Sem o agasalho das asas
Agrilhoado no lado de fora do fogo, ao frio,
Desatado pela diária lâmina
Na condição da luz encarcerada no astro
Para ser nas viagens sinal. Um aviso, um dedo no céu
Acordado pela sempre quotidiana órbita do lume
Acocorado sempre na cinza para foco
Sem qualquer intermitência
Gume
Invejando o relâmpago
Rápido
De longe descobre a semelhança
Do amor
Com o pássaro
Que não faz ninho
Que não segue a presa
Que não deixa o corpo por um pouco
Desejar
Qualquer coisa diferente de morrer
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 299
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sábado, 27 de julho de 2013
«Cansa-me muito estar como a pedra entre as mãos»
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 296
segunda-feira, 22 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
''Escrevo do lado mais invisível das imagens''
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 271
''Vejo o pedreiro à chuva a abrir aquedutos para o coração''
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 267
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Ele tem a giesta onde faz nascer a neblina
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 260
1
Consomes-te, não podes apagar-te
Com o bater da mão sobre o teu peito
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 253
Transforma o coração na coisa desamada
Transforma o coração na coisa desamada
No vaso a transbordar que quebras com a boca
E asperge
a tua pulsão no meu sangue
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 251
domingo, 16 de junho de 2013
O fio de água no olhar de quem amei.
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 229
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DO SACRIFÍCIO DE ISAAC
Queimará o monte, o filho, a lenha
A morte, as areias, a viagem
O deserto, a túnica, as estrelas
Nunca será bastante o incêndio
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 226
''A boca é um alimento''
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 221
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«A princípio não se sente
O amor - a humidade amanhecendo
O coração ressequido»
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 218
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«Apedrejas-me com a mesma pedra que me dás
Para o descanso»
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 212
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sábado, 15 de junho de 2013
Para que nasças no mês anterior
Para que nasças muito antes de chegares
Para que amanheças já aberta e recortada
No tempo anterior à tua vinda
Para que amanheças
Ó rosa anterior
Para que venhas
Mesmo antes de seres compreendida. Ainda
Antes da terra te poder gerar. Ó rosa
Já florida
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 195
Porque a morte tem o seu tempo
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 184
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Tinha umas sandálias de sangue para caminhar livre
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 175
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Preparou o coração com a lenha do arado
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 158
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Agora és um animal que pensa
Amanhã um animal que dorme
Mas tens uma noite inteira para dormires do mesmo lado
Hoje és um dia que começa outra vez
Como se hoje pudesses plantar o dia que não acaba
Um animal que come a sombra diurna daquilo que é pensado
És um alimento
Agora és um alimento que dorme
Do mesmo lado da mão direita de quem colhe
Como se hoje pudesses plantar-te no que frutifica
E igualares-te no silêncio a uma pedra fechada
Uma pedra em sua natureza humilde de coisa que vive
Em seu mistério de coisa que sem sementes se propaga
Agora és um animal que se propaga no sono
Que pesa menos do que o sonho ou um pássaro
Um animal que se eleva em seu instinto de máquina
És agora uma máquina montada para a morte
Uma avaria dentro dela que lentamente desgasta.
E fabricas um homem que se afasta
Do mundo
Daniel Faria. Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 138
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