracia. A política começa muito antes da política.
Penso que nenhum socialismo real será possível se a cultura não foi posta em comum. Quando o aedo, ou poeta medieval cantavam na praça o seu poema era ouvido por todos, mesmo pelo analfabeto. E viajava por todo o país e de país em país: por isso o mirandês canta Mirandolim-Marlbourg.
Depois a cultura fechou-se em livros e os analfabetos e os pobres foram rejeitados. Tudo se tornou mais complexo e complexado. As comunidades foram divididas e cada homem foi dividido dentro de si próprio. Será preciso um enorme paciente e múltiplo e obcecado esforço para construir o mundo de outra maneira. E é preciso que nenhum dirigismo esmague esse esforço.
É evidente que no mundo atual encontramos a par da arte uma meta-arte. O cubismo é uma meta pintura, uma pintura sobre a pintura. Arte e meta-arte alimentam-se e inspiram-se mutuamente e penso que este é um dos caminhos, uma das possibilidades. Foi a ler Proust e Rimbaud que aprendi a escrever para crianças. O simplismo e o populismo nunca conduzirão a nada. Se João Cabral de Melo é capaz de escrever uma obra como "Morte e Vida Severina" é porque é capaz de escrever "Uma Faca só Lâmina". "Morte e Vida Severina" é um poema que todos entendem, mas nele as imagens são tão precisas, e os versos tão densos como em "Uma Faca só Lâmina".
Creio que o "poema para todos" é, dentro da cultura em que estamos, o poema mais difícil de escrever. Creio que esse poema é necessário e por isso tenho procurado encontrar um caminho para ele. Por isso em "Livro Sexto" invoquei
O canto para todos
Por todos entendido
Mas sei que esse poema não se programa. E por isso, já depois do 25 de abril escrevi:
Um poema não se programa
Porém a disciplina
Sílaba por sílaba
O acompanha
Mas a disciplina do poema não é a da política.
O poema é disciplinado pela sua própria necessidade.
Nem o próprio artista se pode programar a si próprio. O Ministro da Comunicação Social disse que os períodos revolucionários não eram propícios às artes de vanguarda. Não podemos esquecer que também Hitler e Salazar não se entendiam bem com a arte de vanguarda e que ambos a perseguiam. Um verdadeiro período revolucionário está aberto a todas as formas de criação.
3 - É EVIDENTE que há incoerência. As campanhas de dinamização são mais políticas do que culturais. Fazem um doutrinamento político que deve ser feito pelos partidos. Pois não há doutrinamento apartidário. Não há angelismo político. Um doutrinamento político que se apresenta como apartidário é necessariamente ambíguo.
Vivemos no pluralismo. Mas não queremos viver na ambiguidade. Queremos que o pluralismo seja nítido e declarado com clareza. Que todo aquele que exerce uma atividade de doutrinamento político diga aos outros o partido a que pertence ou que apoia.
Queremos uma revolução clara. Queremos a clareza e a coerência dessa clareza. Este país tem neste momento uma intensa consciência da necessidade de clareza.
A política é um capítulo da moral. O povo que somos votou conscientemente e quer a política que escolheu. Queremos justiça social concreta mas sabemos que essa justiça só se poderá construir na liberdade e na verdade.
Sabemos muito claramente o que não queremos. Não queremos a violência, não queremos que a liberdade seja sofismada. Não queremos nem inquisições nem perseguições. Não queremos política da terra queimada. Não queremos política imposta. E no plano da cultura queremos acima de tudo que a política não seja anti-cultura.
A demagogia é a traição cultural da revolução. Porque a demagogia é a arte de ensinar um povo a não pensar. Um provérbio africano diz: Uma palavra que está sempre na boca transforma-se em baba. Não queremos continuar a suportar a baba dos slogans.
Querer fazer política cultural quando os meios de comunicação estão inundados de demagogia é uma incoerência radical. O ministro da comunicação referiu-se ao facto de o trabalho dos artistas ser agora pago pelo povo. Também muitos jornais são agora pagos pelo povo e todos os dias custam ao povo uma despesa escandalosa.
A cultura é cara. A incultura acaba sempre por sair mais cara. E a demagogia custa sempre caríssimo."
Artigo de opinião escrito por Sophia de Mello Breyner no semanário a 12 de julho de 1975.
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 93
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 62
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 50
Os lugares são
a geografia da solidão.
São lugares comuns a casa a cama.
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 37
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 27
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 20
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 20
Outras coisas no entanto
o amor e o desamor e também a
morte que nas coisas morre subitamente
o lugar onde vais de súbito.
De súbito faltas-me debaixo dos pés
e noutros lugares De ti é possível dizer
que te ausentaste para parte incerta
deixando tudo no teu lugar
Está tudo na mesma Também a mim
tempo não me falta lugar sim
Onde cairás morta, flor da infância?
De súbito faltam-me as palavras
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 18
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 17
© Alípio Padilha
Escrito e encenado por Carla Bolito, "Vermelho é a cor do meu luto" tem estreia marcada para dia 25 de outubro 2023, no Sistema SMOP, em Lisboa
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 12
Manuel António Pina. Todas as Palavras. Poesia Reunida. Assírio&Alvim., p. 11
"Acho que a missão da mulher é assombrar, espantar. Se a mulher não espanta... De resto, não é só a mulher, todos os seres humanos têm que deslumbrar os seus semelhantes para serem um acontecimento. Temos que ser um acontecimento uns para os outros. Então a pessoa tem que fazer o possível para deslumbrar o seu semelhante, para que a vida seja um motivo de deslumbramento. Se chama a isso sedução, cumpri aquilo que me era forçoso fazer." .
— NATÁLIA CORREIA (Fajã de Baixo, São Miguel, 13 de Setembro de 1923 — Lisboa, 16 de Março de 1993), poetisa, dramaturga, romancista, ensaísta, cronista, tradutora, editora, conferencista e deputada, em entrevista de 1983. .
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.Relógio D'Água., p. 58
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.Relógio D'Água., p. 49
DEATH IN JUNE
"Symbols and Clouds"
2x 12'' Gatefold Red LP 2009, NER.
Side 1:
Death Is The Martyr Of Beauty
He's Disabled
The Mourner's Bench
Because Of Him
Little Black Angel
Side 2:
The Golden Wedding Of Sorrow
The Giddy Edge Of Light
Ku Ku Ku
Hollows Of Devotion
But, What Ends When The Symbols Shatter?
Cathedral Of Tears
Side 3:
Lord Winter
God's Golden Sperm
Omen-Filled Season
Symbols Of The Sun
Luther's Army
Side 4:
13 Years Of Carrion
The Accidental Protégé
Rose Clouds Of Holocaust
Leopard Flowers
All songs originally recorded between 1992 - 1995 and taken from the albums "But, What Ends When The Symbols Shatter?" & "Rose Clouds Of Holocaust".
Quando se ateia em nós um fogo preso,
O corpo a corpo em que ele vai girando
Faz o meu corpo arder no teu aceso
E nos calcina e assim nos vai matando
Essa luz repentina
Até perder alento
E então é quando
A sombra se ilumina,
E é tudo esquecimento,
Tão violento e brando.
Sacode a luz o nosso ser surpreso
E devastados nós vamos a seu mando,
Nessa prisão o mundo perde o peso
E em fogo preso à noite as chamas vão pairando
E vão-se libertando
Fogo e contemplamento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento
Que não sabemos quando
São fogo, ou água, ou vento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento,
Que perdem o comando
Do próprio esquecimento.
«Se lhe era permitido passar as manhãs no seu quarto a ler, a escrever ou a traduzir do grego, a meio da tarde tinha de se transformar na jovem bem-educada a participar nos rituais sociais, usar um vestido de cerimónia e conversar durante o chá de acordo com a tradição vitoriana.»
in Prefácio
Virginia Woolf. Um Quarto Só para Si. Tradução e Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães.
Relógio D'Água., p. 10
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.''Uma imagem-que-foi transformada agora numa imagem-ainda-a-ser, ou numa “arte ainda por vir” atingida já pela fúria do impacto da sua aparição.''
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.
''a arte pode ter como origem a sua própria destruição, a imagem pode reinventar-se a si mesma e reproduzir-se como imagem tendo por base a destruição da própria imagem.''
Liz Vahia
Licenciada em antropologia pela Universidade de Coimbra. Doutoranda no programa Filosofia da Ciência, Tecnologia Arte e Sociedade, da Universidade de Lisboa.
PALAVRAS CARAS
Em minha casa, detestávamos pessoas bem -
-falantes, palavras caras. De uma vez, apareceu a
prima Maria Lucília a dizer já não sei porquê:
- Fiquei muito confrangida.
Passámos a chamar-lhe « a confrangida».
Sempre que aparecia alguém na televisão a
declamar poesia ou a falar de poesia, desligáva-
mos a televisão.
Adília Lopes. Manhã. Assírio&Alvim. Porto Editora, 2015., p. 56
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 95
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 27
« Aguentei, por civismo, até ao terceiro dia, depois, informei-os de que não estava para aturar aquilo e fui para Chancery Lane.»
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 20Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 13